sábado, 30 de abril de 2011

Escola do Pinheiro




A assinatura de um protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha e o CNE - Escutismo Católico Português marcou o 25º aniversário do Agrupamento 838.

As instalações da Escola Primária do Pinheiro, já há alguns anos desactivadas, foram cedidas aos escuteiros para a criação e dinamização de um projecto de valorização do espaço, que ficará, também, a cargo dos alunos da Escola Superior de Design do Porto.

Assim, a título gratuito e por um período de cinco anos, que pode ser renovável, o grupo de escuteiros vai utilizar as instalações da antiga Escola Primária para desenvolver as suas actividades. A autarquia, por sua vez, vai suportar todos os custos de funcionamento do espaço, bem como garantir o apoio técnico necessário.


Em contrapartida, o Agrupamento do CNE terá que se comprometer a dinamizar o projecto de valorização da escola e zelar pelo bom estado das instalações. Ao mesmo tempo, as duas entidades, Câmara Municipal e Escuteiros, vão continuar a actuar em conjunto em acções relacionadas com o ambiente, protecção da natureza, juventude e solidariedade social.

O espaço da antiga escola primária vai ser, também, alvo da intervenção de um grupo de cerca de 40 alunos da Escola Superior de Design do Porto. No âmbito da disciplina de Projecto, os jovens estão a debruçar-se sobre o espaço e vão apresentar, posteriormente, várias propostas que visam a valorização da escola e a sua vitalidade. Os projectos podem vir a ser concretizados pela autarquia e pelos escuteiros e a Câmara Municipal irá atribuir um prémio às três melhores propostas.

Diário de Aveiro, Abril 2011




Antiga Escola Nº2 de Albergaria-a-Velha

O edifício pertence ao tipo "Adães Bermudes" com duas salas de aula, uma com dimensões normais e uma outra adaptada, com reduzidas dimensões. A área coberta era insuficiente e o logradouro é cimentado e de reduzidas dimensões.

A escola beneficiou de 0. T. L., desde o ano lectivo 1997/98, ao abrigo do Despacho Conjunto n.º 942 / ME / MQE / 96. Funcionavam três turmas com 63 alunos onde leccionavam três professores.

Foi encerrada com a abertura da Escola EB 1,2.

Agrupamento de Escolas de Albergaria (antiga página)

Nas últimas eleições autárquicas constava do programa do PSD a "Conversão da Escola do Pinheiro em Escola Museu. "

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Arqueologia

O Arquivo Municipal, a funcionar no edifício da Antiga Cadeia, está a ultimar a instalação de um pequeno museu de achados arqueológicos.

No entanto, este equipamento presta-se, desde a sua inauguração, em 2008, a cumprir a função de espaço museológico, estando ao dispor da população um conjunto de documentos e testemunhos históricos.

PROJECTO DE LEI Nº 424/XI - ELEVAÇÃO DA VILA DE ALBERGARIA-A-VELHA, NO CONCELHO DE ALBERGARIA-A-VELHA, À CATEGORIA DE CIDADE

A Mais jovem Cidade


imagem:CMA

PROJECTO DE LEI Nº 424/XI

ELEVAÇÃO DA VILA DE ALBERGARIA-A-VELHA, NO CONCELHO DE ALBERGARIA-A-VELHA, À CATEGORIA DE CIDADE

Razões Históricas

“Ao longo dos tempos, e desde épocas pré-históricas, tem sido a sua situação geográfica uma das razões básicas da formação dos seus aglomerados populacionais e também da sua valorização, como o demonstram várias Mamoas.

Sobre os caminhos palmilhados pelos mais antigos ocupantes desta região que os Romanos conheceram nas várias tentativas de conquista da Hispânia, vieram estes a consolidar, ainda no decorrer do séc. I, uma das suas estradas mais importantes, a via XVI do Itinerário Antonino que, de Olisipo, por Cale, demandava Bracara Augusta.” 1

No ano de 1117, a infanta rainha D. Teresa, mãe do primeiro rei de Portugal, concede Carta do Couto de Osseloa a favor de Gonçalo Eriz, entre outras razões, para aí construírem uma albergaria “à beira da estrada”; “é nessa albergaria, …, nascida para protecção e acolhimento dos homens, sobretudo viandantes, que está a origem deste lugar, que os homens aí fixados, tornando-se moradores, ao longo dos séculos souberam fazer crescer, afirmar-se, tornar-se vila e sede de concelho. O que prova, à evidência, que os homines vauguensis, a que apelou D. Teresa na sua carta, souberam dar corpo e incremento a um projecto que alguém sonhou.” 2

Este notável documento histórico constitui a certidão de nascimento e de baptismo de Albergaria-a-Velha e, mais do que isso, atribuem-se-lhe, ainda, foros de maior valor para a nossa nacionalidade, considerando-o o primeiro documento em que Portugal figurou com o título de reino! 3

[1] Pinho, António Homem de Albuquerque, Albergaria-a-Velha – Oito Séculos do Passado ao Futuro, 2ª Edição, Reviver-Editora, 2002, p. 6.
[2] Marques, Maria Alegria F. (Coord.), A Carta do Couto de Osseloa (1117), Albergaria-a-Velha, Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha - Reviver Editora, 2005, p. 41
[3] Herculano, Alexandre, História de Portugal, 9.ª Edição, Tomo II, Livro I, pp. 71-72, nota 2

Enquadramento Geográfico e Demográfico

Albergaria-a-Velha é sede do Concelho com o mesmo nome e é a mais central das oito freguesias que o compõem, Albergaria-a-Velha, Alquerubim, Angeja, Branca, Frossos, Ribeira de Fráguas, S. João de Loure e Valmaior. Com 155,98 km2, fica situado na zona central do distrito de Aveiro, na Beira Litoral, Região Centro, Sub-Região do Baixo Vouga. Situada onde a Serra acaba e a Planície começa, mantém, por isso, um lugar de passagem obrigatório da Serra para o Mar. Aqui se cruzam as estradas de Viseu a Aveiro, com a principal ligação à Europa (A25), e do Porto a Lisboa (A1, A29, IC2 e Linha do Norte). É, ainda, servida pelo caminho-de-ferro do Vale do Vouga, de Aveiro a Espinho.

A sua proximidade aos centros urbanos, económica e culturalmente importantes, como Coimbra, Porto, Aveiro e Viseu, não só permitiu como influenciou positivamente o seu desenvolvimento socioeconómico, progresso e melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.
Dificilmente se encontra uma localidade com melhores vias de acesso e com mais facilidades de deslocação dentro do Distrito e da Beira-Litoral.

A Vila compreende uma área de 26,77 km² e contava, em 2001, com 7 421 habitantes (Censos), sendo o número actual de eleitores de 7153, de acordo com o DR de 3 de Março de 2010, estimando-se que este número seja superior, dada a crescente fixação de pessoas que têm procurado esta localidade pela empregabilidade que a sua pujante e dinâmica Zona Industrial oferece.

Esta invejável posição geoestratégica permite manter, invariavelmente, o Município de Albergaria-a-Velha na agenda de novos projectos, quer ao nível das comunicações, quer da logística quer da Indústria ou do Comércio. O Projecto de construção da linha de alta velocidade (TGV) aponta a localização da Estação Regional de Aveiro para o limite da sede deste Concelho com o Município de Estarreja, o que conferirá à Vila de Albergaria-a-Velha uma dinâmica ainda maior, tornando-a, mesmo, numa nova porta de entrada para a Região e para o País com a ligação a Vilar Formoso.

Actividade Económica

O desenvolvimento industrial do Município é notável, sobretudo no ramo metalúrgico, de celulose e de papel, dos moldes, plásticos e cerâmica. Da sua Zona Industrial, com um tecido empresarial bastante diversificado, fazem parte grandes empresas nacionais e multinacionais, atraídas pelas boas infra-estruturas, pela excelente posição geoestratégica, como já vimos, pela proximidade do Porto de Aveiro, da Linha do Norte e a sua privilegiada ligação rodoviária, através da A25, à vizinha Espanha.

A Vila oferece um vasto leque de opções ao nível do comércio e dos serviços; beneficia de estabelecimentos de diferentes tipologias e dimensões, restaurantes de elevada qualidade gastronómica e de serviço, bares, padarias, pastelarias, cabeleireiros, sapatarias, livrarias/papelarias, ourivesarias, floristas, comércio de electrodomésticos, materiais de construção e combustíveis, enfim, todo o tipo de estabelecimentos necessários para satisfazer as necessidades de uma comunidade de cariz urbano. Com uma posição central, relativamente à Vila, temos, ainda, um mercado municipal, a funcionar às quartas e sábados, onde se dirigem clientes de várias procedências, quer do Concelho, quer de terras vizinhas, tornando-o, nalguns dias, num dos mercados mais concorridas do Distrito.
A prestação de serviços é assegurada por agências bancárias, de seguros, imobiliárias, agências de viagens, escolas de condução, centro de exames de código e condução, stands automóveis, oficinas, escritórios de advogados, contabilistas, farmácias, consultórios médicos, clínicas, laboratórios de análises, etc.

Ao longo dos tempos, a agricultura foi perdendo a sua importância na sede do Concelho, reduzindo a sua influência no quotidiano das famílias, estando agora confinada aos lugares mais periféricos da Vila e às outras Freguesias.

Actividade Social, Cultural e Desportiva

Albergaria nasceu, como se viu, sob o signo da Caridade. O seu brasão, aprovado em 27 de Março de 1961, com as suas oito rosas de oiro e a cruz das armas de D. Teresa, bem simboliza a nobreza e a generosidade com que eram recebidos os passageiros e os doentes.

Ao longo dos séculos, esta vontade e disponibilidade para interceder junto dos mais necessitados manteve-se, sendo renovada em cada época de acordo com a realidade e as circunstâncias. O Concelho de Albergaria-a-Velha beneficia, hoje, de uma Rede Social que mantém intactos os Valores Históricos, tendo sede na Vila três IPSS (Misericórdia, Associação de Infância D. Teresa e Associação Humanitária Mão Amiga) que dão resposta às necessidades quotidianas das famílias e dos indivíduos.

Este Concelho não é rico em monumentos históricos, como aliás acontece em grande parte das terras da Beira-Litoral. Sem granito, o material de construção dos seus monumentos não resiste ao tempo. É, no entanto, digna de visita a Igreja Matriz da Vila, construída em finais do século XVII, com a sua notável obra de talha. Para além desta, existe um conjunto Capelas e algumas casas com interesse e valor histórico:

Casa e Capela de Santo António;
Capela de São Sebastião, com retábulo em talha dourada;
Capela de São Gonçalo, no lugar do Sobreiro, com azulejos da Fábrica da Biscaia;
Capela de São Marcos, com alguma escultura medieval, de calcário e coimbrã;
Capela de S. José, em Assilhó;
Capela de Santa Cruz, em Campinho;
Capela do Divino Espírito Santo;
Palacete da Bela Vista (1901), com Torreão, com várias pinturas de Domingos Costa, em fase de concurso para instalação da Biblioteca Municipal.

Em termos culturais, a maior riqueza assenta no dinamismo e na vontade das gentes, que se têm revelado, ao longo dos anos, em múltiplas iniciativas das Associações e Colectividades locais; em Albergaria-a-Velha existem:

Associações Recreativas, Culturais e Desportivas

• Associação Cultural e Recreativa Sobreirense
• AlbergAR-TE – Associação Cultural
• CNE – Agrupamento 838 / Albergaria-a-Velha
• Grupo Columbófilo de Albergaria
• Motoclube de Albergaria
• Casa do Benfica de Albergaria
• Associação dos Amigos dos Animais de Albergaria-a-Velha

Ranchos e Grupos Folclóricos

• Grupo Folclórico, Cultural e Recreativo de Albergaria-a-Velha (Federado)
• Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha (Federado)
• Rancho Folclórico Malmequeres de Campinho

A par da Cultura, também o desporto e, especialmente, a prática desportiva ocupam um espaço privilegiado no dia-a-dia dos albergarienses, fruto de uma política local que tem assentado na criação de espaços de excelência para a educação e expressão físico-motora e para a prática desportiva formal e informal. A Vila beneficia de uma condição ímpar ao nível de equipamentos desportivos e de um conjunto de Clubes dinâmicos e preocupados com a formação das crianças e jovens. Dadas as excelentes condições logísticas e facilidade de acesso, nos últimos anos foram vários os eventos desportivos de dimensão nacional e internacional que ali se realizaram; entre outras, duas edições da Taça da Liga de Basquetebol, dois jogos da Selecção A de Futsal, um jogo da Selecção A de Andebol, Torneios Internacionais de Badmington, várias provas de BTT e Ciclismo (Sub 23 e Elites), estágios de equipas e selecções nacionais e estrangeiras e as finais dos campeonatos nacionais de Desporto Escolar 2010.

Clubes Desportivos com Actividade Regular Federada

• Associação Karaté Shotokan Albergaria
• Clube de Albergaria
• Clube Desportivo de Campinho
• Sport Clube de Alba

Instalações Desportivas

• Estádio Municipal António Augusto Martins Pereira (relva sintética)
• Polidesportivo do Clube de Albergaria (relva sintética)
• Polidesportivo das Laranjeiras
• Polidesportivo do Sobreiro
• Polidesportivo da Incubadora de Empresas de Albergaria-a-Velha
• Mini-Campo das Lameirinhas (relva sintética)
• Pavilhão Polidesportivo Municipal de Albergaria-a-Velha
• Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária de Albergaria-a-Velha
• Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Básica de Albergaria-a-Velha
• Pavilhão Gimnodesportivo do Colégio de Albergaria
• Pavilhão Gimnodesportivo da Incubadora de Empresas de Albergaria-a-Velha
• Piscinas Municipais de Albergaria-a-Velha
• Centro de Marcha e Corrida de Albergaria-a-Velha
• Campos de Ténis do Clube de Albergaria

Qualidade de Vida

O Concelho de Albergaria-a-Velha, em geral, e a Vila têm recebido avultados investimentos e incutido práticas diárias no sentido de atingir patamares elevados relativamente aos índices de qualidade de vida, contribuindo para uma nova imagem ambiental, moderna e urbana. São exemplo disso:
• RDAR / Saneamento – 100% de cobertura da Vila, 90% do Concelho;
• Água – 100% de cobertura na Vila e no Concelho;
• Limpeza Urbana – é feita diariamente com meios manuais e mecânicos;
• Recolha de RSU - é feita diariamente, em vários horários, por empresa especializada, dispondo a Vila de Contentores, Ecopontos de recolha selectiva, Papeleiras, Pilhómetros e Oleões;
• Espaços Verdes – o seu número tem vindo a aumentar significativamente, incluindo rotundas e pequenos arranjos urbanísticos;
• Urbanismo Comercial – em parceria com a SEMA e a PRAVE, os espaços comerciais têm recorrido a alguns programas (URBCOM) para modernizar os estabelecimentos e as áreas envolventes;
• Iluminação Pública – toda a Vila dispõe de iluminação pública, com renovação e actualização de lâmpadas, tendo em conta os princípios da eficiência energética e a garantia da segurança e comodidade das pessoas;
• Centro de Marcha e Corrida – de forma a salvaguardar a segurança das centenas de pessoas que, diariamente, usam a via pública para caminhar, foi criado um Centro com um percurso pré-definido, sinalizado e dotado de mobiliário urbano, como bancos e bebedouro, que beneficia de acompanhamento técnico especializado.

Equipamentos e Serviços Públicos

A Vila de Albergaria-a-Velha dispõe de um vasto leque de equipamentos e serviços públicos, relativamente próximos entre si, que realçam a sua importância:

• Paços do Concelho
• Centro de Saúde
• Casa Municipal da Juventude
• Espaço Intergeracional
• Espaços internet
• Correios e Telecomunicações
• GNR
• Bombeiros Voluntários
• Tribunal de Comarca
• Conservatória do Registo Civil
• Conservatória do Registo Predial
• Cartório Notarial
• Repartição de Finanças
• Tesouraria da Fazenda Pública
• Instituições Bancárias
• Delegação de Segurança Social
• Centro Coordenador de Transportes
• Biblioteca Municipal
• Cine-Teatro Alba
• Farmácias
• Centro Social e Paroquial
• Lar de Terceira Idade da Misericórdia
• Mercado Municipal
• Heliporto Municipal
• Centro Municipal de Protecção Civil

Equipamentos Colectivos Específicos

A Vila de Albergaria-a-Velha dispõe, de acordo com o previsto na Lei, de todos os equipamentos colectivos que lhe permitem colocar-se ao nível de muitas cidades do País.

a) Instalações hospitalares com serviço de permanência

Albergaria-a-Velha está dotada de um Centro de Saúde que integra nos seus quadros 17 médicos, onde se inclui o Delegado de Saúde, 20 enfermeiros e 36 funcionários que compreendem 13 administrativos, 18 auxiliares, 1 motorista, 3 técnicos de RX e 1 Técnico Superior de Saúde; recursos que cuidam de uma comunidade de 11 124 utentes e que, brevemente, através da USF, passará para 13 474 utentes.

Ao dispor da população diariamente, de segunda a sexta-feira das 8 às 22 Horas e aos sábados, domingos e feriados das 10 às 18 Horas, tem como extensões a Unidade de Saúde Familiar Rainha D. Tereza e a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados. Este serviço presta, adicionalmente, das 8 horas às 12 Horas, consultas complementares, estando todas as necessidades suplementares asseguradas pelo Hospital Distrital de Aveiro (Infante D. Pedro) que dista desta unidade cerca de 20 minutos.

Os cuidados de saúde não se restringem, no entanto, ao serviço público, estando todas as especialidades médicas asseguradas por três clínicas privadas e vários consultórios a prestar serviço na Vila.

b) Farmácias

Existem, na Vila de Albergaria-a-Velha, além de uma parafarmácia, três farmácias que asseguram o funcionamento ininterrupto.

c) Corporação de bombeiros

A corporação de Bombeiros existente, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, soma já 85 anos e conta com 70 elementos activos e 27 estagiários, perfazendo um total de 97 operacionais apoiados por 31 viaturas de socorro. A necessidade constante desta organização em dar resposta contínua, e nas melhores condições, não só à Vila de Albergaria-a-Velha, mas a todo o Concelho que serve, e às muitas rodovias que a atravessam, levou a que, num esforço extra de toda a comunidade, se encontre em construção um novo Quartel, cumprindo o que são os melhores princípios de concepção e construção europeus e onde está já em funcionamento a Helipista Municipal, com duas pistas e todas as infra-estruturas de apoio necessárias para operar 24 horas/dia.

d) Casa de espectáculos e centro cultural

O emblemático Cine-Teatro Alba, símbolo arquitectónico de uma tradição cultural na região, é um elemento singular representativo da história recente da Vila, associado à Alameda onde se inscreve configura-se como um centro identificável que lhe permite servir de ligação, não só, à comunidade, como ao território, “obrigando” a que este não se perca na malha urbana. Transformado, recentemente, em “Casa Municipal da Cultura” e alvo de um completo projecto de reestruturação arquitectónica que lhe conferirá uma nova dimensão, quer funcional, quer conceptual, o Cine-Teatro Alba contará, dentro de 18 meses, aproximadamente, com uma nova sala de espectáculos com 530 lugares, uma área comercial, uma sala de café concerto, área infantil, espaço de exposições e uma nova caixa de palco, com espaço de trabalho e ensaio.

e) Museu e biblioteca

Albergaria-a-Velha conta, desde 2003, com uma Biblioteca Municipal que disponibiliza mais de 20 mil títulos, instalada no Edifício sede da Junta de Freguesia que ocupou, após obras de requalificação, uma antiga Escola Primária da tipologia “Conde Ferreira”.

Localizada junto aos Paços do Concelho, a sua centralidade permite, a par dos inúmeros serviços e actividades, o acesso a um leque alargado da população de todas as faixas etárias, contando com 2492 leitores inscritos.

A hora do conto, o espaço lúdico, as exposições, o espaço internet ou a comunidade internacional de partilha de livros bookcrossing, bem como o exemplar trabalho de dinamização da rede de bibliotecas que lidera, motivaram um crescimento exponencial dos serviços que, associados à política cultural, de apoio e promoção da leitura, tornaram premente a necessidade de um novo espaço que cumpra esta carência, processo em curso, que culminará com a construção da nova Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha, um projecto que obedece ao programa do tipo B.M. 2, de acordo com o IPLB. A nova infra-estrutura será instalada no Palacete da Quinta da Boa Vista e na simbólica edificação que lhe está associada, o Torreão. Trata-se de um edifício memorável em que o cuidado posto na adaptação a Biblioteca e a simplicidade de linhas, graças às suas formas puras, lhe estabelece uma extrema singularidade, não só pelo uso e funções que lhe estarão atribuídas, mas pela sua personalidade e significado no contexto histórico e urbano.
O Arquivo Municipal, a funcionar no edifício da Antiga Cadeia, está a ultimar a instalação de um pequeno museu de achados arqueológicos. No entanto, este equipamento presta-se, desde a sua inauguração, em 2008, a cumprir a função de espaço museológico, estando ao dispor da população um conjunto de documentos e testemunhos históricos.

Na Vila existem, ainda, dois espaços com exposições permanentes representativas do folclore, da etnografia e da cultura popular da freguesia. Estão instalados em dois edifícios emblemáticos, o “Antigo Matadouro” e “antigo armazém/oficina da EDP” sedes do Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha e do Grupo Folclórico Cultural e Recreativo de Albergaria-a-Velha, respectivamente. Ambos símbolos e objectos das tradições e cultura populares, preservando a memória de tempos ancestrais.

f) Instalações de hotelaria

A oferta hoteleira, no que se restringe à área da Vila de Albergaria-a-Velha, remete para cinco instalações que permitem uma oferta de 100 quartos, sendo complementada com a disponibilidade de vários estabelecimentos de turismo rural e de habitação, de grande qualidade, distribuídos pelo Concelho. Quanto à restauração, e em resposta ao crescimento e desenvolvimento da Freguesia e do Município, verifica-se um crescimento contínuo do número de restaurantes, bem como de bares, cafés, pastelarias e padarias.

g) Estabelecimento de ensino preparatório e secundário

A Vila de Albergaria-a-Velha é dotada de uma Escola Básica, com 1º e 2º CEB’s, e uma Escola Secundária c/ 3º CEB, da rede pública; conta, ainda, com um Colégio Privado. Para o 1º CEB, existe ainda uma outra Escola, EB1 do Sobreiro, com 2 salas de aula. De referir que, numa aposta estratégica da Câmara Municipal, existe entre o Município, a Escola Secundária e a Universidade de Aveiro uma estreita relação de parceria, que se tem traduzido na disponibilização de Cursos de Especialização Tecnológica em Albergaria-a-Velha e, numa relação directa com o mercado de trabalho, na criação de uma Incubadora de Empresas a funcionar em Rede há cerca de três anos.

h) Estabelecimento de ensino pré-primário e infantários

A freguesia dispõe de seis estabelecimentos de ensino pré-escolar de carácter público e privado: Jardim-de-Infância de Albergaria-a-Velha, com 3 salas; Jardim-de-Infância do Sobreiro, 1 sala; Associação de Infância D. Teresa (IPSS), 4 salas; Associação Humanitária Mão Amiga (IPSS), 2 salas. Completa a oferta privada o Colégio de Albergaria, com 2 salas.

i) Transportes públicos, urbanos e suburbanos

Com um Centro Coordenador de Transportes instalado no centro da Vila, há já vários anos, onde se concentra toda a operação logística, a rede de transportes públicos é assegurada por duas empresas privadas, Transdev e Guedes, que operam no centro da vila em circuitos que não se cingem a esta área, estendendo-se às restantes freguesias do município e aos concelhos vizinhos. A existência deste equipamento, aliada à posição estratégica, em termos rodoviários, de Albergaria-a-Velha, propicia a que várias carreiras nacionais e internacionais aqui façam escala.
A Linha do Vale do Vouga assegura, ainda, a ligação ferroviária entre o centro e o lugar de Urgueiras, onde se localizam o Colégio de Albergaria e a Zona Industrial, e estabelece a ligação à freguesia da Branca e aos concelhos de Águeda e Aveiro ou Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, S. M. Feira e Espinho.

O centro da Vila dispõe, também, de uma Praça de Táxis, próxima de vários serviços e equipamentos, que facilitam a mobilidade; para além de outros lugares dispersos, existe, ainda, serviço de Táxi junto do Centro Coordenador de Transportes.

j) Parques e jardins públicos

Das várias zonas de lazer existentes, destacam-se o Jardim Público e a praça da Alameda 5 de Outubro, que ladeiam o edifício dos Paços do Concelho, no centro da Vila; o Parque do Estuval, com área ajardinada, fontanário, tanques, instalações sanitárias, electrificação, parque de merendas e de estacionamento, estando actualmente a ser objecto de um projecto de ampliação; as áreas ajardinada da Vila das Laranjeiras e da Urbanização da Santa Cruz, que incluem parque Infantil; encontrando-se projectado o novo parque verde da Vila, no seguimento do espaço já existente, integrando e servindo de complemento à zona desportiva e escolar.

A Freguesia é, ainda, servida por uma área com história e tradição, o Monte da Nossa Senhora do Socorro, espaço que, para além da sua vocação religiosa, é procurado para o lazer, prática desportiva e actividades ao ar livre. Dali, desfruta-se dum panorama deslumbrante, quer para a Serra, quer para o Mar.

É atendendo a esta dinâmica de desenvolvimento que a vila de Albergaria-a-Velha apresenta e às condições que reúne, que se entende estarem satisfeitos os requisitos previstos na Lei 11/82 de 2 de Junho, nos seus artigos 13º, mormente o disposto no 14º.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os deputados abaixo-assinados apresentam o seguinte projecto de lei:


Artigo Único


A Vila de Albergaria-a-Velha, sede do Concelho com o mesmo nome, é elevada à categoria de Cidade.

Palácio de São Bento, 24 de Setembro de 2010


Os Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata,

Luís Montenegro
Couto dos Santos
Ulisses Pereira
Paula Cardoso
Amadeu Albergaria
Paulo Cavaleiro
Carla Rodrigues

Entrada: 24/09/2010


Votação final global: 06/04/2011

Votação na Reunião Plenária nº. 72 Aprovado por unanimidade A Favor: PS, PSD, CDS-PP, BE, PCP, PEV

Decreto (Publicação): 06/04/2011

Decreto da Assembleia 106/XI Título: Elevação da Vila de Albergaria-a-Velha, no Concelho de Albergaria-a-Velha, à categoria de cidade Versão: 1

[ver também artigo de José Manuel Alho - Albergaria É Cidade]

Cidade? Mais cargos políticos, mais impostos?

A autarquia, que espera pela conclusão das obras da Biblioteca e CineTeatro Alba, parece assim empenhada em preparar-se para a nova agenda comunitária, designada de “EUROPA 2020”, assumindo-se como cidade jovem e empreendedora.

Para a população, que terá reagido com agrado a esta elevação, percebe-se que não se tratará da concretização de um sonho de gerações. Haverá mesmo quem acredite que não terá nenhum impacto assinalável nas suas vidas, temendo até que a promoção a cidade sirva de pretexto para um agravamento de taxas e impostos municipais.

Sobre estes receios, José Licínio Pimenta, vereador da edilidade, esclarece que “este novo estatuto, por si, não altera a realidade municipal, nem traz mais encargos, nem benefícios imediatos”, complementando “as cidades não têm mais cargos políticos, não têm mais impostos. Pelo contrário, aumentam a responsabilidade dos eleitos e dos munícipes em questões tão simples como a limpeza urbana, a preservação do mobiliário urbano, dos Parques Infantis…”
No essencial, o edil espera que “o novo estatuto valorize a imagem do município, abrindo novas janelas de oportunidades em áreas exclusivas para cidades, que trarão maior qualidade de vida para os nossos munícipes.” – sublinhou.

José Manuel Alho

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Legislação Régia





A partir do enderenço http://legislacaoregia.parlamento.pt/ pode consultar-se, desde o dia de hoje, a legislação e os actos régios desde o século XVII até ao século XX.



Procurando por Albergaria-a-Velha aparecem 25 resultados com legislação relativa a "expropriação de varios terrenos situados no concelho de Albergaria-a-Velha para a construcção de um troço do caminho de ferro do Valle do Vouga", "Decreto creando um julgado municipal no concelho de Albergaria a Velha" (1887), outro "fixando o dia 7 de fevereiro para a installação do julgado municipal", concessões relativas a minas, etc...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Terra a Terra



Semana a semana o microfone da TSF dá voz às gentes e aos sítios que visita. No Terra-a-Terra soltam-se os sons de conversas e reportagens que revelam as maravilhas da paisagem, o património e as histórias e personagens de todos os cantos do país.
Os saberes tradicionais, a gastronomia, o passado e a modernidade tem espaço garantido e em directo num programa de rádio que cruza as histórias do povo que somos.

Terra-a-Terra
Aos Sábados, das 09h10 até às 11h00

Emissão do dia 9/04/2011 directamente da Exploflorestal

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Museu da Região de Albergaria-a-Velha



Por Delfim Bismarck *

É uma necessidade urgente a elaboração de um projecto para a criação de um futuro Museu da Região de Albergaria-a-Velha. Caso contrário grande parte do espólio que o deveria constituir, perder-se-à irremediavelmente.

A constituição de um espaço museológico deste género, poderá e deverá contar com apoios comunitários, estatais, camarários ou, ainda, e como é corrente no nosso país, através da apresentação de uma candidatura no âmbito do Programa Operacional da Cultura (P.O.C.) ou no âmbito do Programa Operacional do Centro coordenado pela Comissão de Coordenação da Região Centro (C.C.R.C.), pois só assim será possível obter os recursos financeiros necessários e reunir as condições mínimas para o desenvolvimento de um projecto desta ordem.

A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, é a entidade competente para a elaboração de um projecto Museológico desta ordem, deverá utilizar para tal um dos edifícios que já detenha para servir de sede do Museu, adaptando-o para o efeito, já que a ausência de um edifício apropriado parece muitas vezes ser o argumento principal para a apatia das autarquias nesta área.

A adaptação dos espaços a musealizar, é de extrema importância para um bom funcionamento do futuro museu, pois, só assim, o Concelho de Albergaria-a-Velha ficará dotado de um equipamento adequado nas áreas da investigação e da divulgação cultural.

Este espaço museológico, serviria de interligação entre a conservação, a investigação e a divulgação, tendo por objectivo mais geral o incrementar uma intervenção mais directa nos campos da acção pedagógica, da dinamização cultural e do turismo, que directa ou indirectamente levem a um desenvolvimento sustentado do concelho.

Ideia de há 100 anos

A ideia de criação de um Museu em Albergaria-a-Velha não é de agora. Rigorosamente há cem anos, mais precisamente em 1902, Patrício Theodoro Álvares Ferreira alertava para que "a Câmara Municipal destinasse nos Paços do Concelho ou no edifício da Cadeia nova, onde havia salas de sobejo, um compartimento somente destinado para objectos dignos de ser conservados e pertencentes ao território do concelho, o que serviria de núcleo a um pequenino museu".

Entretanto, os anos lá foram passando e, como parece já ser hábito no nossos concelho, muitas das peças que teriam o maior interesse em serem preservadas num ou para um Museu, lá foram sendo destruídas, vendidas, alteradas, descaracterizadas ou acabaram por sair definitivamente da nossa região, perdendo-se para sempre.

Já na década de 80, o Dr. José Simões Ferreira, legou à Câmara Municipal, para além de uma vasta biblioteca, um conjunto de objectos etnográficos ligados aos costumes locais, e que foram depositados num anexo da nossa "pseudo" Biblioteca. Também na mesma década, outros Albergarienses destinaram algumas peças dos seus espólios com vista à criação de um museu, como foi o caso do Comendador Manuel Arêde, que ofereceu à Câmara Municipal o seu colar e insígnias da Comenda da Ordem do Infante, para serem expostos num futuro Museu.

O próprio Dr. Jacinto Pires de Almeida, disponibilizou-se para oferecer a sua vasta colecção de Arte Sacra e o seu imenso arquivo pessoal para o mesmo fim, o qual, pela sua qualidade e quantidade, não teria paralelo em todo o distrito, o que nunca chegou a acontecer até ao seu falecimento em 2 de Outubro de 1995.

Também o Grupo Etnográfico e Cultural de Albergaria-a-Velha, detém, aproximadamente desde a mesma altura, na sua sede, um pequeno núcleo museológico etnográfico com bastante interesse, que se não fosse a sua iniciativa já se teriam perdido para sempre.

À semelhança destes, também alguns, senão muitos privados, detém objectos ligados ao passado do nosso concelho, que gostariam, um dia, ver expostos ao serviço da sua comunidade.

A propósito, seria conveniente que a actual Câmara Municipal, tomasse conhecimento e fizesse um inventário minucioso dos espólios arqueológicos oriundos das seguintes campanhas de escavações: "Mamoas do Taco" (pré-histórico), "Cristelo" (romano) e "Monte de S. Julião" (pré-histórico e romano). Pois, segundo julgo saber, restará uma pequena parte desse espólio. Terá evaporado? É urgente apurar responsabilidades e questionar os responsáveis pelo paradeiro dessas peças com milhares de anos. Também a parte documental deverá ser alvo da maior atenção.

O projecto

A criação de um espaço museológico numa região como a de Albergaria-a-Velha, onde não existe qualquer tipo de equipamento com estas características, coloca inevitavelmente várias questões sobre a sua estrutura e temática.

A vila de Albergaria-a-Velha, para além de sede de um concelho com mais de 20.000 habitantes, é o centro de uma região extremamente rica e diversificada, quer nos aspectos naturais e paisagísticos, quer em actividades tradicionais (algumas já extintas e outras em fase de extinção) como a exploração de minério, moagem, olaria, cestaria, gastronomia, doçaria, património monumental e arqueológico, e tantas outras.

Um futuro projecto museológico deve ser muito mais do que um espaço físico de exposições, mas sim um centro cultural que possibilite a investigação sobre a região e a sua divulgação nas vertentes pedagógica e turística, um espaço de animação cultural que traga à região iniciativas e acções exteriores, mas devidamente enquadradas com um plano e com a actividade do Museu.

Na nossa modesta opinião, uma das funções de um museu de "província", como deverá ser este, é identificar os que partiram e os que ficaram com as suas raízes ancestrais, promovendo a diferença e contrariando uma massificação excessiva da sociedade.

Em termos de estratégia de actuação, não se pretende que o museu seja um simples repositório de peças, mas sim um local de partida ou de chegada de e para a região. Que seja também uma pequena montra, com meio de informação e de orientação de locais de visita, procurando situar-se no eixo de uma rede concelhia de lugares de interesse, como: monumentos históricos, sítios arqueológicos, pontos de observação paisagística, etc., integrando-se, assim, no que hoje é denominado por "Ecomuseu", ou museu polinucleado, que permita outros pólos de interesse no concelho (como por exemplo: arqueologia urbana, arte sacra, pelourinhos ou cruzeiros, núcleus artesanais, núcleus molinológicos, etc.) fora do edifício do Museu.

"Neste caso, o Museu é a própria região. Pode-se perguntar: então, qual é o papel do edifício? Como atrás se disse, este é apenas a janela de onde se entrevê a região, mas também, o centro de recolha, conservação e estudo de materiais que, pelas suas características, não podem ficar no terreno. Local de recepção e informação através de materiais, textos e imagens, integrados num todo coerente, como objectivo de transmitir as realidades locais, desafios vencidos e problemas a resolver."

Há ainda grandes possibilidades de organizar pequenos núcleos museológicos temáticos nas freguesias do concelho, compondo, assim, uma pequena rede concelhia de Museus, que deveria integrar, também, museus de industria que possam vir a aparecer, nomeadamente ligados à industria da fundição, do papel, do minério, ou outras.

A disponibilização de um espaço físico para albergar um futuro núcleo museológico, com as condições mínimas de espaço, que permitam albergar uma série de equipamentos indispensáveis ao bom funcionamento de uma unidade museológica, constitui um elemento decisivo para a concretização da ideia que, como já foi referido, foi sendo adiada ao longo dos tempos. Para a elaboração deste projecto, deverão ser ouvidas as entidades mais directamente interessadas, como a autarquia, as juntas de freguesia, as escolas, as associações culturais e, acima de tudo, os munícipes, pois sem o empenhamento destes, nesse projecto colectivo, o Museu nunca será um "espaço vivo".

Justificação

Tendo em conta o que foi anteriormente exposto, entendemos conveniente que se torna necessário dotar a região de Albergaria-a-Velha de um equipamento de utilização colectiva desta natureza, considerando o seu relevante interesse social, que poderá constituir:

- um instrumento de apoio pedagógico, no quadro da interacção escola-meio;
- um meio de consciencialização da população local para os valores do património natural/cultural e melhor conhecimento de si própria;
- um centro de apoio à investigação regional;
- instrumento de dinamização cultural, promovendo acções de divulgação dos diversos patrimónios da região no exterior e trazendo a esta intervenções e conhecimentos complementares da actividade do Museu;
- complemento de atracção turística, sobretudo quando estão a despontar iniciativas de turismo rural.

Objectivos

Antes de expormos objectivos que presidem a um equipamento deste género, importa apresentar aqui a definição de museu adoptada pelo ICOM (International Council of Museums): "O Museu é uma instituição permanente, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, sem fins lucrativos e aberto ao público, que faz investigações sobre os testemunhos materiais do homem e do seu meio ambiente, ao mesmo tempo que os adquire, conserva e muito especialmente os expõe para fins de estudo, educação e recreio".

No seguimento desta ordem de raciocínio, o Museu da Região de Albergaria-a-Velha deveria ser:

- um centro de recolha e conservação de materiais arqueológicos provenientes da região (de escavações sistemáticas, acções de emergência, ou achados fortuitos);
- um espaço de informação e exposição de matérias e materiais com especial destaque para os temas mais significativos para a região;
- uma unidade de investigação científica, com vista ao desenvolvimento do conhecimento ao nível mais específico;
- um polo de dinamização cultural (lugar de estudo, educação e recreio) em cooperação com as escolas;
- uma "Central" distribuidora de percursos e informações sobre os lugares de interesse histórico-paisagístico da região;
- um meio de atracção turística, "prendendo" o visitante mais tempo na região, o qual pode aproveitar melhor a estadia; diversificando a oferta através de mais um produto cultural, espera-se contribuir para a escolha desta região como destino turístico.

Em suma, ainda no plano de alcance social, esta iniciativa tem por objectivo combater o imobilismo, parente próximo do derrotismo, que é o pior inimigo do homem.

Destinatários

Os destinatários de um projecto museológico, serão, de modo geral, todos os visitantes.

Podemos, no entanto, tentar ordenar o nosso público-alvo em três grupos principais:

- primeiro os Albergarienses (porque o museu será, em primeira instância, deles), os residentes e os não residentes que gostam de se rever na sua terra quando temporariamente regressam da diáspora, mais ou menos forçada, pelos diversos cantos do mundo;
- a população escolar, devendo o Museu ser uma extensão de apoio pedagógico às escolas;
- população exterior: investigadores e turistas (nacionais e estrangeiros). No grupo dos turistas será ainda necessário distinguir os de turismo cultural (que procuram mais documentação de apoio, percursos alternativos e interesse em conhecer melhor o património existente).

Tendo em atenção os diferentes tipos e níveis de público, o Museu, como instituição, deverá procurar ser o mais abrangente possível, adaptando-se aos interesses particulares de cada um.

Resultados esperados

Este projecto não persegue fins lucrativos, para além do auto-financiamento de algumas iniciativas, designadamente: publicações, edições de postais, réplicas, com um custo mínimo de ingressos.

Assim sendo, os resultados esperados, quantificáveis, só poderão reportar-se à frequência de visitantes/ano, o que, neste momento, é imprevisível, e ao apoio do mecenato. A este respeito, note-se, como mero indicador, que a Exposição sobre "Fotografias e Postais Antigos do Concelho de Albergaria-a-Velha", patente no edifício da antiga Cadeia desde 10 a 17 de Abril de 1994, organizada pelo Leo Clube de Albergaria-a-Velha, contou com mais de nove centenas de visitantes. Recorde-se, também, o número de pessoas que visitavam a vila de Albergaria-a-Velha, quando existiam carnavais, provas desportivas, eventos culturais de melhor qualidade, etc., demonstrando bem a carência de actividades culturais e lúdicas das nossas gentes.Talvez nos interessem mais os resultados de ordem qualitativa e que situamos ao nível da correspondência/adesão aos objectivos propostos: aumento substancial do conhecimento sobre a região e a temática cultural exposta; identificação dos naturais e residentes com as origens da terra a que pertencem, num espírito de regionalidade consciente e sã; reforço da componente turística, em termos de oferta cultural que rompa o que não foi uma política cultural nos tempos da "outra senhora".

Âmbito espacial da intervenção

O campo de actuação directa do museu será o Concelho de Albergaria-a-Velha. Preferimos, todavia, utilizar o termo "Região", por ir ao encontro de uma realidade mais natural, contrariando o artificialismo do recorte administrativo do concelho actual, saído do século XIX. Como é evidente, as recolhas de objectos terão em conta o princípio da territorialidade administrativa, embora o museu possa e deva vir a colaborar com municípios limítrofes, desde que solicitado para tal.

Num plano mais geral, aguarda-se a organização de uma rede regional de museus, em coordenação, no distrito de Aveiro, com o Museu Santa Joana, em Aveiro. Caso tal se verifique, o Museu da Região de Albergaria-a-Velha poderá vir a beneficiar da sua integração numa estrutura deste género. A proximidade com Aveiro pode trazer inúmeras vantagens, nomeadamente nos próximos anos, devído à realização de eventos de grande dimensão, como são, por exemplo, o Euro 2004 de futebol.

Metodologia de intervenção

Conforme se disse anteriormente, aquando da explicitação do que deveria ser o projecto, pretende-se que o mesmo seja inovador no seu campo. Um museu, hoje, não é um armazém de peças mais ou menos interessantes e mais ou menos antigas. Assim, seria demasiado fácil fazer um "Museu".

Na linha da chamada "Nova Museologia", procurar-se a circulação de um saber interactivo, jogando com as ciências humanas (Arqueologia/História...), as ciências naturais (Geologia/Biologia...), e outras como a Medicina ou a Estatística, para além de técnicas (relacionadas com o tipo de colecções existentes), tendo como ponto de apoio o edifício (e possível terreno em anexo) e a região, que está sempre presente.

Pensar é fácil!
Resta-nos, agora, esperar por um bom desempenho dos nossos autarcas em todas as áreas, em especial nesta, pois, só eles podem e devem liderar um projecto deste género.

NOTICIAS DE AVEIRO
editor Júlio Almeida actualizado em 29-03-2002

* Delfim Bismarck é historiador

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Diversos


Continua a marcha; passámos Albergaria-a-Velha, importante centro industrial e agrícola que não é fácil esquecer desde o célebre Congresso do Vale do Vouga em que Ferreira do Lima deu provas do seu amor ao turismo e aos caminhos de ferro.

Gazeta dos Caminhos de Ferro

A COMPANHIA DOS CAMINHOS DE FERRO DO VALLE DO VOUGA ORGANISA O I CONGRESSO REGIONAL FERROVIÁRIO

ORGANISADO pela Companhia dos Caminhos de Ferro de Valle do Vouga, realísa-se nos dias 9, 10, 11 e 12 do corrente o I Congresso Regional Ferrovíário, de sua ínicíatíva pela comemoração do 25º aniversário da inauguração da sua linha ferrea, inaugurada em 1908 pelo último rei de Portugal sr. D. Manuel II, que tão aclamado foi durante o trajecto percorrido, havendo demonstrações de grande regosíjo principalmente em Oliveira de Azemeis e Feira, vila onde os convidados estacionaram mais de uma hora no meio do delírio e entusiasmo do povo e auctoridades.

Este congresso é o primeiro que se realísa no nosso país, conjugado com cinco exposições regionais em que serão apresentados os artigos, não só industriais como agrícolas, produzidos naquela vasta e importante região.

Por sugestão do Agente Geral das Colónias, organiza-se em S. João da Madeira uma exposição colonial, de artigos que mais interessam à economia e à indústria regional, procurando-se assim um estreitamento de relações entre a Metrópole e as nossas colónias.

Conjuntamente serão feitas uma série de visitas, ou excursões, aos locaes de maior valor turístico e monumental e aos notáveis Museus de Grão Vasco em Vízeu e Regional em Aveiro, realisando-se as sessões do Congresso nestas duas importantes cidades.

PROGRAMA [extracto]

9 de Dezembro de 1933.

Albergaria-a-Velha — Exposíção Regional, na estação de caminho de ferro.

Principais artigos expostos:

Material agrícola e vínario, prensas, esmagadores, etc.; ferros de engomar, fogões, fornos, fogareiros, material sanitário, autoclismos, buchas de rodas, etc..

Branca : Cerâmica de construção, telha, tijolo, tubos de grès.

Visita á Fundição e Fábrica de Augusto Martins Pereira.

Gazeta de caminhos de Ferro

Em 1933 foi realizada em Albergaria-a-Velha uma exposição regional, no âmbito do I Congresso Regional Ferroviário. (Wikipédia, Gazeta dos CF)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Imagens



Quartel "Século XXI" (imagens do futuro Quartel)


Retiradas do site da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha

quinta-feira, 7 de abril de 2011

As Câmaras Municipais e o Ministério das Finanças entre 1908 e 1975

CATÁLOGO ELECTRÓNICO DO ARQUIVO CONTEMPORÂNEO DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças 2010)

Até 1974, sempre que uma Câmara Municipal necessitava de contrair um empréstimo, estava obrigada a solicitar autorização ao Ministério das Finanças, que analisava as contas camarárias, por forma a verificar se a edilidade tinha condições financeiras para satisfazer o empréstimo. No Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças existe uma vasta série documental, imprescindível a todos os interessados em história local, intitulada «Empréstimos às Câmaras Municipais», que está a ser devidamente descrita e informatizada.

No Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças, existe uma vasta série documental relativa aos empréstimos solicitados pelas Câmaras Municipais. A documentação está balizada entre 1908 e 1975 e um processo é constituído, regra geral, pela seguinte tipologia documental:

-   Requerimento ao Ministro das Finanças solicitando autorização para contrair o empréstimo.
-     Cópia da acta da reunião de Câmara onde se deliberava o pedido de empréstimo.
-     Cópia da sessão do Conselho Municipal.
-     Certidão dos saldos em dívida de empréstimos contraídos anteriormente.
-     Relação nominal das dívidas passivas.
-     Orçamento ordinário do ano económico em que se solicitava o empréstimo.
-     Conta de gerência do ano anterior.
-     Avaliação do pedido de empréstimo pelo Ministério das Finanças.
-     Despacho do Ministro das Finanças.
-     Comunicação à Câmara Municipal do despacho ministerial.
-     Publicação da portaria no «Diário do Governo» a autorizar o empréstimo.
   
Esta série é uma preciosa fonte documental para todos aqueles que se dedicam ao estudo da história local, uma vez que através destes processos se consegue traçar o quadro socio-económico do país, perceber quais os sectores onde o investimento municipal se fazia sentir com mais insistência, comparar os investimentos díspares entre os diversos municípios do país, etc.

No InfoGestNet, pode agora ter acesso aos registos dos empréstimos das primeiras vinte e cinco câmaras, organizados alfabeticamente. Periodicamente, serão disponibilizados novos registos respeitantes a outras câmaras municipais.

Ana GasparData: 30/09/2003

CÂMARA MUNICIPAL DE ALBERGARIA-A-VELHA

ACMF/Arquivo/SG/EMP/ABV/011 - Processo - Construção de edifício escolar [ 16-09-1968 / 15-05-1969] Cx. 5 Trata-se do empréstimo de 2500 contos destinados à construção do edifício do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 121, II série, de 22 de Maio de 1969. Contém memória descritiva e projectos para a obra.

ACMF/Arquivo/SG/EMP/ABV/012 - Processo - Abastecimento de água e remodelação da rede eléctrica [30-08-1963 / 02-08-1971] Cx. 5 Trata-se do empréstimo de 4500 contos destinado a: 1) Obras de remodelação da rede eléctrica (3000 contos); 2) Remodelação da rede de abastecimento domiciliário de água (800 contos); 3) Aquisição de contadores de água (250 contos); 4) Aquisição de contadores de energia eléctrica (200 contos). Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 121, II série, de 14 de Maio de 1969. A 20 de Outubro de 1970, a Câmara Municipal solicita autorização para utilizar o saldo de 1300 contos da verba de 3000 contos na compra de terrenos para construção, pelo Estado, da Escola Técnica e na urbanização do local onde se encontra em construção a Escola Preparatória Conde D. Henrique, o que foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 279, II série, de 2 de Dezembro de 1970. Tendo conhecimento que o Estado assumia os encargos com a aquisição dos terrenos referidos, pretende a Câmara Municipal utilizar a verba de 1300 contos na obra de remodelação da rede de abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro, o que é autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 183, II série, de 5 de Agosto de 1971.

Outros empréstimos:

1942 - Conversão de empréstimo anterior destinado à electrificação de várias localidades

1947 - Electrificação de várias povoações e amortização de empréstimo entre particulares

1950 - Electrificação do concelho

1947 - Abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro

1952 - Aquisição de contadores de água

1954 - Abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro

1961 - Aquisição de máquinas de contabilidade

1962 - Abastecimento de água a Angeja, Frossos e Fontão

1964 - Aquisição de terreno para o mercado e urbanização de Albergaria-a-Velha

1968 - Construção do mercado municipal

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Memórias de Albergaria-a-Velha

Com (...) novo formato, a Agenda Cultural torna-se mais informativa(...) há uma nova secção do Arquivo Municipal, Memórias de Albergaria-a-Velha, com efemérides retiradas da Hemeroteca que, certamente, irão avivar as recordações de muitos Albergarienses.

.Agenda Cultural 109, Abril 2011

Estas efemérides lembram muito um dos espaços que o Dr. Alburquerque Pinho assinou nos jornais locais [Efemérides do concelho] mas com outro tratamento.

Era preferivel abordar um ou dois temas por mês ou alargar o espaço para duas páginas. Talvez fosse mais aliciante ter um espaço para divulgar extractos de jornais antigos (publicidade da época, recortes, ...) e outras curiosidades. Mais do que para avivar recordações funcionaria para termos uma ideia do que se passava em determinada época.

Também era de saudar um espaço na internet (blog, facebook, página da autarquia) para divulgar essas e outras recordações da nossa terra.

Uma parceria ao Jornal de Albergaria também poderia ser benéfico para ambas as partes. Lembro que por ocasião da morte do Dr. Albuquerque Pinho (2002) foi divulgada uma lista de alguns livros em que estava a trabalhar. Um deles seria uma "Colectânea de artigos publicados na imprensa albergariense".

Fica mais uma vez esta nota porque o 10º aniversário da sua morte (em 2012) poderá ser uma oportunidade para fazer o lançamento de algumas dessas obras e de fazer outras iniciativas.