Albergaria vai acolher futuro Museu Nacional de Recursos Hídricos
O município de Albergaria-a-Velha vai acolher um museu de âmbito nacional dedicado aos recursos hídricos, no âmbito de um protocolo que foi assinado este mês entre esta autarquia do distrito de Aveiro e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Em declarações à Lusa, o vereador com o pelouro da Cultura, Delfim Bismarck, disse que o Museu Nacional e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos irá ficar instalado numa parte da antiga fábrica de papel de Valmaior, que será alvo de requalificação.
Segundo o vereador, o investimento com a requalificação do imóvel e aquisição do equipamento deverá rondar uma quantia entre os seis e os sete milhões de euros, os quais serão suportados quase na sua totalidade por fundos comunitários.
“Isto é um processo demorado. Não vamos ter o museu aberto daqui a dois anos, mas esperemos ter o edifício já quase requalificado nessa altura, ou em vias disso e estar tudo a andar”, disse o vereador.
Delfim Bismarck referiu que o projeto nasceu da necessidade de centralizar toda a documentação histórica da APA que se encontra “espalhada a nível nacional por sete ou oito edifícios” sem condições.
“Um ou outro [documento] tem a inventariação e tratamento documental, mas a maior parte da documentação está posta de lado, está em armazéns com humidade, não inventariada. Os investigadores querem estudar cada vez mais essa documentação e não conseguem aceder porque não está inventariada, está em caixotes, não está numerada, não está organizada”, disse o vereador.
Além da preservação e tratamento deste acervo histórico, o objetivo deste projeto é também disponibilizar estes arquivos para investigação.
“O que se pretende é que Valmaior, para além de ter os seus funcionários do arquivo e do museu, tenha uma comunidade científica, os investigadores, principalmente os da Universidade de Aveiro que, pela sua proximidade, vão lucrar bastante com isso, terem a documentação história de recursos hídricos portugueses toda ali disponível a médio prazo”, referiu Delfim Bismarck.
No âmbito do protocolo que foi assinado entre as duas entidades, o município compromete-se a disponibilizar um espaço e recursos técnicos para a constituição do museu em estrita colaboração com a APA.
A APA obriga-se a contribuir com uma quantia anual até 36 mil euros para as despesas de manutenção e funcionamento dos espaços ocupados pelo museu, bem como a suportar os encargos imputados ao respetivo transporte.
O protocolo terá a duração de três anos renovável automaticamente e sucessivamente por igual período.
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