sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Imagens dos Bombeiros de Albergaria

ver mais imagens em http://www.bombeirosdealbergaria.pt/portal/

Imagem com a maquete do Quartel actual (projecto de 1966 e inauguração do Quartel em 1969)

2000: Bombeiros de Albergaria


Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, 1925-2000 : 75º Aniversário
(2000)

Texto do cartaz:

Instituto de Utilidade Pública, Sócio colectivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, desde 4 de Agosto de 1956, louvor da Direcção Geral dos Serviços Florestais e Agrícolas, em 18 de Junho de 1963, Medalha de Ouro - 2 estrelas, da Liga dos Bombeiros Portugueses, em 3 de Dezembro de 1980, Medalha mérito municipal (Cobre) atribuída pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, em 27 de Maio de 1995; Programa das comemorações...

URL
http://sinbad.ua.pt/cartazes/CT-CA-I-6

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lista dos telefones



Lista dos telefones ligados à rede de Albergaria-a-Velha (em 5 Dezembro 1942)

facebook CG (Duarte Machado)

Lista dos Telefones ligados à rede de Albergaria-a-Velha (1942)

1 - Posto Público da Estacão.
2 - António Henriques da Costa.
3 - Secretaria Notarial.
4 - Guarda-Fios Neto.
5 - José Domingues Pereira.
6 - Fundição Alba.
7 - Posto Público - Café Bristol.
9 - Germano Marques da Silva.
10 - António Domingues Pereira.
11 - Fábrica de Vale Maior.
12 - Posto Público do Sobreiro.
13 - Hospital.
14 - Câmara Municipal.
15 - Francisco Rodrigues da Silva (Mineiro).
17 - Dr. António de Pinho.
18 - Dr. Flausino Correia.
20 - José Nogueira Vidal.
21 - Padaria Bijou - Araujo & Filhos.
23 - Chefe da Estacão Telegrafo Postal  -  Residencia.
24 - Chefe da Estacão Telegrafo Postal  -  (Gabinete).
25 - Estacão Teleg. Postal - Guichet.


Posto 1 Souto da Branca - Estacão Regional.
Posto 3 Souto da Branca - António Pereira do Silva.
Posto 4 Souto da Branca - Humberto Pereira.
Posto 5 Souto da Branca - Fábrica Cerâmica.


Posto 1 Albergaria-a-Nova — Serafim Baptista.
Posto 2 Albergaria-a-Nova — José Silva Batista.
Posto 3 Albergaria-a-Nova — Minas do Palhal.
Posto 4 Albergaria-a-Nova — Caima Pulp & C.a.

...

sábado, 17 de setembro de 2011

De Armas



Á primeira vista parece que vamos tratar de mulheres da fôrça da Maria da Fonte, mas não, vamos tratar das primeiras mulheres que no nosso pais tiraram licença de porte de arma.

Segundo uns registos que observámos sabe-se que a Administração do Concelho de Albergaria-a-Velha foi a primeira a passar licença de porte de arma a D. Rosa Marques da Silva, proprietária.

A segunda licença foi requerido por D. Joaquína de Jesus, de Angeja, e concedida nos termos da lei.

Estas licenças estão registadas sobre os númeror 116 e 126, no livro respectivo das licenças de porte de arma, e fõram concedidos no mês de Outubro de 1904.

Depois desta data foi passada outra licença á sr.ª D. Ana Magalhães Rodrigues, fotógrafa da Vila de Chaves.

A primeira licença de porte de arma passada a seguir à implantação da República em Portugal foi passada em Março de 1912, à sr.ª D. Plácida Amélia Jesus da Silva, parteira em Lisboa.

Depois fôram oferecidas licenças e armas a sr.ª D. Maria Arade e outras espécies de «Passionárias» que Deus haja.

ECOS E COMENTÁRIOS Por SABEL
Gazeta dos Caminhos de Ferro nº 1174, 16/11/1936

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

2002: "Casa da Praça" em Angeja vira Centro Paroquial e Social


“Angeja é das freguesias do concelho de Albergaria que está menos bem dotada de tudo, desde os arruamentos, aos equipamentos sociais, actividades recreativas, desportivas, fruto, porventura, sobretudo, de algumas rixazitas políticas que, muitas vezes, eram mais pessoais do que propriamente políticas. A Paróquia tem procurado o equilíbrio e feito tudo por tudo para que se faça uma comunidade harmoniosa. A comunidade eclesial, que deve estar inserida na sociedade, pede colaboração e nós procuramos colaborar em tudo que se proporcione a bem de todos. O Centro Social e Paroquial é uma das estruturas que faltavam.”

Este um dos primeiros desabafos francos do Padre Dr. Querubim José Pereira da Silva, na breve conversa que mantivemos em frente da sua linda e restaurada Igreja de Nossa Senhora das Neves, um Padre que distribui a sua actividade eclesial entre a Paróquia, banhada pelo rio Vouga, onde se alarga e expande ou alaga, e o Secretariado Nacional da Educação Cristã que dirige em Lisboa. Semanas e semanas seguidas com mil e uma ocupação, entre terras aveirenses e olissiponenses.

Obra para congregar

Depois de nos escalpelizar todo um trabalho, que já vem sendo desenvolvido sobre o Centro Social e Paroquial de Angeja, o padre Querubim, disse-nos que “salvo um ou outro episódio relacionado com a troca do edifício do Centro, tudo tem corrido bem e ainda agora no convívio-almoço, juntou mais de 300 pessoas, estando também presentes entidades locais, um convívio muito amistoso entre todos os que “visitaram as obras”, evidenciando-nos o padre Querubim ter noção num dar de mãos para uma obra que é para todos. Sábado Juvenil de Angeja promoveu uma festa em favor das obras, não pelo significado económico que pudesse ter, mas pelas energias que convocou e congregou desde o Rancho Folclórico, à Orquestra da Banda de Angeja. Este encontro, foi, de facto, uma boa actividade. Um salão de festas completamente cheio criando esse bom clima de unidade com vista ao futuro do Centro Social e Paroquial, uma estrutura social de apoio a todo o Povo de Angeja e ainda de Frossos”,— diz-nos o padre Querubim, olhando para a obra que caminha a passos largos para a sua concretização, porventura, já no próximo mês de Março.

Orçada em 130 mil contos

E prosseguindo referiu-nos que “após termos luz verde da Segurança Social pedimos à Câmara Municipal a reapreciação do projecto que já tinha sido aprovado. Foi-nos informado que o PDM tinha sido aprovado, porém, as condições do nosso projecto tinham sido alteradas. Nessa altura o então Presidente da Câmara decidiu avançar com a ideia da Casa da Praça, assim conhecida. Uma decisão polémica. A Junta de Freguesia pretendia aquele imóvel para sua sede e casa da cultura. Polémica também porque foi uma aquisição, cara para o valor real do prédio, com um estilo,um tanto de Arte Nova,— da Casa do Brasileiro,do princípio do século passado, uma arte a preservar, tornando o projecto um pouco mais caro. Como não vislumbramos outras hipóteses, acabámos por aceitar, pondo de lado o local, ao lado da Igreja, onde germinou a ideia da construção. E a obra começou, e estamos satisfeitos.O grande trabalho está feito e prestes já a entrar nos acabamentos e iniciámos conversações com a Segurança Social para encetarmos a actividade este ano.

A obra foi orçada em 130 mil contos, porém, apareceram alguns trabalhos extras, uns com os quais concordamos, outros de que discordamos. Mas tudo se tem procurado harmonizar em diálogo.

— Que valências?

— Vai servir como Centro Dia e está calculado para 40 utentes, com uma vertente de apoio domiciliário e uma pequena unidade de apoio integrado, de seis camas, para acamados de emergência, com protocolo a estabelecer, nesta assistência, com o hospital. Não se trata de um lar, mas sim um espaço de emergência para que mais tarde venhamos a desenvolver um Centro de Acolhimento no terreno que ainda temos, mas nunca ultrapassará as médias domésticas, isto é, nunca será para dezenas de idosos. Será sempre para um número restrito que diminui a dimen-são familiar e um espaço para ocupação de tempos livres para jovens”— disse-nos, esclarecendo, existir uma outra instituição — a Creche Helena Albuquerque Quadros — uma Fundação gémea da de Rocas do Vouga que presta serviço aos adolescentes em Tempos Livres. “Não estamos em concorrência, mas em convergência assinale-se. Uma instituição não nasce para se prestigiar, mas para servir. O serviço domiciliário irá começar a funcionar em Frossos, dado que não há possibilidades de haver ali um centro. Um protocolo estabelecido com a Segurança Social .”

Aqui fica descrita mais uma obra que se deve ao esforço de todos, obras que nascem.

Mas, quando há colaboração de todos, tudo se resolve.

Daniel Rodrigues, Correio do Vouga, 21/02/2002

2001: Praça em Angeja gera conflito

O projecto de remodelação do centro histórico de Angeja, em Albergaria-a-Velha, está a causar polémica. A presidente da Junta, Helena Vidinha, pede a intervenção do Instituto Português do Património Arqueológico e Arquitectónico (IPPAR). Que aguarda esclarecimentos da Câmara.
Em causa está uma nova configuração da Praça da República, onde existe um pelourinho, considerado monumento nacional e uma fonte centenária, que, segundo a autarca, não se justificam.

«Está muito bem como está», disse Helena Vidinha ao JN, salientando que o que é necessário «é melhorar o aspecto da praça que é um local de convívio e de estar das pessoas».

«Melhorar a calçada e recuperar o fontenário, por exemplo», disse a autarca ao JN, que salientou que nunca esteve na mente da Junta de Freguesia propor à Câmara uma «alteração radical» do local.

«Qualquer alteração ou intervenção tem que respeitar a grande carga de afectividade que aquele local tem para a população», referiu a autarca. «Não gostaríamos de ver a praça destruída como centro de convívio», disse.

«Há muita gente que diz que se o projecto da Câmara for para a frente toca o sino a rebate», confidenciou a presidente da Junta de Freguesia de Angeja.

O presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, Rui Marques tem uma posição contrária, lembrando que as duas propostas de remodelação da praça feitas pelo GTL de Angeja ainda não tiveram qualquer deliberação.

«Pretende-se transformar, dignificar e abrir aquele espaço, que tem servido para estacionamento de automóveis quando há um a apenas 50 metros», disse o autarca ao JN.

«Queremos colocar o pelourinho num local mais central e dignificante como fizemos em Frossos», disse Rui Marques, que não entende a posição da presidente da Junta de Freguesia.

«Ela está contra tudo», disse o presidente da Câmara, enquanto Helena Vidinha refuta. «Ele não está habituado a que lhe batam o pé». «É falso que vamos cortar as árvores e não há nenhuma falha da nossa parte. Temos muito respeito por Angeja. Repare que são raros os GTL fora das sedes do concelho. Pusemos lá um», disse.

Jesus Zing / JN, 15/08/2001

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Alexandre Albuquerque e Afonso Costa


Visara o director do Liberal, dr. Alexandre Correia Telles de Araújo de Albuquerque, o deputado republicano dr. Affonso Costa com algumas phrases violentas em artigo d'aquelle órgão do partido progressista, publicado em 31 de Maio sob o titulo: «Biographia de Affonso Costa».

A 2 de Junho, era o director do «Liberal» procurado pelas testemunhas do deputado republicano, o director do «Mundo», António França Borges e o deputado dissidente, dr. João Pinto dos Santos. Alexandre de Albuquerque, representado pelas testemunhas, o dr. António Horta Osório e o conde de Águeda, fazia salientar o facto de só ser exigida reparação 48 horas depois de publicado o artigo, aliás reproducção de outros dados á publicidade em 26 e 27 de Abril e 11 de Maio. Evocado era ainda o código de Croabbon, que determinava a suspensão de pendências de honra, quando houvesse qualquer accusação criminal contra um dos adversários, citando a existência no juizo de instrucção criminal d'uma queixa de António Júlio Machado contra o dr. Affonso Costa pelo caso das cartas de D. Fernando de Serpa.

Comtudo, a situação difficil do partido progressista ante os escândalos da questão Hinton e do Credito Predial, conduzindo os políticos monarchicos a desconcertos na sua deteza e a ataques violentos aos delegados republicanos, levaram Albuquerque e Costa a defrontar-se, de espada em punho, na manha de 8 de Junho em recinto vedado, ou fôsse a quinta das Loureiras, annexa á vivenda Grandella, em S. Domingos de Bemfica.

Em dois assaltos, ficaram feridos, o dr. Affonso Costa na parte externa do ante braço esquerdo, interessando só a pelle e o tecido cellular subcutâneo e o dr. Alexandre de Albuquerque na região peitoral direita, interessando a pelle, o tecido cellular subcutâneo e o tecido muscular. O director do «Liberal», ao dar-se a voz de alto, por um desvio da espada, ainda tocou com
ella o dr. Affonso Costa, não o ferindo. Protestou este, mas o dr. Alexandre de Albuquerque, demonstrou a intenção involuntária do seu gesto de ataque.

Não houve reconciliação e o dr. Albuquerque teria, apoz a republica, o castigo de se ter lançado contra o caudilho democrata. Esse castigo era a demissão do logar de contador do juizo de direito, sendo substituído pelo irmão do deputado republicano, Arthur Costa.

in A REVOLUÇÃO PORTUGUEZA de ARMANDO RIBEIRO (1915)