sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Nasci com a Trovoada


O Cineteatro Alba apresenta na próxima sexta-feira, 1 de setembro, pelas 21h00, “Nasci com a Trovoada – Autobiografia Póstuma de um Cineasta”, documentário sobre a vida e obra do Albergariense Manuel Guimarães. A sessão contará com a presença da realizadora Leonor Areal e é de entrada gratuita.

CMA

"Nasci com a Trovoada"

Era este o título de um projecto de filme autobiográfico que Manuel Guimarães não chegou a realizar e que agora se apresenta como "Autobiografia póstuma de um cineasta", realizado por Leonor Areal, e cuja estreia acontecerá a 9 de Maio, às 21h30, na Cinemateca, integrado na secção Director's Cut do festival IndieLisboa 2017.

O documentário baseia-se integralmente em materiais de arquivo: filmes, fotografias, artigos de jornal, cartas e diários. Manuel Guimarães é a voz de narrador que nos conduz através da sua vida e obra. Em diálogo com fragmentos dos seus filmes, esta “autobiografia póstuma” assume-se como uma outra ficção.

Outras informações em http://nascicomatrovoada.blogspot.pt 

http://manuel-guimaraes.blogspot.pt/2017/04/nasci-com-trovoada.html

Documentário estreado na Cinemateca no dia 9 de Maio 2017.

Sinopse:

NASCI COM A TROVOADA - Autobiografia póstuma de um cineasta

«Gostaria de ter um neto. Poderia ser uma neta. Ela casaria e teria filhos. Falariam algum dia de mim?... “O teu bisavô era realizador de cinema. Fez uns filmes. Alguns, segundo os jornais da época, prometiam. Também pintava qualquer coisa. Mas abandonou. Viveu muito mal. Sempre cheio de dúvidas e de aflições. Quem pagou foi a bisavó, coitada!” Que mais poderão dizer de mim? Que morri de um enfarte, talvez, aos 52 anos de idade!... Quando farei outro filme? »

Manuel Guimarães (1915-1975) foi o principal cineasta neo-realista do cinema português. Os seus filmes revelam um olhar original sobre a sociedade portuguesa, escolhendo personagens consideradas marginais: saltimbancos, pescadores, vadios, prostitutas, estivadores, jornaleiros, etc. Nelas se espelha uma arte de sonhar, aliada a uma ética da resistência e à capacidade de sacrifício que nunca abandona a esperança.

O seu cinema é de índole trágica, mas também a vida do realizador, sacrificada à sua obra, espelha uma outra tragédia pessoal: a de um homem de talento que queria voar alto, mas teve de viver os «anos de chumbo» da ditadura, sofrendo amargamente às mãos da censura.

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