sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Arquivo Municipal vai reunir historial de todas as famílias Albergarienses


Espólio Foto Gomes
O Vereador da Cultura do Município de Albergaria-a-Velha, Delfim Bismarck, revelou que o Arquivo Municipal está a proceder a um trabalho de inventariação das famílias Albergarienses através da compilação e cruzamento de diversos registos. “Em meia dúzia de anos esperamos ter a maioria da população cadastrada”. A afirmação foi feita na terça-feira, na cerimónia de comemoração do nono aniversário do Arquivo Municipal, onde estiveram presentes vários munícipes que celebraram protocolos de doação e cedência de documentação com a Autarquia.


Com o intuito de promover a preservação da memória coletiva e o estudo da História local, o Arquivo Municipal está a proceder ao levantamento de diferentes registos – registos paroquiais de batismos, casamentos e óbitos; registos de passaporte; encomendas de fotografias da Casa Foto Gomes; registos de velocípedes, motociclos e cartas de condução; fichas de funcionários da Fábrica Alba – de forma a poder construir um historial das pessoas e famílias que viveram em Albergaria-a-Velha. Com a compilação e cruzamento da informação, o munícipe pode recolher diversos dados sobre os seus antepassados, estabelecer relações entre as pessoas e saber “por onde andaram” os familiares, caso tenham emigrado. “O projeto do Arquivo Municipal é único no País, não existe mais nenhum com esta dimensão em termos de quantidade e variedade dos registos levantados”, salienta Delfim Bismarck.


CMAAV, 23/11/2017

1 comentário:

afr disse...

Partindo da compilação e cruzamento de vários registos – paroquiais (baptismos, casamentos e óbitos), emissão de passaportes, encomendas de fotografias, cartas de condução, entre outros – o Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha está a proceder a um trabalho de inventariação das famílias do município. O objectivo? “Permitir que os cidadãos encontrem informações e fotografias dos seus antepassados e criar bases de dados para futuros estudos e investigações, nas mais variadas áreas”, destaca Delfim Bismarck, vereador do pelouro da Cultura da câmara municipal de Albergaria-a-Velha.

“Por força da emigração, há munícipes que não conhecem os seus avós e bisavós e este inventário irá ajudá-los”, exemplifica o vereador, ao mesmo tempo que assevera que “o número de pessoas que têm vindo a contactar o arquivo nesse sentido é crescente” - o portal daquele serviço já conta com 2055 utilizadores, que fizeram mais de 54 mil consultas desde a sua criação.

Segundo Delfim Bismarck, que é também historiador e genealogista, este projecto é “único no país” - pela quantidade e variedade dos registos levantados - mas já “começa a ser feito em vários pontos do estrangeiro”. Para o sucesso deste trabalho muito têm contribuído, segundo o autarca, as doações de registos históricos ao Arquivo Municipal. Entre eles, está o espólio da principal casa de fotografias de Albergaria-a-Velha (Foto Gomes), constituído por 200 mil chapas em vidro e película – sendo de salientar o registo de mais de 120 mil chapas até à década de 1970. Importa lembrar que o processo de identificação das várias fotografias está a ser desenvolvido em parceria com os utentes da Misericórdia de Albergaria-a-Velha, tendo o projecto colaborativo sido reconhecido como uma boa prática pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas – segundo evidenciou a autarquia, em comunicado.

Igualmente importante para todo este processo de inventariação das famílias já em curso são “as cerca de 2000 fichas de funcionários da Alba [antiga unidade industrial do município]”, realça o vereador da Cultura, sem deixar de notar, igualmente, o valor de outros registos e documentos que têm chegado ao arquivo do concelho. Ainda recentemente, por ocasião da comemoração no 9.º aniversário daquele equipamento, foram assinados novos protocolos de doação e cedência. Entre o material cedido, é possível destacar fotografias do século XX de Albergaria-a-Velha, negativos em vidro e película com paisagens de Angeja dos séculos XIX e XX, a brochura inaugural do CineTeatro Alba de 1950, documentação da Quinta do Fontão, de 1816 a 1935, e a encadernação de “O Arauto de Osseloa”.

De acordo com as estimativas do vereador da Cultura, dentro de “meia dúzia de anos, a maioria da população de Albergaria-a-Velha já deverá estar cadastrada”, ou seja, “com grande parte do trabalho do projecto já concluído”.

Maria José Santana, Público
https://www.publico.pt/2017/11/24/local/noticia/albergariaavelha-quer-fazer-a-arvore-geneologica-dos-seus-municipes-1793814