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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Toponimia

Depois de aberta a Avenida da Praça Nova, em sessão da câmara municipal de 17 de Abril de 1883 a autarquia deliberou que a “nova rua d’esta villa, para o largo da praça” se passasse a chamar Rua do Major Luís Quillinan, em homenagem ao adido à Legação Portuguesa em Londres que na sequência do Ultimatum Inglês passou a herói nacional.

Este foi o nome que se iria manter por cerca de três décadas, apesar de popularmente esta artéria continuasse a ser chamada Rua da Praça Nova e depois Avenida da Praça Nova. Este foi o primeiro baptismo toponímico de Albergaria-a-Velha a adoptar um nome de pessoa. 

Delfim Bismarck

Em 1910 passou a Avenida da Liberdade. Na década de 40 passou a designar-se por Avenida Napoleão Luiz Ferreira Leão.

Ver: FERREIRA, Delfim Bismarck, "Gente com nome de Rua (XVIII)", Correio de Albergaria.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Toponimia

Na Assembleia Municipal da passada sexta-feira, foi apresentada pelo PSD uma proposta para que sejam atribuídos, nos termos do respectivo regulamento municipal, topónimos a arruamentos a: - Armando Jorge de Carvalho Ferreira - Aires Cruz Rodrigues Ferreira - Fausto Manuel Guimarães Vidal.


Nota do blog: 

O PSD local sugeriu a atribuição de nomes de rua a três pessoas que faleceram nos últimos meses. Armando Ferreira era um nome ligado ao PSD mas que teve um papel importante na defesa do ambiente e do património natural. Aires Ferreira foi um autarca do PS. Fausto Vidal (Titá) fez parte da direcção da AH dos Bombeiros Voluntários bem como teve outras intervenções importantes enquanto cidadão de causas.

Em nosso entender seria complicado aceitar essa proposta porque não devem existir arruamentos disponíveis para esse efeito. Haverá também muitos exemplos de outras pessoas marcantes na sociedade albergariense que ao longo do tempo não tiveram esse tipo de homenagem. Por outro lado seria uma forma de utilizar o exemplo de determinadas pessoas para potenciar a contribuição em determinado campo. Mas a atribuição de topónimos não e a única forma de o fazer porque ao longo do tempo perde-se a identificação com o homenageado. Pode ser criado um prémio com o nome das pessoas ou criar uma associação em que seja usado o contributo que a pessoa deixou em vida.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Recordações toponímicas de Alquerubim


 A força da Tradição…

Não me lembro de quem escreveu estas palavras:

… É enorme. Podem os homens mudar os nomes das ruas, das praças ou dos becos, que o vulgo continuará a chamar Rua Direita à mais tortuosa rua da cidade e a designar pelo seu antigo nome, às vezes velho de séculos, as curvas, as encruzilhadas, tudo o que na toponímia da aldeia, da cidade, da região, ganhou fixação duradoura na memória das gerações.

Temos exemplos disto na nossa terra. Ali, naquele trecho que da casa comercial de Américo Gonçalves dos Santos segue para Beduído, a uns 15 a 20 metros do estabelecimento, há um ponto que eu sempre ouvi chamar a «Laranjeira Azeda». Tal nome decerto resultou de uma laranjeira azeda que ali existisse, no Passal dos priores. E suponho mesmo que tal árvore é a que ali ainda existe, tombada, de tronco carcomido e vèlhinha, tão vèlhinha, que não se aguenta direita, como uma pessoa que, sob o peso dos anos, não se mantém de pé. Sabida a longevidade que as laranjeiras atingem, não me repugna acreditar que aquela árvore, que ali jaz, ainda dando frutos, seja a mesma que, há mais de 70 anos, deu o nome por que ainda hoje é conhecido o local.

Outro sítio nas mesmas condições é aquele onde se cruza com a estrada 16-2, o troço que vai da antiga fonte de chafurda de Fontes e que é vulgarmente conhecido por «Val de Carneiro». De onde lhe vem tal nome? Ninguém o sabe, creio.

A encruzilhada, perto da qual fica a «Casa do Povo», é conhecida por «Senhor dos Aflitos». Haverá alguém que me possa elucidar sobre a origem de tal designação? Palpita-me que deve haver qualquer coisa de interessante na origem deste nome.

Entre a «Laranjeira Azeda» e o «Senhor dos Aflitos», na curva do muro que veda a propriedade do Sr. Eduardo Lemos, foram colocadas umas Alminhas, creio que no tempo do Pároco Padre Miguel, as quais, pela inscrição que nelas foi colocada, vejo que são designadas por «Alminhas do Chão da Cruz». Confesso ignorar que algum dia ali tivesse havido essas alminhas, e louvo o zelo e diligência daquele sacerdote em te-las descoberto da poeira do tempo e assinalado com um monumento novo, reatando assim o fio de uma tradição que se desvaneceria se o restauro não fosse feito.

O outeiro que se levanta defronte da igreja matriz é conhecido por «Alto da Igreja Nova». Poucas pessoas haverá hoje em Alquerubim que tenham sido contemporâneas de tal baptismo. Ele deriva da circunstância de ter sido destinado a erigir-se ali uma nova igreja matriz, que viria substituir a antiga, que naquele tempo era um templo sem elegância e já se encontrava muito necessitado de reparação. Neste jornal já foi feira uma referência a isto pelo erudito autor dos «Retalhinhos Históricos». Ainda lá se conservam, no estado de abandono definitivo de há mais de 60 anos, os caboucos que foram abertos para demarcação do edifício, que ficaria sendo uma das mais notáveis, se não a mais notável, pela situação e linhas arquitectónicas, das igrejas destas redondezas.

Abandonada a ideia da construção do novo templo, foi resolvido reparar o antigo, que, diga-se também, ficou sendo um dos mais lindos da diocese de Aveiro. Foi pena que não ficasse no alto do outeiro, que ficou sendo conhecido pelo «Alto da Igreja Nova», designação que se tem conservado através dos anos e creio que se conservará pelos séculos fora.

Logo ao ultrapassar o edifício das Escolas Primárias Centrais, na estrada para Albergaria, o terreno à esquerda, hoje aproveitado como terra de cultura, é conhecido pelo «Hospital». Também já aqui fiz referência a isso num dos meus Recordandos. Foi ali construído, há mais de 70 anos, o edifício para um hospital. Não chegou a acabar-se, por falecimento do doador, e mais tarde foi demolido, mas o sítio sempre ficou sendo conhecido por «Hospital».

Isto seria um nunca acabar. A imaginação popular é prolífera na criação de motivos que, uma vez erigidos na mente das populações, ficam anos e anos, séculos e séculos, a atestar a existência de factos que muitas vezes não passam de uma promessa, de um desejo, de uma aspiração.

Todos os lugares da freguesia têm destas recordações toponímicas, e se eu estivesse mais novo, ainda me lançaria à tarefa de organizar uma colectânea que colheria da tradição. Um ponto que não me escaparia de averiguar na sua origem é o de «Pica-Boi», acolá no alto do Fial de Cima, lugar cheio de poesia, como é toda a zona por onde se estende o Fial (de Baixo e de Cima), e onde todos os anos se realiza uma romaria aonde acorre metade da mocidade da freguesia. Por que razão foi dado ao aprazível sítio um tão esquisito nome?

Este e muitos outros eu procuraria averiguar, mas isso demanda esforço com que já não posso.

António Augusto de Miranda, Mensagem, 15 de março de 1961

"A publicação das crónicas Recordando, da autoria de António Augusto de Miranda,  publicadas na Mensagem, o Boletim da Paróquia de Alquerubim, entre 1956 e 1962, pretendem constituir um contributo para a preservação da nossa memória."  Emília Maria Santiago Miranda (a sua neta mais nova)





terça-feira, 4 de agosto de 2020

Arquivo




•Documentação
•Registos de autoridade
•Entidades detentoras
•Funções
•Entidades geográficas
•Pontos de acesso não nominais
•Representações digitais

Acervos documentais (38)

•Administração do Concelho de Albergaria-a-Velha
•Administração do Concelho de Angeja
•Assembleia Municipal de Albergaria-a-Velha
•Assembleia de Freguesia de Alquerubim
•Assembleia de Freguesia de Frossos
•Bilhetes-Postais de Albergaria-a-Velha
•Casa do Agro
•Comenda de Frossos
•Comissão Municipal de Arte e Arqueologia de Albergaria-a-Velha
•Comissão Municipal de Higiene de Albergaria-a-Velha
•Comissão Venatória Concelhia de Albergaria-a-Velha
•Comissão de Recenseamento dos Jurados de Albergaria-a-Velha
•Comissão do Recenseamento Eleitoral de Albergaria-a-Velha
•Companhia de Celulose do Caima
•Conselho Municipal de Albergaria-a-Velha
•Cooperativa de Comunicação Social de Albergaria
•Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha
•Câmara Municipal de Angeja
•Câmara Municipal de Paus
•Câmara Municipal de Pinheiro
•Escola de Ensino Primário Elementar da Freguesia de Alquerubim
•Fernando Augusto Pereira da Silva
•Foto Gomes Albergaria-a-Velha
•Fotografias de Albergaria-a-Velha
•Fábrica Metalúrgica Alba
•José Bernardo da Silva Cabral
•João Ferreira Pinto
•João Gomes Soares
•Junta de Freguesia da Branca
•Junta de Freguesia de Alquerubim
•Junta de Freguesia de Frossos
•Juízo Ordinário do Julgado de Paus
•Miguel da Silva
•Notícias de Imprensa
•O Arauto de Osseloa
•Rui Jorge da Silva Pereira Pinto
•Sport Clube Alba
•Vicente Ferreira da Silva

Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha

Zona de identificação

Identificador

CMALB 

Forma autorizada do nome

Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha

Forma(s) paralela(s) de nome

Outra(s) forma(s) do nome

Tipo
  
Zona de contacto

Município de Albergaria-a-Velha Contacto principal

Tipo

Endereço

Endereço - Praça Comendador Ferreira Tavares
Localidade - Albergaria-a-Velha
Região - Aveiro
Nome do país - Portugal
Código Postal - 3850-053
Telefone - +351 234 529 300
Fax - +351 234 522 225
Email - geral@cm-albergaria.pt

Nota

Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha

Tipo

Endereço

Endereço - Rua Doutor Castro Matoso
Localidade - Albergaria-a-Velha
Região - Aveiro
Nome do país - Portugal
Código Postal - 3850-030
Telefone - +351 234 520 191
Fax
Email - arquivo.municipal@cm-albergaria.pt

Nota

área de descrição
história
contexto cultural e geográfico
Mandatos/Fontes de autoridade
estrutura administrativa
Políticas de gestão e entrada de documentos
Prédios

O edifício do Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha localiza-se na Rua Doutor Castro Matoso.

Acervos documentais
Instrumentos de pesquisa, guias e publicações
área de acesso
horário de funcionamento
Condição de acesso e uso
Acessibilidade
área de serviços
serviços de pesquisa
serviços de reprodução
Áreas públicas
Zona do controlo
Identificador da descrição
Identificador da instituição - Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto - Versão provisória
Nível de detalhe - Mínimo

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Toponímia de Angeja

Vereador Dr. Delfim Bismarck – no seguimento do pedido de esclarecimentos formulado pelo
Sr. Vereador António Almeida, informou que o processo da toponímia de Angeja decorreu de
acordo com a legislação, ainda em 2009, tendo sido aprovada pela Câmara Municipal, sob
proposta da Junta de Freguesia, com posterior publicitação externa e comunicação interna.

Mais informou que, posteriormente, foram detetadas algumas dificuldades no mapeamento dos limites dos topónimos, situação que foi objeto de análise no local por técnicos da Câmara Municipal, com a colaboração do Sr. Vereador António Almeida, então Presidente da Junta de Freguesia, daí resultando correções a introduzir ao processo, que entende deverão ser propostas pela Junta de Freguesia à Câmara Municipal, a fim de serem aprovadas, após parecer da Comissão de Toponímia.

O Sr. Vereador António Almeida questionou se a Câmara Municipal oficiou a Junta de Freguesia para o efeito, tendo o Sr. Vereador Dr. Delfim informado que a Câmara Municipal se encontra a aguardar a apresentação de proposta de correção pela Junta de Freguesia. O Sr. Vereador António Almeida esclareceu que, em devido tempo, acompanhou os técnicos da Câmara Municipal no sentido de ser efetuado um levantamento correto dos limites dos topónimos que apresentavam dúvidas, tendo ficado a aguardar uma decisão da autarquia, o que não se verificou, referindo entender que a notificação é essencial à elaboração de proposta de correção, pela Junta de Freguesia, e reiterando a sua disponibilidade para a conclusão do processo, de forma a colmatar as lacunas verificadas na listagem inicialmente aprovada.

O Sr. Vereador Dr. Licínio Pimenta referiu considerar que cabe à Câmara Municipal tomar uma posição, uma vez que o processo está na sua posse, competindo-lhe agora prosseguir com o mesmo, informando oficiosamente a Freguesia das correções necessárias, no sentido de concluir a Toponímia de Angeja.

O Sr. Presidente informou que a Câmara Municipal irá enviar à Junta de Freguesia uma proposta com as correções a introduzir no processo, bem como com a inclusão de vias que eventualmente não estejam contempladas na listagem inicialmente aprovada.

Ata de 20/11/2019

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Nomes das ruas

Tal como eu, penso que muita gente desconhecerá que aquele espaço em frente ao cinema já teve o nome de Salazar. História é história e penso que era muito mais digno manter o nome de uma personalidade relevante, mesmo tendo sido, como foi o caso, um ditador, do que pôr às ruas nomes tão pouco significativos localmente como, por exemplo, Rua da Cruz Vermelha… para já não falar de casos caricatos passados noutros lados, como Av. Jorge Nuno Pinto da Costa em Marco de Canaveses ou a recentíssima Av. Dr. Manuel Pinho (esse mesmo, o ex-ministro dos corninhos) em Paços de Ferreira…

Condessa Mumadona, 14/09/2009 ás 11:46 am

Não sei se em Albergaria existe uma Rua com o nome Cruz Vermelha mas até é um nome digno. Quanto aos outros também não concordo. Também não concordo com os estádios Avelino Ferreira Torres, Pavilhão Municipal Dr. Rui Marques (como esteve previsto), etc…

O que é que Salazar terá feito por Albergaria de tão importante? Também não será mera politica? “A praça entre a Rua Almirante Reis e o caminho de ferro teve o nome de Salazar, até ser retirado em 1974.” (citando) Não estou a ver onde era mas parece que a Casa da Alameda ficava na Alameda Oliveira Salazar http://imagensdealbergaria.blogspot.com/2009/08/casa-alameda.html

lean, 14/09/2009 ás 5:49 pm

Escrevi “localmente”. Não está, obviamente, em causa o mérito da instituição, que é grande. Pode pôr-se em causa, sim, a sua relevância local que é nula, dado que a Cruz Vermelha nem sequer tem ou teve algum dia delegação em Albergaria. A rua com o nome de Cruz Vermelha existe realmente em Albergaria e não me parece haver razão suficiente para isso, mas foi apenas um exemplo. Ou então temos razão para pôr às ruas de Albergaria nomes como Liga Portuguesa contra o Cancro, Associação Beneficente Coração da Cidade ou Sport Lisboa e Benfica…

O caso de Salazar parece-me diferente. É, evidentemente, de motivação política e concordo que não teve também estrita relevância local, mas teve, sem dúvida, importância histórica como personalidade que influenciou directa ou indirectamente o destino de todos os portugueses, os albergarienses incluídos e nesse sentido, indiferente, amado ou odiado, foi realmente uma personalidade que marcou gerações e que estará sempre, para o bem e para o mal, indissociado da história de Portugal. Também dos albergarienses, portanto…e as revoluções mudam muita coisa, mas não mudam a história dos povos…

Condessa Mumadona, 15/09/2009 ás 1:12 pm

Portal de albergaria - Agosto de 2009

O Portal de Albergaria chegou recentemente ao fim. Houve uma primeira fase de maior relevância porque permitia os comentários. Mesmo que anonimamente permitia uma maior interactividade que nunca foi conseguido em tempos de "facebook".

A recuperação neste post destes comentários não é por qualquer ligação politica mas apenas por demonstrar algumas opiniões divergentes.

A alteração de nomes de ruas aconteceu noutras ocasiões como por exemplo na implantação da república. A referida artéria chama-se actualmente Alameda 5 de Outubro.

A comunicação social nacional tem publicado noticias com análises da toponímia a partir da base de dados dos CTT.

Ideologia nos nomes das Ruas, Observador, 2019

Figuras da ditadura dão nome a ruas em 78 concelhos JN, 2018

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Toponimia

TOPONÍMIA – PRACETA ANTÓNIO HENRIQUES DA COSTA, EM ALBERGARIA-A-VELHA


Processo relativo à proposta da Comissão de Toponímia para atribuição do topónimo Praceta António Henriques da Costa, na freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, com os limites entre a Rua Padre Matos e a Rua Dr. José Simões Ferreira.


A Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, submeter a parecer da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior a atribuição do referido topónimo da freguesia respetiva, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 2º do Regulamento Municipal de Toponímia e Numeração de Polícia.


Ata 07/11/2018

20/12/2017

TOPONÍMIA – FREGUESIA DE ALBERGARIA-A-VELHA E VALMAIOR

Foi presente uma informação da Comissão de Toponímia, de 15 de dezembro de 2017, a propor, para a freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, a atribuição dos topónimos: Rua do Barreiro, Sobreiro, com início na bifurcação junto à EM-566, em direção à localidade de Fermelã; Rua das Portagens, Sobreiro, com início no Sobreiro, na bifurcação da EM-566, em direção às portagens; Rua da Feira Nova, com início no cruzamento da Rua do Colégio até final da propriedade do Sr. Francisco Resende.

A Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, submeter a parecer da Junta de Freguesia de
Albergaria-a-Velha e Valmaior a atribuição dos referidos topónimos da freguesia respetiva, nos
termos do disposto no n.º 1 do artigo 2º do Regulamento Municipal de Toponímia e Numeração de Polícia.

Ata 20/12/2017

sábado, 10 de junho de 2017

Avenida D. Teresa

A Biblioteca Municipal e o Arquivo Municipal, no centro de Albergaria-a-Velha, vão ficar ligados por uma avenida, que vai ter 119 lugares de estacionamento e uma área de circulação pedonal superior a 1600 metros quadrados.
  
A nova via, que liga a Rua do Hospital e a Rua Dr. Castro Matoso, já está em construção e deverá ficar operacional para os grande eventos da temporada, o Festival Pão de Portugal, no próximo fim de semana, e a Albergaria conVIDA – Feira Regional de Artesanato e Gastronomia de Albergaria-a-Velha, nos dias 29 e 30 de junho e 1 e 2 de julho.


A avenida que liga os dois equipamentos municipais, no sentido nascente-poente, tem duas vias de circulação e um separador central e estende-se por uma área superior a 5 mil metros quadrados. Além de garantir a ligação a dois polos culturais, torna-se uma alternativa ao trânsito viário que circula dentro da cidade, na área da Alameda 5 de Outubro e Praça Ferreira Tavares, contribuindo também para a falta de estacionamento na Rua do Hospital, uma via antiga e estreita, que já fez parte da antiga Estrada Nacional n.º 1.



A nova avenida propõe uma melhor mobilidade pedonal no centro da cidade, através de um percurso pedestre contínuo em passeio, ligando áreas distintas. Dos 119 lugares de estacionamento previstos, quatro são destinados a pessoas com mobilidade condicionada. Os dois lugares que já existiam no estacionamento em frente à Biblioteca mantêm-se. Os passeios vão ser em cubo de granito com um percurso desimpedido de obstáculos. A obra está orçada em cerca de 97 mil euros.



O Presidente da Câmara Municipal, António Loureiro, afirma que “na altura em que Albergaria está a comemorar os 900 anos, seria ótimo darmos o nome de Avenida D. Teresa a esta nova via, a fundadora da comunidade Albergariense, porque vem dinamizar o centro da nossa cidade, melhorar as acessibilidades e é uma obra que fica para o futuro”.


segunda-feira, 13 de março de 2017

Nomes de Rua

Para além da Rainha D. Teresa e de Sophia de Mello Breyner, a única mulher a ter o seu nome numa rua na cidade de Albergaria-a-VeIha é D. Laura de Miranda Cabral. Parece-nos pouco, muito pouco e, curiosamente, nenhuma delas era natural daqui.

Julgamos que outras senhoras, oriundas de Albergaria-a-Velha seriam merecedoras de semelhante distinção, fosse pela benemerência, pelo ensino, ou por se terem notabilzado em outras áreas. Mas isso não é para aqui chamado.

Delfim Bismarck Ferreira, Correio de Albergaria, 2014

http://blogdealbergaria.blogspot.pt/2008/03/d-laura-cabral.HTML

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Gente Ilustre em Albergaria


Ao apresentar algumas breves biografias em "Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha" devo um esclarecimento sobre tão minguada lista de pessoas em terra que vem de um passado de cerca de novecentos anos de testemunhos históricos.

Este primeiro esboço, que espero alongar numa próxima edição, ficou a dever-se à necessidade de uma informação, sucinta e imediata, que permitisse às entidades municipais aprovarem novos topónimos para a Vila de Albergaria-a-Velha.

Com efeito, considerando urgente solucionar o problema da toponímia local, O Presidente da Câmara, Dr. Rui Marques, nomeou uma comissão encarregada de propor topónimos a atribuir oficialmente a seis dezenas de novos ou renovados arruamentos e largos. Dessa comissão fazia eu parte conjuntamente com Aires da Cruz Rodrigues Ferreira, Eng° José António da Piedade Laranjeira, Dr. Mário Jorge Lemos Pinto e Eng° Rui Mendes Tavares.

Os membros da Comissão assentaram no critério de que:

* Se procurasse manter as denominações tradicionais ainda em uso;
* Se atribuíssem os nomes de personalidades que, no desenrolar da vida local, tiveram acção de mérito e também os de outras pessoas aqui nascidas, que se houvessem distinguido a nível regional ou nacional;
* Se fixassem nomes de vultos da História de Portugal de algum modo ligados à nossa terra e, bem assim, os de outros do período dos Descobrimentos cujo centenário agora se vem comemorando.

Para tornar mais exequível o trabalho, elaborei um conjunto de notas biográficas de duas dezenas de figuras públicas ligadas à nossa terra, enquanto outros membros fizeram um levantamento de nomes tradicionais de ruas. Desta forma, rapidamente se chegou ao termo do trabalho a Comissão pode propor os topónimos que as entidades municipais aprovaram por unanimidade.

Entendeu, depois, a Câmara Municipal considerar de interesse, "pela sua acção informativa e pedagógica", a publicação daquelas notas biográficas, às quais juntei as de outras personalidades albergarienses que de algum modo se distinguiram, a maior parte das quais figuravam já na toponímia local. Não houve a preocupação de um registo biográfico familiar, mas antes a de dar a conhecer a obra realizada que contribuiu para que os seus nomes sejam fixados na memória colectiva de Albergaria-a-Velha.

Não está, como é evidente, esgotada a lista de vultos ilustres da nossa terra e, muito menos, a de todos aqueles que, pela evidência da sua acção, da sua popularidade, do seu mérito prestativo, da sua tipicidade, devem permanecer nessa memória colectiva que é a base da nossa identidade.

Um povo que esquece o seu passado e a sua gente tende a esvair-se no tempo.

Espero com este opúsculo concorrer também para não deixar cair, de todo, na amálgama triste e sáfara de um passado sem raízes, alguns daqueles que contribuíram para nos dar uma identidade de que muito me orgulho - a de albergariense.

Albergaria-a-Velha, Julho de 1994
António Homem de Albuquerque Pinho

(nota prévia ao livro Gente Ilustre Em Albergaria-a-Velha")

nomes dos biografados

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Toponimia Angeja

É sabido que a toponímia para além da importância que tem como elemento identitário de uma comunidade, é ainda de elevada importância para o estudo e conhecimento da história dos locais. O nome dos lugares e das ruas de uma localidade, para além do reflexo da sua história e da sua evolução ao longo do tempo, fazem parte do seu património, pelo que o seu estudo e recolha numa época em que os testemunhos materiais e imateriais se apagam a uma velocidade assustadora é de extrema importância.

Como forma de contribuir para a preservação destas memórias já algum tempo que venho fazendo a recolha, caracterização e estudo de alguns dos topónimos da Vila de Angeja.

Porque o saber de nada serve se não for partilhado, por aqui irei publicar um pouco da história dos topónimos da Vila de Angeja.

José Silva, História Angeja, 22/11/2016




A partir de 22 de Novembro começaram a ser publicadas no facebook História Angeja várias informações e curiosidades sobre as ruas de Angeja. A primeira rua abordada foi a Rua da Cruz.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Litoral Magazine Agosto 2016

http://litoralmagazine.com/100-milhoes-euros-investimentos-albergaria-velha/

“Mais de 100 milhões de euros de investimentos em Albergaria-a-Velha”

Entrevista a António Loureiro. Presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha

Qual o balanço destes quase três anos de mandato?

No contexto global, com a equipa que tenho, considero que temos feito um trabalho que tem sido reconhecido pela população.
Este é um projeto a oito anos, e o balanço destes quase três é positivo, porque é extremamente gratificante pegarmos no nosso programa e vermos como o temos cumprido.
Tínhamos consciência de que íamos entrar no fim de um quadro comunitário e no início de outro, para além de recebermos menos receitas provenientes da AdRA – Águas da Região de Aveiro. Ou seja, que iria haver menos investimento, como está a acontecer em todos os municípios, e por isso, foi necessário preparar Albergaria para o futuro. Desta forma, desenvolvemos um conjunto de ferramentas, para além do investimento nas pessoas. Neste último aspeto, é para nós gratificante vermos a atividade que temos desenvolvido na ação social, na educação, no desporto, na cultura. E ainda, num pilar que é essencial: a economia. E aqui começa todo o desenvolvimento.

Como é que o Executivo coopera na criação desse desenvolvimento?

Começámos com a discussão do Plano Diretor Municipal (PDM), em plena campanha eleitoral. Dizíamos que era possível melhorar significativamente o PDM e o seu regulamento, nomeadamente que era possível aumentar a área da zona industrial. E não é à toa que entrámos na Câmara e conseguimos aumentar os terrenos destinados a solo industrial em 52%. Primeira promessa cumprida, com um regulamento mais amigo do cidadão, dos empresários, e que permite captar investimentos para o nosso Município. Começam a aparecer empresas a investir em Albergaria e cada vez mais vão surgir novos investimentos.
Neste momento, para os próximos tempos temos mais de 100 milhões de euros de investimentos, para Albergaria, em termos de indústria. Se as pessoas estiverem atentas, verão as gruas na zona industrial.

E que outras medidas existem por parte do Município no estimulo à economia local e à criação de novos postos de trabalho?

Para além do aumento da oferta dos terrenos da zona industrial, e da criação de um regulamento mais amigo do cidadão e do empresário, baixámos os impostos. Não nos podemos esquecer que o Município de Albergaria, de acordo com o Anuário dos Municípios Portugueses do ano passado, foi o 9º Município com maior redução de impostos.
No primeiro ano, baixámos o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que passou de 0.4% para 0.3%.
A nossa aposta é a captação de investimento, e por isso, todos os anos temos baixado a derrama para as empresas. Desde 2014 baixámos esta taxa de 1,35% para 1,25% e criámos uma taxa de derrama reduzida de 0,25% para as empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros.
Com esta baixa de impostos, o Município deixou de arrecadar mais de dois milhões de euros anuais. Num orçamento de 14 milhões da Câmara Municipal, dois milhões é um valor significativo.
Temos também um projeto inovador a nível nacional, cujo regulamento outros municípios já seguiram, que é o apoio à criação do próprio emprego. No ano passado apoiámos doze projetos, que já criaram mais de vinte postos de trabalho, e em que é dado um incentivo até quatro mil euros no primeiro ano de atividade.

O Executivo tem investido nos setores da Educação e da Ação Social. No âmbito da Ação Social quais foram as principais áreas de intervenção?

Exclusivamente na área da Ação Social, mantivemos os programas que existiam no Município e focámo-nos em duas vertentes: na vertente da infância e juventude e na vertente da idade sénior. Para além disso, também nos focámos no apoio na integração, na inclusão, na deficiência, e também ao nível da habitação social. Estas foram as áreas mais privilegiadas.

Que medidas foram implementadas no apoio à habitação social?

Na habitação social não aumentámos, nem pretendemos aumentar, o número de fogos. Após uma análise à habitação social e à sua qualidade, decidimos que o caminho seria por outro tipo de apoio. Criámos um Regulamento de Apoio ao Arrendamento Urbano, para motivar as pessoas a desconstruir a ideia que têm sobre a habitação social. Provavelmente será uma medida que perdurará no tempo. No fundo, podemos dizer que existem medidas de apoio à habitação, mas diluídas na comunidade, apoiando os munícipes no arrendamento.

Quantos arredamentos foram apoiados este ano?

Cerca de cinquenta.

E qual foi o orçamento?

75 mil euros.

Que ações foram desenvolvidas no âmbito da integração dos deficientes?

Trabalhámos um Programa de inclusão, designado “Incluir +”. Criámos uma sala de estimulação e de integração sensorial, numa parceria com a Misericórdia – que nos cedeu as instalações gratuitamente – e envolvendo o tecido empresarial, através de mecenato. Conseguimos abrir uma sala de Snoezelen e uma sala de Integração Sensorial, destinadas quer às crianças e jovens que temos nas unidades de autismo e de multideficiência, quer à população sénior. E ainda, a outras crianças e jovens que, não estando em estruturas de educação e ensino, estão na rede social e também na rede privada, ou indicados pela intervenção precoce.

Quantas crianças são apoiadas?

Neste momento, penso que temos dezoito crianças inscritas, provenientes das unidades de autismo e multideficiência. Temos ainda outros utentes de variadas condições, sobretudo idosos, que estão numa fase ainda experimental e que são cerca de 30.

Criaram também o Cartão Municipal do Voluntariado. Em que consiste esse cartão?

O município tem um Banco Local de Voluntariado – indexado ao Banco Nacional de Voluntariado – que sofreu um upgrade, no sentido de envolver os Bombeiros Voluntários. Criámos um programa, em que eles tem um Cartão de Voluntário e, envolvendo todo o tecido comercial e serviços da cidade e fora dela, criaram-se algumas parcerias.
Os beneficiários do cartão têm alguns descontos em comércio e em serviços da nossa Cidade e do nosso Concelho. São 222 estabelecimentos, onde a própria Câmara Municipal também está envolvida, ao conceder benefícios na utilização dos seus equipamentos e serviços. É um reconhecimento por todos aqueles que prestam voluntariado, e uma forma de dignificar e promover o comércio tradicional.

Há um grupo de apoio às pessoas que procuram emprego. Como funciona?

Os Grupos de Entreajuda para a Procura de Emprego (GEPE) são uma parceria entre a Câmara Municipal e o Instituto Padre António Vieira. É um grupo de capacitação para a procura de emprego. Um grupo informal, constituído por dez, doze pessoas, que se reúne semanalmente ou quinzenalmente, com animadores formados pela organização. Nesse grupo, são trabalhadas questões emocionais, de apresentação, de relacionamento, de proatividade, entre pessoas que estão completamente desmotivadas.

Qual a taxa de sucesso?

A taxa de sucesso é muito superior a cinquenta por centro. Felizmente o grupo está quase a acabar. O ano passado tivemos dois grupos de entreajuda. Este ano temos um, constituído por duas pessoas, sendo certo que vão entrando e saindo pessoas.

Qual a taxa de desemprego em Albergaria-a-Velha?

Albergaria-a-Velha tem desenvolvido esforços no sentido de promover a divulgação e procura efetiva de emprego: através do Gabinete de Inserção Profissional (GIP) e também através do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) 3G “Albergaria Integra’T”. Em termos de dados oficiais do IEFP em junho de 2015 tínhamos 989 inscritos, e este ano em junho tivemos 846 desempregados inscritos.

Quais foram as principais prioridades na educação?

Tivemos como principal prioridade trabalhar aquilo que é da nossa responsabilidade e competência: a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico. Em termos de parque escolar, tínhamos bastante assimetrias, ou seja, três Centros Escolares de boa qualidade, com uma construção recente, e depois várias escolas dispersas pelo concelho, em muito más condições.
Herdámos uma situação de insuficiência de instalações no 1º Ciclo do Ensino Básico, visto que foram encerradas várias escolas para a construção da Escola Básica do 1º e 2º Ciclos. Uma escola que foi construída para acolher oito turmas do Básico, neste momento tem catorze. Isto provoca uma sobrecarga no edifício e uma desproporcionalidade face à população escolar acolhida. A nossa pretensão é reabrir uma das escolas e tentar cooperar com o Agrupamento na reorganização do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Numa primeira fase, temos trabalhado as escolas da periferia para receberem o maior número possível de alunos e descongestionar as outras escolas. Para além disso, requalificámos as escolas e os jardins de infância que necessitavam, e é nossa intenção mantê-los abertos.
Trabalhámos também uma área da nossa responsabilidade: as refeições escolares e o prolongamento de horário. Nas refeições escolares, apostámos, à semelhança de outros municípios, na nossa Rede Social, por uma questão de proximidade e de qualidade. As refeições são servidas pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) mais próximas das escolas. Aumentámos ainda o número de escolas com o prolongamento de horário.

Qual o atual Programa Municipal da Educação?

O que temos feito no Programa Municipal da Educação tem sido acrescentar constantemente atividades àquilo que é a nossa oferta complementar às escolas e aos jardins de infância da rede pública, solidária e particular. O nosso Programa Municipal de Educação é aberto a toda a comunidade, trabalha desde crianças até à terceira idade. Essencialmente investimos na atividade física, na alimentação saudável, na parte mais artística – onde temos atividades muito focadas para a cultura através da utilização dos nossos equipamentos, Biblioteca e Cineteatro e dos seus respetivos técnicos.
Temos o programa de Promoção da Atividade Física e de Expressão Musical para a Educação Pré-Escolar, que é complementar da atividade letiva; e temos todo um conjunto de atividades muito semelhantes para a terceira idade, dirigido às IPSS.
Incluímos neste programa e nesta nossa oferta, as instituições que trabalham a deficiência, que normalmente não se enquadram nem na infância nem na terceira idade, e que estavam fora dos programas. A produção de espetáculos anuais são o culminar de todo este trabalho com a população portadora de deficiência.
De referir que o Programa Municipal da Educação passou a ser trabalhado com os Agrupamentos de Escolas, com os coordenadores de departamento, com as direções, com a rede social e com a rede privada.

Podemos dizer que em Albergaria-a-Velha há uma política de inclusão das pessoas com deficiência?

Sim. Há em Albergaria uma política de inclusão das pessoas com deficiência. Ainda agora realizámos o Albergaria ConVIDA, onde houve a preocupação de criar estacionamentos e acessibilidades. Todo este cuidado está sempre presente nos eventos realizados, nas provas desportivas, nas atividades que o município desenvolve. Felizmente o nosso município é uma referência neste aspeto. Para nós é muito enriquecedor recebermos visitas de outros municípios para verem o trabalho que temos feito.

Existe também uma preocupação na área da saúde.

Mesmo não sendo da competência direta do Município fizemos obras nas Extensões de Saúde de Valmaior, Angeja e Alquerubim. Melhorámos de forma significativa as instalações, e hoje as pessoas são atendidas de uma forma mais condigna. Hoje, tanto para os profissionais como para os utentes, existem melhores condições.
Também colaborámos com o Centro de Saúde de Albergaria. Uma das nossas pretensões era reabrir a Extensão de Saúde de Frossos, algo com o qual nos estávamos a debater desde que chegámos, e que conseguimos reabrir há um mês.
Temos ainda a pretensão de criar uma nova Unidade de Saúde em São João de Loure. Pretendemos iniciar esse processo para o próximo ano.

Como considera que o Concelho de Albergaria se diferencia do contexto regional e nacional?

Pela qualidade de vida. Além de ter menos impostos, fomos dos primeiros Municípios a baixar o IMI para as famílias. Há uma redução de 10% para famílias com um filho, 15% para famílias com dois filhos, e 20% para famílias com três ou mais filhos.
A qualidade de vida de Albergaria nota-se. Temos neste momento uma preocupação em criar um conjunto de ciclovias; temos uma aposta diferenciadora no turismo: a ecopista que vai de Albergaria-a-Velha até ao Parque de Valmaior, e que, brevemente, irá de Valmaior até Sernada de Vouga e, em conjunto com a Câmara Municipal de Águeda, até à Ecopista de Server de Vouga.
Temos os primeiros percursos pedestres homologados pela federação, que recomendo a todas as pessoas. Vários grupos – que fazem este tipo de percursos – têm dado nota máxima em sites específicos.

E culturalmente também existem eventos que têm fomentado o turismo?

Sim. Há aqui um evento que despertou toda esta área do turismo em Albergaria-a-Velha, que foi o Festival Pão de Portugal.
Hoje o Festival do Pão é uma referência. Somos considerados a capital do Pão de Portugal, porque existe em Albergaria uma grande tradição. Não é à toa que se realizou o Festival do Pão.
Albergaria é o concelho com o maior número de moinhos de água inventariados da Europa. Criou-se a Rota dos Moinhos, que tem despertado a curiosidade de muitas pessoas. Também um conjunto de ações na área da cultura e do património tem atraído cada vez mais pessoas ao concelho.

Recentemente foi adjudicada a obra de requalificação do Mercado Municipal. Em que consiste este projeto?

Este projeto é das poucas obras de cimento que nós prometemos, um projeto em que foi preciso alguma audácia. Primeiro foi feito um estudo do consumidor, para perceber que mercado as pessoas gostariam de ter.
Neste momento, com as obras que vamos fazer, para além da melhoria das acessibilidades, e das questões de higiene e segurança alimentar, vão surgir duas áreas de restauração, e vamos passar a ter dez espaços que poderão estar abertos durante todos os dias e não apenas dois dias por semana.
A nossa preocupação foi respeitar a traça original do edifício. Esta foi a primeira condição que nós colocámos: valorizar o passado e respeitar o projeto inicial do arquiteto Jorge Gigante.
O mercado vai ficar aberto para a cidade. Entre as lojas e os espaços de restauração vai existir uma praça de convívio, onde se pretende dinamizar um conjunto de atividades artísticas e culturais.

E no âmbito do Portugal 2020 que novos projetos irão surgir?

Temos a requalificação da Escola da Avenida, que é a nossa pretensão, tendo em consideração a falta de salas de aula que existem no 1º Ciclo do Ensino Básico, em Albergaria-a-Velha.
Temos o projeto de requalificação da Piscina Municipal de Albergaria.
No âmbito da Requalificação Urbana, temos o Mercado Municipal, que foi o primeiro projeto que avançou e cuja obra inicia ainda este ano, e que terá um investimento de um milhão e meio de euros; a requalificação da Praça Fernando Pessoa e as ruas envolventes à Praça (este projeto vai para dois milhões de euros); temos ainda para requalificar a Rua Gonçalo Eriz, uma das mais importantes da cidade.
Fora estes investimentos, que assentam “que nem uma luva” no Portugal 2020, temos um projeto muito interessante – que há mais de uma década e meia que não surgia – a abertura de uma Avenida em Albergaria. Irá chamar-se Avenida D. Teresa. A Avenida irá desde o Arquivo Municipal até à Biblioteca, e terá estacionamento para cerca de 130 automóveis.

Qual considera ter sido a sua maior conquista nos últimos três anos?

Algo que é estruturante para o concelho: a zona industrial, através da aprovação do PDM. Apenas daqui a uns anos as pessoas vão ter a perceção daquilo que este Executivo conseguiu. Conseguimos resolver o problema da falta de área e, essa é, sem dúvida, a nossa grande conquista, e é daqui que virá todo o desenvolvimento do Concelho.
Uma segunda área, – mais um documento estruturante – a Requalificação Urbana, que já estamos a fazer.
Há um aspeto que me tocou em especial e que me tem dado um enorme prazer trabalhar, em conjunto com os meus Vereadores, que é a área da Ação Social. Enquanto ser humano é extremamente gratificante aquilo que proporcionamos. Todo este apoio na Ação Social, na área da deficiência, no apoio ao arrendamento, na melhoria das refeições, no aumento das bolsas de estudo no Ensino Superior em 50%, na criação do Cartão de Voluntariado, no reforço do apoio às Associações (aumentámos mais 15% no apoio às Associações Desportivas); no apoio às IPSS. Todo este trabalho social é algo extraordinária, e é algo que nos enriquece enquanto seres humanos, por fazermos um trabalho em prol de uma comunidade.
Há pessoas que atacam o aumento da despesa mas nós entendemos que isto é um investimento no ser humano. Uma aposta deste Executivo.

LM

https://drive.google.com/file/d/0BwwWVRJOLAkoYks1eFVXeHZHbFE/view

Com um programa eleitoral que contempla poucas obras de cimento, o autarca do CDS-PP falou à Litoral Magazine sobre a grande aposta do Executivo: captar investimentos para Albergaria-a-Velha. Mas não só, são vários os projetos nos setores da Educação, da Inclusão e da Ação Social.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Toponimia

Ata nº 08 de 01/04/2015


Toponímia da Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior


Alterar o topónimo Travessa da Cruzinha para Rua Manuel Luiz Ferreira, o topónimo Rotunda das Oliveiras para Rotunda da Pontarranha e atribuir o topónimo Rua José Correia de Melo, que inicia na Rua do Vale e termina na Rotunda de Padre Matos.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Toponimia 1910

Placa da Rua Rodrigues de Freitas

Em sessão ordinária de 14 de Dezembro de 1910, a Comissão Municipal Republicana (... ) deliberou alterar a nomenclatura das ruas de Albergaria-a-Velha. Pelo presidente foi dito que nem todas as denominações escolhidas pelas veriações transatas tiveram a consagração geral. Há pois necessidade de substituir os nomes não consagrados por outros da denominação de muitas outras ruas e finalmente da designação de todas por uma forma inalterável e duradoura.

Respeitando as denominações consagradas tais como Martyres da Liberdade, Santo António, Hospital, Dr. José Henriques, Castro Mattoso, Gonçalo Eriz, Fonte, Serpa Pinto, Santa Cruz e Cruzes proponho que a todas as outras, fossem dados os seguintes nomes:


ANTIGAS DESIGNAÇÕES    ---------------------    NOVAS DESIGNAÇÕES

AVENIDA QUILLINAN    -----------------------    AVENIDA DA LIBERDADE (778)
PRAÇA NOVA    ------------------------------    PRAÇA FERREIRA TAVARES (779)
LARGO DO CHAFARIZ    -----------------------    LARGO DA REPÚBLICA (780)
PRAÇA VELHA    -----------------------------    PRAÇA D. TERESA
RUA DA ESTAÇÃO     -------------------------    AVENIDA DO VALE DO VOUGA (781)
RUA BARROS GOMES    ------------------------    RUA ALMIRANTE REIS
LARGO DO COMENDADOR    ---------------------    LARGO 5 DE OUTUBRO (782)
RUA DE CAMPINHO    -------------------------    RUA DA REVOLUÇÃO (783)
RUA DE CIMA (784)    -----------------------    RUA 1.° DE DEZEMBRO (785)
RUA DOS PAÇOS DO CONCELHO ÀS TRAPAS    -----    RUA MIGUEL BOMBARDA
RUA DAS TRAPAS AO CEMITÉRIO    -------------    RUA ELIAS GARCIA
RUA DOS PELÂMES    -------------------------    RUA VASCO DA GAMA
RUA DO MATINHO (786)    --------------------    RUA CAMÕES
RUA DA CACIEIRA (787)    -------------------    RUA MARQUÊS DE POMBAL
RUA DO CORTÍNHAL (788)    ------------------    RUA JOSÉ FALCÃO
VIELA DAS ALMAS (789)    -------------------    RUA RODRIGUES DE FREITAS
RUA DAS BÓCAS (790)    ---------------------    RUA TRINDADE COELHO
RUA DO JOGO    -----------------------------    RUA EÇA DE QUEIRÓS
RUA DO DOURADO    --------------------------    RUA LATINO COELHO (791)
RUA DA CRUZINHA    -------------------------    RUA DA LAPA

778 - Na década de 40 passou a designar-se por Avenida Napoleão Luiz Ferreira Leão.
779 - Nome pelo qual também já era denominada desde 1889.
780 - Na década de 40 passou a designar-se por Largo 1.° de Dezembro.
781 - Pequena rua que ligava a Praça Ferreira Tavares à estação do cominho de ferro.
782 - Posteriormente designada Praça Conselheiro Alexandre Sousa e Melo.
783 - Posteriormente designada parcialmente por Rua Eng.' Duarte Pacheco.
784 - Apenas até à Viela da Bouça. Daqui até ao Rodêlo, designava-se Rua do Pinheiro Manso.
785 - Uma parte desta rua viria designar-se na década de 40 Rua Dr. Alexandre de Albuquerque.
786 - Ligava a Rua de Campinho à Rua das Cruzes.
787 - Ia da Capela do Senhor da Santa Cruz às Urgueiras.
788 - Ou Cortinhais.
789 - Paralela à rua anterior.
790 - Viela com início no Largo Conselheiro Alexandre Sousa e Melo.
791 - A actual Rua Eça de Queiróz engloba esta artéria e a anterior. A Rua Latino Coelho desapareceu dando origem à Travessa Eça de Queiróz.

A comissão não só concorda com a conservação das antigas denominações que entenda dever respeitar, como com as alterações e substituições agora indicadas pelo presidente e para umas e outras possam ter carácter defenitivo e duradouro, resolve que desde já feita a aquisição de chapas com os nomes propostos.

 Acta de 14/12/1910

Informação retirada do livro "Albergaria-a-Velha 1910 - Da Monarquia à República"

RUAS QUE MANTIVERAM A SUA DESIGNAÇÃO

MARTYRES DA LIBERDADE
SANTO ANTÓNIO
HOSPITAL
DR. JOSÉ HENRIQUES
CASTRO MATTOSO
GONÇALO ERIZ
FONTE
SERPA PINTO
SANTA CRUZ
CRUZES

sábado, 21 de março de 2015

Bairros e ruas de Albergaria-Velha - 1828

Nomes de todos os bairros e ruas de Albergaria-Velha, em 1828.


A começar de Nascente e Sul para norte e poente encontraremos: Salgueirinhos, Farrapa, Bócas, Calçada, Atoleiro, Alagoa, Cortinhal, Praça, Rua da Travessa, Cazais, Rua de Cima, Currais, Trapas, Fonte, Campinho, Cruzes, Póvoa, Reguinho e Assilhó

Fonte: Albergaria e o Seu Concelho, António de Pinho (páginas 84 e 133)

Identificação de algumas das ruas/bairros:


- Salgueirinhos / Farrapa - Rua dos Mártires da Liberdade
- Rua das Bócas
- (Rua do) Atoleiro - Largo do Atoleiro (Chafariz)
- Rua da Alagoa - Rua Barros Gomes - Rua Almirante Reis + Alameda 5 Outubro
- Rua do Cortinhal - Rua José Falcão
- Sanguinhaes - Praça Comend. Ferreira Tavares
- Rua da Ladeira - Rua Serpa Pinto
- Rua da Travessa - Rua Dr. José Henriques Ferreira
- Rua dos Casaes [conhecida por Rua da Cadeia] - Rua Castro Matoso
- Rua de Cima - Rua Alexandre Alburquerque / Rua do Pinheiro
- Rua dos Curraes - Rua Gonçalo Eriz
- Rua de Campinho - Rua Eng. Duarte Pacheco
- Rua dos Pelames - Rua Vasco da Gama
- Rua das Cruzes
- Rua do Matinho - Rua Luis de Camões
- Rua da Semouqueira - Rua Dr. Albuquerque Pinho
- Largo do Comendador - Largo Conselheiro Sousa e Melo
- Rua do Jogo - Rua Eça de Queiroz

(...)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Dinâmicas Territoriais em Albergaria-a-velha


Albergaria-a-Velha: Evolução da malha urbana

Como se observa no anexo III.20, eram poucas as ruas que se podiam identificar no núcleo urbano de Albergaria-a-Velha, até ao séc. XVII. As vias existentes correspondiam, maioritariamente, aos eixos de ligação entre os lugares do Concelho e deste com as principais aglomerações urbanas vizinhas. A malha urbana assinalada nesta figura manteve-se praticamente inalterada até meados do séc. XIX. A via mais importante correspondia à antiga estrada real, com orientação aproximada norte-sul, desenvolvendo-se no eixo atualmente formado pelas ruas Comendador Augusto Martins Pereira, Dr. Nogueira Melo, Mártires da Liberdade, de Santo António, do Hospital, Dr. Alexandre Albuquerque e 1º de Dezembro. Este era o principal eixo da urbe e onde se concentravam os principais estabelecimentos comerciais. Nesta zona, em particular entre a Rua dos Mártires da Liberdade e a Rua do Hospital, existia uma maior densidade de arruamentos e edifícios, formando uma malha urbana mais densa, sendo a principal centralidade da urbe. É possível ainda identificar algumas vias de ligação aos lugares do Jogo, Cruzinha e Açores, entre as quais uma via que mais tarde daria origem às ruas da Lapa e Serpa Pinto, assim como uma via com orientação oeste-este, de ligação a Valmaior, atualmente a Rua Dr. Brito Guimarães.

As restantes vias existentes tinham por finalidade a ligação aos lugares vizinhos, como Assilhó, que nesta época constituía ainda um lugar autónomo da urbe, separado fisicamente do centro urbano de Albergaria-a-Velha. A ligação entre estes dois lugares processava-se unicamente através da Rua Gonçalo Eriz. Em Assilhó, o edificado concentrava-se a este da Ribeira de Albergaria, sendo este o seu núcleo mais antigo e onde surge uma maior densidade de ruas e vielas, assim como a Capela. A sudoeste deste lugar desenvolve-se uma via que permitia a ligação aos lugares situados a sul, entre os quais Frias, Alquerubim e São João de Loure. A ligação de Albergaria-a-Velha a Campinho e ao Sobreiro processava-se através do atual eixo formado pelas ruas Eng.º Duarte Pacheco e da Santa Cruz, sendo possível identificar uma nucleação mais evidente na confluência entre estas ruas e a das Cruzes, também já existente à época.

Na segunda metade do séc. XIX, iniciam-se os trabalhos de expansão da malha urbana, com a abertura de novas ruas, assim como a construção de alguns equipamentos, entre os quais o abastecimento de água e lavadouros. Após as necessárias expropriações de terrenos e casas, inicia-se a construção de um novo centro cívico, a Praça Nova, atual Praça Comendador Ferreira Tavares, onde se instalou mais tarde os Paços do Concelho. Daqui rasgaram-se novas ruas, como a Rua Castro Matoso, a Rua Miguel Bombarda e a Alameda 5 de Outubro. Atualmente, o quarteirão formado entre a rua dos Mártires da Liberdade, a rua do Hospital e a Praça Comendador Ferreira Tavares é considerado o Centro Histórico de Albergariaa- Velha. Como se pode observar na Carta Militar de 1945 (anexo III.21), a malha urbana manteve-se praticamente inalterada desde os primeiros anos desse século, sendo que as únicas alterações significativas foram a construção da Linha do Vale do Vouga e da correspondente estação, em 1910, na Alameda 5 de Outubro, a ligação desta à Rua Comendador Martins Pereira, através da Rua Serpa Pinto e do Serrado, a Avenida Bernardino Máximo de Albuquerque, na década de 30 do século XX, o prolongamento da Rua Marquês de Pombal, para nordeste, e a construção da N16, também na década de 30, fazendo o aproveitamento da ligação existente até Valmaior.

A dinamização decisiva da malha urbana acontece apenas a partir das décadas de 60 e 70, acompanhando a dinâmica populacional evidenciada pelo Concelho. Ainda na década de 60, procurando dar resposta ao crescente tráfego da EN1, que atravessava o lugar de Albergaria-a-Velha através das ruas Comendador Martins Pereira, Dr. Nogueira Melo, Mártires da Liberdade, de Santo António, do Hospital, Dr. Alexandre Albuquerque e 1º de Dezembro, causando graves constrangimentos ao ambiente urbano, é construída a variante de Albergaria. Esta localiza-se a nascente deste eixo, separando fisicamente a vila dos lugares do Jogo, Cruzinha e Açores. Ainda que, numa primeira fase, tenha criado alguns constrangimentos pelo corte que provocou em algumas ruas, acabou por se constituir como uma barreira ao crescimento desordenado da urbe em direção a nascente, delimitando o seu perímetro urbano, ao mesmo tempo que libertava as ruas referidas do tráfego regional, conferindo a estes arruamentos as características necessárias para desempenharem funções urbanas de cariz local. Em 1968, inicia-se a construção do mercado municipal em  terreno anexo à Avenida Bernardino Máximo de Albuquerque, e na década de 1970 são construídas a Escola Preparatória  Conde D. Henrique e a Escola Liceal e Comercial (atual Secundária), em terrenos agrícolas não urbanizados (com a  exceção do bairro Napoleão, entretanto demolido) localizados a oeste da Linha do Vouga, numa encosta voltada a poente.  Com a construção destes equipamentos de ensino, rasgaram-se novas vias que permitiram a sua ligação à urbe, entre as  quais a Rua Américo Martins Pereira e, alguns anos mais tarde, a Rua do Vale. Durante esta década, foi também projetado e deu-se início à construção do arruamento do vale localizado entre Assilhó e a Av. Bernardino Máximo de Albuquerque, e as novas escolas, criando-se uma nova zona habitacional denominada por Novos Arruamentos (das Escolas Técnicas). Esta nova configuração da malha urbana pode ser observada na Carta Militar de 1977 (anexo III.22). Nesta carta, observa-se que a urbanização nos lugares de Campinho, Sobreiro, Açores e Sr.ª do Socorro era ainda muito incipiente, restringindo-se à ocupação marginal das vias primitivas.

O desenvolvimento da malha urbana, adquirindo a configuração que se conhece hoje, acontece apenas no final do anos 80 e durante a década de 90 e seguintes. Em 1983, inicia-se a construção da Zona Industrial de Albergaria-a-Velha, a norte do aglomerado urbano. Em Albergaria-a-Velha, assiste-se a uma densificação da malha urbana, em particular nos Novos Arruamentos, tanto a nordeste, pela ocupação do vale, como a sudoeste, pela nova ligação a Assilhó, através da Av. 25 de Abril; e no eixo da Rua 1º de Dezembro/Rua Dr. Alexandre Albuquerque. Assiste-se também à abertura de novas frentes urbanas no setor sudeste, através de novas vias perpendiculares à Comendador Martins Pereira, entre as quais a Urbanização das Laranjeiras (construída no local do antigo parque desportivo da Alba), a Rua Padre Matos, a Rua Bernardino Correia Teles e a Rua do Vale, que adquire finalmente a configuração atual. Em Campinho, o edificado, que se concentrava no eixo primitivo das ruas Eng.º Duarte Pacheco, de Santa Cruz e Marquês de Pombal, começa a ocupar os terrenos agrícolas que o circundavam, tanto a oeste, pela ligação da Rua do Agro à Rua das Cruzes, e desta à Rua de Santa Cruz pela Rua da Carvoeira; como a este, pela ligação definitiva da Rua do Reguinho à Av. Afonso Henriques e pela construção, na última década, da urbanização de Santa Cruz; e a norte, pela ocupação dos terrenos situados a norte da Rua Marquês de Pombal e da Av. Afonso Henriques, facilitada pela abertura de novas vias de acesso à Zona Industrial. Em Assilhó, dada a exiguidade de espaço no seu núcleo original, a expansão da malha urbana ocorre a oeste da Ribeira de Albergaria, na zona designada como “Alto de Assilhó”, sem um padrão evidente de desenvolvimento e configuração. Na Sr.ª do Socorro, impulsionada pelo encerramento de uma unidade industrial que aí se encontrava, continua a ocupação linear da EM 556 através de moradias unifamiliares, não permitindo, desta forma, a criação de um núcleo urbano e de uma centralidade. No Sobreiro, a evolução da malha urbana acompanha a tendência histórica de ocupação linear da antiga N16. Nos restantes lugares, a evolução da malha urbana está condicionada à ocupação marginal e densificação das vias existentes, sem um padrão de desenvolvimento explícito ou programado.

"Dinâmicas Territoriais em Albergaria-a-velha"
João Pedro Bastos
Dissertação de Mestrado (2014)

http://hdl.handle.net/10316/26569

(pg. 121-124)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Nome de Rua

Foi publicado no Diário de Aveiro do passado dia 11 de janeiro de 2015, na série Os Nomes que Vestem as Ruas, um artigo sobre o Comendador Augusto Martins Pereira, fundador da Alba e que tem ruas com o seu nome em Albergaria-a-Velha, Frossos e Sever do Vouga.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Correio de Albergaria

Gente com nome de Rua

09/01/2013 - Comendador José Luiz Ferreira Tavares
20/02/2013 - Bernardino Máximo de Albuquerque
05/03/2013 - Dr. António de Albuquerque Pinho
20/03/2013 - Dr. Alexandre Albuquerque
24/04/2013 - Bento Álvares Ferreira
08/05/2013 - Conselheiro Sousa e Melo
05/06/2013 - Dr. João Eduardo Nogueira e Melo
19/06/2013 - João de Pinho
14/08/2015 - Albérico Ribeiro
03/10/2013 - Patrício Theodoro Álvares Ferreira
06/11/2013 - Vasco Vidal
20/11/2013 - Dr. António Fortunato de Pinho
06/12/2013 - Gonçalo Eriz
20/12/2013 - Eugénio Ribeiro
08/01/2014

Série de artigos, suspensa recentemente, da autoria de Delfim Bismarck na actual série do jornal "Correio de Albergaria" sobre nomes de rua. No dia 23/10/2013 foi publicado um artigo sobre "Devaneios Toponímicos Rotundas, Placas"

Famílias do concelho de Albergaria-a-Velha

04/10/2012 - Os Lemos
17/10/2012 - Os Mirandas
07/11/2012 - Família Branco
19/12/2012 - Família Mourisca
23/01/2013 - Família Souto
22/05/2013 - Família Costa
24/07/2013 - Os Luízes
18/09/2013 - Família Alho

Série de artigos da autoria de Delfim Bismarck na actual série do jornal "Correio de Albergaria" sobre famílias do concelho (2012-2013)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Edital 192/2014

Alteração de topónimo

Beco José Falcão por Beco do Cortinhal - Albergaria-a-Velha

19/11/2014


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Toponimia da nossa Vila - 1987

BM
Num processo que virá a ser mais frequente, foram atribuídos pela Câmara Municipal nomes a Ruas e Praças da nossa vila.

Pretende a Câmara Municipal completar, a médio prazo, toda a toponímia de Albergaria-a-Velha (sede do concelho) e, se possível, de algumas áreas das freguesias.

Os nomes agora atribuídos são os seguintes:

* Rua das Lameirinhas — Desde a Rua Gonçalo Eriz à Avenida Bernardino Máximo de Albuquerque;

* Travessa das Lameirinhas — Desde a Praça das Lameirinhas à Rua Gonçalo Eriz (passando pelo interior do Bairro do F.F.H.);

* Rua José Nunes Alves — Desde a Avenida Bernardino Máximo de Albuquerque à mesma Avenida (entroncando com a Rua Fernando Pessoa);

* Rua Fernando Pessoa — Desde a Rua José Nunes Alves à Praça Fernando Pessoa;

* Travessa do Emigrante —Desde a Rua José Nunes Alves à Rua Professor Egas Moniz;

* Rua Professor Egas Moniz — Desde a Praça Fernando Pessoa em direcção à Azerveira;

* Praça Fernando Pessoa — Localizada no Entroncamento da Rua Fernando Pessoa, da Rua Professor Egas Moniz, Rua Dr. Flausino Correia e da Rua 25 de Abril;

* Rua 25 de Abril — Desde a Praça Fernando Pessoa ao Alto de Assilhó (passa junto aos campos de ténis);

* Rua Dr. Flausino Correia — Desde a Praça Fernando Pessoa ao Largo do Ciclo Preparatório;

* Rua Américo Martins Pereira — Desde o Largo do Ciclo Preparatório à Rua Serpa Pinto;

* Rua do Serrado — Desde a Rua Américo Martins Pereira à Rua Serpa Pinto;

* Rua do Vale — Desde a Rua Américo Martins Pereira e a Rua Comendador Martins Pereira;

* Rua Dr. António Fortunato Pinho — Desde a Rua Serpa Pinto à Rua do Vale;

* Rua da Cruz Vermelha — Desde a Rua do Vale à Rua da Gaia;

* Rua 1º de Maio — Desde o Mercado até à Rua Serpa Pinto (paralela ao Caminho de Ferro).

Assinalamos a importância da decisão tomada, tendo em vista a simplificação das várias facetas da vida da comunidade, a nível privado e público.

Informamos que estão em execução placas de azulejo com a designação dos diversos arruamentos e praças, que muito virão a contribuir para a valorização dos lugares públicos.

Boletim Municipal nº 1, Novembro de 1987

Algum tempo mais tarde foi proposto nomear uma Comissão para continuar o trabalho de classificação toponímica das ruas e praças de Albergaria-a-Velha, constituída pelos Senhores Dr. Mário Jorge de Lemos Pinto, Dr. António Albuquerque de Pinho, Aires Rodrigues, Engº José António Laranjeira e Engº Rui Tavares.