sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Albergaria-a-Velha

APRESENTAÇÃO

Resenha histórica

Em Novembro de 1117 D. Teresa concede Carta do Couto de Osseloa em favor do fidalgo Gonçalo Eriz, doando-lhe vastas terras, Uma das razões para o fazer prendia-se com a instituição de uma albergaria ao cimo da estrada do lugar de Osseloa, a qual o fidalgo seria obrigado a manter e serviria para acolher, proteger e assistir os viajantes, pobres e doentes.

A fundação da primitiva "albergaria" levou as pessoas a estabelecerem-se em seu redor e a fixarem-se junto a Assilhó, formando um pequeno povoado que, adotando aquele nome, originaria a atual Albergaria-a-Velha. Esta qualificação de "velha" surgiu para a distinguir de outras albergarias mais recentes, que no país e terras hispânicas junto à fronteira comum foram surgindo.

Depois das terras do Couto terem regressado de direito à administração da Coroa, por extinção da descendência direita de Gonçalo Eriz, o rei D. João II doou-as à irmã, D. Joana, que por sua vez as legou às Dominicanas do Convento de Jesus em Aveiro. As freiras de Jesus acabariam por criar em 1496 a freguesia de Santa Cruz de Albergaria-a-Velha, constituída por Albergaria-a-Velha (a principal aldeia) e pelos lugarejos da área do Couto (Assilhó, Sobreiro, Frias de Baixo e de Cima, S. Marcos e Fontão).

No séc. XIX, em oposição ao absolutismo régio, surgiu um forte núcleo de liberais albergarienses que, em 1828 apoiou as forças do então coronel José António da Silva Torres Ponte de León nos combates do Marnel e da Ponte do Vouga contra as tropas fiéis a D. Miguel. Depois da queda de D. Miguel, general Torres serviu-se do seu alto cargo e em reconhecimento aos albergarienses determinou, apoiado pelo Decreto de 9 de Janeiro de 1834, que o Concelho de Albergaria-a-Velha fosse criado no final desse ano.

Ao promover a elevação de Albergaria-a-Velha à categoria de Vila e criando o seu Concelho, retirou-a do Concelho de Aveiro, anexando-lhe ainda a freguesia de S. João de Loure e duas partes da freguesia de Valmaior. A fundação do Concelho seria assinalada no dia 13 de Fevereiro de 1835, pela primeira sessão da câmara, presidida por José Correia de Meio, conforme consta no "Livro para os Acordãos da Câmara d'este Concelho d'Albergaria Velha".

Em 1842, ano em que se integrou a freguesia de Alquerubim neste Concelho, foi restaurado o Concelho de Paus, extinguindo-se o de Albergaria-a-Velha. A extinção, embora temporária, ocorreu na sequência do período Cabralista e durou até 1846. Vieram posteriormente a incorporar o Concelho as freguesias de Angeja e Frossos (1853), Branca e Ribeira de Fráguas (1855) e a restante parte da freguesia de Valmaior (1856).

O crescimento económico do município desenvolveu-se com base no Rio Vouga, ligado ao progresso das freguesias ribeirinhas de Angeja, Frossos, Alquerubim e S. João de Loure, Com o aparecimento da indústria, aliada às vias de comunicação, as freguesias do interior (Albergaria-a-Velha, Branca e Valmaior) tornaram-se, do séc. XVIII ao XX, em polos de crescimento económico, no que respeita à extração de minério, fabrico da pasta de papel, metalurgia e cerâmica.

Em 1868 a autarquia, presidida por Ferreira Tavares, toma a decisão de construir o edifício dos Paços do Concelho, para nele se poderem instalar todos os serviços da Câmara, que se encontravam dispersos pela Vila em condições impróprias e insuficientes. O inicio da construção deu-se em 1869, mas as obras acabaram por ser suspensas em 1873 por falta de recursos financeiros. A construção recomeçou a mando do Presidente Bernardino Máximo de Albuquerque, em 1890, depois de reformulado o projeto. Em 1897 o edifício foi finalmente inaugurado, realizando-se a primeira sessão da autarquia em 10 de Outubro.

No dia 6 de Abril de 2011, os deputados da Assembleia da República votaram, por unanimidade, em sessão plenária, o Projeto de Lei n.º 424/XI, que promove a elevação de Albergaria-a-Velha à categoria de cidade, situação que acabou por ficar oficializada no dia 28 de Junho do mesmo ano, após a publicação da Lei n.º 34/2011.

Localização e Acessibilidades


A25 / IP5 – Aveiro – Vilar Formoso, com saída em Albergaria-a-Velha;

A1 – Lisboa – Porto com saída para A25 / IP5;

IC2 / EN1 – Lisboa – Porto, com saída em Albergaria-a-Velha.

O Itinerário Principal nº1 (IP1) permite a ligação direta entre os dois centros urbanos principais do país, Lisboa e Porto, assim como dos distritos mais dinâmicos do litoral, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria e Santarém. No Município de Albergaria-a-Velha o acesso ao IP1 é feito através do IP5 no nó do Sobreiro, que serve não só o Município de Albergaria-a-Velha como os Municípios envolventes de Aveiro, Águeda, Sever do Vouga, etc.

Na região, a ligação entre o litoral e o interior é feita através do Itinerário Principal nº5 (IP5) que facilita de modo significativo o acesso aos centros do interior, especialmente Viseu e Guarda, no entanto, em virtude de compreender apenas uma faixa de circulação em cada sentido esta via continua inadequada ao fluxo de tráfego que nela circula. A lenta circulação nesta via de comunicação fica também a dever-se ao intenso tráfego de veículos pesados.

Pertencente à Rede Nacional Complementar, o Itinerário Complementar nº2, atravessa no Município a Vila da Branca e a cidade de Albergaria-a-Velha, e faz ligação a norte com os Municípios de Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira e a Sul com o Município de Águeda, ou seja centros industriais importantes na região.

No Município de Albergaria-a-Velha, este eixo compreende algumas áreas problemáticas, principalmente no troço que atravessa os aglomerados urbanos da freguesia da Branca e ainda nos cruzamentos de acesso à cidade de Albergaria-a-Velha."

"O Município de Albergaria-a-Velha encontra-se estruturado por três eixos principais que lhe permite acesso rápido aos centros urbanos nacionais mais importantes" (PDM - Albergaria-a-Velha)

Atividades Económicas


Banhado pelos rios Caima e Vouga que tornam, desde há séculos, particularmente férteis os seus campos, tanto para a agricultura como para a criação de gado, talvez se possa considerar o Município de Albergaria-a-Velha como essencialmente agrícola, embora muitas atividades de cariz industrial se tenham, desde há anos, aqui radicado, contando com ótima localização para o escoamento dos seus produtos.

No Município de Albergaria-a-Velha o sector secundário é o que tem maior representatividade com 56,2% da população ativa, inserindo-se o Município numa região com fortes tradições industriais, O sector primário ocupa apenas 13,6% da população ativa e no sector terciário ocupam-se 30%.

O sector secundário tem representatividade na Indústria transformadora com 74%, de que assume especial importância a fabricação de produtos metálicos, indústrias básicas de metais não ferrosos, indústria têxtil e Indústria de madeira.

Predominam as empresas de pequena e média dimensão com 75% das empresas tendo menos de 20 trabalhadores. A indústria transformadora do Município concentra-se essencialmente nas freguesias de Albergaria-a-Velha e Branca, que fixam à volta de 90% dos postos de trabalho.

O Município de Albergaria-a-Velha beneficia de uma posição geoestratégica, sendo privilegiado com a criação de uma forte e bem estruturada Zona Industrial, na qual assenta, principalmente, o seu desenvolvimento. As atividades do sector secundário mais exercidas no Município são a fundição, as coinfecções, a metalomecânica, o fabrico de equipamentos vários, a transformação de madeiras, o fabrico de papel, o fabrico e restauro de mobiliário, a produção cerâmica, entre outras.

(retirado do Manual de Qualidade do município de Albergaria-a-Velha)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A visita à floresta

No dia 15 de novembro, na parte da tarde, as turmas da professora Carmo e da professora Céu foram visitar a floresta, que está próxima da escola EB de Albergaria-a-Velha.

Pelo caminho, vimos um quintal com árvores e plantas cultivadas: couve-galega, roseiras e outras flores, limoeiros, laranjeiras, oliveiras, pessegueiros, uma latada e alecrim. Junto do alecrim até cantámos a canção tradicional. Assim, vimos árvores de folha caduca e outras de folha persistente ou perene. A seguir, vimos uma quinta onde havia plásticos pendurados para espantar os pardais e vários potes de água para regar a terra. Também havia um galinheiro onde vivem animais de capoeira. Depois passámos por um eucaliptal.

Num pinhal, pudemos observar várias árvores e plantas silvestres, como: a urze, o trevo, o tojo, o musgo, o azevinho e a hera, que é uma planta trepadeira. Nos pinheiros vimos as pinhas e as agulhas ou caruma.  Um pinheiro tinha um golpe no tronco, onde pudemos ver e tocar a resina que estava seca.

Pudemos, ainda, observar a manta morta que é formada por restos de plantas secas. É uma terra escura e fofinha e um bom solo para alimentar outras plantas. No pinhal também vimos cogumelos, que podem ser venenosos. Também vimos alguns animais, como pássaros, duas lesmas enormes, uma larva e duas tocas. No pinhal não havia barulho, só silêncio e, às vezes, o zumbido da natureza, das árvores a mexer pelo vento. Apesar de nos deslocarmos em silêncio, apenas conseguimos ouvir algum chilrear. A Auxiliar D. Glória explicou-nos que talvez fosse por causa do vento.

As árvores que fazem parte desta floresta são: pinheiros, eucaliptos, carvalhos e alguns sobreiros. Estivemos em duas clareiras.

Também vimos alguma poluição feita pelo homem, como plásticos, embalagens e pneus. Até vimos uma zona que tinha vestígios de madeira queimada e refletimos sobre o problema dos incêndios.

Fizemos uma bela caminhada, com exercício físico, respirando ar puro, mas com a companhia de algumas melgas teimosas.

Foi um passeio interessante onde pudemos observar e aprender muitas coisas e, o mais importante, saber apreciar e proteger a natureza.

Texto elaborado pela Inês Vinhas e enriquecido com os colegas
da turma do 4.º A, da EB de Albergaria-a-Velha


Prof.ª Titular da Turma do 4.º A: Carmo Delgado

http://caisdaescrita.blogs.sapo.pt/32153.html 

Cais da Escrita
http://caisdaescrita.blogs.sapo.pt

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Boletim Municipal - Curiosidades

Curiosidades do concelho de Albergaria-a-Velha

- Tem uma área de 155.98 Km2.

- É confrontado pelos concelhos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Águeda, Aveiro, Murtosa e Estarreja.

- É composta por 8 freguesias: Albergaria-a-Velha, Alquerubim, Angeja, Branca, Frossos, Ribeira de Fráguas, S. João de Loure e VaImaior.

- Tem 68 lugares.

- A maior freguesia do concelho é a Branca (30.22 Km2) e a mais pequena é a freguesia de Frossos (7.95 Km2).

- Cerca de 40% do território municipal é classificado de Reserva Ecológica Nacional e cerca de 30% é classificado de Reserva Agrícola Nacional.

- Aproximadamente 55% do concelho é ocupado por floresta.

- A área urbana do município ocupa cerca de 15% do território.

- Nos últimos cem anos a população do concelho aumentou 88% (de 12.877 habitantes em 1890 para 24.146 habitantes em 1991).

- A densidade populacional do concelho em 1890 era de 83 habitantes/Km2, actualmente é de 154.9 habitantes/Km2.

- Foi o concelho de Albergaria-a-Velha que na década de 80 registou o maior crescimento demográfico (13.2%) de todos os concelhos da região centro.

Boletim Municipal (1991/1992)

sábado, 23 de novembro de 2013

Arquivo Municipal - 5º aniversário


 No dia em que comemorou o seu 5º aniversário – 21 de novembro – o Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha celebrou oito protocolos de colaboração com entidades/ particulares que decidiram ceder a mais diversa documentação, desde jornais, atas de reuniões a fotografias a este importante equipamento de preservação da memória coletiva.
Numa cerimónia solene, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, António Loureiro, e do Vice-Presidente e Vereador responsável pelo Arquivo Municipal, Delfim Bismarck, o ambiente foi de festa com muitas dezenas de munícipes a quererem partilhar desta alegria de ver o espólio do Arquivo Municipal enriquecer com as contribuições da comunidade.

Em relação ao conteúdo dos protocolos, a União de Freguesias de São João de Loure e Frossos cedeu, a título de depósito a 30 anos, Atas das Reuniões da Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia de Frossos dos séculos XIX e XX; o munícipe Fausto Manuel Guimarães Vidal doou a Revista Ilustrada de Propaganda, VOUGA (1931); a Cooperativa de Comunicação Social de Albergaria, CRL doou várias fotografias do arquivo do extinto JORNAL DE ALBERGARIA; a FOTO GOMES doou registos de fotografias, negativos em vidro e negativos em película (cerca de 200 000); o munícipe Pedro Manuel de Oliveira Martins Pereira cedeu, a título de depósito a 5 anos, vários jornais com artigos sobre a família Martins Pereira [ALBA]; a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha cedeu, sob a forma de transmissão de propriedade intelectual, fotografias dos associados; o munícipe Duarte de Jesus Machado doou um cartaz [Nossa Senhora do Socorro] e postal de Albergaria-a-Velha; e, finalmente, o munícipe Pedro Cruz cedeu, sob a forma de transmissão de propriedade intelectual, documentos fotográficos relativos ao desmantelamento do Parque de Recreio e Desporto Alba.

Para além da assinatura dos protocolos de colaboração, o aniversário do Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha foi animado com alguns apontamentos musicais pelos alunos do Conservatório de Música da JOBRA, tendo sido, ainda, apresentada uma mostra do trabalho que o fotógrafo Carlos Rio está a desenvolver na Pateira de Frossos e que visa valorizar o património natural do Município.

Graças a este projeto, que também engloba a promoção da fauna daquela zona ribeirinha, a Pateira de Frossos foi incluída no roteiro de Bird Watching (com somente quatro locais assinalados em Portugal), uma “distinção” que a torna bem atrativa para um segmento muito específico de turistas.

Esta segunda iniciativa está inserida num programa mais vasto de valorização do património concelhio, tendo em vista uma maior oferta turística. Por isso mesmo, na manhã do mesmo dia havia sido assinado um protocolo de cooperação com o IPAM no sentido de ser feito um estudo de caracterização do concelho e posteriormente um plano de ação objetivo visando atrair turistas ao concelho.


CMA,22/11/2013


Protocolos 
* Atas das Reuniões da Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia de Frossos dos séculos XIX e XX [depósito a 30 anos]
* Fausto Manuel Guimarães Vidal - Revista VOUGA (1931) [doação]
* Cooperativa de Comunicação Social de Albergaria, CRL - fotografias do arquivo do extinto JORNAL DE ALBERGARIA
* FOTO GOMES - cerca de 200 000 registos de fotografias, negativos em vidro e negativos em película
* Pedro Manuel de Oliveira Martins Pereira - jornais com artigos sobre a família Martins Pereira [depósito a 5 anos]
* Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha - fotografias dos associados [cedência sob a forma de transmissão de propriedade intelectual]
* Duarte de Jesus Machado - cartaz [Nossa Senhora do Socorro] e postal de Albergaria-a-Velha [doação]
* Pedro Cruz - documentos fotográficos relativos ao desmantelamento do Parque de Recreio e Desporto Alba [cedência sob a forma de transmissão de propriedade intelectual]

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Arquivo Municipal

Sandra M. Figueiredo (sandra.figueiredo@cm-albergaria.pt)
Helder Silva (helder.silva@cm-albergaria.pt)
Arquivo Municipal de Albergaria, espaço dedicado à história do concelho

A preservação da memória colectiva do município é grande inspiradora para Sandra Figueiredo, responsável pelo Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha, lutar todos os dias por fazer deste, um espaço dinâmico, próximo da comunidade e optimizado.

Formada em Gestão e Economia, com uma Pós Graduação em Ciências da Informação e Documentação, Sandra Figueiredo personifica um novo paradigma do arquivista e a sua formação e a forma como percepciona um arquivo espelha-se no funcionamento do Arquivo Municipal de Albergaria, que hoje assinala cinco anos de vida.

Sandra Simões, Diário de Aveiro, 21/11/2013
imagem: Paulo Ramos

PROTOCOLOS

2012/NOV/21

No dia do seu 4º aniversário o Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha celebrou 14 protocolos de cooperação com entidades e pessoas a título individual, que cederam jornais antigos, fotografias, documentos e objetos relevantes (tais como uma máquina fotográfica antiga, cedida pela Foto Gomes), enriquecendo, desta forma, o fundo histórico deste equipamento municipal. Para além da cedência de bens materiais, o Arquivo Municipal celebrou um protocolo com o Arquivo Distrital de Aveiro com vista a promover o intercâmbio de técnicos especializados entre as duas instituições.

http://www.cm-albergaria.pt/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=18855

INFORMAÇÃO DA ACTIVIDADE MUNICIPAL - Sessão de Assembleia Municipal de 24/02/2012

1040 recortes de jornais, distribuídos por 3 álbuns, cedidos pelo Eng.º Pedro Martins Pereira, com notícias sobre Albergaria e a Família Martins Pereira, com especial destaque para a vida e obra do Comendador Augusto Martins Pereira
 
2011/NOV/21

* Fausto Macedo da Silva - jornais, partituras e monografia [depósito]

* Maria Manuela Pinho Ferreira - fotografias e bilhetes-postais

* Sport Club de Alba - jornais antigos e cartões de antigos atletas

* Duarte de Jesus Machado [protocolo de cooperação]

http://www.cm-albergaria.pt/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=17722

2010/NOV/21

No dia em que o Arquivo Municipal soprou duas velas foram celebrados quatro protocolos com particulares e instituições –  dois de doação e dois de aquisição sob forma de depósito. 

* Jorge Manuel Arede Figueiredo - diversos jornais locais antigos, muitos deles com mais de 100 anos [doação]

* Santiago de Lemos - processo judicial cível de 1846, do Julgado de Paus [doação]

* Junta de Freguesia de Alquerubim - vários livros de actas e o projecto da Igreja de Santa Marinha, do Arquitecto Francisco Silva Rocha, um dos nomes mais importantes da arquitectura Arte Nova [depósito]

* Junta de Freguesia da Branca - vários livros de actas, correspondência e registos [depósito]

http://www.cm-albergaria.pt/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=16320

2010/FEV/26

* Junta de Freguesia de Frossos - Foral Manuelino de Frossos, do século XVI [depósito]

Com o objectivo de salvaguardar e difundir a Carta de Foral de Frossos, foi assinado, no dia 26 de Fevereiro, um protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha e a Junta de Freguesia de Frossos, proprietária do documento em questão.

De acordo com o protocolo assinado, a Junta de Freguesia compromete-se a ceder o Foral Manuelino à guarda do Arquivo Municipal por um período de 30 anos, automaticamente renováveis por períodos de igual duração. Por seu lado, o Arquivo Municipal fará a gestão e a conservação da Carta de Foral, promovendo ainda a sua difusão e a consulta por parte de investigadores e interessados, mediante o cumprimento das normas expressas no Regulamento do Arquivo Municipal.

O Foral Novo, assinado por D. Manuel I, foi dado a Frossos em 1514. Foi concertado e registado na Torre do Tombo por Fernão de Pina, encarregue do corregimento dos forais do reino por comissão régia e, actualmente, encontra-se encadernado com capas de tábua protegidas por pele do primeiro quartel do século XIX.

http://www.cm-albergaria.pt/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=14952

2009/MAI/21

* Joaquim Almeida - Esquema das Azenhas da Ribeira de Fontão do início do século XX [depósito]

No dia 21 de Maio de 2009 foi assinado o protocolo de cedência de um importante documento histórico ao Arquivo Municipal.

João Agostinho Pereira, Presidente da Câmara Municipal, recebeu das mãos de Joaquim de Jesus Almeida, descendente de moleiros e um apaixonado pela Molinologia, um esquema detalhado das azenhas da Ribeira de Fontão, presumivelmente, do início do século XX. Neste documento, fica-se com a percepção da localização dos engenhos, suas características, havendo também a indicação dos respectivos moleiros e proprietários.

De acordo com o protocolo assinado, o “Esquema de Azenhas da Ribeira de Fontão” é cedido ao Arquivo Municipal durante 10 anos, automaticamente renováveis por períodos de igual duração. Durante este tempo, o documento será alvo de um processo de tratamento e preservação, podendo o Arquivo proceder à sua difusão pelos meios que considerar pertinentes.

http://www.cm-albergaria.pt/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=13051

2008/NOV/21

* Metalurgia e Fundição METAFALB, S.A. - partituras da Banda Alba [doação]

* Comissão de Credores da Reficel - Arquivos da antiga Fábrica de Celulose do Caima

* Jorge Figueiredo - 801 jornais da região do Vouga datados entre 1888 e 1945 [doação]

No dia da inauguração do Arquivo Municipal, a autarquia assinou protocolos com os detentores da antiga Fábrica Alba [Metafalb] e da antiga Fábrica de Celulose do Caima [credores da Reficel] com vista à entrega de documentação importante para o fundo local do concelho. A primeira entregou à autarquia as pautas da extinta Banda Alba e a segunda os arquivos que são marca documental do funcionamento da fábrica.

Um exemplo de doação foi o de Jorge Figueiredo, neto do proprietário da Tipografia de Albergaria, de quem herdou uma colecção de 801 jornais da região do Vouga datados entre 1888 e 1945. Este espólio encontra-se agora disponível para consulta do público em geral no Arquivo Municipal, que dispõe de um moderno equipamento de procura de documentação desenvolvido no âmbito do programa Sal-On Line. Trata-se da digitalização dos documentos para uma melhor visualização e fácil utilização. A Câmara assegura que é um método simples de consulta, acessível a todos.

A Câmara quer continuar a estabelecer protocolos com privados que tenham em sua posse património documental de extrema relevância para a história do concelho. Estes protocolos apresentam duas vertentes. Uma estabelece a doação dos documentos à autarquia e a outra visa a entrega da documentação ao município, passando esta a ser uma entidade de salvaguarda daquele património.

http://www.cm-albergaria.pt/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=12169

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Frossos - Comemoração dos 500 anos

Foi criado no facebook a página "Frossos - Comemoração dos 500 anos".

Surge a propósito das comemorações do 500º aniversário do Foral Manuelino do Concelho e Vila de Frossos, Albergaria-a-Velha, e pretende-se que sirva para partilhar ideias, histórias e fotografias.

O objectivo da página divide-se em dois pilares:

1º- receber o máximo de informação sobre a Vila de Frossos, desde documentos, fotografias, historias e estórias das gentes da terra que queiram partilhar, curiosidades, etc...

2º- funcionar como um centro virtual, onde se reúnam todas as informações, propostas, ideias, sugestões etc, para ser feita a comemoração dos 500 anos de Frossos.

APELO

A história de um povo, de um pais ou de uma coletividade, resiste em grande parte no tempo, por que se inscreve na memória coletiva das gentes. E a memória coletiva das gentes é esse conjunto de imagens, pequenas historias, anedotas que tudo junto poderão fazer um acervo cultural para as gerações futuras.

Precisa-se de fotografias que retratem a historia da freguesia... a escola... a pateira... a igreja... as procissões... o campo... as sementeiras... as colheitas... a pesca matinal na pateira... etc.

Tragam-nos a memória, a vossa memória pessoal em imagens e ou em palavras, para que todos possamos contribuir para a história de todos.

Pedimos a quem tenha fotografias antigas sobre Frossos, ou saiba quem as tenha, sejam elas quais forem, que entrem em contacto connosco.

É imperativo para um projecto em marcha que estamos a preparar para Março.

Agora toca a procurar

https://www.facebook.com/pages/Frossos-Comemora%C3%A7%C3%A3o-dos-500-anos/214452475398341

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Trabalhos da lã

Silvandira Pereira da Silva, 91 anos, descreve os trabalhos da lã, da tosquia ao tear.

"A lã, a gente estoquiava as ovelhas e tiravamo-lhes a lã, íamos lavá-la ao rio, e ao depois no fim de a lavar arranjava-se um cardador e vinha cardar a lã e ao depois, Deus perdoe a minha avó, naquelas, assim, pastas da lã fazia os novelos [manelos], e ao depois com os novelos fazia então à maneira de fiar e começava então a fiar com o fuso, a fiar, a fiar, (…) e no fim fazia uma maçaroca de volta do fuso. E ao depois no fim de fazer então o fuso e fazia o novelo, lá r……ava, e ao depois no fim de fazer os novelos mandava-se para a tecedeira e a tecedeira fazia mantas, umas… Para os tecelões [que tinham teares mais largos] não mandamos, era para as tecedeiras, eram emendadas ao meio. E as que eram do tecelão eram inteiras, eram grandes. E as nossas cá eram pequenas, emendavam-se ao meio e remediava. E isto era a lã. E fazíamos mantinhas jeitosinhas. E a gente deitava-as na cama, pois a gente não tinha mais nenhumas. Tanto era assim a lã como os farrapos da roupa: fazia-se também novelos. A gente cortava-os com a tesoura, fazia umas tiras e ao depois mandava fazer os novelos para as tecedeiras e as tecedeiras lá teciam isso tudo, era assim que faziam. E o linho era igual."

video: http://vimeo.com/68470304

Gravado em Vilarinho de São Roque, Albergaria-a-Velha, em 5 de Junho de 2013