terça-feira, 29 de setembro de 2009

Juntas de Parochia

Após a Revolução Liberal de 1820, com Mouzinho da Silveira, foi decretada uma nova estrutura administrativa e territorial. O governo de então criou as “Juntas de Paróchia” (decretos de 26/06/1830 e 19/02/1831) com a finalidade de conservarem e reformar em os edifícios das igrejas e seus anexos, receber e administrar os seus bens, rendimentos e esmolas e fazer as despesas do culto.

Em 1834, as funções da “Confraria” (“Confraria do Subsino”) passaram para a Junta de Parochia que o Juiz do Subsino passou a integrar como tesoureiro.

A partir de 1916, o termo Parochia/Paróquia ficou a indicar a comunidade religiosa e aparecem as expressões “Freguesia” e “Junta de Freguesia”para indicar a unidade territorial administrativa e a comunidade humana que a habita.

20/05/2009 - Da Junta de Parochia à Junta de Freguesia (1)
http://entre-ambos-os-aves.blogspot.com/2009/05/da-junta-de-parochia-junta-de-freguesia.html

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cultura motiva críticas

Em artigo de opinião publicado pelo jornal "Linha da Frente", Jesus Vidinha, vogal do PS na Assembleia Municipal de Albergaria-a-Velha, considera a actividade cultural do concelho «frágil e diluída», advogando um reforço desta componente da vida comunitária.

Um papel que cabe ao município desempenhar. «São necessários mais e largos passos» para Albergaria-a-Velha «uma verdadeira política que verse a cultura».

O articulista reconhece o esforço com a aquisição do cine-teatro Alba e a promoção de alguns eventos culturais.

Acha, no entanto, que se trata de «uma visão redutora». Jesus Vidinha defende uma actividade cultural mais abrangente e envolver de modo horizontal toda a actividade autárquica.

Valorizar os edifícios históricos e criar espaços museológicos são duas propostas que o vogal do PS apresenta.

Noticias de Aveiro, 19/06/2000

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Forais





[Maria Alegria Marques] louvou o trabalho da autarquia em prol da cultura pois, em apenas um ano, conseguiu editar três trabalhos que muito enriquecem o estudo da História local: o Foral de Angeja, o Foral de Paus e a Carta de Couto de Osseloa.

in Albergaria em Revista nº 17 de Junho de 2006

FORAIS

Os forais eram cartas de instituição ou de reconhecimento dos concelhos e foram, durante largos séculos, principalmente os da Idade Média, instrumentos fundamentais na orientação da vida municipal.

Albergaria não teve Carta de Foral, sendo terra doada a coroa não exercia direitos sobre ela.

FORAL DE ANGEJA - 1514

Em 15 de Agosto de 1514, o Rei D. Manuel I fez passar carta de foral à terra de Angeja e aos outros lugares seus anexos, de que tinha concedido os respectivos direitos, em 1509, a Diogo Moniz, filho do seu guarda-mor, Jorge Moniz, recentemente falecido.

O Foral de Angeja trata das seguintes terras: Assequins, Bemposta, Branca, Canelas, Casais de Grijó, Casais do Ribeiro, Contumil, Devesa, Fermelã, Figueiredo, Fonte Chã, Pinheiro (S. João de Loure), Salreu e Santiães.

A edição em livro conta com uma nota introdutória, o Foral de Angeja em fotografia, a transcrição do Foral Manuelino de Angeja, a Reclamação sobre o Foral de Angeja em fotografia, a transcrição da Reclamação, glossário e bibliografia.

A obra foi transcrita por Maria Alegria Marques, professora da Universidade de Coimbra, com 136 páginas e uma tiragem de mil exemplares numerados.

A cerimónia de apresentação da obra realizou-se no dia 5/08/2005 na Igreja Matriz de Angeja.

FORAL DE FROSSOS - 1514

O Foral da Vila de Frossos foi concedido por D. Manuel I em 22 de Março de 1514.

No foral, cujo original foi conservado ao longo dos anos pelas gentes de Frossos, encontram-se expressos alguns benefícios e privilégios de que a Ordem de Malta (a essa data Ordem dos Cavaleiros de Rodes) era titular.

"A presença da Ordem de Malta em Frossos remonta ao tempo da primeira sede desta Ordem Militar e Religiosa em Portugal e, também assim, ao tempo em que, conquistada mais uma “parcela” daquele que viria a ser o Portugal que hoje conhecemos, se tornava necessário defender e povoar a mesma. O rio Vouga constitui uma das primeiras linhas naturais de defesa, o limite de uma das primeiras “parcelas” de território que interessava defender e povoar".

Frossos revelou-se como uma das comendas estrategicamente melhor posicionadas para cumprir o desiderato da defesa na conquista do território português.

O Concelho de Frossos foi extinto em 1836, por integração no concelho de Angeja, passando depois ao concelho de Albergaria-a-Velha, em 1853.

O Dr. António Capão publicou, em 1984, o livro "Carta de Foral da Vila de Frossos".

FORAL DE PAUS - 1516

Atribuído em 1516 pelo Rei D. Manuel como forma de limitar as opressões que a Nobreza e o Clero exerciam sobre os povos das terras onde detinham senhorios.

“Foral de Paus-1516”, editado pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, é uma obra de luxo, em facsimile, encadernada, numa edição limitada e numerada de 1.000 exemplares. Inclui a fotografia do Foral de Paus, a sua transcrição, a apresentação do contexto histórico e político da época em que foi atribuído e um glossário.

A obra foi transcrita por Maria Alegria Marques, professora da Universidade de Coimbra.A cerimónia de apresentação da obra realizou-se, no dia 20 de Maio de 2006, na Capela de Nossa Senhora das Dores.

O original está na posse do Paço Ducal de Vila Viçosa que o adquiriu, em leilão, em Dezembro de 1983.

CARTA DE COUTO DE OSSELOA - 1117

A Carta de Couto de Osseloa foi concedida pela infanta rainha D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, em 1117, a um rico proprietário da terra do Vouga, Gonçalo Eriz. É nesta época que podemos encontrar as raízes de Albergaria-a-Velha, pois foi através deste documento que ficou estabelecida a criação de uma albergaria para prestar apoio aos viajantes.

Com a concessão de um couto sobre a terra, o senhorio territorial de Gonçalo Eriz passou também a ser um senhorio jurisdicional, reforçando a autoridade do fidalgo e conferindo-lhe direitos e deveres específicos. Entre os primeiros, podemos salientar o direito de caça que obrigava os monteiros a doar partes dos animais caçados; quanto aos deveres, no século XII era prática corrente os proprietários estarem sujeitos a obrigações militares, acompanhando o monarca sempre que ele o solicitava.

Mas nem só o senhor do couto passou a ter mais privilégios com este documento. O albergueiro nomeado ficava sob a protecção da rainha, era isento do pagamento de qualquer foro ou coima e tinha livre passagem em qualquer parte do território. Isto só vem confirmar que a albergaria era um projecto muito especial para D. Teresa, tendo favorecido o aparecimento de um núcleo populacional estável, claramente referido já no século XIII.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Arciprestado - nomeações

O P.e Valdemar, falecido em 04/09/2009, esteve 34 anos ao serviço da paróquia de S. Vicente da Branca.

Nomeações de 22/08/2009:

P.e Manuel Joaquim Tavares Cirne – Colaborador do Pároco de S. Vicente da Branca;

P.e Manuel Marques Dias – Colaborador do Pároco de S. Vicente da Branca;

P.e Pelágio Faz Tomás – Pároco de Santa Eulália de Vale Maior e de S. Tiago de Ribeira de Fráguas;

P.e Vasco de Oliveira Pedrinho – Pároco de S. Vicente da Branca.

Notas:

P.e Vasco de Oliveira Pedrinho pertencia à Diocese de Lamego. Data Nascimento, 21-03-1977. Data de Ordenação, 10-08-2002. Foi director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Da Inapa para Vale Maior

Nada faria prever que Vale Maior, logo à saída de Albergaria-a-Velha, em direcção a Viseu, fosse local apropriado para instalar uma fábrica de papel. Mas o destino tem coisas destas e a freguesia -- com ar típico de povoação rural -- alberga a Fábrica de Vale Maior há mais de um século. Data de fundação: 1874.

Há 120 anos, com técnicos franceses e capital português, a fábrica arrancava para produzir papel a partir de ... caruma do pinheiro. Os engenheiros franceses conceberam um «lay out» avançado para a época, com clara separação entre zonas fabris e de armazenagem. Foi fundada por uma família de Mogofores que tem entre os seus descendentes actuais o cantor José Cid.

Vale Maior não permaneceu nas mãos da família até aos dias de hoje. Nos últimos anos antes da actual gerência pertencia à Fábrica de Papel do Prado, de Tomar. No início dos anos 70 encerrou em avançado estado de obsolescência. E foi por essa altura de Fausto Meireles lá entrou.

Vivia-se o Verão quente de 75 e Fausto Meireles, homem da terra, via o futuro com pouca tranquilidade. Era então director de produção da Inapa, em Setúbal, e o ambiente laboral da época lá para os lados do Sado não lhe inspirava grande confiança. Teve então conhecimento que Vale Maior estava parada e à venda. Comprou, de parceria com um sócio.

Hoje, a Fábrica de Vale Maior continua a laborar. A matéria-prima essencial é o papel velho: cartões de banana, jornais e revistas, aparas de computador e de papel branco. As aparas são desfeitas, transformam-se de novo em pasta e permitem produzir papel novo.

Fausto Meireles também utiliza pasta virgem para trabalhos mais delicados e papel para embalagem de alimentos. A RAR é um dos seus grandes clientes: os sacos de quilo de açúcar são produzidos com papel novo; as embalagens exteriores com papel reciclado.

O aspecto da fábrica não esconde a sua vetusta idade. Alguns edifícios são verdadeiros documentos de arqueologia industrial. Alguns equipamentos também. Ainda lá está o tanque para produzir papel a partir de desperdícios de pano, fora de uso.

Há máquinas mais modernas mas Fausto Meireles reconhece ser difícil investir na fábrica porque a rentabilidade é reduzida. E só conseguiu atravessar a crise de 92/93 porque a empresa tinha «uma estrutura financeira equilibrada». O que lhe vale, diz, é a outra fábrica que possui na zona industrial de Albergaria. Aí produz embalagens acabadas e outros artigos: toalhas para restaurantes, papel para limpeza de mãos. O papel tanto vem de Vale Maior como de outras fábricas, consoante o produto final.

Fausto Meireles é um homem do papel. Começou em Vale Maior, passou pela fábrica de celulose de Cacia (actual Portucel) e trabalhou na Inapa desde a fundação. Em 75, quando fez as malas de regresso a casa, ganhava em Setúbal «um salário de general». Trocou-o por uma coisa sua e para provar que é possível produzir bom papel reciclado mesmo nas condições mais adversas.

PUBLICO-1994/07/22

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Tribunais - Paços do Concelho

[No ano de 1944]

Comarca de Albergaria-a-Velha, ocupava 6 divisões dos Paços do Concelho, imóvel propriedade municipal, em situação de contiguidade com a Câmara Municipal, Registo Civil, Registo Predial, Subdelegação de Saúde, Secção de Finanças e Tesouraria da Fazenda Pública.

http://virtualandmemories.blogspot.com/

No mesmo edificio funcionava:

- Câmara Municipal
- Registo Civil
- Registo Predial
- Subdelegação de Saúde
- Tribunal
- Secção de Finanças e Tesouraria da Fazenda Pública

Também funcionavam, nos Paços do Concelho, os serviços da Caixa Geral de Depósitos numa época em que não proliferavam as agências bancárias.

Notas:

A Casa da Justiça de Albergaria-a-Velha foi construída já na década de 1970. Além do Tribunal, funcionavam nesse edificio outros serviços como o Cartório Notarial e a Conservatória do Registo Predial e Comercial.

Há poucos anos verificou-se a mudança da Conservatória do Registo Predial e Comercial, para a Rua Serpa Pinto, e do Cartório Notarial (agora privatizado) para a Rua Américo Pereira. Mantiveram-se numa localização próxima.

A Conservatória do Registo Civil continua localizada junto ao Largo 1º de Dezembro.

Os serviços das Finanças estão situados nos Novos Arruamentos.

Recentemente foram feitas remodelações no Tribunal de Albergaria-a-Velha. O Tribunal ficou com uma nova sala de audiências que veio ocupar o espaço do primeiro andar do edifício onde estava localizada a secretaria judicial que passou a funcionar no rés do chão. Passou também a dispor de mais duas salas de testemunhas e mais duas salas de magistrados para além de uma sala de videoconferência e de uma sala para arquivo. As obras feitas nos tribunais da nova comarca do Baixo Vouga incluem também pórticos de controlo de entrada, raquetes detectoras de metais, botão de emergência, videovigilância, mais salas para magistrados e acesso para deficientes. (JN)

Regina Quintanilha

Regina da Glória Pinto de Magalhães Quintanilha (1883-1967), natural de Bragança, foi a primeira estudante a matricular-se no curso de Direiro tendo concluído a formatura, em 1914, com 16 valores.
Foi a primeira advogada da Península Ibérica (Tribunal da Boa Hora), a primeira notária e a primeira conservadora do registo Predial.

Esteve em Albergaria-a-Velha onde se estreou como Notária.

Mais informações:

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Exposição Bibliográfica "Autores da nossa terra"

Exposição Bibliográfica "Autores da nossa terra"
Patente até 30 de Setembro na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha

---- Biblioteca Municipal

---- Livraria municipal

Infomações constantes da Wikipédia:

---- Escritores do concelho de Albergaria-a-Velha

---- Livros sobre Albergaria-a-Velha

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Portal de Albergaria


O objectivo do Portal de Albergaria é concentrar a informação dispersa sobre o Concelho de Albergaria-a-Velha.

Neste ambiente virtual, em constante actualização, os cibernautas podem encontrar diversos artigos sobre o Município, conteúdos multimédia, factos históricos, notícias, eventos culturais e desportivos, ou seja, um conjunto de dados espalhados por vários lugares, tais como órgãos de comunicação social, paginas Web de instituições ou colectividades e blogs.

Através da disponibilização de informação de forma livre e gratuita, os mentores do projecto procuram incentivar a criação, inovação e a cooperação entre os autores dos conteúdos e os utilizadores Albergarienses. Assim sendo, convidam todos os munícipes a colaborar com o portal, enviando artigos de opinião, de interesse público ou histórico, eventos organizados por colectividades, festas, vídeos ou fotos do Concelho. O e-mail é noticias@portaldealbergaria.com

O portal já está online no endereço http://www.portaldealbergaria.com/.

CMA

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Autores da Nossa Terra (cont.)

Permitam-nos destacar aqui alguns dos autores.

VASCO DE LEMOS MOURISCA

O Dr. Vasco de Lemos Mourisca foi fundador dos jornais "Beira Vouga" e "Arauto de Osseloa" e foi autor de vários livros, desde o policial à poesia. Chegou a escrever uma Monografia sobre o Concelho (sobre a coordenação do Prof. Marcelo Caetano) mas que não chegou a ser publicada.

[wikipedia] Vasco de Lemos Mourisca

ALBUQUERQUE PINHO

Publicou artigos sobre a história local em "Beira Vouga" (1985-1990), "Boletim Municipal" (1992) e "Jornal de Albergaria" (1993-2002). Tem vários livros publicados sobre a mesma temática.

Ficaram por publicar vários títulos, alguns em co-autoria com o Dr. Delfim Bismarck Ferreira:

- Roteiro de Arte Nova;
- Personalidades;
- Jornais de Albergaria;
- Colectânea de artigos publicados na imprensa albergariense;
- Livro de Poemas;
- Monografia de Alquerubim.

Fica aqui a nota até porque o 10º aniversário da sua morte (em 2012) poderá ser uma oportunidade para fazer o lançamento de algumas dessas obras.

[wikipedia] António Homem de Albuquerque Pinho