domingo, 30 de novembro de 2008

Valmaior

Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia

VALMAIOR

PROJECTOS

- Criação de parques de lazer (requalificação do Parque da Cabria, por exemplo)
- Trazer uma farmácia para a freguesia.
- Manutenção de caminhos e valetas.

FRASES CHAVE

- O maior desafio será conseguir realizar algumas das intenções que achamos que são fundamentais para o bem-estar da população.
- Apostar no bom atendimento à população.

São João de Loure



Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia
São João de Loure

PROJECTOS

- criação de melhores condições de vida (segurança rodoviária/construção de passeios/mais higiene urbana).
- Sinalização e sinaléctica.
- Melhoramento e preservação dos edifícios públicos da freguesia.
- Apoiar as colectividades locais.

FRASES CHAVE

- A Junta de Freguesia é essencialmente um interlocutor entre a comunidade e asinstâncias autárquicas superiores.

- O meu maior desafio é vender as minhas ideias.

- Manter o bem-estar da população e ter o seu reconhecimento é também outro grande desafio.

Ribeira de Fráguas


Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia
RIBEIRA DE FRÁGUAS

PROJECTOS

- Projecto da estrada 16.3.
- Novo edifício do Posto Médico.
- Melhorar o parque escolar.
- Reorganizar o centro da freguesia.
- Apoiar as instituições locais.

FRASES CHAVE

- Os nossos projectos são todos aqueles que consideramos essenciais para o desenvolvimento da freguesia.

- Não acreditamos que haja desenvolvimento sem boas acessibilidades.

Como temos uma freguesia com uma área florestal imensa, queremos não só melhorar as acessibilidades no interior da floresta, mas também garantir boas condições de trabalho e exploração aos comerciantes e industriais da floresta, bem como ainda para a intervenção dos bombeiros.

Frossos

Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia

FROSSOS

PROJECTOS

- Promover o turísmo.
- Realização de um fim-de-semana cultural.
- Melhoramento de caminhos.

FRASES CHAVE

- O meu desafio é a satisfação, o aval de toda a freguesia.

- A freguesia tem qualidades suficientes para se destacar a nível turistico, pela fauna, pela Pateira de Frossos… Vamos tentar que isto chame mais pessoas a visitar a freguesia.

Branca

Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia
BRANCA

PROJECTOS

- Ampliação do cemitério.
- Acabamento obras em curso (saneamento, piscina, Centro Cultural, centro médico).
- Manutenção das vias principais.

FRASES CHAVE

- Só mandamos fazer aquilo que podemos pagar.

Angeja

Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia
ANGEJA

- Pavilhão Gimnodesportivo (obra da Câmara Municipal com cedência de terrenos).
- Construir sanitários públicos no centro da freguesia, no Jardim Dr. Jaime Portugal.
- Toponímia (acabar com as ruas, vielas e becos sem nome e tratar do número de polícia).
- Limpeza de lixos e resíduos que se encontram nos pinhais.
- Embelezar alguns locais públicos.
- Melhorar a sinalização da freguesia, do trânsito, mas também a informativa.
- Apoiar as associações e colectividades.
- Melhorar a rede viária, especialmente na Zona Histórica de Angeja.

FRASES CHAVE

- Vamos tentar cortar alguns custos e fazer coisas em parceria com a Câmara, dialogar o máximo e estabelecer protocolos.

- Não podemos ter sonhos grandes, mas queremos melhorar.

Alquerubim

Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006
Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia
ALQUERUBIM

PROJECTOS

- Projecto do Corgo do Santo Estevão.
- Transformar o edifício da escola velha em Casa de Cultura ou Casa da Juventude.
- Requalificação da escola de Fontes/investimento no parque infantil.

FRASES CHAVE

- Uma das formas de resolver a questão das limitações financeiras é desenvolver parcerias e assinarprotocolos com a Câmara Municipal.

- A Feira Antiga é uma óptima forma de angariar fundos e de apoiar as diversas instituições.

Albergaria-a-Velha

Albergaria em Revista nº 15 - Março 2006

Entrevista aos Presidentes das Juntas de Freguesia
ALBERGARIA-A-VELHA

PROJECTOS

- Conclusão da inventariação do património da Junta.
- Atribuição de toponímia a caminhos agrícolas e florestais.
- Requalificação dos lavadouros da freguesia (conclusão)
- Melhorar as zonas habitacionais/Atracção e fixação de novos residentes.

FRASES CHAVE

- Sempre fui apologista de trabalhar em parcerias.

- A política tem de ser sempre aliada a três vectores primordiais: a tolerância, a igualdade e a solidariedade.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Museu da Metalurgia - Proposta do PCP

De acordo com as propostas enviadas pela Organização Regional de Aveiro do PCP, o Grupo Parlamentar deste Partido, apresentou [em 2005] na Assembleia da República 33 propostas de alteração à proposta de PIDDAC do Governo, com o objectivo de aí incluir um conjunto de obras e acções que consideramos prioritárias para o distrito de Aveiro. (...)

Das 14 propostas que não se apresentaram no ano anterior, merecem ainda referência as ligadas à abertura ou recuperação de Museus

– recuperação e ampliação do Museu de Ovar;

- criação do Museu da Metalurgia em Albergaria-a-Velha;

- construção do edifício para o Museu de Oliveira de Azeméis;

- construção da Academia de Música de S. João da Madeira.

O Executivo da DORAV do PCP - Aveiro, 24 de Novembro de 2005

Imagens (7)


Brasão da Vila de Angeja

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Arquivo Municipal ganhou casa própria


Quinhentos anos de história estão compilados em milhares de documentos que passam a estar reunidos no novo Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha. O arquivo da própria Câmara - que integra actas, plantas e registos oficiais -, testamentos com mais de 200 anos, cartas de foral, documentação das três sedes de concelho localizadas em Angeja, Frossos e Paus e registos locais únicos - tudo está agora ao dispor da população e de investigadores.

No dia da inauguração do Arquivo Municipal, a autarquia assinou protocolos com os detentores da antiga Fábrica Alba [Metafalb] e da antiga Fábrica de Celulose do Caima [credores da Reficel] com vista à entrega de documentação importante para o fundo local do concelho. A primeira entregou à autarquia as pautas da extinta Banda Alba e a segunda os arquivos que são marca documental do funcionamento da fábrica.

A Câmara quer continuar a estabelecer protocolos com privados que tenham em sua posse património documental de extrema relevância para a história do concelho. Estes protocolos apresentam duas vertentes. Uma estabelece a doação dos documentos à autarquia e a outra visa a entrega da documentação ao município, passando esta a ser uma entidade de salvaguarda daquele património.

Um exemplo de doação foi o de Jorge Figueiredo, neto do proprietário da Tipografia de Albergaria, de quem herdou uma colecção de 801 jornais da região do Vouga datados entre 1888 e 1945. Este espólio encontra-se agora disponível para consulta do público em geral no Arquivo Municipal, que dispõe de um moderno equipamento de procura de documentação desenvolvido no âmbito do programa Sal-On Line. Trata-se da digitalização dos documentos para uma melhor visualização e fácil utilização. A Câmara assegura que é um método simples de consulta, acessível a todos.

Oito anos de espera

Com o seu arquivo espalhado por diversos espaços municipais e sem o devido tratamento, a autarquia considerou “urgente” ter um espaço adequado para instalar o Arquivo Municipal. O processo começou em 2002 e demorou seis anos a estar concluído.

Em 2004, a Câmara apresentou uma candidatura ao Programa de Apoio à Rede de Arquivos Municipais para a integração do arquivo concelhio na rede nacional e para a realização de obras de adaptação do edifício da “cadeia”.

O acordo de colaboração com o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo surgiu a 17 de Fevereiro de 2005 e foi homologado pelo então secretário de Estado para os Bens Culturais, José Amaral Lopes. Com este passo, o município garantiu 40 por cento de financiamento para as profundas obras de requalificação. À Câmara coube a restante parte do investimento.

O Arquivo Municipal tem uma área útil de 428 metros quadrados e três pisos. No rés-do-chão está a recepção, o depósito de documentos e a sala de leitura. Subindo ao primeiro andar, encontra-se os gabinetes de classificação e tratamento de documentos, gabinetes técnicos, uma sala de exposições e uma sala multiusos, preparada para receber iniciativas de carácter cultural e pedagógico. No último piso funciona a área de depósito de suportes audiovisuais e digitais.

De cadeia a Arquivo

O edifício que hoje acolhe o Arquivo Municipal é conhecido pelas gentes do concelho como a “cadeia”. A estrutura foi construída em 1901 pelo então presidente da Câmara, Bernardino Máximo de Albuquerque, que recebeu, em Março de 1906, os primeiros presos. A “cadeia” funcionou naquele espaço até ao início dos anos 70 do século passado, momento a partir do qual permaneceu sem utilidade até 1986. Neste ano, os Paços do Concelho entram num projecto de obras profundas de requalificação e a “cadeia” foi adaptada para acolher, temporariamente, os serviços da Câmara e da Assembleia Municipal, durante o decorrer das obras. Depois também foi escola e Junta de Freguesia e albergou a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e o Centro para a Divulgação das Tecnologias de Informação.

Carmen Martins / Diário de Aveiro

sábado, 22 de novembro de 2008

A Terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza


O livro "A Terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza", da autoria de Delfim Bismarck Ferreira, com edição da ADERAV, será apresentado no dia 11 de Dezembro, pelas 18.30, no auditório da antiga Capitania de Aveiro.

O livro conta com uma Apresentação da autoria de José Mattoso e um Prefácio de Leontina Ventura.

A Terra de Vouga corresponde aos actuais concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Vagos, bem como parte dos de Albergaria-a-Velha, Mealhada e Sever do Vouga. Partindo de um território individualizado na documentação medieval, a terra de Vouga, o autor procurou caracterizar e compreender este espaço e o protagonismo da nobreza nele inserida, desde meados do século IX até ao final do primeiro quartel do século XIV, termo do reinado de D. Dinis.

Fórum GeneAll

Notável circunscrição administrativa no litoral português, confrontava a Norte com a terra de Santa Maria; a Poente com o Oceano Atlântico, a Nascente, com as terras de Sever, Lafões e Besteiros e a Sul com as de Coimbra e Montemor-o-Velho. Compreendendo desde o final do século XI uma vasta área,que actualmente constitui parte dos concelhos de Albergaria-a-Velha, Mealhada e Sever do Vouga, e a totalidade dos concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Vagos (todos pertencentes ao Distrito de Aveiro e à Província da Beira Litoral), a sua origem estaria na civitas de Marnel, sediada em Vouga, que, com a sua localização privilegiada e central, acabaria por fixar aí a “capital” de um extenso território.

Nesse contexto, a região de Vouga assistiu a um desenvolvimento crescente, onde o burgo de Vougaparece ter assumido um papel de destaque, muito provavelmente devido à sua estratégica localização geográfica.

Delfim Bismarck in Actas das Jornadas de História Local (Aveiro, 2007)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Historia on line


Iniciada há um mês [05-04-2008], a 1.ª História Online do Município de Albergaria-a-Velha já conta com 11 episódios e dezenas de participações de cidadãos que querem dar o seu contributo para um conto escrito a várias mãos.

No primeiro episódio, conhecemos Ricardo, um homem sonhador e um pouco azarado, que descobre que a vizinha deslumbrante do 4.º andar, Margarida, é a sua nova chefe na empresa. A atracção parece ser mútua, mas o que fazer com a namorada perfeita, que deixa de ser perfeita quando aparece com meio quilo de haxixe? E o homem misterioso, que Margarida trata carinhosamente, acusado de tráfico de armas em Angola? Em cada novo episódio, com cada nova participação, a história dá reviravoltas inesperadas, onde até os mortos acabam por "ressuscitar"!

A participação na 1ª História Online do Município de Albergaria-a-Velha está aberta a toda a comunidade. Para dar o seu contributo, basta estar atento aos episódios publicados de três em três dias e enviar a continuação da história (...)

O final será revelado a 29 de Maio. Mais informações em http://www.cm-albergaria.pt/.

Escrito por Beira Vouga 19-Mai-2008

O Vereador da Cultura, José Licínio Pimenta, confidenciou ao programa "Escolhidos A Dedo" da Rádio Clube que a 1ª História Online será editada em livro no próximo mês de Abril.

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Inauguração do Arquivo Municipal - 21 de Novembro

Inauguração Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha

domingo, 16 de novembro de 2008

Vale do Vouga: CP garante futuro da linha

11 de Novembro de 2008, 18:07 Oliveira de Azeméis, 11 Nov (Lusa)

O futuro da Linha do Vale do Vouga, que liga Espinho a Aveiro, não está em causa, estando previstos novos investimentos, assegurou hoje Ricardo Bexiga, do Conselho de Gerência da CP.
"A linha é fundamental para o transporte de passageiros e de mercadorias, assim como para a afirmação deste território no contexto da região onde se insere", afirmou o responsável em declarações à agência Lusa.

Para Bexiga "tanto a CP, que é só operadora, como a REFER [a empresa responsável pela rede férrea nacional], vão certamente criar melhores condições de funcionamento, disponibilizando uma linha mais evoluída e que responda às necessidades dos cidadãos".

Ricardo Bexiga falava à margem da apresentação do programa das comemorações do centenário da inauguração da Linha do Vale do Vouga, realizada em Oliveira de Azeméis numa antiga estação, agora transformada em restaurante.

Nos primeiros sete meses de 2008, os comboios movimentaram naquela linha 383 mil passageiros, o que representa um crescimento de 17,5 por cento face a igual período de 2007.
O representante da CP destacou o plano de segurança que a REFER está a levar a cabo na linha, um investimento de cerca de 10 milhões de euros ao longo de 96 quilómetros de via-férrea.
A pretensão é reduzir em 70 por cento os acidentes na linha até 2011 onde a sinistralidade corresponde a 30 por cento da rede ferroviária nacional.

"O futuro da linha passará necessariamente por novos investimentos, sobretudo ao nível das infra-estruturas, mas que serão anunciados no devido tempo", frisou.

O programa comemorativo do centenário da inauguração da Linha do Vale do Vouga arranca no dia 23 de Novembro com a recriação da viagem inaugural feita em 1908 por D. Manuel I, entre Espinho e Oliveira de Azeméis.

Exposições, acções de sensibilização para a segurança ferroviária, viagens promocionais, descontos em passagens e um fórum sobre o futuro da linha e o desenvolvimento regional, são algumas das actividades previstas ao longo do ano.

As comemorações são uma iniciativa da CP, REFER, Fundação do Museu Nacional Ferroviário e câmaras de Albergaria-a-Velha, Águeda, Aveiro, Espinho, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira e S. João da Madeira.

EYD.

Lusa/Fim

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Entrevista a Rui Marques

Rui Marques / Beira Vouga
Eleitorado pregou-me uma partida

Rui Marques diz nunca ter pensado em ser político na sua vida. O facto de vir a ser médico era algo que já vinha dos desejos da juventude, mas a política, confessa, foi algo de imprevisível e de duração inesperada.

Tive que decidir cedo (talvez cedo demais) o tipo de vida que ia abraçar. Com 16 anos terminei o 7º ano. que era na altura o equivalente ao actual 11º ano. Como não havia o 12º tive que decidir qual a área de actividade que ia abraçar e fiquei na indecisão entre a engenharia e a medicina, optando pela segunda. Com 16 anos matriculei-me na Faculdade de Medicina de Coimbra, mas admito que foi muito cedo, ninguém está suficientemente maduro nessa idade para tomar uma decisão como esta, que é das mais importantes da nossa vida.

Rui Marques acabou o curso e quatro anos depois regressou a Albergaria-a-Velha, onde nasceu e foi criado, passando a exercer medicina perto da família e das suas raízes.

A escolha que julguei prematura acabou por ser acertada. Não estou arrependido. A medicina é uma actividade com uma componente humana muito forte. Identifico-me muito com esta actividade e pelos vistos parece que tenho um certo jeito para aquilo também [sorrisos]. Se fosse hoje voltava a fazer exactamente o mesmo.

Depois veio a política.

Na política, normalmente, quando o partido quer um bom resultado procura pessoas na sociedade, que na sua actividade pofissional estejam a desenvolver uma actividade com algum mérito, ou seja, pessoas que se estão a sair bem. Eu penso que estava a sair bem na medicina e houve um partido que resolveu tirar-me do meu descanso [sorrido]. Inicialmente disse que não, que não veria de forma alguma a minha participação na política.

Estávamos em 1985 e Rui Marques foi abordado para ser o candidato do CDS à Câmara de Albergaria-a-Velha. Depois de muitos “nãos" e partindo do pressuposto de que seria difícil o CDS ganhar a Câmara ao PSD, o jovem médico lá aceitou o repto.

Aceitei candidatar-me na perspectiva de poder ajudar numa reunião camarária de 15 em 15 dias, ou seja, eu continuava a fazer a medicina e pelo meio ia a duas reuniões de Câmara por mês. Era a forma de prestar o menu tributo ao concelho, até porque tinha 32 anos, naquela altura. Mas o eleitorado pregou-me uma partida e ganhei a Câmara por poucos votos, por uma unha negra.

“Nunca pensei ser presidente da Câmara”

A medicina começou a perder terreno para a política na vida do entrevistado, que apesar da inesperada vitória assumiu a cadeira do presidente e só a largou 16 anos depois.

Como em tudo na vida gosto de assumir as minhas responsabilidades e abracei a Câmara, o que veio a ser um abraço muito longo, de 16 anos. A medicina ficou para trás, é óbvio, eu não conseguia fazer duas coisas de responsabilidade ao mesmo tempo. Agora é certo, nunca pensei ser presidente da Câmara e nunca pensei, muito menos, estar lá 16 anos.

Rui Marques acredita que o CDS, como partido democrata cristão, era aquele em que se revia na altura, bem como actualmente, com destaque para a componente humanista do mesmo.

Isso tudo tem a ver também com a minha actividade de médico. Acreditava e acredito em muitos dos princípios do CDS, entre os quais a valorização da pessoas humana... embora haja questões que não concordo tanto, é exactamente o que sinto em relação a qualquer outro partido, há coisas boas e más e eu pugno por manter a minha maneira própria de pensar.

Depois de 16 anos de poder, Rui Marques viu escapar a presidência da Câmara para o PSD e para João Agostinho. Apesar das escassas dezenas de votos, o certo é que se pôs termo a um ciclo de quatro mandatos. Será que desgaste político foi a principal razão?

Acredito quem foi um ciclo que terminou. Eu já podia ter perdido as eleições no mandato anterior ou até podia ter voltado a ganhar Há fenómenos e veja, o CDS é um partido que normalmente não ganha eleições aqui (ganhei eu) mas mesmo assim, nas eleições que perdi, em oito freguesias ganhei em seis. Se utilizássemos aqui o sistema americano eu ganhava seis a dois [risos] e acabei por perder por 50 ou 60 votos. Como a votação foi muito expressiva nas duas freguesias onde perdi, ficou assim ditado o resultado, sendo que uma delas é a freguesia do actual presidente.
Agora, aceitei bem aquilo que o eleitorado escolheu e aceito também que tenha sido um desgaste, isto da política cansa... sãos fenómenos de desgaste natural.

"Os 16 anos de ouro de Albergaria"

Olhando para trás, neste percurso de 16 anos. Rui Marques disse ter feito bastante obra, lamenta ter deixado coisas por fazer mas diz ter saído tranquilo e "sem pedras no sapato'.

Deixei muita obra. Penso que foram os 16 anos de ouro de Albergaria. Não há memória na história de Albergaria de tanto empreendimento, de tanta realização de obra, de tanto trabalho. Agora, deixei muitos projectos em curso que naturalmente gostaria de acabar Assim, não deixa de ficar o meu nome ligado ao nível dos projectos, lançamento das obras e da decisão de construção de determinados empreendimentos. Gostaria e espero que o actual presidente, João Agostinho, faça em oito anos metade do que fiz em 16.

Rui Marques, depois destes quatro mandatos voltou à política local exactamente como queria ter começado, ou seja, participar em reuniões de Câmara de 15 em 15 dias.

Lá está [risos]. É uma actividade lúdica neste momento. Vou lá falar de vez em quando mas é de forma lúdica. Ninguém me vê lá com grandes berros, grandes confusões. Agora, estou a falar de uma actividade lúdica mas com responsabilidade.Sem presunção da minha parte, tenho uma postura construtiva e responsável e gostava que me vissem como uma espécie de "senador", uma pessoa que tem experiência e que Albergaria não deve desperdiçar figuras assim.

Sem enveredar por uma postura crítica contra o actual presidente da Câmara, facto que Rui Marques diz ter dificuldade de o fazer publicamente, o ex-presidente de Câmara diz que apenas teve que dizer, pontualmente, algumas coisas.

Não tenho hábito de estar a criticar porque sou sempre alvo de suspeição por ter passado pela Câmara. 

As críticas faço-as no local certo. É certo que há coisas que não me agradam, há coisas que eu não faria da maneira que foram feitas e acho que há coisas que se fizeram que não se deveriam ter feito. Mas essas críticas estão exaradas em acta, pois é assim que o faço.

Entrevista ao jornal Beira-Vouga, 30/08/2007

Revista "Terras de Antuã"


A Câmara Municipal de Estarreja vai lançar a segunda edição da Revista “Terras de Antuã – Histórias e Memórias do Concelho de Estarreja”, no próximo sábado, dia 15 de Novembro, pelas 17h30, no Edifício dos Paços do Concelho. A sessão assinala a comemoração dos 489 anos da atribuição do Foral de Antuã.

De publicação anual, a revista é dirigida por Delfim Bismarck Ferreira, conservador da Casa – Museu Marieta Solheiro Madureira, em Estarreja, presidente do Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto, director da Revista Lusófona de Genealogia e Heráldica, bem como de várias publicações de cariz científico e de investigação contando ainda com uma vasta publicação de estudos sobre a região de Aveiro.

O responsável destaca as diversas funções de uma publicação deste género como “veículo de divulgação e de discussão da memória colectiva; local onde aqueles que se dedicam ao estudo da história possam editar os seus estudos; incentivo para que mais e melhores trabalhos de investigação possam surgir; meio de angariação de uma base iconográfica, impedindo assim o desaparecimento definitivo de um sem número de documentos gráficos e fotográficos”.

O historiador considera que este exemplo “deveria ser seguido por todos os concelhos, apenas o facto de permitir aos estarrejenses e a todos aqueles que aqui vivem, trabalham ou daqui descendem, um melhor conhecimento do seu passado colectivo já seria motivo mais que válido para tal tarefa”.

Texto adaptado do site da Camara Municipal de Estarreja

O albergariense Delfim Bismarck Ferreira é licenciado em História, variante de História da Arte, pós-graduado em História e Património Local, mestrando em História da Idade Média e diplomado em Genealogia e Heráldica.

Historiador, conservador de museu, genealogista e heraldista, é autor de mais de uma dezena de obras sobre a região de Aveiro. Foi Presidente da ADERAV e Director da revista Patrimónios, de 2001 a 2005. É desde 2006 Presidente do Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto e Director da Revista Lusófona de Genealogia e Heráldica da mesma universidade, bem como Director da revista Terras de Antuã, desde 2007.

Bibliografia seleccionada:

- Casa e Capela de Santo António em Albergaria-a-Velha (Século XVIII);
- Moinhos de Albergaria [em co-autoria com Armando Ferreira];
- Valmaior - ao longo dos séculos;
- Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha : subsídios para a sua história;
- Pontes de São João de Loure (1896-2006);
- A Terra de Vouga nos séculos XI a XIV. Território e Nobreza (no prelo)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Paróquias de Albergaria

Paróquia de Albergaria-a-Velha

Padroeira, Santa Cruz, Arciprestado de Albergaria à Velha
A antiga freguesia de Santa Cruz de Albergaria era curato da apresentação da Igreja de vale Maior dependente do Mosteiro de Jesus de Aveiro.
Deu-lhe o nome uma albergaria fundada pela rainha Dona Teresa, mulher do conde Dom Henrique.
Tem Misericórdia fundada em 05.05.1923, com lar de idosos
Centro Social Paroquial de Albergaria-a-Velha, instituído em 11.04.1983
Tem o agrupamento de Escuteiros 838, tendo como Patrono Nossa Senhora do Socorro
Tem registos paroquiais desde 1602

Paróquia de Alquerubim

Padroeira, Santa Marinha, Arciprestado de Albergaria à Velha
A antiga freguesia de Santa Marinha de Alquerubim era priorado da apresentação alternada do Pontífice e do Bispo conforme indica o Relatório do Pároco de 1758.
Era termo da antiga vila de Paos e era sua donatária a Casa de Bragança. Segundo Viterbo, em 1085, Flamula, filha de Honorigo, fizera doação de tudo o que tinha à Igreja de Alquerubim.
Tem a instituição Património dos Pobres, instituída em 15.12.1956
Tem registos paroquiais desde 1619

Paroquia de Angeja

Padroeira, Nossa Senhora das Neves, Arciprestado de Albergaria à Velha
Era anexa da igreja de São Miguel de Fermelã. E dependente do convento de Jesus de Aveiro.
Teve foral dado por Dom Manuel em Lisboa a 15 de Agosto de 1514.
O concelho de Angeja, um dos mais antigos de Portugal, foi suprimido pelo decreto de 24 de Outubro de 1855.
Tem Centro Social Paroquial, instituído em 05.06.1989
Tem o agrupamento de Escuteiros 1145, tendo como Patrono Nossa Senhora das Neves
Tem registos paroquiais desde 1632.

Paroquia de Branca

Padroeiro, S. Vicente, Arciprestado de Albergaria à Velha
Era do Padroado real
Era antigamente da comarca de Estarreja, e até 24 de Outubro de 1855 do concelho de Pinheiro da Bemposta, que foi então suprimido.
Foi antigamente do Bispado de Coimbra.
Tem Centro Social Paroquial de S. Vicente da Branca. Com Instituição em 23.11.1987
Tem o agrupamento de Escuteiros 1116, tendo como Patrono S. Vicente
Tem registos paroquiais desde 1600

Paroquia de Frossos

Padroeiro, São Paio, Arciprestado de Albergaria à Velha
A antiga freguesia de São Paio de Frossos era reitoria da apresentação do Mosteiro de Jesus de Aveiro. Anexa da Igreja de S. João do Loure.
Pertenceu ao antigo concelho de Angeja, extinto pelo decreto de 31 de Janeiro de 1853 pelo qual passou para o de Albergaria.
Teve foral dado por Dom Manuel, em Lisboa, a 22 de Março de 1514.
Tem Centro Social Paroquial de S. Paio de Frossos, instituído em 15.02.2003
Tem registos paroquiais desde 1651

Paroquia de Ribeira de Fráguas

Padroeiro, S. Tiago, Arciprestado de Albergaria à Velha
A antiga freguesia de São Tiago de Ribeira de Fráguas, no termo da vila de Bemposta, foi curato da apresentação do priorado da freguesia de Palmaz.
Em 1839 pertencia ao concelho de Pinheiro da Bemposta, extinto por decreto de 24 de Outubro de 1855, pelo qual passou para o de Albergaria.
Tem registos paroquiais desde 1618

Paroquia de São João de Loure

Padroeiro, S. João Baptista, Arciprestado de Albergaria à Velha
A freguesia de São João de Loure era vigairaria da apresentação do Mosteiro de Jesus da cidade de Aveiro. Mais tarde foi reitoria.
Em 1839 pertencia ao concelho de Aveiro e, em 1852, ao de Albergaria-a-Velha.
Tem registos paroquiais desde 1631.

Paroquia de Valmaior

Padroeira, Santa Eulália, Arciprestado de Albergaria à Velha
O lugar de Vale Maior, em 1708, pertencia à freguesia de Santa Cruz de Albergaria.
Posteriormente constituiu uma paróquia da invocação de Santa Eulália, que era reitoria da apresentação do Mosteiro de Jesus de Aveiro.
Tinha como anexa a igreja de Albergaria-a-velha
Tem Centro Social Paroquial de Santa Eulália de Vale Maior, instituído em 07.11.2001
Tem o agrupamento de Escuteiros 1178, tendo como Patrono S. Sebastião
Tem registos paroquiais desde 1615

http://www.museusaopedro.org/DioceseAveiro/Paroquias.htm

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Navios Iluminados- Ranulpho Prata (1937)

"Seu Manuel Milagre, logo que veio de Portugal, empregou-se na Companhia, onde estava há 23 anos. Fez carreira. Começando como guincheiro, a trabalhar nas pontes volantes (...).

Viera casado da terra já com filha, a Florinda. Mas, a mulher, arrancada aos ares bons de Telhadella, freguesia de Ribeira de Frágoas, estranhou o clima de Santos, adoeceu, morrendo pouco tempo depois. Milagre sentiu com sinceridade. Mas, a vida não deixou que ele fosse fiel à memória, como desejava. Era pobre, precisava de ajuda da mulher, tinha filha pequena para criar. Casou-se com a brasileira Francisca, uma das primeiras amizades da defunta."

Nota: Telhadela é um lugar da freguesia de Ribeira de Fráguas, concelho de Albergaria-a-Velha.