quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

11 de Fevereiro

Deixar passar em claro o dia 11 de Fevereiro, seria quanto a nós uma falta indesculpável, pelo que ele representa de lu­ta, querer, e esforço pelas coi­sas de Albergaria-a-Velha.

Diríamos mesmo que esta data está pré-destinada para as efemérides valiosas tal aquilo que representa de progresso na nossa vila.

Uma só data e dois aniver­sários, é para nós qualquer coisa que nos entusiasma e que nos obriga a dizer que nestes assuntos nem sempre há me­mória curta.

CINE-TEATRO ALBA

A primeira festa de aniversá­rio vai para o Cine-Teatro Al­ba, que em 11 de Fevereiro de 1950 abriu as suas portas ao Público. Numa pequena brochura policromada, tendo como abertura a figura saudosa e sempre presente de Américo Martins Pereira onde se enal­tecia a obra à data inaugura­da, esta publicação debruça-se sobre o apetrechamento da casa da espectáculos podendo-se ler:

«O Cine-teatro Alba — pro­jecto do Eng.° Júlio José de Brito, é sem dúvida uma das melhores, mais modernas e mais luxuosas casas de espec­táculos do país...

Com uma lotação total de cerca de 600 cómodos lugares, é dotado de aparelhagem dupla
de cinema — Gaumont Kalle 21 — alta fidelidade em som, equipada com lanternas de pro­jecção de grande intensidade e projectores para o palco, pos­suindo uma instalação de alto­-falantes, numa rede completa, com sinal de chamada eléctrica por todo o edifício, enriqueci­do com todos os pavimentos e lambrins revestidos de mármo­re, um magnífico bar, sala- de recepção luxuosíssima, esplên­didos vestiários, escaparates de exposição, etc., o Cine-Teatro Alba é uma casa de espectá­culos sem rival na província e competindo, mesmo, com as melhores da capital».

A família Martins Pereira no seu todo não foi esquecida com encómios ao seu chefe de então Sr. Augusto Martins Pereira «homem que vive pelo coração e pelo cérebro com largo saber de experiência feito, tanto tem trabalhado e produzido para tornar Albergaria maior e. melhor, evidenciando , e dedicando-lhe, as mais vastas faculdades de realização.»

(…)

É efectivamente um espaço de que Albergaria e seu con­celho continua a usufruir e que ,nós hoje aqui trazemos somen­te para lembrar que os homens passam mas as obras ficam, num testemunho do quanto va­le a pena o empenhamento pe­lascoisas. úteis da terra.

RÁDIO

A 11 de Fevereiro de 1986 foi para o ar e pela primeira vez a Rádio Independente de Albergaria, que constituída em cooperati­va, veria o seu nome alterado meses depois para Rádio Osseloa — C. R. L. nome que presentemente ostenta. Poder­-se-á dizer que não foi fácil a sua implantação e quanto ao seu nascimento ele observou-se com um certo medo e indesmentível pessimismo. Talvez quem sabe, se uma experiência e nada mais! Mas assim não aconteceu. Com o saber, esfor­ço e tenacidade dos seus fun­dadores srs. Horácio Araújo Gomes, Fausto Pereira Gomes e seu filho Manuel Pereira Go­mes a rádio local fez ouvir a sua voz. Quanto a estúdios é que a coisa não tem andado bem, isto é, tem-se andado de Caifaz para Pilatos como soe dizer-se, valendo neste aspecto a boa vontade de`diversas pessoas que voluntariamente têm cedido a título precário as ins­talações por vezes em casa própria. Em 18-12-86 tomou posse a primeira direcção a (….)

Beira Vouga nº 395, 16/02/1987

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