Café Leão em 02/11/1951 (foto cedida pelo Sr. Rui Castanheira ao Portal de Albergaria) Sentados à mesa da esquerda para a direita: Mário Conde, Atanásio Ribeiro, Luís Mano, Matos, Rocha (dono do café), José Homem e Minhato.(DM) Na foto, quase ao centro, de gola alta preta e gabardina, é Orlando Bismarck, com 18 anos de idade.(DB) Facebook Café Girassol, 31 de Julho de 2011 https://www.facebook.com/groups/237000052999189/ Atanásio Ribeiro, Gomes (Foto Gomes),Orlando Bismarck, Álvaro, Jaime Patrício, Rocha (dono do Café Leão) entre outros... |
FALECEU O SR. ANDRADE
Desde que me lembro, sempre me habituei a ver o sr. Andrade num grupo de pessoas onde estava o meu Pai. Eram pessoas da Alba, mas eram sobretudo pessoas do antigo Café Leão, depois do Café Avenida e por fim do Café Napoleão (menos do Girassol).
Descontados os que eram mais novos (e que felizmente continuam por aí), eram pessoas que agora estariam pelos 90 anos, mais 5, menos 5. Hoje, o sr. Andrade tinha menos, o meu Pai teria mais. Não os nomeio todos, mas num só fôlego recordo alguns só para amostra, e pelos nomes por que os tratavam: o Marques da Silva, o Lalande, o Lima, o Mário Conde, o engenheiro Miguel, o Alberto Soares Pereira, o Rebelo, o António Augusto, o Deltinho, o Figueiredo… Mas, sendo pessoas da mesma geração, eram sobretudo um grupo de amigos, mais ou menos íntimos, que praticavam a tertúlia e o convívio à mesa do café, diariamente, várias vezes ao dia. O meu Pai faleceu há 20 anos, o sr. Andrade foi a sepultar ontem. Creio que, desse grupo de homens bons, entre os 85 e os 90 , o sr. Andrade foi o último a falecer.
Deixo aqui a minha homenagem a um homem de convívio fácil, com um apurado e sibilino sentido de humor, muito culto (tanto quanto ser-se culto é conhecer-se o mundo) e modesto. Para comigo, filho do seu colega Nestor, colega do Colégio dos seus filhos José e Manuela, o sr. Andrade teve sempre uma atitude de muita estima e consideração. Nos últimos anos não eram assim tantas as conversas que tínhamos, mas era o cumprimento, simples e amigo que trocávamos quando nos víamos. E isso chegava, para perceber a sua afectuosidade.
Sei que foi um bom Pai – este pode ser o seu elogio fúnebre. Com o seu falecimento, há uma parte muito considerável da minha memória que se encerra, em jeito de fim de capítulo. E deixa muitas saudades.
Mário Jorge Lemos Pinto, 22/07/2014 (facebook)
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