Com a abertura da Escola Secundária e da Escola Preparatória Conde D. Henrique foi criada uma nova zona habitacional em Albergaria-a-Velha conhecida por "Novos Arruamentos das Escolas Técnicas". Com o tempo passou a ser conhecida apenas por "Novos Arruamentos".
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
2002: "Casa da Praça" em Angeja vira Centro Paroquial e Social
“Angeja é das freguesias do concelho de Albergaria que está menos bem dotada de tudo, desde os arruamentos, aos equipamentos sociais, actividades recreativas, desportivas, fruto, porventura, sobretudo, de algumas rixazitas políticas que, muitas vezes, eram mais pessoais do que propriamente políticas. A Paróquia tem procurado o equilíbrio e feito tudo por tudo para que se faça uma comunidade harmoniosa. A comunidade eclesial, que deve estar inserida na sociedade, pede colaboração e nós procuramos colaborar em tudo que se proporcione a bem de todos. O Centro Social e Paroquial é uma das estruturas que faltavam.”
Este um dos primeiros desabafos francos do Padre Dr. Querubim José Pereira da Silva, na breve conversa que mantivemos em frente da sua linda e restaurada Igreja de Nossa Senhora das Neves, um Padre que distribui a sua actividade eclesial entre a Paróquia, banhada pelo rio Vouga, onde se alarga e expande ou alaga, e o Secretariado Nacional da Educação Cristã que dirige em Lisboa. Semanas e semanas seguidas com mil e uma ocupação, entre terras aveirenses e olissiponenses.
Obra para congregar
Depois de nos escalpelizar todo um trabalho, que já vem sendo desenvolvido sobre o Centro Social e Paroquial de Angeja, o padre Querubim, disse-nos que “salvo um ou outro episódio relacionado com a troca do edifício do Centro, tudo tem corrido bem e ainda agora no convívio-almoço, juntou mais de 300 pessoas, estando também presentes entidades locais, um convívio muito amistoso entre todos os que “visitaram as obras”, evidenciando-nos o padre Querubim ter noção num dar de mãos para uma obra que é para todos. Sábado Juvenil de Angeja promoveu uma festa em favor das obras, não pelo significado económico que pudesse ter, mas pelas energias que convocou e congregou desde o Rancho Folclórico, à Orquestra da Banda de Angeja. Este encontro, foi, de facto, uma boa actividade. Um salão de festas completamente cheio criando esse bom clima de unidade com vista ao futuro do Centro Social e Paroquial, uma estrutura social de apoio a todo o Povo de Angeja e ainda de Frossos”,— diz-nos o padre Querubim, olhando para a obra que caminha a passos largos para a sua concretização, porventura, já no próximo mês de Março.
Orçada em 130 mil contos
E prosseguindo referiu-nos que “após termos luz verde da Segurança Social pedimos à Câmara Municipal a reapreciação do projecto que já tinha sido aprovado. Foi-nos informado que o PDM tinha sido aprovado, porém, as condições do nosso projecto tinham sido alteradas. Nessa altura o então Presidente da Câmara decidiu avançar com a ideia da Casa da Praça, assim conhecida. Uma decisão polémica. A Junta de Freguesia pretendia aquele imóvel para sua sede e casa da cultura. Polémica também porque foi uma aquisição, cara para o valor real do prédio, com um estilo,um tanto de Arte Nova,— da Casa do Brasileiro,do princípio do século passado, uma arte a preservar, tornando o projecto um pouco mais caro. Como não vislumbramos outras hipóteses, acabámos por aceitar, pondo de lado o local, ao lado da Igreja, onde germinou a ideia da construção. E a obra começou, e estamos satisfeitos.O grande trabalho está feito e prestes já a entrar nos acabamentos e iniciámos conversações com a Segurança Social para encetarmos a actividade este ano.
A obra foi orçada em 130 mil contos, porém, apareceram alguns trabalhos extras, uns com os quais concordamos, outros de que discordamos. Mas tudo se tem procurado harmonizar em diálogo.
— Que valências?
— Vai servir como Centro Dia e está calculado para 40 utentes, com uma vertente de apoio domiciliário e uma pequena unidade de apoio integrado, de seis camas, para acamados de emergência, com protocolo a estabelecer, nesta assistência, com o hospital. Não se trata de um lar, mas sim um espaço de emergência para que mais tarde venhamos a desenvolver um Centro de Acolhimento no terreno que ainda temos, mas nunca ultrapassará as médias domésticas, isto é, nunca será para dezenas de idosos. Será sempre para um número restrito que diminui a dimen-são familiar e um espaço para ocupação de tempos livres para jovens”— disse-nos, esclarecendo, existir uma outra instituição — a Creche Helena Albuquerque Quadros — uma Fundação gémea da de Rocas do Vouga que presta serviço aos adolescentes em Tempos Livres. “Não estamos em concorrência, mas em convergência assinale-se. Uma instituição não nasce para se prestigiar, mas para servir. O serviço domiciliário irá começar a funcionar em Frossos, dado que não há possibilidades de haver ali um centro. Um protocolo estabelecido com a Segurança Social .”
Aqui fica descrita mais uma obra que se deve ao esforço de todos, obras que nascem.
Mas, quando há colaboração de todos, tudo se resolve.
Daniel Rodrigues, Correio do Vouga, 21/02/2002
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