sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Exames, 1930

Exames

Terminaram esta semana os exames de instrução primaria, do 2.° grau, realizados nesta vila, onde funcionaram dois juris, masculino e mixto.

O juri masculino era constituído pelos srs. prof., José Gonçalves de Pinho, presidente e Joaquim Marques Baêta e José Francisco Corujo, vogais, cujos resultados foram:

Escola de Telhadela Adelino Marques Martins, José Coutinho da Silva e Manuel Augusto de Campos, aprovados.

Escola de S. João Antonio Sequeira da Silva e Manuel Antunes, distintos. Manuel Nunes da Silva Melo, aprovado.

Escola da Ribeira de Frágoas Antonio Joaquim de Bastos e Manuel Dias Marques, distinto.

Escola de Frossos Manuel Nunes de Oliveira, Mario Bernardino Rodrigues de Bastos, distintos.

Escola de Alquerubim Eurico da Cruz Marques, Geraldo Gonçalves de Melo, José Abreu de Melo, José Correia de Melo, José Correia de Melo e Marcelino de O. Gaspar, aprovados.

Escola de Angeja Antonio Maria da Silva, distinto. Adelino Dias Capela, aprovado. Arlindo Rodrigues Esteves da Eira, aprovado. Eduardo da Silva Amaro, aprovado. Henrique Nogueira Souto e Silva, distinto. João Oliveira Santos, aprovado. João da Silva Amaro, distinto e Victorino Marques da Silva, aprovado.

Escola de Paus Manuel Borges Pereira e Manuel da Costa Mortágua, aprovados. Manuel Dias Ferreira dos Santos e Manuel Leite Aidos, distintos.

Escola da Branca Alberto Sousa Ribeiro de Moura, Antonio de Almeida Oliveira, Fernando Augusto de Oliveira Faria, aprovados. Escola de Mouquim Alvaro Domingues, distinto.

Escola de Telhadela Alvaro Pereira dos Santos e Cristóvão Rodrigues Telha, aprovados.

Ensino Particular — Albergaria Albérico de Melo Raimundo, Alberta Lidington da Silva, Armando de Campos Monteiro Machado e Manuel Soares Vidal, aprovados.

O juri feminino, era constituído pelo sr. Silvestre Mendes da Silva, presidente, D. Rosa da Anunciação e Alfredo Pereira, vogais, cujos resultados foram :

Escola da Ribeira de Fragoas Marília Rosa Domingues, aprovado.

Escola de S. João Ester Marques de Oliveira Castilho, distinto e Maria Carminda Oliveira Leite, aprovado.

Escola de Frossos Albertina Vieira Marques de Pinho, distinto e Orlandina Dias da Silva, aprovado.
Escola de Alquerubim Flavia de Oliveira Quinta, Maria Azevedo Frias e Maria Manuela Aidos Lemos, aprovados.

Escola de Angeja Armisticia Gloria Marques Couto e Francelina Nunes Esteves, aprovados. Conceição Marques Couto e Deolinda Nogueira de Pinho, distintos.

Escola de Valmaior Conceição Pereira da Silva e Margarida Tavares, aprovados.

Escola de Albergaria-a-Velha Deolinda Ferreira da Silva Pedro, Ermelinda Alves de Araujo, Maria Celina e Marilia da Anunciação Mendonça Oliveira, distintos.

Ensino Particular — Albergaria Celeste da Gloria Terceiro, Gloria Celeste de Matos e Ma-ria Eneida Marques Ferreira, aprovados. Ema de Miranda Mendonça Oliveira, distinto.

Escola da Branca Eugénio Domingues da Silva, aprovado.

Escola de Valmaior Francisco Inácio da Silva, João Henriques dos Santos e Antonio Domingues Pereira, distintos.

Escola de Albergaria-a-Velha Américo Pereira de Oliveira e Manuel de Matos Lima, distinto. Antonio de Oliveira Gomes, Armando da Conceição Ventura, Armando Ribeiro dos Santos, Augusto Henriques Pinheiro, Gaspar Pereira de Oliveira, José Domingues e Tiago Ferreira dos Santos» aprovados.

gazeta de albergaria, 26/07/1930

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Paços do Concelho


Edificio vasto, grandioso, não por bellezas de arquitetura e arrebiques de estylo, que não tem, mas pela sua elegância, e pela capacidade para acomodar excellentemente as repartições publicas do concelho e da comarca, único fim a que visava.

Poucas terras do paiz, ainda as superiores á nossa pela riqueza, pelo maior comercio, se gosam de vêr o seu tribunal, a sua câmara, demais repartições, installadas tão comodamente como nós. Esse o nosso legitimo orgulho.

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A iniciativa da construcção dos Paços do Concelho deve-se ao extincto comendador José Luiz Fereira Tavares, homem esclarecido e  activo, cuja passagem pela presidencia da câmara d'Albergana foi assignalada como uma época notável na sua vida municipal.

O projecto dos Paços do Concelho foi incumbido ao engenheiro militar sr. Jacinto Ignacio Brito Rebello, hoje reformado. A câmara póz as obras em arrematação em 13 de julho 1809, dando-se, algum tempo depois, começo aos trabalhos, que, todavia, não passaram então dos alicerces, por aquelle distincto presidente se vèr forçado a abandonar o município.

A câmara que se lhe seguiu parece ter obtido a rescisão do contracto de arrematação, visto que os trabalhos se interromperam, resolvendo a mesma vereação, em sessão de 25 de janeiro de 1886, vender em praça as madeiras e cantarias, sob o fundamento de que estavam a deteriorar-se.

Assim se malogrou dessa vez a iniciativa d'aquelle prestantissimo cidadão, ficando os Paços do Concelhos esperando outras energias   e vontades que cumprissem o honroso legado d'aquella vereação.

Em junho de 1887 foi creado em Albergaria o julgado municipal, sendo installado em 7 de fevereiro de 1888.

Luctou-se então com serias dificuldudes pira se conseguir casa apropriada para o tribunal, acentuando-se por isso ainda mais a necessidade de um edifício adequado para a installaçâo conveniente das repartições publicas do concelho e julgado.

Para obviar a essas dificuldades a câmara, a que presidia o sr. Bernardino Máximo d'Albuquerque, resolveu que se procedesse á edificação dos Paços do Concelho, modificando, todavia, o projecto primitivo, necessidade imposta, em virtude não só das reformas introduzidas nos serviços públicos durante aquelle largo período de interrupção/mas também porque uma reflexão mais atenta mostrava a inconveniência de ficarem no mesmo edifício as cadeias.

As principaes alterações consistiram, pois, em se eliminarem as cadeias do edificio, e se destinar a outras repartições a par te que no primitivo projecto estava destinada á installaçâo do telegrafo-postal, a que a câmara, a esse tempo, era obrigada a fornecer casa.

O sr. João da Maia Romão, distinto professor de desenho em Aveiro, tendo sido encarregado de elaborar o novo projecto ou planta, desempenhou-se brilhantemente do encargo, sobretudo no que respeita á divisão interna do edificio, que nessa parte sobreleva, talvez, a todos os da mesma natureza.

O novo projecto foi entregue à câmara em fins de 1890.

Tendo em 1890 Albergaria visto satisfeitas as suas justas aspirações de ser a sede de uma comarca, novo incitamento veio este facto trazer ao proposito da construcção dos Paços do Concelho.

Em 20 de setembro de 18090 o ministro Lopo Vaz creou a comarca de Albergaria pelo mesmo decreto que suprimiu o julgado municipal. Em 1 de outubro foi para aqui despachado o seu 1.° juiz, sr. dr. José Diniz da Fonseca, que em 7 de outubro do mesmo anno veio instalar a comarca no mesmo edificio em que funccionou o julgado, e que carecia em absoluto das condições precisas para  o regular exercício das funcções judiciaes.

Por isso a câmara em 1891 deu começo aos trabalhos da edificação por conta própria, deixando em fins de 1892 levantadas as paredes e concluídos quasi todos os serviços de alvenaria.

Em 2 de janeiro de 1893 tomou posse a nova vereação presidida pelo distincto advogado sr. dr. J. Eduardo Nogueira e Mello, que fez  continuar as obras, e alcançou do governo, em 1894, auctorisação para elevar a 75 %  a percentagem sobre as contribuições do estado, elevação a que se deve não estar a câmara hoje onerada com o encargo de uma divida grande, pois não haveria outro meio de obter a verba necessária para Ião importante obra.

Em 29 de outubro de 1895 a mesma vereação poz em arrematação os trabalhos que restavam para concluir o edificio, e eram elles ainda muitos.

Em janeiro de 1896 entrava a nova vereação presidida pelo sr Bernardino d'Albuquerque.

Desenvolveu-se então tanta actividade nos trabalhos que em 25 de outubro de 1897 o arquivo e secretaria da câmara eram transferidos para o novo edificio, e no dia seguinte realisava esta alli a sua primeira sessão.

 Correio D' Albergaria, 20/10/1904

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Fundo local / Autores locais

Durante o mês de agosto, a Biblioteca Municipal destaca os autores locais. Venha conhecê-los!

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> Albergaria-a-Velha 1910 - Da Monarquia à República - Delfim Bismarck Ferreira e Rafael Marques Vigário
> Casa e Capela de Santo António em Albergaria-a-Velha - Século XVIII - Delfim dos Santos Bismarck Álvares Ferreira
> A terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza - Delfim Bismarck Ferreira

> Moinhos do Concelho de Albergaria-a-Velha - Armando Carvalho Ferreira e Delfim Bismarck Ferreira
> O combate de Albergaria - A Região de Albergaria-a-Velha e Estarreja durante a Invasão Francesa de 1809 - Delfim Bismarck Ferreira e Rafael Marques Vigário
> "Alba - Uma marca portuguesa no mundo", Delfim Bismarck Ferreira e Pedro Martins Pereira

> Alba - Uma marca portuguesa de automóveis (1952 - 1961) - José Barros Rodrigues
> Albergaria-a-Velha e o Seu Concelho - António de Pinho
> Carta do Couto de Osseloa 1117 - Maria Alegria F. Marques
> Guerra Peninsular
> Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha : subsídios para a sua história - Delfim Bismarck Ferreira
> Estalagem Dos Padres - Delfim Bismarck Ferreira
> Albergaria Love & Food
> Albergaria-a-Velha: Imagens do Passado - Delfim Bismarck Ferreira

> Valmaior Ao Longo dos Séculos - Delfim Bismarck Ferreira
> Ribeira de Fráguas - A Sua História - Nélia Oliveira e Nuno Jesus
> Carta de Foral da Vila de Frossos - António Tavares Simões Capão
> Telhadela - Perspectiva Histórica e Etnográfica - Nuno Jesus, Emília Campos e Vera Marques
> As Pontes de São João de Loure (1896-2006) - Delfim Bismarck Ferreira
> Angeja - Vila do Baixo Vouga - António Homem de Albuquerque Pinho
> Auranca e a Vila da Branca - Nélia Maria Martins de Almeida Oliveira

(outros)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_livros_sobre_Albergaria-a-Velha

História Local - Destaque em 2014 - http://novos-arruamentos.blogspot.com/2014/06/historia-local.html

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Albergaria-a-Velha e a sua Gastronomia

A gastronomia é hoje um dos principais motivos de atracção turística de qualquer região. Para além disso, é também uma importante componente do turismo que, como é sabido, é o responsável por uma fatia substancial do PIB do nosso país, transformado, cada vez mais, num país de serviços, aproveitando a sua localização e clima.

Desde há alguns anos, a gastronomia é igualmente considerada “Património”, a classificar, a estudar, a preservar e divulgar, inclusive a certificar, como aconteceu recentemente com os Ovos Moles de Aveiro.

Apesar das instituições que têm obrigação de o fazer pouco ou nada terem feito, não se pense que o concelho de Albergaria-a-Velha não possui nada de relevante que não mereça ser preservado, estudado e salvaguardado, seja na área do património arqueológico, edificado, cultural ou mesmo gastronómico.

É precisamente sobre este último que aqui vos falarei hoje. Das suas qualidades e tradições, assim como das suas potencialidades e subaproveitamento para os mais diversos fins como o têm feito, e bem, grande parte dos concelhos nossos vizinhos.

Senão vejamos. Quem nunca provou e confirmou a excelente qualidade de alguma da gastronomia tradicional do nosso concelho? Quem nunca provou enguias fritas ou de escabeche, leitão assado, lampreias em arroz ou à bordalesa, peixinhos do rio fritos, ou vitela assada? Quem nunca provou pães ou padas, regueifas, pães doces, folares, broas, ou biscoitos diversos como, raivas, rosquilhas, bolos de gema ou turcos? Já para não falar em rabanadas e bilharacos?

Enfim, após esta pequena apresentação, afinal todos nós nos lembramos de que temos gastronomia diversificada e de grande qualidade.

Mas para além disso, esta não é uma gastronomia de hoje, sem raízes nem tradições, aproveitada e adaptada de outras terras ou regiões.

Na muita documentação que tenho consultado ao longo dos anos, pontualmente vou encontrando pequenas referências à nossa gastronomia. Por isso, aqui destacarei hoje o pão, o leitão e os biscoitos.
Primeiro o pão. Segundo um apontamento datado de 1882: os “bolos de pão alvo … da casa da Ti Quitéria do Agostinho, ou ainda da Ti Costa …. As duas boas creaturas indicadas … exerciam a vida de padeiras com o maior aperfeiçoamento e aceitação dos consumidores ainda de muito longe. A primeira fabricava pão para o ultimo Bispo de Aveiro, D. Manuel Pacheco de Rezende – tres vezes por semana era o Paço Episcopal fornecido; e ambas a seu turno o Convento de Serém. Muitas terras há que possuem especialidades a certo ramo da industria. Albergaria Velha dedica-se ao fabrico de pão, e é da sua labra o feitio dos pães emitando pujadas têtas, … sem se vêr igual em outra parte, a não ser por emitação”. Por aqui facilmente se vê como o pão confeccionado em Albergaria-a-Velha era afamado na região, e que outros aqui vinham consumir e imitar as nossas produções.

Depois o leitão. Um outro apontamento do final do século XIX informa-nos de que “entre os bons assadores de leitão, que é das melhores iguarias que em Albergaria se prepara, há o costume de o trazerem uma ou outra vez a arejar, depois de meio assado, para o constiparem, dizem. A pele assim torna-se mais quebradiça e a carne tenra e enxuta. A expressão “leitoeiro” utilizava-se quando se referiam a um apreciador de leitão”. Também esta pequena nota nos demonstra como era já tradição o leitão assado no nosso concelho, e como era já umas das principais iguarias que aqui se preparava.

Por fim, os biscoitos. Nesta matéria, existia em Albergaria-a-Velha desde o final do século XIX uma pequena fábrica de bolachas e biscoitos que atingiu grande fama na região, a “Loja Nova”, situada na Rua de Santo António, fundada por Joaquim Ribeiro e Silva.

Os seus produtos, de grande qualidade, eram equiparados aos melhores de Coimbra e Porto, e por esse motivo eram expedidos para todo o país. Mesmo depois do proprietário ter transferido residência para o Porto, os seus familiares aqui mantiveram a sua produção de escala mais regional por mais alguns anos. De entre os seus produtos, os mais procurados eram os biscoitos, raivas e folares da Páscoa.  A tradição de confeccionar este género de produtos conseguiu manter-se viva ao longo dos anos, graças inicialmente à “Casa Turco” e actualmente a D. Margarida Ferreira, herdeira das receitas destes afamados doces regionais.

Por estas três amostras bem se antevêem as potencialidades da gastronomia do nosso concelho. Mas, se tudo isto não bastasse, ainda assistimos, impávidos e serenos, ao aproveitamento, e bem, com fins económicos e turísticos, por parte dos nossos concelhos vizinhos, de alguns destes produtos.

Senão vejamos: o pão. Quem ainda não foi ao Museu do Pão, em Seia, que ali atrai milhares de pessoas anualmente, ou ao Festival da Broa de Avanca, organizado pela Confraria da Broa ali existente. Ora sendo o concelho de Albergaria-a-Velha um dos que mais moinhos, moleiros e padeiros teve, porque nunca aproveitou esses recursos para fins semelhantes? O pão do Fontão e de Albergaria-a-Nova continua a ser do melhor que há.

Depois o leitão, que Águeda transforma na Festa do Leitão e ali faz deslocar milhares de pessoas, ou que Anadia e Mealhada divulgam há muitos mais anos de forma bem rentável. No nosso concelho, temos uma forma diferente de o assar, mais saudável, como se pode comprovar com o sucesso que é a “Casa dos Leitões” em Angeja.

As enguias enlatadas, que uma empresa da Murtosa exporta para todo o mundo, contrapõem com as que aqui podemos saborear, fritas ou de escabeche.

E as lampreias que Sever do Vouga transforma no Festival da Lampreia, ali levando milhares de pessoas, enquanto assistimos à sua passagem a subir os rios que existem na quase totalidade das freguesias do nosso concelho, sem delas fazermos aproveitamento económico e turístico, fosse com arroz ou à bordalesa. Ou a vitela, que também Sever do Vouga bem divulga e apresenta, enquanto nós por cá nos limitamos a prová-la sem grande divulgação. Até os folares que Ílhavo apresenta como bandeira concelhia, são aqui feitos com mestria e em nada lhes ficam atrás, com ou sem ovos.

Apenas os biscoitos diversos descendentes da “Casa Turco” ainda levam longe o bom nome de Albergaria-a-Velha, mas até quando? Parece que apenas a regueifa e o pão doce estão esquecidos e ainda ninguém se lembrou de os aproveitar para fins económicos e turísticos nos concelhos vizinhos, já que as rabanadas e os bilharacos são produtos mais sazonais. A título de curiosidade, as famosas cavacas típicas das Festas de São Gonçalinho, em Aveiro, foram este ano confeccionadas no nosso concelho, na Branca.

Agora, se a estas qualidades gastronómicas e potencialidades turísticas adicionarmos um outro condimento – a excelente localização geográfica do concelho de Albergaria-a-Velha –, então porque não salvaguardamos e divulgamos os nossos excelentes produtos gastronómicos, prestando diversos “serviços” ao mesmo tempo que salvamos o nosso “Património”, atraímos turismo, criamos emprego, geramos riqueza e divulgamos algumas das boas coisas que ainda existem no nosso concelho.

04-05-2010
Fonte: Dr. Delfim Bismarck, Portal de Albergaria

Após a leitura deste artigo, constato que o autor, na realidade, está atento à assimetria gastronómica do nosso concelho.

Somente comento três iguarias “serranas”, que há séculos vão para a mesa dos habitantes da freguesia  da Ribeira de Fráguas.

Mesa sem vitela assada no forno (a lenha), nos dias das festividades locais, é situação rara.
Provavelmente uma herança secular do movimento migratório oriundo da região lafonense, para a nossa freguesia.

As regueifas e cavacas confeccionadas no lugar de Vilarinho de São Roque, são outro testemunho da gastronomia local.

Em jeito de brincadeira, com boa vontade, ainda ainda vamos formar a Confraria do Caracol, aqui pela Ribeira.

Um abraço.

Nuno Jesus, 6 de Maio de 2010, 19:21