segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Paços do Concelho


Em 1868, a edilidade, presidida por Ferreira Tavares, toma a decisão de construir um edifício para uns Paços do Concelho polivalentes para neles se poderem instalar todas as repartições públicas que andavam espalhadas por várias casas da Vila, em condições “indecentes e impróprias”.

O plano foi traçado pelo Tenente Brito Rebelo incorporando uma nova concepção urbanística que trouxe modernidade à Vila e ainda hoje, passados mais de 130 anos, constitui o centro cívico de Albergaria.

Logo iniciadas as obras de urbanização do local e, pouco depois, da construção do edifício, acabaram por ser suspensas em 1873, por falta de dinheiro para tamanho empreendimento num concelho de poucos rendimentos e sem subsídios estatais.

Só 16 anos depois, a Câmara, presidida por Bernardino Máximo de Albuquerque, que, desde 1880, se vinha empenhando na criação e desenvolvimento duma extensa rede viária que ligasse todas as Freguesias e Lugares do Concelho, deliberou recomeçar a construção dos Paços do Concelho, mandando reformular a anterior planta a fim de aí se instalar o Julgado Municipal e a Comarca que se desejava para breve.

Reformulado o projecto, as obras iniciaram-se em 1890 e foram prosseguindo com a lentidão dependente da falta de dinheiro, pois os rendimentos municipais eram escassos, não havia subsídios do governo, nem se conseguiam empréstimos convenientes. Em 1896, conseguiu-se finalmente um empréstimo particular e no início do ano seguinte, com obras interiores prestes a serem concluídas, começam a chegar as mobílias, vindas quase todas do Porto, para os diversos serviços e repartições que se iam instalando. Em 10 de Outubro de 1897 realizava-se aí, finalmente a primeira sessão da Autarquia.

Dada a sua idade avançada, precisou de amplas reformas para o adaptar ás novas exigências da vida autárquica e dignificação da instituição que simboliza. Para o efeito foram encetadas obras de remodelação em Fevereiro de 1989 as quais terminariam em Março de 1993. O projecto de remodelação é da autoria do Arquitecto Eduardo da Costa Ferreira, tendo-se conservado no interior e no exterior o essencial do seu passado.

A profunda remodelação interior tem impressionado positivamente muitas pessoas e entidades, dentro e fora do Concelho elogiando, para além de mais, a coragem da iniciativa camarária que levou por diante este espaço de realização.

Vale a pena visitar para conhecer a importância da obra.

(Texto da década de 1990 publicado no site da Junta de Freguesia; Postal de 1986)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Albergaria-a-Velha em postal


Há já muitos anos Albergaria-a-Velha foi editada em postal, coisa que para a época era brinde para quem à distância gostava de saber novidades ou minimizar a saudade da sua terra, para muitos que deixaram o seu torrão natal e debandaram terras de África, Brasil ou América, ou até mesmo aqueles jovens que obrigatoriamente cumpriram o seu dever militar em terras da Índia.

Para aquela época recuada, um postal de Albergaria-a-Velha era ouro para quem o recebia e uma prenda para quem o enviava com carinho e amor. Alguns exemplares de então constituem motivos de estima por quem os possui, quer pelas imagens, quando comparadas com as de hoje, quer pelo texto que escondia por vezes o amor e a paixão deixadas por cá, ou a promessa de uma visita no mais breve tempo possível. Até mesmo o casamento, estava implícito no envio de um simples postal.

Era o tempo em que se escrevia à família e aos amigos em contraste com o que hoje se passa. O postal era a comunicação, e mais do que isto, representava a sociedade e a urbanização daquele tempo.

Durante muitos anos, e logo que a edição se esgotou, nunca mais vimos nada que levasse o nosso visitante a enviar aos familiares um abraço ou um simples beijo. Assim sendo, foi com enorme satisfação que quando entrámos na Papelaria do Mercado deparámos com três exemplares, que contemplam o edifício da nossa Câmara Municipal, um outro com o Monumento ao Bombeiro e Fonte Luminosa e ainda um terceiro com a Alameda 5 de Outubro, Fonte Luminosa, Monumento ao Bombeiro e a Capela de Nª Sª do Socorro.

Maria Elisabete Lima, proprietária do estabelecimento, considera, porém, que sabe a pouco e que Albergaria-a-Velha tem muito mais para mostrar e para oferecer. É verdade, e num adeus de simpatia foi-nos dizendo: “não vai ficar por aqui... Estes postais são para mostrar um bocadinho da nossa terra, vou pensar em outra edição, vou pensar muito brevemente”. Ficámos a magicar o que levou a Elisabete a promover desta forma a nossa Albergaria-a-Velha. Talvez o mesmo que nós: o amor, sim, o amor às nossas coisas e à nossa terra. m

António Vinhas, Região de Águeda, 1 de Agosto de 2005

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Ver vários postais de Albergaria-a-Velha no blog http://postaisdealbergaria.blogspot.pt/

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Stape 2000

Presidentes de juntas de Freguesia - informação do Stape em 2000

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

4º aniversário do Arquivo Municipal

No dia 21 de novembro, o Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha comemora o seu 4º aniversário, havendo várias iniciativas para assinalar a data.

Pelas 18h00, vai ter lugar uma sessão solene, com a assinatura de protocolos de cooperação com entidades e pessoas individuais que querem dar o seu contributo para a preservação da memória local e que, muitas vezes, envolve a cedência de importantes documentos e imagens para a compreensão da História da terra. A seguir, pelas 19h00, vai ser inaugurada a exposição de fotografia "Vilarinho de S. Roque – Aldeia de Portugal", constituída por imagens captadas pelos membros do Albergariótipos  - núcleo de fotografia do Clube de Albergaria. A localidade de Vilarinho de S. Roque, situada na freguesia de Ribeira de Fráguas foi, este ano, classificada como "Aldeia de Portugal", uma distinção que reconhece as suas potencialidades turísticas, culturais e paisagísticas. Nesta mostra, patente até finais de dezembro, será possível admirar as paisagens que fazem desta aldeia um lugar que merece uma visita.

Já na tarde de 25 de novembro, pelas 15h30, decorre o já tradicional "Dia Aberto à Comunidade", em que o Arquivo Municipal está de portas abertas, convidando todos a descobrir como se preserva a História do Município. Para além de uma visita guiada, são lançados desafios aos visitantes, que entram, assim, na pele de um arquivista. Não obstante a visita ser gratuita, é necessário fazer a inscrição, até dia 22, pelo e-mail sac@cm-albergaria.pt.

CMA, 17/11/2012

Galeria de Carlos Lopes Zenfólio

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Memórias Paroquiais

BIBLIOGRAFIA RESPEITANTE ÀS MEMÓRIAS PAROQUIAIS DOS ARCIPRESTADOS DA DIOCESE DE AVEIRO

Ver mais em: José Viriato Capela e Henrique Matos, As freguesias dos Distritos de Aveiro e Coimbra nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2011.

Albergaria-a-Velha:

A Memória de Albergaria-a-Velha foi publicada em João Cosme e José Varandas, "Memórias Paroquiais de 1758", Caleidoscópio, vol. I, 2010.

Extractos das Memórias Paroquiais vão feitos em Nélia Maria Martins de Almeida Oliveira, "Auranca e a Vila de Branca". Edição da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, 1997; António Homem de Albuquerque Pinho, "Albergaria-a-Velha. Oito séculos, do Passado o Futuro". Patrocínio da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, Reviver Editora, 2ª edição, 2002.

http://arquivosparoquiaisaveiro.blogspot.pt/2012/10/memorias-paroquiais-da-diocese-de-aveiro.html

MADAHIL, António Gomes da Rocha, “Informações paroquiais do Distrito de Aveiro de 1721”, Arquivo do Distrito de Aveiro, Volumes II ao VIII, Aveiro, 1936 a 1942. (incluí memórias transcritas de Agadão, Aguada de Baixo, Águeda, Albergaria-a-Velha, Alquerubim, Arcos de Mogofores, Aveiro, Avelãs de Cima, Belazaima, Bemposta, Cacia, Eixo, Esgueira, Espinhel, Fermelã, Ílhavo, Lamas do Vouga, Macieira de Alcoba, Moita, Préstimo, Sangalhos, S. João de Loure, Talhadas, Trofa, Vagos, Valongo, Vila Nova de Monsarros, Vilarinho do Bairro).

sábado, 10 de novembro de 2012

4º Concurso de Banda Desenhada de Loulé

Loulé atribui prémios

O brasileiro William Hussar (S. Paulo) foi o vencedor do 4º Concurso de Banda Desenhada de Loulé, promovido pela autarquia local (Divisão de Juventude), com o patrocínio do Parque Natural da Ria Formosa e do semanário regional «Barlavento». O segundo e o terceiro prémios foram atribuídos, respectivamente, a Ricardo Ferreira (Coimbra) e Ricardo Machado (Pataias).

O prémio Algarve, para o melhor trabalho apresentado por um criador algarvio, foi entregue a Sérgio de Carvalho e Sousa, de Tavira. Quanto ao prémio Loulé, foi obtido por João Fazenda, que já fora premiado em anterior edição deste concurso.

O prémio Revelação, que contempla um autor com idade até 12 anos, recaiu sobre Pedro Tavares, de Albergaria-a-Velha.

O prémio Ambiente, patrocinado pelo Parque da Ria Formosa, não foi atribuído este ano. Carlos Rocha (Olhão) teve uma menção honrosa, galardão também atribuído a João Guimarães (Lisboa), Pedro Murteira e João dos Santos (ambos de Almada) na categoria principal.

Concorreram este ano 49 autores, que apresentaram a concurso um total de 63 trabalhos. As obras premiadas, as menções honrosas e outras bandas desenhadas escolhidas pelo júri estarão patentes ao público na Galeria do Convento Espírito Santo entre 17 de Junho e 4 de Julho próximos.

À semelhança dos anos anteriores, as obras distinguidas serão publicadas pela câmara e Loulé e pelo Parque Natural.

C.P. / Público, 1995
http://quexting.di.fc.ul.pt/teste/publico95/ED950530.txt


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Alba: Memórias do Cine-Teatro

O Catálogo da Exposição "Alba: Memórias do Cine-Teatro" só foi possível graças aos contributos das pessoas que partilharam as suas recordações deste importante equipamento cultural


Fb

No dia 28 de outubro foi apresentado o Catálogo da Exposição “Alba – Memórias do Cine-Teatro”, uma edição exclusiva de 1.000 exemplares numerados, que apresenta as história de um importante equipamento cultural pelas pessoas que o vivenciaram.

Não se pretende que este livro seja a realização de um exaustivo trabalho de investigação sobre o Cineteatro Alba (CTAlba), mas antes uma súmula de recordações, informações e memórias que são essenciais para a compreensão da história de um espaço que tanto significa para Albergaria-a-Velha e seus habitantes.

Para este trabalho, foram convidados antigos funcionários e colaboradores, que partilharam os seus conhecimentos e memórias, de forma a ilustrar um lugar especial que lhes marcou a vida. Ao longo das páginas do Catálogo, é possível encontrar recordações de quem construiu o Cineteatro Alba, de quem aqui trabalhou ou, simplesmente, de quem aqui se divertia. “Não se trata aqui de fazer a História de um edifício, de representarmos lugares, mas apenas de recuperarmos emoções, atmosferas e sensações, envolvidas em imagens desvanecidas pelo tempo.”

O Catálogo da Exposição “Alba – Memórias do Cine-Teatro”, que vem acompanhado com DVD, vai estar à venda no CTAlba, na Biblioteca Municipal e no Arquivo Municipal.  

CMA

CTAlba – Sala de Exposições (até 6 de Janeiro de 2013)
 
Alba, Memórias do Cineteatro debruça-se sobre a fascinante viagem pela memória de um espaço de cultura que se destacou na História recente de Albergaria. Nesta mostra aborda-se a fundação da Fábrica Alba, a edificação do Cineteatro, os seus funcionários, as recordações e as vivências dos diversos espetáculos culturais que aqui ocorreram, contando a autarquia com a colaboração e empenho de diversas pessoas que, através do empréstimo de peças, objectos e do relato das suas memórias, contribuíram para o enriquecimento deste evento. Procura-se captar o espírito de um lugar que marcou e continuará a marcar gerações, um local mágico, que nos fez rir e chorar, que criou momentos únicos que ainda hoje perduram na memória.


Facebook do Cineteatro Alba

sábado, 27 de outubro de 2012

Jogo amigável na Branca

Tarde de golos e festa vermelha

A equipa de futsal do Benfica, actual campeã nacional, veio ao pavilhão municipal da vila da Branca, realizar um jogo amigável com o Branca Activa, equipa do concelho de Albergaria-a-Velha, que disputa o campeonato distrital de futsal da 2ª divisão da Associação de Futebol de Aveiro.

Os «encarnados» venceram por 16-0, com as suas principais «estrelas» a brilharem intensamente, com André Lima a «facturar» por quatro vezes e Ricardinho, Zé Maria e Jardel a marcarem três golos cada um.

O pavilhão da vila da Branca encheu-se de público que se deliciou com a categoria dos craques benfiquistas, que no final não deixaram de assinar centenas de autógrafos em tudo quanto lhes foi colocado à frente, desde camisolas, bonés, bandeiras, cachecóis, ou folhas de papel. Quanto ao jogo propriamente dito, a história do mesmo resume-se à total supremacia do Benfica, que demorou pouco mais de quatro minutos a embalar para a goleada, que de resto, podia ter sido bastante mais expressiva, não fosse um certo abrandar de ritmo, no início da segunda parte, em que durante mais de sete minutos, a baliza defendida por Fábio não foi atingida. Depois voltou a superioridade dos vencedores, ainda que a boa réplica do Branca Activa tenha sido bastante vincada, merecendo marcar pelo menos dois golos, que os seus jogadores desperdiçaram em outros tantos momentos, primeiro, num livre directo, resultante da sexta falta benfiquista, já em cima do intervalo, que Ruizinho rematou por cima da barra e a dois minutos do fim, quando o guardião Fábio, que por sinal realizou uma bela exibição, evitando uma série de golos adversários, beneficiando do facto do Benfica ter tirado o guarda-redes Zé Carlos, trocando-o pelo quinto jogador de campo, repôs a bola em jogo com um remate comprido, que saiu a centímetros do poste da baliza «encarnada». A vitória do Benfica traduz o seu intenso domínio, mas a tarde foi de festa, que teve ainda a participação da Associação de Futebol de Aveiro, com o vice-presidente do Conselho de Arbitragem, Sá Neves, a entregar uma lembrança da AFA ao seu filiado Branca Activa, na pessoa do presidente da direcção, Artur Salsa, comemorativa deste bem conseguido evento. De resto, os dirigentes do Branca Activa, fazem mesmo jus ao epíteto de «activos», pois, embora o clube tenha apenas um ano de existência já antes tinham realizado outros jogos amigáveis com equipas tão credenciadas como o Freixieiro e a Associação Académica de Coimbra.
Arbitragem sem problemas, limitando-se a conferir as faltas e a assinalar os golos… do Benfica.

O miticismo do «poder vermelho»


A vila da Branca tem hoje em dia uma colectividade desportiva que «pegou de estaca» e que já se pode considerar um novo embaixador do desporto da segunda maior freguesia do concelho de Albergaria-a-Velha. Com efeito, os dirigentes do Branca Activa podem orgulhar-se do excelente trabalho que estão a desenvolver e que teve o seu ponto alto mais alto neste espectacular jogo que, à conta do glorioso SLB encheu por completo a ampla banca do pavilhão municipal branquense. Foi empolgante verificar como as pessoas viveram este belo evento, que o misticismo que o nome do grande Sport Lisboa e Benfica transporta e congrega. Até o leilão de uma bola autografada por todos os jogadores do Benfica fez parte de uma tarde de sonho que muitos, sobretudo as crianças e os adolescentes vão recordar ao longo do resto das suas vidas. Para completar, registem-se as excelentes participações do grupo Gin Sport, de Soutelo, que efectuou um belo número de ginástica acrobática, justamente premiado com quentes aplausos do público,

A vertente social também não foi deixada de parte e a recepção realizada na Junta de Freguesia da Branca foi digno da fidalguia do clube organizador a das gentes branquenses.

Por fim e pela parte que toca ao jornalista, obrigado pela honra que me deram em apresentar os vários interpretes da tarde. Afinal, foi na Branca que me fiz homem, à conta de 27 anos de trabalho na hoje desaparecida Fábrica Cerâmica da Branca. Por isso e por tudo o resto, obrigado Branca Activa e obrigado amigos branquenses, muitos dos quais pude reencontrar na estupenda e memorável tarde do domingo 10 de Julho de 2005.

Jacinto Martins / Jornal de Albergaria

Branca Activa, 0 – S.L. Benfica, 16

Branca Activa: Fábio; Fidel, Alex, Ruizinho e Paulo – cinco inicial. Jogaram depois: João Ricardo, Luís Cândido, Nunes, Nuno, Carlitos e Décio.

Suplente não utilizado: Armando.

Treinador: Fausto Leite.

S.L. Benfica: Zé Carlos; Pica Pau, Zé Maria, André Lima e Majó- cinco inicial. Jogaram depois: Bruno Tavares, Jesus, Leandro, Pirata, Ricardinho, Jardel e Miguel Almeida.

Treinador: João Ferreira

Pavilhão: Municipal da Branca, na Branca.
Assistência: Cerca de 2.000 espectadores.
Árbitros: João Salgueiro e Paulo Oliveira.
Cronometrista: Luís Valente
Ao intervalo: 0-9.

Marcadores: Zé Maria (3), 4,12, 4,20 e 16,57; Pirata (2), 7,02 e 7,50; Ricardinho (3), 8,22, 27,30 e 39,20; Jesus (1), 10,25; André Lima (4), 19,10, 19,56, 36,35 e 36,40 e Jardel (3), 30,26, 33,16 e 34,10.

Acção disciplinar: Nada a registar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fábrica Cerâmica da Branca

Habitantes queixam-se da degradação da antiga Fábrica de Cerâmica da Branca

Os habitantes do lugar da Estrada, na Vila da Branca, mais precisamente da Travessa da Arroteia e Rua da Cerâmica, queixam-se do estado de abandono dos terrenos da antiga Fábrica de Cerâmica da Branca, da qual actualmente só resta a chaminé. De acordo com os habitantes, os silvados e matos favorecem a presença de animais, como ratos e cobras, que chegam mesmo a “passear” nos seus quintais.

Nos últimos tempos, foram feitas diversas diligências no sentido de resolver esta situação que continua a provocar dores de cabeça aos moradores do lugar. Recorde-se que o terreno é propriedade da Caja de Ahorros de Salamanca y Soria C Duero, S.O., que possui uma filial em Lisboa.

A primeira diligência remonta ao ano de 2007 quando os habitantes procuraram ajuda através da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha. O facto do terreno encontrar-se em zona urbana levou ao arquivamento do processo, de acordo com a legislação em vigor, uma vez que a Câmara Municipal não tinha competências para proceder à limpeza do local. Os habitantes não baixaram os braços e mostraram o seu descontentamento junto da empresa proprietária do terreno, não tendo surtido qualquer efeito.


(...)

Beira-Vouga, 2/10/2012

(Leia a notícia na íntegra na edição da 1.ª quinzena de Outubro do Beira Vouga)

imagem: anúncio Gazeta dos CF nº 1363 - 1944

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cerâmica da Branca


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Cerâmica da Branca
Chaminé

Fotografia de Mário

A Fábrica de Cerâmica da Branca existia desde 1918. Depois do encerramento da empresa apenas sobrou a chaminé.

PB

sábado, 20 de outubro de 2012

Descer o Vouga até Aveiro

Na Rota das Pousadas

Descer o Vouga até Aveiro

A Pousada de Santo António, em Serém de Cima, nos arredores de Albergaria-a-Velha, é o ponto de arranque para um passeio por fora de estrada que nos leva a acompanhar o curso do rio Vouga até Aveiro, cruzando trilhos florestais entre pinheiros e eucaliptos, e percorrendo caminhos de serventia a férteis explorações agrícolas, nos ricos vales que se estendem nas margens do rio.

A povoação de Serém mal se descobre no mapa, mas durante décadas foi ponto de passagem obrigatória dos viajantes que percorriam a famosa Estrada Nacional Nº1, entre Lisboa e o Porto. Dominando uma colina sobranceira ao rio Vouga, a escassos quilómetros de Albergaria-a-Velha, Serém foi escolhida em 1942 para a implantação de uma das primeiras Pousadas de Portugal, com uma dúzia de quartos e uma suite, bem como um simpático restaurante panorâmico, de onde se disfruta uma bela vista para o vale recortado pelo rio. Hoje, para quem faz a viagem de automóvel entre as duas cidades, o melhor caminho é a auto-estrada, e saindo desta no «nó» de Albergaria, tomamos a I.P.5 em direcção a Viseu e deixamos este «Itinerário Principal» pouco mais à frente, na primeira saída que encontramos, onde se virarmos para Águeda e Coimbra basta percorrer um par de quilómetros para chegar à Pousada de Santo António. Esta unidade da Enatur adaptou-se também aos novos tempos e de «porto de abrigo» para automobilistas cansados de uma viagem que há 15 anos ainda podia demorar um dia inteiro, foi completamente renovada de acordo com os padrões das Pousadas de Portugal, direccionando-se para o turismo de qualidade e tomando-se num local agradável para gozar uns momentos de descontracção.

Tal como o conceito das Pousadas de Portugal, o todo-o-terreno é igualmente uma actividade «anti-stress» e o itinerário que traçámos entre a Pousada de Santo António e o centro da cidade de Aveiro, percorrendo mais de meia centena de quilómetros, é disso um bom exemplo!

Arrancando frente à porta da Pousada de Santo António, cumprimos apenas 500 metros até trocar o asfalto pelos pisos de terra, tomando um caminho que nos faz passar junto à piscina da pousada e conduz até à povoação de Serém de Cima. Aqui, no cruzamento já em asfalto, seguimos pela esquerda até ao fim da estrada, que termina na saída poente da povoação, numa bifurcação em que tomamos a direita, entrando num estradão florestal. Um quilómetro depois, cruzamos o asfalto e prosseguimos em frente, sempre pelo estradão de terra principal, desprezando todos os caminhos que surgem à direita ou esquerda até voltar a encontrar uma estrada alcatroada. Desta feita, seguimo-la durante 800 metros até reentrar em terra, entrando à direita para novo estradão, entre um pinhal e eucaliptal. Cumprimos mais um quilómetro para alcançar a povoação de Fial, onde tomamos a esquerda na rua principal e seguimos a estrada de asfalto que liga com a povoação de Salgueiral. Já à entrada desta, subindo a primeira rua do lado direito penetramos uma vez mais nos caminhos poeirentos entre os pinhais e eucaliptais, cruzando uma ponte sobre a auto-estrada. Depois desta, avançamos à direita em asfalto e 350 metros adiante, na bifurcação seguinte, prosseguimos para terra (nota nº l5 do «roadbook»), seguindo em frente por caminhos que não fazem chegar à entrada da povoação de loure.

Em Loure, viramos à direita na primeira rua que encontramos, a das Fontaínhas, descendo-a até ao fim, para então tomar um caminho de terra à direita e contornar a localidade. Entramos finalmente no vale quando reencontramos o asfalto à saída de Loure, cruzando a estrada para seguir um caminho entre campos agrícolas. Num instânte avistamos o rio Vouga e a partir daqui raras vezes o perdemos de vista, acompanhando o seu curso até Aveiro, ora numa margem, ora ao longo da outra.

Entre Loure e a povoação seguinte, São João de loure, seguimos pela margem direita, «contra a corrente» do rio, percorrendo cerca de cinco quilómetros. Nesta segunda localidade, e já em estrada de asfalto, cruzamos o rio sobre uma antiga ponte de ferro e à saída desta viramos à direita para um caminho que segue pela margem esquerda do Vouga. Momentâneamente deixamos de ver o rio, seguindo por uma pista entre uma alameda de árvores tão cerrada que forma um túnel natural onde nalguns pontos não chega a luz do dia, permitindo adivinhar «belos lamaçais» por altura das chuvas, já que aí os terrenos não secam com a mesma facilidade daqueles que estão permanentemente expostos ao sol. No fim do «túnel» (nota nº 43 do «roadbook») seguimos pela esquerda um estradão «rapidíssimo» que contorna duas pontes da lP5, uma sobre o rio Vouga, outra sobre uma pequena e admirável lagoa, que merece a pena espreitarmos. A ideia é exactamente essa, pois o estradão não tem saída, fazendo-nos voltar para trás pelo mesmo caminho e só no cruzamento anterior atravessamos o rio, Passando por uma pequena ponte. Na margem oposta, entramos na povoação de Angeja, seguindo sempre pela esquerda. Não chegamos a percorrer as ruas de Angeja, mas na bifurcação em que ao virar à esquerda deixamos a localidade pelas costas temos a «Casa dos Leitões», excelente para uma breve pausa, sugerindo retemperar forças com uma sanduíche do dito ou, no caso de não ser apreciador dos «bacorinhos» assados à moda da Bairrada, pode sempre experimentar uns rojões de porco igualmente de fazer crescer água na boca.

Voltando ao percurso, certamente que bem mais «aconchegados», avançamos por asfalto à bifurcação com a Estrada Nacional Nº lO9, que se dirige de Aveiro ao Porto através de Estarreja, Ovar e Espinho. Virando à esquerda no sentido de Aveiro, logo a seguir, mesmo antes da ponte sobre o Vouga, abandonamos a E.N. 109 e tomamos o estradão de terra que acompanha a margem direita do rio. ladeamos ainda alguns braços da ria de Aveiro e atravessamos o Vouga por uma pequena ponte de aspecto algo frágil, mas suficientemente sólida para suportar o peso de dois Range Rover em simultâneo. Na margem oposta, avançamos em frente até à povoação de Vilarinho e só então os caminhos de terra ficam definitivamente para trás. Então, não deixe de observar as casas solarengas desta povoação, e siga para o centro de Aveiro, passando junto às fábricas da Renault até entrar na E.N. 109, e saindo desta pela IP5 na direcção de «Aveiro Oeste» até à rotunda que nos leva ao centro de Aveiro, contornando um dos canais que faz a cidade merecer o rótulo de «a Veneza portuguesa».

Terminamos o passeio no centro de Aveiro. Para regressar à Pousada de Santo António e gozar um merecido descanso, não tem nada que enganar: tome a IP5 em direcção ao interior e siga este Itinerário Principal até ao «nó» que cruza a Estrada Nacional Nº 1. E se o passeio por fora de estrada o deixou com vontade de percorrer mais quilómetros, pode aproveitar dois outros itinerários na «Rota das Pousadas», um que se desenrola também a partir da Pousada de Santo Antónlo, dirigindo-se rio Vouga acima (no sentido inverso ao deste «road-book») até às imediações de Sever do Vouga (Talhadas), e outro que tem como base a Pousada da Ria, perto de São Jacinto, e percorre inúmeros caminhos ao longo da riadeaveiro.

Consulte a sua colecção da Todo Terreno ou siga as «Rota Land Rover», uma colectânea de vinte e dois destes itinerários, à vendas nas boas livrarias, bem como via postal, fazendo o pedido à Todo Terreno.
http://supragw.supra.pt/todo-terreno/jul96/pousadas.htm (1996)

Serém de Cima pertence ao concelho de Águeda e faz fronteira com Albergaria-a-Velha

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Árvores e Candeeiros

notícia de 1931, Gazeta de Albergaria


O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, questiona o Ministério da Agricultura, Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre o abate de árvores centenárias, tílias, em Albergaria-a-Velha.

Considera que se trata de árvores que “não apresentavam sintomas de problemas sanitários ou outros e que faziam parte do património cultural e arbóreo, marcante de tantas gerações de albergarienses”. O deputado ecologista quer saber quais os motivos que levaram a este abate e também os planos futuros que existem para aquele local.

Na base da questão está o abate de nove tílias centenárias no largo do Torreão, junto da entrada principal da Quinta da Boa Vista, precisamente junto do local onde decorrem as obras de construção da Biblioteca Municipal de Albergaria.

Recorde-se que este caso motivou uma tomada de posição de populares que se recusaram a retirar veículos estacionados no largo como forma de protesto.

05-06-2012 (Fonte: Rádio Terranova )

Republicada no PORTAL DE ALBERGARIA onde provocou uma troca de palavras mais ou menos acesa:

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Luis Castro, 5 de Junho de 2012

Outra vez esta conversa sem jeito nenhum?
Voltamos a bater no ceguinho novamente!
E agora, o que é que querem que a câmara faça? Não pensaram que as raízes das ditas tílias poderiam estar a causar problemas nos edifícios adjacentes? Como era visível, muitos dos paralelos já estavam levantados por causa das raízes. Ah e tal agora porque eram centenárias não se podiam abater. Além disso, na minha opinião, estéticamente não ficavam nada bem! Há tantos outros assuntos tão mais importantes na NOSSA TERRA! A biblioteca será, como já é o Cineteatro Alba, uma importante infraestrutura para a NOSSA CIDADE!

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Francisco Silva, 7 de Junho de 2012

As árvores não só não estavam doentes, como não causavam qualquer problema nas fundações. São, aliás, espécies indicadas para serem plantadas nas cidades. Mais: eram seres vivos insubstituíveis e que faziam parte da cidade, cujos cidadãos tinham direito a usufruir. Que idade é que você tem? Que gravetos é que quer ver ali a crescer, para si, para os seus filhos e para os seus netos? O que você não percebe é que a cidade, qualquer cidade, é para as pessoas e para ser vivida pelas pessoas; as cidades não são objectos que estão ao serviço de um poder político qualquer, que não tem a mínima ideia do que é o planeamento. Qualquer albergariense que se preze já devia estar farto de ver as fachadas que fazem a identidade citadina emparedadas ou, pior, destruídas: são boas para depois vermos nos postalinhos, não é? Para dizer aos filhinhos e aos netinhos como era isto antigamente, não é? Será que você merece a cidade que tem?

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RC, 7 de Junho de 2012

De há uns anos para cá, desde a importação da moda dos movimentos ditos ecologistas e dos partidos ditos verdes, floresceu a ideia de que o que é verde, não se pode cortar… Esteja o ciclo de vida no limite, seja por que razão seja, natural ou da conveniència humana, é verde, não se pode cortar… Enfim, o oito ou oitenta, o exagero, o extremisto tão à portuguesa…
Recordo a polémica intensa ocorrida há alguns anos a propósito do abate das árvores, também centenárias e muito mais frondosas e vistosas do que estas tílias do Torreão, que escondiam a fachada do edifício da Câmara Municipal… O que se disse, as sentenças condenatórias que algumas mentes ecológicamente ultrasensíveis anunciaram aos quatro ventos quando se soube que as árvores iriam ser abatidas… Atentado ambiental, crime ecológico, vilipêndio da memória dos albergarienses, o diabo a sete!…
As árvores foram, apesar dessas visões catastrofistas dos pretensos salvadores da Natureza, realmente abatidas. E hoje… Alguém nota a falta?… Alguém pensa que ficou desvalorizada a estética paisagista do jardim e da fachada municipal?… Alguém acha que a percentagem de dióxido de carbono tornou o céu albergariense mais perigoso?…
Vai Albergaria passar à categoria de deserto apenas porque se decidiu abater nove tílias centenárias numa perspectiva de valorização do património construido, não se sabendo, sequer, neste momento, o que vai ser a futura decoração daquele espaço que até poderá passar por um complemento paisagista natural?…
Enfim… há albergarienses que são uns exagerados!…

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Campinho a Capital, 7 de Junho de 2012

O Francisco Silva também ainda deve ser novo… pela teoria dele a alameda em frente ao cinema ainda estava cheia de ameixieiras e diospireiros, o chão ainda era de terra batida e estava sempre cheio de diospiros e ameixas esmagadas e de ramos esgaçados pela miudagem a subir às árvores… nem sei se sabe do que é que eu estou a falar… Também nem se deve lembrar do que era o centro de Albergaria a Velha há trinta anos, estavam lá realmente as tílias, mas não estavam as centenas de árvores que foram plantadas nesses trinta anos nas ruas da cidade, não estavam lá os relvados junto ao pavilhão e às piscinas… se alguma coisa se fez nesta terra nos últimos trinta anos foi aumentar as árvores plantadas, mude de teoria para dizer mal, não venha com política para isto, que em matéria de natureza nunca se fez tanto em Albergaria a velha como nos últimos trinta anos, parece que você é que ainda é muito novo…

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Francisco Silva, 7 de Junho de 2012

Anda muita confusão por essas cabeças. Já percebi que o progresso da nossa cidade é meter betão em cima da terra. Se calhar assim parece mais cidade. Qual é a justificação para cortar as tílias? Valorização do espaço? Não me façam rir. Pelo que sei, o poder público nunca justificou o acto inqualificável; devia fazê-lo! As cidades valem também pela identificação que a sua população consegue fazer dela; eu, e muitos albergarienses, revemo-nos naquilo que a nossa cidade nos pode oferecer. E Albergaria já tem muito pouco para oferecer nesse campo. E com o actual poder poder público tem cada vez menos.
Por acaso sabiam que a casa do Torreão tinha murais e frescos (ou afrescos) nos tectos e paredes, pintos há cerca de 100 anos? E sabem o que lhes aconteceu? Foram destruídos; em nome do progresso, certamente. Por que não preservá-los? Por que não fazer um projecto que contemplasse a sua preservação, um motivo em que a população se pudesse rever? O exemplo das tílias é só mais um. Já agora, não acho nada bem que se tenham abatido as árvores frente à câmara; nem acho nada bem que se tenha destruído o café Girassol para se construir um mamarracho. Mas eu ainda tenho memória disso, porque os mais novos só tem memória de espaços citadinos anódinos, feios, que mais parecem os subúrbios ou os dormitórios das grandes cidades. Mas parece que é isso que querem os meus conterrâneos… Será?

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Luis Castro, 7 de Junho de 2012

Eu não sei, e admito isso, qual foi o principal motivo que levou o executivo camarário a remover as ditas tílias do local. O que é facto, e volto a reafirmar, é que os paralelos junto a estas tílias estavam TODOS levantados. De qualquer forma, já ouviu falar em enquadramento paisagístico ou reorganização paisagística? Sim, isso também acontece nas cidades!
Se fossem árvores que ao olharmos para elas dissessemos “Eh pá, realmente eram tão bonitas e fazem aqui tanta falta!” A verdade é que não o eram (na minha opinião) e tornaram a praça muito mais arejada. Acredita que alguém ia de propósito ao largo da Quinta do Torreão para ver as árvores?
Concordo com o RC quando diz que “Alguém pensa que ficou desvalorizada a estética paisagista do jardim e da fachada municipal?… Alguém acha que a percentagem de dióxido de carbono tornou o céu albergariense mais perigoso?…”
Relativamente ao Café Girassol, estou plenamente de acordo consigo. O que ali está é um autêntico mamarracho. Foi uma das primeiras obras do Dr. Rui Marques e que desde sempre foi um projecto mal nascido. O arquitecto desse edifício é o mesmo do Centro de Saúde….
De qualquer forma, pelo que se consta, não estará ali muitos mais anos por isso, não se preocupe!
O senhor é mais um bacoco moralista. Quem lhe disse a si que os murais e frescos tinham sido destruídos em prol do progresso? Para que o senhor saiba, esses ditos murais e frescos foram removidos no início das obras e encaminhados para restauro.

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RC , 7 de Junho de 2012,

é a primeira vez que leio alguém a lamentar o abate das árvores que ofuscavam inutilmente a fachada do interessante edifício da nossa Câmara Municipal. E olhe que críticas antes do abate, ouvi muitas, mas elogios ao resultado final, ouvi ainda mais…

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Francisco Silva, 11 de Junho de 2012

Ou seja, tectos e pinturas do edifício da futura biblioteca foram de facto destruídos e não têm qualquer recuperação possível. E só não foram TODOS destruídos porque alguém se lembrou de avisar que seria um crime essa destruição. E porque o interior do edifício está documentado há muitos anos. E que essa destruição até poderia ser usada como trunfo político. Mas se era uma riqueza do concelho, ou da cidade, deixou de o ser. Desapareceu.
De resto, é uma imbecilidade confundir a destruição de património com progresso. Não sei onde esta gente vive, mas em Albergaria até parece que progresso rima com retrocesso.
(…) quando se constrói/recupera um imóvel tem que se ter em conta o que lá existe, o que é possível e deve ser recuperado, incluindo as árvores. Nada disso foi feito aqui. O que revela que este poder local não sabe muito bem ao que anda. Ou se calhar sabe muito bem, porque esta é uma das formas de despender mais dinheiro numa obra projectada. Claro que ninguém está preocupado com isto, afinal, trata-se de dinheiro público e a avaliar pelos comentários, o dinheiro público é para desperdiçar.
(…) aqui há uns anos, em Angeja, foram abatidas umas dezenas de árvores seculares, oliveiras, se não estou em erro. O poder local de então começou por dizer que estavam doentes. Mentira. E depois lá se foi sabendo que afinal as árvores foram cortadas para lenha… Perguntem a qualquer angejense com memória, porque hoje, no seu lugar, apenas estão lá uns gravetos sem sentido, na Rua da Várzea.

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Luis Castro, 11 de Junho de 2012

Vamos lá ver se entendi: Francisco, quer dizer, então a biblioteca devia ser no sitio onde será mas o edifício não deveria sofrer aquelas obras profundas certo? Devia ser no lugar da antiga padaria. Boa ideia! Até se podia aproveitar os balcões de atendimento e tudo!
O sr. continua a afirmar incessantemente que os quadros foram destruídos. Continuo a dizer-lhe que o que diz não tem fundamento porque, como já lhe referi anteriormente, essa foi uma das preocupações da CM (conhecendo o valor das obras) no início da construção da biblioteca. A verdade é que muitas das pinturas (que as conheço) estavam num estado lastimável que a sua recuperação e restauração eram praticamente impossíveis.

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Sousita, 13 de Junho de 2012

Para que é que precisamos daquelas árvores, ora essa?! Era bom termos uma praça em condições, onde se pudesse estar, mas afinal foi tudo para os bibliotecários poderem ter o seu pópó à porta. Progresso, dizem os saloios… Agora vamos proteger-nos do sol debaixo da sombra dos carros e vamos respirar o seu fumo. E os tectos, património de todos, para que servem?! Ora, em nome do progresso, e porque este se quer de grandes mamarrachos, lá se foi o património. É bem, porque a gente vive é de betão… Com aquele cubo nas traseiras do torreão, deve ter sido por falta de espaço… Mas também, numa terra onde se destruiu um cine-teatro majestoso por um ao estilo de pré-fabricado, onde a maior e mais antiga fábrica vai caindo aos poucos, onde existem (?) vestígios arqueológicos na zona industrial, que poucos conhecem, onde se deixou cair o edifício garagem, onde se fizeram obra duvidosas como o edifício do paços do concelho, já nada admira… e o povão até aplaude!
Mas o pior disto tudo, é que se está tudo a conjugar para colocarem mais candeeiros daqueles bonitos, tipicamente históricos, que adornam a zona histórica da cidade… e mais uns cubos com umas couves… de preferência com o passeio rebaixado, como na rua da igreja à santa cruz, ou na rua de sto antónio, para se poder estacionar à vontade em cima dos passeios.

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JF, 13 de Junho de 2012

Sousita, quanto aos candeeiros…vamos esperar para ver, mas aqueles mastros inclinados apontados ao céu em frente ao Cine-Teatro não auguram nada de bom. Palpita-me que nisso vamos estar de acordo. Para já apenas me fazem lembrar os que em tempos colocaram na Rua de Santo António: abortos, mamarrachos, aberrações, revelações de uma imensa ignorância para além da parte estética, porque se esta é discutível, a questão histórica nem por isso…

[completo]

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Página do CDS Albergaria

A página do CDS ALBERGARIA muda a sua imagem e dá início a uma nova fase

Aproveitando as comemorações do 5 de Outubro dia da implantação da República,  o blog CDS ALBERGARIA entendeu comemorar esta importante data, apresentando uma nova imagem, mais fresca, jovem e virada para o futuro. As atualizações vão passar a ser contínuas, e o blog passa a estar diretamente ligado à página do Facebook e do Twiter do CDS Albergaria, atualizando automáticamente as páginas destas redes sociais, permitindo assim, de modo mais eficiente, partilhar todos os novos posts do blog. As mudanças não ficam por aqui, o blog alterará o seu conceito e começará a veicular informação da atividade de todos os eleitos pelas listas do partido, designadamente a atividade dos Vereadores do CDS na Câmara Municipal, dos deputados municipais, bem como a atividade desenvolvida pelos autarcas do partido nas respetivas freguesias.

  É de primordial importância que as populações passem a estar informadas dos assuntos mais importantes do nosso concelho e de tudo o que o CDS ALBERGARIA faz para defender e apoiar as necessidades, expectativas e interesses de todos os albegarienses sem exceção. O blog continuará a veicular informação relevante acerca das atividades do partido.

Como nota final, o CDS ALBERGARIA  quer deixar uma mensagem de esperança no futuro do concelho, sublinhando que a mudança é possível e deve começar por cada um de nós. E que cada um de nós pode mesmo fazer a diferença.

 CDS Albergaria


Vamos ver como corre e se a ideia é seguida pelos restantes partidos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Worldwide Photo Walk 2011

Worldwide Photo Walk Albergaria-a-Ve... (Group: 277)

1 Outubro 2011

  • Albergaria-a-Velha
  • Albergariótipos
  • Worldwide Photo Walk
  •  
  •  Fotografia de Carlos Lopes
  •   
  •  
  • Em 2012 irá decorrer no dia 13 de Outubro em Angeja:

  •   No dia 13 de outubro, tem lugar, em vários países do mundo, a WorldWide Photo Walk, o maior evento internacional na área da fotografia social. Mais uma vez, o Albergariótipos – núcleo de fotografia do Clube de Albergaria, associa-se a esta iniciativa e organiza uma caminhada fotográfica pela Vila de Angeja neste dia.

  •         O ponto de encontro está marcado para as 8h00, no Parque do Areal; a caminhada percorrerá as ruas de Angeja e um dos percursos naturais do Baixo Vouga, num trajeto misto de cerca de 6 km, dando assim a oportunidade de conhecer o essencial da História e da vivência da Vila. 

  •         A participação na WorldWide Photowalk é gratuita e aberta a todos os amantes da fotografia. 
  • Os participantes poderão colocar a sua melhor fotografia a concurso, sendo que o vencedor, a apurar por um júri do Albergariótipos, terá direito a um prémio e a participar no concurso mundial anual.

  •         Para mais informações, os interessados poderão consultar o sítio 
  • http://worldwidephotowalk.com/walk/angeja-aveiro-portugal/ ou a página do Albergariótipos no Facebook
CMA

http://worldwidephotowalk.com/walk/angeja-aveiro-portugal/

O limite é de 50 participantes. Podem participar no evento mesmo não fazendo parte do Núcleo de Fotografia – Albergariótipos.
As fotografias de 2012 devem ser enviadas para o grupo de Flickr relativo ao evento em Angeja, disponível em: http://www.flickr.com/groups/wwpwangeja2012/

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vida de um bombeiro

Natural de Assilhó onde viveu a infância e juventude, Delfim de Bastos Ferreira de Carvalho rumou aos 23 anos até Vale Maior depois de ter casado com Emília. Com apenas 18 anos de idade (em 1964), Delfim Carvalho inicia nos bombeiros como voluntário e em 1997, a convite de José Ricardo Bismarck, comandante da corporação passa a ser oficial de dia do quartel. Além de bombeiro, Delfim Carvalho desempenhou funções como pedreiro e metalúrgico, na fábrica Alba onde esteve 27 anos. Entrou nos Bombeiros em 1964.

O “bichinho” em ser bombeiro foi incutido pelo pai. As histórias que o pai contava em casa fez com que o interesse fosse crescendo. Dessa forma, Delfim Carvalho, o irmão e irmãs decidem ir para os bombeiros.

Desde pequeno que ouvi histórias sobre os bombeiros. O meu pai era bombeiro por isso eu e os meus irmão decidimos seguir o caminho dele. As minhas irmãs faziam parte do corpo de voluntárias da saúde e eu e o meu irmão éramos bombeiros voluntários. Na altura existia um grupo de meninas que ajudavam no transporte de doentes ao fim-de-semana e as minhas irmãs decidiram juntar-se e ajudar.

Depois de um ano e meio de instrução, em 1964 iniciei a actividade voluntária na corporação albergariense que ficava situada na actual sede do Clube Desportivo de Campinho, em Albergaria. Na altura existiam apenas 22 bombeiros.

Em 1969 tive um acidente e o comandante da altura, José Laranjeira, convidou-me para realizar o trabalho de operador central. Mais tarde, em1997, José Bismarck, actual comandante convidou-me para ser oficial de dia do quartel, no quadro activo dos bombeiros.

Primeiro trabalho como bombeiro

Delfim Carvalho não esqueceu o primeiro dia como bombeiro. A corporação albergariense foi chamada para um incêndio em Angeja, mas um acidente com o carro aberto Chevrolet fez com que não iniciasse a actividade naquele dia.

O meu primeiro trabalho como bombeiro foi complicado. Na altura fomos chamados para um incêndio florestal em Angeja e seguimos num carro aberto Chevrolet. Não cheguei a combater o incêndio porque quando íamos a caminho do incêndio despistamo-nos, na conhecida curva do Tomás, no lugar do Sobreiro. Não ganhei para o susto e o sucedido não me fez desistir do sonho de ser bombeiro. No despiste não houve feridos, mas os danos na viatura foram elevados.

Sandra Carvalho, Jornal Beira Vouga, 30 de Abril de 2007


(...) foi também entregue pelo representante o crachá de ouro a Delfim Carvalho, há 44 anos ligado aos bombeiros de Albergaria-a-Velha e que, entre outras condecorações, possui a medalha de serviços distintos, grau ouro e que foi por várias vezes eleito bombeiro do ano da corporação. Vítima de um grave acidente que o deixou paraplégico, Delfim Carvalho mantém-se ligado aos bombeiros, sendo responsável pelas comunicações e desempenhando funções de instrutor dos candidatos a bombeiros. Particularmente emotivo foi o momento em que a irmã do homenageado - ela própria, em tempos, elemento do corpo activo - leu uma mensagem em que dizia que o irmão e os bombeiros «fizeram desta missão voluntária e deste objectivo a razão das vossas vidas».

Diário de Aveiro, 07 de Abril de 2008

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Visita Guiada ao Centro Histórico


Dia 22 de Setembro de 2012, pelas 10.00 horas em frente ao cine-teatro Alba. participação gratuita.

É uma visita guiada que começa no centro, segue para a Avenida Napoleão, Rua de Santo António, volta para a Rua do Hospital, Rua Dr. José Henriques, Igreja e regressa ao centro, devendo terminar por volta das 12.30 horas.

Visita cultural ao centro histórico da cidade de Albergaria-a-Velha.

(Organização ADERAV)

centro

Avenida Napoleão

Rua de Santo António

    Rua do Hospital

Rua Dr. José Henriques

Igreja

    centro

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Olhos Pretos


Olhos Pretos
Eugénio Ribeiro

reproduzido no jornal Beira-Vouga, 30/09/1993

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Taça da Liga de Basquetebol (2003)

José Licínio Pimenta, Vereador do Pelouro do Desporto da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, está confiante no sucesso da XIV Taça da Liga de Basquetebol. É a primeira vez que o Concelho recebe um evento desta dimensão e, como tal, a preparação tem sido bastante cuidada, envolvendo uma vasta equipa desejosa de transformar este evento numa verdadeira festa do desporto.  

O que levou a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha a apostar na realização da Taça da Liga de Basquetebol?
 
Há dois factores que influenciaram a nossa aposta. Por um lado, o facto de pretendermos mostrar o que o nosso concelho tem de bom; alia uma excelente posição geográfica (IP5, IC2, IC1, A1), com uma riqueza natural invejável, a paisagem serrana de um lado e o baixo Vouga do outro, património, história e uma área industrial muito importante, não só para a região como para o próprio país. Por outro lado, rentabilizar os espaços desportivos e promover a prática desportiva, sobretudo junto das crianças e jovens.

Como é que tem corrido a organização/preparação do evento?

Julgo que tem corrido bem! A parte logística está a ser preparada com o maior rigor e a promoção do evento envolveu a comunidade desportiva e escolar como pretendíamos. Três das equipas que participam na prova conviveram com as crianças das escolas, nos três pavilhões, e vamos ter as colectividades e um ginásio a animar os intervalos dos jogos.

Quais são as suas expectativas em relação à Taça da Liga?

Tenho a certeza de que vai ser um grande espectáculo. É a primeira vez que Albergaria-a-Velha recebe um evento desta dimensão e noto que as pessoas estão mobilizadas para a festa. As equipas são as melhores, a modalidade é apelativa, Albergaria tem boas condições logísticas e humanas, logo estão reunidas as condições necessárias para uma grande festa do desporto nacional. Há ainda dois aspectos que me fazem estar muito confiante. Por um lado, o facto de algumas das equipas estarem bastante próximas de Albergaria-a-Velha, três são mesmo do Distrito de Aveiro, o que vai trazer a Albergaria muitos visitantes; por outro lado, o facto de importantes empresas da região terem colaborado de forma tão vincada com a Câmara Municipal, com particular destaque para a GROHE, nesta organização. É a prova de que estávamos certos quando aceitámos o desafio.

É a primeira vez que existe um Pelouro do Desporto na Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha. Quais têm sido as grandes prioridades nesta área?

Mais importante do que haver um Pelouro do Desporto, é o facto de haver pelouros. De facto, hoje, na Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha trabalha-se em equipa, os Pelouros estão distribuídos pelos Vereadores do Executivo, de forma a que, em cada área, haja um trabalho programado e eficiente. O que fizemos na área do desporto, neste primeiro ano de mandato, foi criar regras e definir um programa de acção. Assim, começamos por criar um Programa de Apoio e Incentivo à Actividade Desportiva e Cultural, onde são claras as regras de apoio às colectividades, dando aos chamados subsídios um carácter de rigor, clareza e transparência; regulamentámos a utilização dos espaços desportivos, piscinas e pavilhões, de modo a definir critérios de utilização e a preservar e conservar os espaços de uso comum; realizámos obras de beneficiação dos pavilhões, dotando-os de melhores condições de utilização e trabalhámos todo o processo tendo em vista a remodelação da Piscina Municipal de Albergaria-a-Velha. Enfim, foi um ano de trabalho intenso com o objectivo de podermos servir melhor as escolas, as colectividades, os munícipes. Paralelamente, delineámos um programa de acção que contempla a organização de eventos, onde se insere a XIV Edição da Taça da Liga GROHE, e, sobretudo a colaboração com outras entidades do concelho na promoção e divulgação de organizações conjuntas.

O Jogo
Nº 343 / 18  Qui, 30 Jan 2003

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lápide

Em 22 de Novembro de 1902, a lápide do antigo Real Hospital foi entregue à Câmara Municipal por João Patrício. A câmara não a queria aceitar de modo algum, alegando que não tinha onde a colocar e sugerindo que João Patrício a colocasse na frontaria de sua casa. Valeu a intervenção de Patrício Theodoro Álvares Ferreira, que em sessão camarária apresentou os motivos da importância daquela inscrição e solicitou que a mesma fosse depositada no edifício da nova cadeia onde servisse de origem a um pequeno museu.

Delfim Bismarck Ferreira. Revista Patrimónios nº 8

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Anunciantes GCF

Anunciantes de Albergaria-a-Velha na edição especial da Gazeta dos Caminhos de Ferro, editada em 1944, sobre a Linha do Vale do Vouga.


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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Albergaria-a-Velha 1944

ALBERGARIA-A-VELHA — Lápida comemorativa da fundação de Albergaria, nos Paços do Concelho Albergaria-a-Velha

No seu próprio nome tem Albergaria-a-Velha o certificado da sua origem. Em Novembro do ano de Cristo de 1117, isto é, ano de 1155 da era de César, passava a infanta-rainha D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, nosso primeiro Reí, uma carta de privilégio a Gonçalo Eriz, coutando-lhe a sua vila de Osseloa (hoje o bairro de Assilhó, desta vila), que confinava com terras de Santa Maria (Feira), onde a carta foi assinada.

As demarcações das terras do Couto de Osseloa são muito interessantes, pela especialidade dos lugares que nomeia, designados já alguns dêles em português no meio do latim bárbaro da carta.

A onomástica topográfica é característica, como se vê pelos seguintes nomes, alguns bem conhecidos ainda hoje:

Mata talada, Mata da Ussa, Mata da Brava, Mamoa Negra, Romariz, Rio de Osseloa, Charneca, Fonte Fria (hoje lugar das Frias), que se chamava também Fontinha de Meigonfrio. A carta de Couto foi concedida com a cláusula de estabelecer e sustentar uma Albergaria próximo da estrada. Gonçalo Eríz presenteou alguns servidores da Rainha, que assistiram à feitura da carta e a assinaram. A D. Mem Bofíno e a Artaldo, escudeíro da Rainha, deu um rocím e a Godinho Viegas um gavião. O primeiro albergueiro ou seja o primeiro habitante de Albergaria de nome Gonçalo de Cristo, seria pôsto pela Rainha.

Para se demonstrar quanto era agreste o território da nossa vila, e a ela circunjacente, bastará notar que a carta de Couto dá fé da existência de veados, corças, gamos e ursos.

As albergarias eram utilíssimas instituições de previdência, ponto de refugio dos viandantes que se viam perseguidos pelas quadrilhas de malfeitores de tôda a espécie que infestavam o país naqueles rudes tempos medievais. Na carta de Couto declara-se que o sítio onde se fundava a Albergaria era escolhido de preferência pelos salteadores, que ali vinham roubar e matar os transeuntes.

A carta de Couto não existe no original mas em cópia autêntica, incluída em outra do Bispo de Coimbra, D. Egas, datada do ano de 1258. Publicou-a João Pedro Ribeiro a pág. 243, do 1.° volume das suas «Dissertações cronológicas» (Doc. n.° XXXVI).

***

A primitiva Albergaria foi-se transformando e passou a chamar-se hospital, instalado em uma casa baixa, que foi modernamente a cadeia pública. Na parede exterior dessa casa estava a seguinte lápida, do século XVII.

«A casa do hospital, servindo de cadeia, foi vendida pela Câmara Municipal, em 10 de Setembro de 1905, pela quantia de 1.050$00, ao falecido sr. João Patrício Alvares Ferreira, que ali edificou parte do seu conhecido palacete da Boa Vista e que a actual vereação adquiriu destinando-o à habitação dos magistrados desta comarca.»

A lápida foi depois incrustada no interior do edifício das novas cadeias, de onde saíu para os Paços do Concelho, onde se encontra.

***

Esta carta do Couto de Osseloa, no dizer de Alexandre Herculano, é o primeiro documento em que Portugal figura com o título de Reino, e daí o alto valor histórico que se lhe atribue.

***

«... e Albergaría, possivelmente a mais antiga do País e a que, por isso mesmo, se deu o nome de Albergaria-a-Velha, continua a transformar-se, a progredir e, acompanhando, a par e passo, o movimento de forte impulsíbilidade que há onze anos a esta parte imprimem ao País os continuadores do patriótico movimento de 28 de Maio de 1926, aquele solo agreste e quási ínhóspito é duma, fecundidade exuberante e de tais recursos agrícolas e pecuários que bem pode dizer-se que, em relação aos seus habitantes, se basta a si próprio, visto que dêle se extrai ou nêle se cria, com suficiência, milho, trigo, arroz, batata, vinhos, legumes, hortaliças, e aves de espécies diversas e gado bovino, suíno, caprino e lanígero, cujos mercados e feiras são abundantes.»

Sob o ponto de vista da organização associativa, Albergaria-a-Velha e o seu concelho vem seguindo também a marcha evolutiva da época que passa e, orientada por um princípio disciplinado e dísciplínador, contam-se já, no seu âmbito, numerosas colectividades ou associações de valor entre as quais é justo destacar a Misericórdia de Albergaria, a Associação de Socorros Mútuos, a Corporação e a Banda dos Bombeiros Voluntários, o Grémio Recreativo, o Sporting Club e o Arregaça Foot-Ball Club, em Albergaria; as Bandas de Música de Angeja e S. João de Loure, a Tuna de Valmaíor, a Casa do Povo, em Alquerubím, e a Fundição «Alba».

Comercialmente, Albergaria tem-se desenvolvido também nestes últimos anos, porque, e isso é óbvio, se vêm surgir, por cada lado estabelecimentos de todos os géneros e é crescente o movimento e número de transacções que se verificam nos seus diversos mercados e feiras, entre os quais merecem especial menção o mercado semanal de Albergaria e as feiras mensais de Angeja, em 26 de cada mês, da Branca, nos dias 9 e 22, e ainda o de Albergaria que se realiza também mensalmente, no dia 19.

Mas, se o povo de Albergaria e do seu concelho é essencialmente trabalhador e activo, extraindo da terra, numa luta contínua, o pão de cada dia, é também, e disso se orgulha, um fervoroso crente, e, a par das suas crenças religiosas, de que não abdica, continua a manter o culto tradicional pelas suas festas e romarias, entre as quais, as maiores e de maior tradição e concorrência são: Senhora do Socorro, em Albergaria-a-Velha, no terceiro domingo de Agosto; à Senhora das Neves, em Angeja, no primeiro domingo de Agosto depois do dia 5; à Senhora da Alegria, no domingo de Pascoela.

Albergaría-a-Velha, a cujos destinos administrativos preside uma edilidade composta por homens de valor e de impoluto carácter, que incarnam, absolutamente, o espírito renovador do Estado Corporativo Português, não é agora aquêle ignorado «albergue para os pobres e passageíros» a que D. Teresa a destinou.

Já, a par do comércio, a indústria se desenvolve e vai levar bem longe o seu nome.

A Fundição «Alba», que é, no seu género, uma das melhores do País, e a melhor, sob o ponto de vista das instalações, salubridade e métodos de trabalho; a produtiva fábrica de Valmaior, da Companhia do Papel do Prado, a «The Cáima Pulp C.* Ltd.,» no lugar do Cáima — única no País, para produção de pôlpa para papel, a Fábrica da Branca da Emprêsa Cerâmica, as fábricas de olaria de Assilhó (Albergaria-a-Velha), Biscaia e Angeja, e as fábricas de serração de Alhergaria-a-Velha e Albergaria-a-Nova, evidenciam um forte desejo de desenvolvimento e de progresso que, aliás, se traduz nas obras já produzidas após o movimento de 28 de Maio e que a comissão administrativa da Câmara Municipal dêste concelho em efectividade há alguns anos já vai realizar e entre as quais avultam a continuação da abertura da Avenida de Assilhó, a construção de retretes públicas, lavadouro de viaturas e bebedouro para animais; a construção de cosas para pobres, na sede do concelho; a construção de lavadouros e fontes públicas; ajardinamento de largos em Albergaria e sedes de outras freguesias; captações e canalização de águas para fontes das diversos freguesias e da vila; reparações de ruas e de estradas de todo o concelho e vila; eléctrificação de algumas freguesias e instalação de postos telefónicos Públicos em Albergaria-a-Velha e outros melhoramentos de interesse geral, cujos projectos estão em elaboração.

Verifica-se, pois, que Albergaria floresce, se eleva e progride e, que do acanhado Couto da excelsa infanta-rainha, aos poucos se vai formando uma Albergaria maior onde, dia a dia, se albergam maior número de adesões e aplausos à obra gloriosa dos homens do Estado Novo, cujo chefe — Salazar — encarna todas e as mais elevadas virtudes da nossa Raça.
 
 Caminhos de Ferro do Vale do Vouga - Albergaria-a-Velha (1944, Gazeta dos Caminhos de Ferro nº 1363, ano LVI, 01/10/1944, pp. 511-519)

sábado, 18 de agosto de 2012

Sobre Albergaria-a-Velha

Lista não exaustiva de artigos que falam sobre Albergaria-a-Velha. Aceitam-se sugestões para outras referências.

As ligações não são necessariamente para os textos indicados.

Casa do Ex.mo Sr. João  Patrício Álvares Ferreira (1905, A Construção Moderna Ano VI nº 2, 20/02/1905)

* Chorographia Industrial do concelho de Albergaria A Velha (Districto de Aveiro), BTI, 53, Lisboa - Anibal Gomes Ferreira Cabido (1911, 14p)

* Mâmoas de Albergaria-a-Velha - José de Leite de Vasconcelos (1912, O Arqueólogo Português, 1ª série, 17, pp. 71-73)

* O novo cemitério de Alquerubim - projecto do constructor civil sr. João Gomes Soares (1912, A Construção Moderna Ano XII nº 21, 5/11/1912)

* Casa do Ex.mo Sr. João Vidal em Albergaria-a-Velha (1913, A Construção Moderna Ano XIII nº 4, 25/02/1913)

* Casa do Ex.ma Sra. D.  Maria Arménia de Figueiredo Aidos em Beduído (1913, A Construção Moderna Ano XIII nº 12, 25/06/1913)

* Casa do ex.mo Sr. Manuel Tavares Pereira em Alquerubim (1915, A Construção Moderna Ano XV nº 10, 25/05/1915)

* Os pobres de Albergaria-a-Velha (1919, Ilustração Portuguesa, 02/06/1919, p. 434)

* Evolução do Senhorio de Angeja - J. Pinto Loureiro (1937, Arquivo do Distrito de Aveiro)

* A Carta de  doação de Alquerubim em 1090 - António Gomes Rocha Madahil (1938, Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. IV, nº13, pp. 71-74)

* Imprensa periódica do distrito de Aveiro - António Zagalo dos Santos (1943, Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. IX, nº 36, pp. )

* Caminhos de Ferro do Vale do Vouga - Albergaria-a-Velha (1944, Gazeta dos Caminhos de Ferro nº 1363, ano LVI, 01/10/1944, pp. 511-519)

* Aveiro e o Seu Distrito  (1954)

* Cinquentenário do Caminho de Ferro do Vale do Vouga (Albergaria-a-Velha e Branca) (1958, Gazeta dos Caminhos de Ferro nº 1704, ano LXXI, 16/12/1958, pp. 68-74)

 * Albergaria-a-Velha e o seu Concelho - Flausino Fernandes Correia (1966, Aveiro e o Seu Distrito, nº2, Dezembro de 1966, pp. 29-30)

* Origem de Albergaria-a-Velha - A Carta do Couto de Osseloa (1966, Aveiro e o Seu Distrito, nº2, Dezembro de 1966, pp. 73-76)

* Nota Sobre a casa de Stº António em Albergaria-a-Velha (1982, Boletim Aderav nº 6, pp. 7-10)

* Primeira Campanha de Escavação em Cristelo da Branca - João Luis da Inês Vaz (1982, Boletim Aderav nº 6, pp. 26-30)

* Primeira Campanha de Escavação em Cristelo da Branca (cont.) - João Luis da Inês Vaz (1982, Boletim Aderav nº 7, pp. 2-14)

* Escavações no Cristelo da Branca: Breves Notas - João Luis da Inês Vaz (1983, Munda nº 5, pp. 32-38)

* Hábitos alimentares da população do concelho de Albergaria-a-Velha: resultados do inquérito à população com idade igual ou superior a doze anos - MENESES, J. M. Torres ; DUARTE, E. M. Rodrigues; NETO, A. J. Machado Rei (1990, Revista Portuguesa de Nutrição Vol. II, nº 3, Jul.-Set. 1990, pp. 41-53)

* A Necrópole Megalítica do Taco (Albergaria-a-Velha) - Fernando A. Pereira da Silva (1992, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, XXXII. Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Porto , pp. 263-292)
 
* Silva, António Manuel S. P.; Pereira da Silva, Fernando A. (1995) -"O Povoado de S. Julião (Branca, Albergaria-a-Velha, Aveiro)". In Silva, Isabel (coord.) - A Idade do Bronze em Portugal. Discursos de poder. Lisboa: I.P.M., p. 123

* Habitação Vidal em Albergaria-a-Velha (Alcino Soutinho) (2000, Revista Arquitectura e vida n.º 5, Junho de 2000, Loja de Imagem)

* Morfologia e Cobertura Detrítica da Plataforma Litoral na área de Albergaria-a-Velha(Distrito de Aveiro)  - António Alberto Gomes e António Barra (2001, Revista ESTUDOS DO QUATERNÁRIO, Associação Portuguesa para o Estudo do Quaternário,Braga, nº 4,. pp. 7-14)

* Pedras de Armas no Concelho de Albergaria-a-Velha - Delfim Bismarck Ferreira (2002, Revista Patrimónios, 2ª série, nº1, pp. 49-58)

* Moinhos da Freirôa - uns dos seculares moinhos no Rio Caima no concelho de Albergaria-a-Velha - Armando Marques Ferreira e Delfim Bismarck Ferreira (2003, Revista Patrimónios, 2ª série, nº3, pp. 57-68)

* A Fábrica de Papel de Valle Maior (1872-1999) - Delfim Bismarck Ferreira (2004, Revista Patrimónios, 2ª série, nº4, pp. 37-58)

* O Que É o Design Português? (carros) ALBA e VINCI, Francisco Providência (2007, Revista Arquitectura e vida nº 85, Setembro de 2007, Loja de Imagem) 

* Christiano Vicente Leal - pintor retratista e fotógrafo (1848-1911) - Delfim Bismarck Ferreira (2009, Revista Patrimónios, 2ª série, nº7, pp. 37-58)

* O Castelo e Palacete da Boa Vista em Albergaria-a-Velha - Delfim Bismarck Ferreira (2010, Revista Patrimónios, 2ª série, nº8, pp. 21-52)

* (Carro) Alba: Orgulho Nacional (2011, Revista Model Factory, Agosto de 2011)

* José Leite de Vasconcelos e Patrício Theodoro Álvares Ferreira - Correspondência (1899-1931) - Delfim Bismarck Ferreira (2011, Revista Patrimónios, 2ª série, nº9, pp. 41-64)

* O Arquitecto Adães Bermudes E A Construção De Uma Escola Primária Em Albergaria-A-Velha (1902) - Delfim Bismarck Ferreira (2013, Revista Patrimónios, 2ª série, nº10, pp. 79-95)

* A Fábrica Alba E Os Seus Fundadores - História e Património - Nélia Oliveira (2013, Revista Patrimónios, 2ª série, nº10, pp. 185-208)

LIVROS

* Memória Sobre o Grande Filão Metalífero que passa a Nascente de Albergaria-a-Velha e Oliveira de Azeméis - Carlos Ribeiro - 1861

* O Districto de Aveiro(Monografia) - Marques Gomes - 1877 (pp. 63-74)

* Inventário Artístico de Portugal - Distrito Aveiro/Aveiro Sul - A. Nogueira Gonçalves - 1959 (pp. 50-67)

* A Arte Nova Em Aveiro e Seu Distrito - Amaro Neves - 1997 (pp. 90-94)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Projecto de Musealização

A proposta de uma Nova Agenda para a Cultura e Criatividade do Município de Albergaria-a-Velha, não sendo um plano estratégico, propriamente dito, pretende constituir-se como uma ferramenta, simultaneamente, de planeamento e de acção, tendo em vista o novo ciclo que se abre ao Município de Albergaria-a-Velha com a abertura do renovado Cineteatro Alba e da nova Biblioteca Municipal, ambos em 2012, equipamentos de natureza e função municipais, para além de outros, mais específicos, já em funcionamento, que contribuem para uma Rede Municipal de Equipamentos alargada e, necessariamente, integrada.

A qualidade, especificidade e complementaridade dos recursos de que o Município de Albergaria-a-Velha hoje dispõe exigem uma visão e estratégia que potencie o investimento realizado, bem como o vasto espólio patrimonial de que  dispõe, quer seja a nível histórico, social, natural ou cultural, valorizando-os através da  promoção de uma imagem atractiva e actual.

(...)

De acordo com os objectivos estratégicos, apontamos quatro prioridades da Nova Agenda para a Cultura e a Criatividade:

1. Formação e qualificação dos recursos humanos e definição do papel das
instituições culturais, necessárias para o desenvolvimento de uma estratégia que alia a dimensão cultural à economia, à educação e ao planeamento, concretizada na promoção de uma Rede de Agentes Criativos e Educativos do Território;

2. Qualificação do Programa Cultural e Eventos, tendo em vista a sua valorização e apreciação;

3. Produção de uma narrativa sobre a biografia do território, assente nos seus recursos históricos, patrimoniais e artísticos, materializada na definição de um projecto de musealização e interpretação do território;

4. Criação de condições para o desenvolvimento de uma economia criativa
assente num programa de captação e fixação de negócios criativos para o Município de Albergaria-a-Velha.

(...)

Definição de um Projecto de Musealização e Interpretação do Território

O Município de Albergaria-a-Velha é detentor de um conjunto de recursos patrimoniais e históricos que importa trabalhar, documentar, salvaguardar e promover. Neste sentido, propõe-se a realização de um estudo dos elementos identitários do Município, de modo a construir-se uma narrativa que parta da origem histórica deste território e comunidade, passe pelas actividades económicas, pelo património material e imaterial. Considera-se que este núcleo deverá ser explorado a partir das marcas do território identificadas no âmbito do Diagnóstico Cultural, nomeadamente do legado da Fábrica Alba e da fundição. Importa, ainda, proceder-se à identificação do património etnográfico, pertença dos grupos de folclore; à salvaguarda de alguns edifícios escolares, nomeadamente do Plano Centenário, de que temos vários, ou de Adães Bermudes, de que temos uma das 184 escolas construídas no País. Também o minério, os moinhos ou a panificação podem contribuir para o trabalho de valorização e preservação da memória histórica do Concelho, bem como a existência de vestígios arqueológicos da época megalítica.

(...)

José Licínio Pimenta
NOVA AGENDA para a CULTURA E CRIATIVIDADE - ALBERGARIA-A-VELHA 2011 - 2013
CMA

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Correio de Albergaria


CORREIO DE ALBERGARIA 

Quinzenário, Preço 0,60 Euros

III Série Fundado em 1896 (*)

Director: Delfim Bismarck Ferreira
Sub-Directora: Sara Vinga da Quinta

--- A partir de 1 de Agosto de 2012


O "Correio de Albergaria" é o mais recente periódico em Albergaria-a-Velha. Surge após o fim do "Jornal de Albergaria" que se publicou entre 15 de Fevereiro de 2003 e 12 de Agosto de 2011.

(*) Dados sobre as séries anteriores do "Correio de Albergaria":

http://jornais-aav.blogspot.pt

CORREIO D' ALBERGARIA / CORREIO DE ALBERGARIA

Semanário independente, impresso em tipografia própria. Começou em 3 de Dezembro de 1896 e suspendeu em 13 de Abril de 1899, com o n° 122. Foram seus redactores o Dr. Eduardo Silva e João de Pinho.

Reapareceu em 14 de Março de 1901 sob a direcção do Dr. António de Pinho e assim se manteve até 30 de Janeiro, de 1908, findando com o nº 356 desta série ou 478 da numeração geral.

Vendida a tipografia para Angeja, ali continuou até 18 de Maio de 1911, tendo como redactores Camilo Rodrigues e Eugénio Ribeiro.

Surgiria depois o "Correio de Angeja e Albergaria" que foi resultado da fusão do "Correio de Albergaria" e do "Voz de Angeja". Principiou em 3 de Junho de 1911, com o n° 458 do Correio, e findou em 24 de Abril de 1915, com o n° 705.