quarta-feira, 28 de abril de 2010

A pronúncia de Albergaria-a-Velha

[Pergunta] Eu gostava de saber se a palavra Albergaria-a-Velha se lê: "Albergaria A Velha" ou "Albergaria Á Velha". É uma dúvida na questão da pronúncia. Agradecia que me respondessem.

Flávia Daniel, Estudante, Viseu

[Resposta] As duas pronúncias estão correctas. Só separando a palavras que constituem o nome em questão é que se pronuncia "albergaria â velha", porque, normalmente, o que se articula e ouve é realmente "albergariàvelha", com um á aberto no meio da sequência.

Trata-se de um fenómeno que ocorre em português europeu em resultado do encontro de dois ás fechados que pertencem a sílabas átonas de palavras diferentes mas que formam uma unidade sintáctica, como acontece, por exemplo, em sequências formadas por substantivo e adjectivo («sardinha assada» = "sardinhàssada") ou artigo e substantivo ou adjectivo («a Alemanha» = «Àlemanha»; «[não quero a camisa azul, quero] a amarela» = «àmarela».

Carlos Rocha, Ciberdúvidas 08/04/2010

http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=27807

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bombeiros


Nos próximos dias 17 e 18 de Abril, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha completa 85 anos de existência. Com um percurso pautado pelo sucesso e desempenho reconhecido a nível nacional e além fronteiras, a Associação prepara-se para mais um marco na sua história: a construção do novo quartel século XXI.

Beira-Vouga, Abril 2010

A edição mais recente do jornal Beira-Vouga dedica várias páginas aos Bombeiros de Albergaria-a-Velha.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Miguel Marques Henriques


A casa "Miguel Marques Henriques", fundada em 1905, foi responsável pela instalação de muitos relógios em várias igrejas de Portugal. Aproveitamos para indicar alguns sites da internet que referem relógios instalados pela casa citada.

Relógio da antiga Escola de Vilar de Nantes

Na década de 1930 inicia-se a construção da Escola (...). Torre sineira, que possui também um belíssimo relógio que tem a inscrição de Miguel Marques /Albergaria-a-Velha.

http://chaves.blogs.sapo.pt/159589.html?view=412261

Relógio da Igreja Matriz de Moncorvo

Quanto ao relógio da Igreja Matriz, dizem-nos Eugénio Cavalheiro e Nelson Rebanda em informação que nos fizeram entretanto chegar, foi colocado em 1931 pela casa “Miguel Marques Henriques / (casa fundada em 1905) / Relojoaria e Ourivesaria. – Av. De Liberdade / Albergaria-a-Velha”, segundo um papel colado na parede da cabine de madeira onde o mecanismo está instalado. Ele continua a trabalhar, fruto de intervenções recentes. Um funcionário da câmara local encarrega-se da sua manutenção diária. E, assim, o relógio mecânico lá vai dando as horas, exemplo cada vez mais raro num país inundado agora por evitáveis exemplares digitais que poluem o ar circundante com cantilenas fanhosas saídas de um qualquer “chip” e propaladas por um qualquer altifalante de feira.

http://estacaochronographica.blogspot.com/2009/12/pista-da-semana-torre-da-igreja-matriz.html

Relógio da Capela de Santa Bárbara Garcia - Paróquia da Marinha Grande

Relógio monumental, modelo A, da oficina de Paget Francis, fabricante de relógios de torre da região de Morez/Jura, França.

Instalado em 1964 pelo relojoeiro Miguel Marques Henriques, de Albergaria-a-Velha, bate horas, com repetição e meias horas, accionando um sino.

A base da estrutura apresenta bonitos relevos decorativos, com as iniciais do fabricante, assim como as platinas. O pêndulo apresenta a rosácea padrão da casa Paget Francis, as iniciais e o respectivo peso. É o único relógio de torre mecânico em funcionamento na Paróquia da Marinha Grande. Foi restaurado em Abril de 2007.

http://tictactemporis.com/Garcia.html

imagem http://tictactemporis.com/images/fgarcia_06.jpg
Capela de Sr.ª Aparecida - Lourosa

Torre sineira com 3 sinos, porta moldurada no primeiro andar e janela moldurada. No 2.º andar um relógio que tem a inscrição: M. H - Albergaria-A-Velha, 1946”.

http://arteepatrimonio.blogs.sapo.pt/60794.html

segunda-feira, 5 de abril de 2010

1919: Jantar aos pobres de Albergaria-a-Velha

A fome, que campeia infrene por esse mundo fora [decorrente dos efeitos da I Guerra Mundial de 1914-1919], tem arrastado desapiedadamente para além-túmulo milhares e milhares de criaturas válidas. (...)

Em Albergaria-a-Velha, onde as consequências de uma das mais apreensivas crises económicas que há assolado a humanidade se fazem sentir bem duramente, como de resto em toda a parte, uma comissão de senhoras e cavalheiros (...) realizou na segunda feira de Páscoa um jantar aos pobres.

Este, resultou, sem contestação, uma festa comoventíssima, constituindo um espectáculo soberbo, verdadeiramente singular e que atingiu um cunho desusado.

As senhoras e cavalheiros que levaram a efeito o jantar aos pobres de Albergaria-a-Velha na 2ª feira de Páscoa.

No 1º plano, da esquerda para a direita: sr. Alfredo Campos, meninos Maria Lemos, Fausto Vidal e Leontina de Alcântara e sr. A. Pereira. No 2º plano: srª D. Isaura Campos, sr. G. Lemos e senhoras D. Maria Guimarães e D. Otília Moreira. No 3º plano: as senhoras D. Armandina Lemos, D. Maria Guimarães (?) e D. Ana Pinheiro. No 4º plano os srs.: A. Faca, E. Ferreira, M. Pinheiro e Filipe Geraldo.

(Cliché dos distintos amadores Srs. Eugénio Ribeiro e Edgar Augusto Ennor)

Fonte: Revista "Ilustração Portuguesa" de 2 de Junho 1919