sábado, 27 de dezembro de 2008

Imagens (9)


Desde o ano de 1830, ano de que temos testemunho de já haver um "correio assistente" na nossa terra, as cartas daqui saídas levavam aposto o carimbo nominal ALBERGªVª. e a indicação do porte manuscrito e às vezes também carimbado.

(...)

A Reforma Postal, estabelecida pelo Decreto de 27 de Outubro de 1852, introduziu o uso dos "sellos ou estampilhas para pagamento dos portes das correspondências" (...)

Além da designação nominal das estações de correio foi criado um carimbo circular de barras para cada Direcção ou Administração do correio, a fim de com ele se obliterarem os selos. À Administração de Albergaria-a-Velha coube o código de 20 barras juntas com o nº 79. Com a segunda Reforma Postal, de 1870, a Albergaria foi atribuído o nº 80.

António de Albuquerque Pinho, Jornal de Albergaria, 19/01/1999

Em 1880, foi aqui criada a estação telégrafo-postal e o carimbo passou a ser redondo, com dois círculos concêntricos e , entre eles, em cima, a designação CORRºETELº, e, em baixo, o nome da nossa terra apenas designada por ALBERGARIA. E manteve-se assim até meados do séc.XX.

Ligação

Nomes de Ruas

ALTERAÇÕES DO NOME DAS RUAS AO LONGO DO TEMPO

As maiores alterações na toponímia local ocorreram em 1889, 1910 (com a implantação da Répública) e já na década de 1990.

Nomes como Jogo, Bócas, Alagoa, Atoleiro, Cortinhal, Ladeira, Farrapa, Cruzes ou Trapas já existiam no século XVIII.

A Rua do Hospital foi crismada, temporariamente, de Tenente Roby após a derrota da Monarquia do Norte, em 1919.

De 1910 até 1960: Dr. João Nogueira e Melo e Augusto Martins Pereira, para ruas que vão da zona dos Salgueirinhos ao sul da vila, e Bernardino Máximo Albuquerque para a avenida construída na década de 1930. A parte da rua de Campinho foi dado o nome do Eng. Duarte Pacheco.

A praça entre a Rua Almirante Reis e o caminho de ferro teve o nome de Salazar, até ser retirado em 1974.

Em 1890, Frossos ganhou as Ruas Conselheiro Augusto Maria de Castro (ex-Rua do Cruzeiro) e Bernardino Maximino Albuquerque (ex-Rua da Igreja).

[Alquerubim] Rua da Fonte - Rua Dr. Nogueira e Melo [1908][Alquerubim] Rua de Beduído - Rua Dr. Pereira Lemos [1908]Domitilia de Carvalho - Dr. Correia de Miranda

----- Sanguinhaes - Praça Nova - Largo Municipal - Praça Comend. Ferreira Tavares [1889/1910]
----- (Avenida da Praça Nova) - Avenida Luis Quillinan *[1883] - Av. da Liberdade *[1910] - Avenida Napoleão Luiz Ferreira Leão * [194-]
----- Estrada Real - Rua de Santo António + Rua do Hospital
----- Rua Direita - Rua do Real Hospital de Albergaria * [1889] - Rua do Hospital
----- (Rua do) Atoleiro - Largo do Atoleiro (Chafariz) [1889]
----- Largo do Chafariz - Largo da Republica * [1910] - Largo 1º de Dezembro [193-]
----- Praça Velha ( largo do Chafariz para a Estrada do Souto) - Largo Rainha D. Tereza * [1889]
----- Praça Velha - Praça D. Teresa * [1910]
----- Rua da Estação (Avenida do Vale do Vouga) - integrada na Alameda
----- Rua da Calçada *[1820] - Rua dos Mártires da Liberdade *[1889] - Rua Santo António
----- Salgueirinhos / Farrapa - Rua dos Mártires da Liberdade * [1889]
----- Rua da Alagoa - Rua Barros Gomes * [1889] - Rua Almirante Reis + Alameda 5 Outubro
----- Rua da Ladeira - Rua Serpa Pinto * [1889]
----- Rua de Cima [séc XVII] - Rua 1º de Dezembro * [1910] - (parte passou a ) Rua Dr. Alexandre de Albuquerque [194-]
----- Rua dos Pinheiros
----- Rua da Travessa - Rua Dr. José Henriques Ferreira [1889]-
----- Rua dos Casaes [conhecida por Rua da Cadeia] - Rua Castro Matoso * [1889]
----- Rua dos Curraes - Rua Gonçalo Eriz * [1889]
----- Rua de Campinho - Rua da Revolução * [1910] - Rua Eng. Duarte Pacheco
----- Rua dos Pelames - Rua Vasco da Gama * [1910]
----- Rua das Cruzes
----- Rua do Matinho - Rua Luis de Camões * [1910]
----- Heróis de Chaimite (1903) – almeida Garret
----- Rua da Cacieira - Rua Marques de Pombal * [1910]
----- Rua do Cortinhal - Rua José Falcão * [1910]
----- Rua da Semouqueira - Rua Dr. Albuquerque Pinho [200-]
----- Largo do Comendador - Largo 5 de Outubro * [1910] - Largo Conselheiro Sousa e Melo
----- Viela das Almas - Rua Rodrigues de Freitas * [1910] - (integrada na) Rua []
----- Rua das Bócas - Rua Trindade Coelho [1910] - Rua das Bócas
----- Rua do Jogo - Rua Eça de Queiroz * [1910]
----- Rua do Dourado - Rua Latino Coelho [1910] - (integrada na) Rua e Travessa Eça de Queiroz

Rua Miguel Bombarda [1910]
Rua Elias Garcia [1910]

Notas e informações retiradas de uma série de artigos do Dr. Albuquerque Pinho denominada Dança de Ruas: [1]16/3/99; [2] 25/5/99; [3] 22/6/99; [4] 17/8/99; [5] 28/9/99; etc...

Quaisquer erros devem-se à transcrição para este formato:

Nomes de todos os bairros e ruas de Albergaria-Velha, em 1828.

A começar de Nascente e Sul para norte e poente encontraremos: Salgueirinhos, Farrapa, Bócas, Calçada, Atoleiro, Alagoa, Cortinhal, Praça, Rua da Travessa, Cazais, Rua de Cima, Currais, Trapas, Fonte, Campinho, Cruzes, Póvoa, Reguinho e Assilhó

Fonte: Albergaria e o Seu Concelho, António de Pinho (páginas 84 e 133)

domingo, 21 de dezembro de 2008

Junta de Freguesia - atribuição de Medalha aos Bombeiros


A Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha atribuiu a Medalha de Mérito em Ouro à corporação de bombeiros da vila. Uma distinção que pretendeu homenagear os «soldados da paz» albergarienses na passagem dos 75 anos de vida.

Um acto de justiça e reconhecimento público. Foi assim que o Executivo da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha sintetizou os motivos que levaram a condecorar com a Medalha de Mérito em Ouro, ontem atribuída em cerimónia realizada nas instalações daquele órgão autárquico.

Tratou-se da primeira distinção deste género efectuada pelo Executivo liderado por Fernando Nogueira, que coincidiu com a passagem dos 75 anos da criação dos Voluntários albergarienses. (...). Tratou-se de uma homenagem extensível aos bombeiros da corporação já falecidos. A este propósito, foram recordados os primeiros órgãos sociais e corpos de bombeiros da corporação de Albergaria, em 1925, ano da sua fundação. Igualmente recordados foram aqueles que deram a sua vida ao serviço dos «soldados da paz» desta vila, a quem essa distinção também se destinou.

Diário de Aveiro, 04 de Fevereiro de 2001

imagem: http://www.swissfirepatchcollector.com/Portugal.htm

Regulamento das Distinções Honoríficas da Freguesia de Albergaria -a -Velha

JUNTA DE FREGUESIA DE ALBERGARIA-A-VELHA
Regulamento n.º 540/2008

Regulamento das Distinções Honoríficas da Freguesia de Albergaria-a-Velha:

O presente Regulamento tem como objectivo redefinir as distinções honoríficas a atribuir pela Freguesia de Albergaria-a-Velha, respectivos critérios e procedimentos de decisão e, através delas, prestar homenagem a pessoas, singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, cujos méritos pessoais e feitos cívicos sejam dignos de reconhecimento. Além disso, inclui - -se neste Regulamento, o procedimento relativo ao reconhecimento de dedicação à causa pública dos funcionários e colaboradores da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha, relevando o exemplar desempenho demonstrado no exercício das suas funções.

CAPÍTULO I - As Medalhas da Freguesia
Artigo 1.º - Das medalhas a atribuir

As medalhas que podem ser atribuídas pela Freguesia de Albergaria-a -Velha são as seguintes:

a) Medalha de Honra;
b) Medalha de Mérito;
c) Medalha de Bons Serviços.

SECÇÃO I - Medalhas De Honra
Artigo 2.º - Tipos e critérios de atribuição da Medalha de Honra

1 — A Medalha de Honra tem as versões em “ouro” e “prata” conforme a relevância dos actos praticados.
2 — A versão “ouro” destina -se a agraciar pessoas individuais ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, que tenham prestado à Freguesia serviços considerados excepcionais, em qualquer ramo de actividade humana, pelo seu extraordinário valor e exemplo como pessoa ou cidadão, por notáveis actos de coragem ou de abnegação ou pela concessão de benefícios de excepcional relevância à Freguesia, cujo nome tenha ficado ou esteja ligado à vida ou à história da Freguesia de Albergaria-a -Velha.
3 — A versão “prata” destina -se a agraciar pessoas individuais ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, de cujos actos resultam benefícios públicos muito significativos para a Freguesia de Albergaria -a -Velha, seja na melhoria das condições de vida dos seus munícipes, no desenvolvimento ou promoção cultural e artística, na divulgação e aprofundamento da sua história, costumes e tradições, ou no enriquecimento do seu património.

Artigo 3.º - Da competência de atribuição

Compete à Assembleia de Freguesia, sob proposta da Junta de Freguesia devidamente fundamentada, a atribuição da Medalha de Honra que deverá ser aprovada por maioria dos membros presentes.

Artigo 4.º - Do Título de Cidadão Honorário

A atribuição da Medalha de Honra versão “ouro”, outorga ao galardoado o título de Cidadão Honorário da Freguesia de Albergaria -a-Velha.

Artigo 5.º - Da cerimónia de entrega

A Medalha de Honra é entregue ao galardoado ou ao seu representante em cerimónia pública e solene.

Artigo 6.º - Da constituição da Medalha de Honra

1 — A Medalha de Honra corresponde a um distintivo constituído por uma medalha em forma circular, com 5 cm de diâmetro e 2 mm de espessura.
2 — Na medalha consta: o brasão de Albergaria-a-Velha numa das faces e, na outra, a inscrição “Medalha de Honra” em alto -relevo. Nesta mesma face, será gravado nome da pessoa homenageada e a data da homenagem.

SECÇÃO II - Medalhas De Mérito

Artigo 7.º - Tipos e critérios de atribuição da Medalha de Mérito

1 — A Medalha de Mérito tem a versão em prata dourada.

2 — A Medalha de Mérito destina -se a galardoar as pessoas individuais ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, de cujos actos resulte aumento de prestígio para a Freguesia de Albergaria -a -Velha, melhoria das condições de vida da sua população ou contribuições relevantes no campo da ciência, do ensino, da cultura, da arte ou do desporto ou outra vantagem que mereça ser reconhecida.

Artigo 8.º - Da competência de atribuição

Compete à Assembleia de Freguesia, sob proposta da Junta de Freguesia devidamente fundamentada, a atribuição da Medalha de Mérito que deverá ser aprovada por maioria dos membros presentes.

Artigo 9.º - Da cerimónia de entrega

A Medalha de Mérito é entregue ao galardoado ou ao seu representante em cerimónia pública e solene.

Artigo 10.º - Da constituição da medalha de mérito

1 — A Medalha de Mérito corresponde a um distintivo constituído por uma medalha em forma circular, com 5 cm de diâmetro e 2 mm de espessura.
2 — Na medalha consta o brasão de Albergaria-a-Velha numa das faces e, na outra, a inscrição “Medalha de Mérito” em alto-relevo. Nesta mesma face, será gravado nome da pessoa homenageada e a data da homenagem.

Diploma

Canções de Natal


MÚSICA ESCOLA PROFESSOR / AUTOR

Já é Dia de Natal - EB1 de Cruzinha e Angeja - Mafalda Lopes
Este é o Natal - EBI SJL TB e TC - Nuno Silva
O Pai Natal - EB1 de Laginhas TA e TB e Telhadela - Cláudia Reis
Pai Natal na Chaminé - EB1 de Fontes e Laginhas TC e TD - Pedro Teixeira
Já é Natal, Nasceu Jesus - EB1 de Paus e Fial - Jonathan Costa

sábado, 20 de dezembro de 2008

Indicações Uteis

Indicações Uteis

Tribunal Judicial: Juiz de direito, exm.o sr. dr. João L. Correia de Bastos Pina.Delegado do Procurador da Republica, dr. Jaime Dagoberto de Melo; Sub-delegado, dr. José Paula de Lima; Contador, Antonio A. Souto Alves; Escrivães, Amândio de Miranda Cabral, José Dias Aidos e Carlos Pinheiro Mourisca.Oficiais de diligencias, Jose Rodrigues Castanheira, Carlos Rodrigues Castanheira e Júlio Rodrigues da Silva.

Juízo de Paz: Juiz, Antonio da Silva Geraldo; Escrivão, Afonso Rodrigues Castanheira.Assistência Judiciaria: Presidente, dr. Jaime Dagoberto de Melo Freitas. Vogais, dr. Abel C. da Silva Portal e Manuel d'Oliveira Campos.

Comissão concelhia d'administração dos bens das igrejas: Presidente, Joaquim Moreira da Silva; Secretario, Benjamin da Silva Valinho; Vogais: dr. Jaime Dagoberto de Melo Freitas, Joaquim Antonio Ferreira a João Rodrigues da Cruz.

Administração do Concelho: Administrador, Vicente Rodrigues Faca; Secretário, Manuel da Maia Mendonça; Amanuense, Fernando Henriques Pinheiro;Oficial. Benjamin da Silva Valinho;Regedoria: Regedor, Fernando Tavares Tinoco; Escrivão, Fernando Henriques Pinheiro

Municipio: Presidente, dr. Jaime Inácio Ferreira; Secretário Germano d'Araujo; Tesoureiro Eugenio Ribeiro; amanuense Augusto Pinheiro Mourisca.

(Médicos municipais) dr. José Homem Correia Teles, médico municipal e sub delegado de saúde por comissão.

(Aferidor de pesos e medidas): Aferidor, Augusto Pinheiro Mourisca.

Paroquia civil - Presidente, Alberico Ribeiro; Secretario, Fernando Henriques Pinheiro; Tesoureiro, Joaquim Moreira da Silva.

Repartição de Finanças - Secretario, Antonio dos Santos Lameiro;Tesoureiro, João F. de Pinho; Aspirantes, José Gil de Lemos e Manuel Machado; Fiscais dos impostos - Columbano Machado e Antonio Tavares da Silva; Execucções Fiscais - Paulo M. Pinto Vitor.

Registo Civil - Oficial, dr. José Nogueira Lemos; Ajudante, Manuel Silva

Conservatoria -Conservador, dr. Abel C. da Silva Portal; Ajudante, dr. José Paula de Lima.

Professorado Primario - escola masculina: Regente, Joaquim Antonio Ferreira; 2º lugar, João Gomes; Escola feminina: D. Octavia Leal Gomes.

Estação Telegrafo-Postal - Chefe, D. Maria Adelaide Moreira. Distribuidores : Hermenegildo Silva e José Bastos. Guarda-fios: Raul Rodrigues Terceiro e José Duarte Paulino.

Conservação das estradas - Chefe. Antonio José Pereira.

Entidades, comercio e indústrial local

Advogados - Drs - Abel C. da Silva Portal, Hernâni Cabral, Carlos Luiz Ferreira, Manuel Luiz Ferreira e José Paula de Lima.

Notários - Amândio de Miranda Cabral e Carlos Pinheiro Mourisca; Escrivão encarregado do registo criminal - Carlos P. Mourisca.

Médicos - Dr. José Homem Correia Teles.

Associação de Socorros Mutuos - A Operaria Albergariense: Presidente da Assembleia Geral, Amândio de Miranda Cabral; Presidente da Direcção, Manuel da Silva Pedro

Grémio Recreativo Albergariense - Presidente, Bernardino Máximo d'AIbuquerque. Directores: José Gil de Lemos, Eugénio Ribeiro e António Pinto.

Empresas tipográficas e jornalisticas - "A Democracia do Vouga": proprietário, João Luiz de Rezende; "Jornal d'Albergaria": proprietário, Alberico Ribeiro

Filarmónica Amisade Albergariense - Regente, Albérico Henriques Ribeiro.

Farmacias - Lemos & Filha e Joaquim Alcantara

Ourivesarias - João Luiz de Rezende e Miguel Marques Henriques.

Relojoarias - João Luiz de Rezende, Manuel da Silva Gordo e Miguel Marques Henriques.

Drogaria e materiais de construção - Viriato da Silva Vidal.

Fanqueiras e modas - Augusto Ferreira da Silva, Antonio da Silva Geraldo, Alberico Lemos e Francisco Ferreira da Silva.
Bicicletas - Manuel da Silva Gordo e Miguel Marques Henriques.
Mercearias e ferragens - Antonio Marques Pereira e José Pinheiro Mourisca.
Mercearias e tabernas - José Simões Ferreira, José Pinheiro Mourisca, Manuel da Silva Pedro, Antonio Henriques Ribeiro, Sebastião da Silva Pedro, Maria Pereira de Vasconcelos.
Mercearia, armazém de vinhos e restaurante - Bernardino Maria da Costa.
Hotéis - Antonio da Silva Geraldo (Hotel Vouga).
Casas de pasto - José Simões Ferreira, Manuel da Silva Pedro, Antonio Henriques Ribeiro e Manuel Pinto.
Mercearias - Manuel Fortunato d'Almeida Raimundo e Antonio de Pinho Costa.
Tabernas - Adelina Raimundo, Ana Terceira e Patricio Salgueiro.
Padarias - José da Silva Matos.
Depósitos de tabacos e fósforos - Antonio Marques Pereira.
Depósitos de farinhas e ovos - João Patricio Alvares Ferreira.
Logares de fruta - Rosa Caseira, Margarida Terceira, Maria Engracia de Jesus e Zulmira de Bastos Figueiredo.
Louceiras - Guilhermina Santiaguinha, Clemencia Rosa e Cecilia Pinheiro.
Cortadores de carnes verdes - Manuel José Soares.
Salsicheiros - José Matias Marques de Lemos.
Estancias de madeiras - Manuel de Lemos Alho e José Pinheiro Mourisca.
Automóveis de aluguer - Miguel Marques Henriques.
Alquilarias - Antonio Maria.
Agencias De seguros contra incendios - Vicente Faca e Germano de Araújo
Bancarias - Antonio Marques Pereira
Funerarias - José Pinheiro Mourisca, Alberico Lemos e Maria Mesquita
Construtores de carros - Patricio Luiz d'Almeida
Serrelharias - Pais & Fonseca.
Mestres de obras - Antonio Marques Pereira e Viriato da Silva Vidal.
Mestre de canteiros - Manuel Costa.
Correeiros - João Dias dos Santos
Obreiros de calçado - José d'Almeida Raimundo e Antonio dos Santos Júnior.
Alfaiates - Manuel da Silva Caixeiro, Manuel Martins e Antonio Marques de Lemos Alho.
Barbeiros - Fernando Tavares Tinoco, José Antonio Cabral, Anibal de Silva Reis, Vitor Manuel Ribeiro, Antonio Rodrigues Terceiro e Manuel José Soares.
Picheleiros - Antonio Rodrigues Terceiro e Abilio Rodrigues Terceiro.

Estabelecimentos fabris do concelho:

- Fabrica do papel do Prado em Valmaior: administrador. Arnaldo Guimarães
- Fabrica da polpa do Carvalhal: director, Eric Daniel Bergquist
- Fabrica de cerâmica de Angeja, de Francisco Correia Vidinha (Viuva).
- Fabrica de cerâmica na Biscaia: proprietário e gerente, José Correia Vidinha.
- Fornos de telha e tijolo - Manuel d'Oliveira Santos. Alquerubim. Francisco Correia Martins, Paus. Joaquim Gonçalves de Melo, Paus

Democracia do Vouga, 22 de Outubro 1915

Professorado Primário do concelho (1916)

Albergaria-a-Velha, sexo masculino: Joaquim Antonio Ferreira e João Gomes, Sexo feminino. D. Octávia Leal Gomes e Rosa da Anunciação Ferreira dos Santos

Sobreiro, mixta, D.Camila Ferreira dos Santos

Angeja, sexo masculino, Manoel Bismark e Fernando de Castro Sousa Mala. Sexo feminino, D. Ermelinda Cavaleiro Rodrigues

Alquerubim, sexo masculino, Manoel M. Mendes Leal e David Pereira Lemos. Sexo feminino, D. Dulce Pereira Lemos

Branca, sexo masculino, Manoel Pereira Moita e D. Manoela Rosa de Oliveira Moita. Sexo feminino. D. Maria Augusta Amorim

Valmaior, sexo masculino, Silvestre Mendes da Silva.Sexo feminino, D.Angelina Augusta de Oliveira.

Frossos, sexo masculino, José Gonçalves de Pinho Sexo feminino, D. Gloria Marques de Carvalho.
S João, sexo masculino, José Fernandes Matias. Sexo feminino, D. Maria da Luz da Rocha Leite

Pinheiro, mixta, D. Rosa Margarida de Oliveira Marques

Loure, mixta, D. Cristiana Fernandes Leal

Ribeira de Fragoas mixta, D. Maria José da Silva

Telhadela, mixta, D. Maria Valente d'Almeida.

Fonte: jornal Democracia do Vouga, Outubro 1916

Notas: Durante muitos anos houve escolas separadas para rapazes e raparigas. Nos locais menos populosos já existiam escolas mistas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Paroquias civis - 1916

Paroquias civis

Albergaria-a-Velha, presidente, Alberico Ribeiro
Valmaior, presidente, Joaquim Martins
Alquerubim, presidente, João Correia de Melo
Angeja, presidente, João Pereira Serrano
Frossos, presidente, Francisco Rodrigues Castanheira
Branca, presidente, Joaquim Rodrigues Leandro
S João de Loure, presidente, José Martins Ferreira
Ribeira de Fragoas, presidente, João Tavares Adao

Fonte: jornal Democracia do Vouga, Outubro 1916

Notas: As Juntas de Paróquia foram substituídas, poucos anos depois, pelas actuais Juntas de Freguesia.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Couto de Osseloa


ORIGEM DE ALBERGARIA-A-VELHA
A CARTA DO COUTO DE OSSELOA

«Este notável documento constitue a certidão de nascimento e de batismo de Albergaria-a-Velha e, mais do que isso, atribuem-se-Ihe ainda foros de maior valor para a nossa nacionalidade, considerando-o o primeiro documento em que Portugal figurou com o título de reino. [Alexandre Herculano, História de Portugal, 1.ª Edição, 1.º volume, pág. 244, em nota.]

Quando o bispo de Coimbra, D. Egas, em 1258, fez transcrever a Carta em pública-forma, para garantia da sua conservação, declarou que assim procedia por utilidade de Albergaria-a-Velha de Meigon Frio. E era Velha, certamente para contrapor a outra Albergaria de mais recente fundação, e que devia ser a Nova.

Cinco quilómetros a norte desta vila fica a povoação de Albergaria-a-Nova, ponto obrigado no itinerário da antiga estrada mourisca. Dois quilómetros abaixo desta povoação, a estrada ladeava a sudoeste em direcção a Assilhó.

A Albergaria-a-Nova convergiam mais duas vias de comunicação importantes: – uma era o caminho do Antuã (Estarreja) , e outra, na direcção oposta, seguia para leste a ligar com a Ribeira de Fráguas, Silva Escura, Sever do Vouga e Vale de Lafões, e para ligação das antiquíssimas explorações mineiras do Vale do Caima e do Braçal.
Compreende-se, pois, que os senhores da Feira mandassem ali pôr uma albergaria, como fizeram outros fidalgos, que as instituíram nas suas terras. Por outro lado, e conhecendo-se o extraordinário poderio dos fidalgos da Feira e a sua arrogância, é de admitir que, por soberba, fossem levados a dotar com uma albergaria o limite das suas terras, a defrontar, quase, a que D. Teresa aqui instituíra.

A Carta do Couto d' Osseloa seria um acto de espontânea defesa social e benemerência da rainha D. Teresa, ou haveria o propósito de recompensar serviços a ela pessoalmente prestados por Gonçalo Eriz?

Acerca deste ponto encontrámos uma antiga tradição, que António Augusto, nos seus apontamentos, expõe deste modo:

«Corre por tradição que a Rainha D. Tereza, passando pela Assilhó, se hospedara em casa de Gonçalo Eriz e de sua mulher Andreza Pires, e lá parira um filho, e por êsse motivo instituíra o Hospital, assegurando vastos territórios para benefício dos ilustres hospedeiros. Não consta, porém, que D. Tereza, a-pesar-das relações amorosas com Fernando Peres de Trava, tivesse algum filho depois da morte do Conde D. Henrique. Todavia, não repugna acreditar que ela então ali se hospedasse, pois neste ano de 1117 veio a Rainha a Coimbra, onde em Junho esteve cercada pelas fôrças do Emir de Marrocos, e, possivelmente, de regresso, demorou em Assilhó, d'onde tomou o rumo do norte, descansando em terras da Feira.»

A mesma tradição encontrámos em um documento de 1629, que mais ao diante publicamos na íntegra, e do qual extraímos esta passagem:

«Que provaria que a terra aonde estava situada a dita quinta do Fontão, que o embarcante possue, é de sua natureza dízimo a Deus, e por êste nome é denominada, e é privilegiada de rações e mais direitos, por mercê que fez a Rainha D. Tereza àquela terra, em agradecimento de Deus nela alomiar (sic) dum parto, como se tem por tradição verdadeira e antiquíssima.»

ANO DE 1117
Escreve-se, invariavelmente, que a Carta do Couto d'Osseloa é do ano de 1117, quando nos aparece datada de 1155. Indicaremos a razão da aparente divergência, que a muitos causaria confusão.

Em Portugal vigorou a era de César até 15 de Agosto de 1422, data em que D. João I ordenou fosse substituída pela era de Cristo, em harmonia com a reforma Gregoriana. Até então todos os documentos se datam, pois, da era de César, que começou 38 anos antes do nascimento de Cristo. De modo que, para se encontrar o ano de Cristo, que corresponda a outro da era anterior, basta deduzir a este 38 anos, diferença entre o início das duas eras.

OSSELOA
Osseloa, a que a Carta se refere, passou a denominar-se Silhó ou Assilhó, nome actual da pequena povoação que dista 200 metros desta vila. Em vários documentos do século XIX ainda aparece com o nome de Silhó.

Era ao tempo uma aldeia ou um casal, circunscrito, talvez, à casa solarenga de Gonçalo Eriz, habitada pelos solarengos que agricultavam as terras do fidalgo, fertilizadas pelas águas do regato de Osseloa.

Contra esta afirmação não faça dúvida a Carta designar Osseloa por villa, palavra que então tinha apenas o significado de Quinta, Granja, ou Casal nobre.

ACORDÃO DE 1629

O Ac. da Relação de 10 de Junho de 1629, proferido sobre questões em que se discutiam direitos a terras do Couto d'Osseloa, chamava-lhe villa d'Osseloa. Deu isso margem a ser-lhe dirigida a seguinte petição:

Dizem o procurador geral das Capellas da Corôa e António da Cunha, administrador do Hospital d' Albergaria-a-Velha, que nesta Relação estava sentenciado o tombo e demarcação dos Bens do dito Hospital pelo traslado da Doação que fez a Rainha D. Thareza em latim traduzido a linguagem, que foi achado no cartório da Villa d'Aveiro; e porque quem declinou o latim trocou a palavra villa, pondo-a como estava em latim, o que em latim quer dizer quinta, conforme a declaração da dita declinação em linguagem, se entendeu na Junta dos Feitos Reaes que no tempo que a dita Rainha fizera a Doação a Gonçalo Eriz era o dito sitio d'Assilhó .................. e achando-se o dito sitio d'Assilhó quinta, no tempo em que a dita Rainha fizera Doação dela, se julgasse o sitio por foreiro, etc.

Suprimimos a parte em que os peticionários demonstravam, a propósito da confusão de vila com quinta, pretender que o Tribunal alterasse a decisão no que mais ofendera os seus interesses. O Tribunal deliberou:

Acordam, etc. Deferindo à petição dos supplicantes, visto como na sentença se poz a palavra villa conforme o traslado da Doação em linguagem portugueza, e no original feito em latim a palavra villa se entende quinta, que então era o lugar e sitio d' Assilhó, mandam que aonde se diz villa se entende quinta; e no mais se cumpra com a reserva feita na dita sentença para se julgar no feito apenso sôbre a dita quinta, e o que se julgar se lançará no Tombo, e assim a Doação latina. Mando que as sentenças neste insertas se cumpram assim como se contêem. Dada nesta Côrte e Cidade de Lisboa aos 23 dias do mês de Julho de 1629. El-rei Nosso Senhor assim o mandou pelo Doutor Thomé Pinheiro da Veiga, do seu Desembargo e seu Desembargador dos agravos e juiz dos Tombos das Capellas do Reino em esta Côrte e Casa da Supplicação. Manuel de Freitas a fez.

(...)
TRADUÇÃO DA CARTA

A tradução da Carta mereceu-nos o maior cuidado. Confiando-a ao Sr. P.e Francisco Teixeira fixámo-la como segue:
Saibam quantos tiverem conhecimento da presente escritura, que, quando intentámos a reforma para utilidade de Albergaria-a-Velha de Meigonfrio, Dom Mourão, do burgo de Vouga, nos mostrou uma Carta não rasurada, nem viciada, nem cancelada, nem abolida, nem oferecendo dúvidas em qualquer das suas partes, a qual nós, por Gonçalo Mendes, nosso público tabelião, fizemos transcrever palavra por palavra, e reduzir a pública-forma, e cujo teor é o seguinte:

Em nome da Santa e Indivisa Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, Amen. Esta é a Carta de Benefício e firmeza de Couto, que eu, Infanta Dona Teresa, Rainha de Portugal, mandei fazer para ti, Gonçalo Eriz com destino à tua Quinta de Osseloa (Assilhó). Em primeiro lugar divido, por um lado, essa tua Quinta com a Terra de Santa Maria, a saber: – da estrada que desce de Portugal (Porto de Gaia) em direcção à Pedra da Águia (Bico do Monte ou Monte da Senhora do Socorro), e daqui pelo meio da Mata Talhada (ficava entre a Pedra de Águia e a Cruz de Canelas, e se denomina hoje Vale da Salgueira e Vale da Lage) em direcção à Mata da Ussa, que antigamente se chamava Mata da Brava, e daqui à Mamoa Negra que se chamava da areia, e daqui vai ao Romariz, e daqui, por outros terrenos, até ao têrmo do Vouga; na direcção de Romariz transpõe o regato de Osseloa junto à Charneca, seguindo em linha recta até ao ponto em que o terreno deixa de ter o mesmo plano (Usque in Directo), e daqui voltando para os vales de Osseloa e depois directamente à Fonte Fria, que outrora se chamava Fontinha de Meigonfrio, e daqui a par da estrada em direcção à Pedra de Águia supramencionada.

Aprouve-me, a mim, Infanta Dona Tereza, Rainha de Portugal, em boa paz, dar-te Carta de Couto a ti, Gonçalo Eriz, na Quinta de Osseloa (Assilhó) pelos limites referidos, a saber: – da própria Quinta até ao Padrão do Couto, que eu mandei colocar na parte norte à beira da estrada, (é conhecido ainda hoje pelo nome de Marco da Meia Légua), e assim outro tanto para o poente da Quinta, e para o sul na direcção dos vales de Osseloa, do outro lado do regato, e volta para a Fonte Fria junto ao Sobreiro assinalado, e dali atravessa o caminho para o Oriente, indo em direcção ao limite de Valmaior até ao Vale Pequeno, onde roubam e matam os viandantes, e dali, da primeira fonte situada abaixo da estrada, seguindo em direcção ao norte até ao padrão do Couto.

Desta forma, de hoje em diante, possuas este Couto, bem como aquele que da tua descendência for teu herdeiro da dita Quinta, e de pai e mãe de ti provenha, tanto por teres dado um açor a D. Mendo Bofino e um cavalo ao meu escudeiro Artaldo e um gavião a Godinho Viegas, como para uma Albergaria que vamos instituir neste lugar, ao cimo da estrada, para bem de nossas almas e das dos nossos pais, e nela metamos como Albergueiro a Gonçalo de Cristo, e, quando um tiver falecido, tu nomearás outros, e da tua herdade lhes darás onde trabalhem, a saber: – desde a primeira lagoa dos Sobreiros, no caminho que vai para Osseloa até à primeira margem do regato que decorre da estrada, estendendo-se pela mesma margem até à estrada; e dessa lagoa indo para a primeira Mamoa que está junto à estrada; tendendo para a Fonte Fria, e depois, do outro lado, no termo de Valmaior – cedamos, eu, tu e os nossos sucessores, acima do Padrão do Couto para o Oriente, até à primeira Fonte, abaixo da estrada, e daqui à primeira Fonte Fria.

Além disso, determinamos que paguem ao Albergueiro do Couto, aqueles que o ferirem, quinhentos soldos, e ele não pague calúnia em todo o meu reino, nem passagem (direito de trânsito), nem fique sujeito a quaisquer encargos (nenhum fôro); e além disso, Gonçalo Eriz, honro-te na tua Quinta, ordenando que todos os monteiros que, no termo dela, matarem veados, te dêem os lombos e a quarta parte, com excepção do rei; e os que matarem corça ou gamo te dêem cs lombos, e, se caçarem em terreno cultivado, te dêem metade, e do urso as mãos, e se afastem do Couto os caçadores de coelhos à distância da vista de homem de joelhos, com os olhos nem levantados nem postos no chão; e todos os que aí fizerem calúnia te paguem pelo fôro do Vouga, e aquele que violar as disposições deste Couto te pague seis mil soldos, e mantenha-se o Couto, – e se quiseres utilizar-te do meu Mordomo para receberes aqueles seis mil soldos, dar-lhe-ás a terça parte, mas não por fôro, e não entre no teu Couto se não for da tua vontade.

E, se alguém da minha descendência, ou eu ou o Rei, quiser anular este meu acto, seja maldito até ao fim dos séculos, e aquele que o beneficiar seja bem dito e toda a sua geração; e todos os homens de Vouga que honraram este Couto participem da boa hospitalidade da Albergaria. Confirma P., Bispo do Porto. Esta carta foi lavrada nas terras de Santa Maria, a que chamam Feira, no mês de novembro, era de 1155. Eu, Infanta Dona Teresa, Rainha de Portugal, que mandei passar esta Carta a ti, Gonçalo Eriz, como acima se deixa dito, e de minha mão a firmei.

Foram presentes: – Mendo, escrivão privativo da Côrte que a fez. – Dom Pedro Gonçalves, confirmo, – Dom Mendo Bofino, confirmo, – Dom Velasco Ramires, confirmo, – Dom Godinho Viegas, confirmo, – Didaco Osório, confirmo, – Dom Gonçalo Truitzendo, confirmo. O Armeiro Nuno Soares, viu. Pelágio Scapulado, confirmo. Artaldo testemunha, Pedro, testemunha. – Pelágio, testemunha, Gonçalves, testemunha, João testemunha, Garcia, testemunha. Sinal público em cruz, com as letras – Rainha Dona Teresa. Rainha.

E para que a dita carta, com o decurso do tempo, não venha a oferecer dúvidas, nem desapareça, com dano para a mesma Albergaria, a fizemos conferir na presença de homens bons, e, além disso, depois de firmada com o nosso próprio selo, a fizemos arquivar cuidadosamente no Tesouro da Igreja Catedral de Coimbra. E eu Gonçalo Mendes, Tabelião público na Cúria do supradito Prelado, fiz a leitura pública da referida Carta, e a examinei como acima fica dito, e a transcrevi palavra por palavra, e por meu punho a reduzi a pública-forma, e lhe apus o meu próprio selo. Feita na Igreja de Santa Maria de Lamas, 13 Calendas de Maio, era de 1296.»

[Albergaria-a-Velha e a seu Concelho – Dr. António de Pinho]

NOTAS:
A Mamoa Negra é constituída por um abundante jazigo de areia saibrosa, empregada em argamassas e em adobes. É na Afeiteira, também conhecida por Cabana, no limite de Angeja, como refere a última demarcação do Couto. Este local da linha poente do Couto, entre o monte da Ucha e Romariz, é cortado pela estrada n.º 8, 1ª de Aveiro a Viseu. Dali parte a estrada municipal para o lugar do Fontão. O marco está dentro duma terra de lavoura, próximo do ângulo formado por estas duas estradas. Limita agora as duas freguesias.

O sítio de Romariz, a que a Carta se refere, era sobranceiro ao Cubo, próximo donde havia a barca d' Angeja. O monte de Romariz, ainda com esse nome, acompanha a margem esquerda do regato de Assilhó (Osseloa), desde a sua curva ao fundo do Vale do Ribeiro, a leste do pontão do Porto das Éguas, até à Várzea de Angeja.

No antigo sítio da Charneca formou-se uma povoação razoável de gente laboriosa, predominando moleiros e padeiros: – é o lugar do Fontão, onde tem excelente vivenda, com capela e muitas rendas, o Sr. Dr. Augusto de Castro, actual director do «Diário de Notícias». Em Frossos, e próximo do Fontão, existe ainda um sítio com a denominação de Charneca.

Os Vales d'Assilhó são, além do Vale do Ribeiro, o Vale de Grama e o Vale da Vermelha. O Vale do Ribeiro toma a direcção norte-sul até ao fim do Campo do Ribeiro, próximo do Porto de Éguas, e ali inclina a poente sobre o lugar das Frias de Cima, seguindo para os das Frias de Baixo, Regada, Biscaia, Fontão e Angeja, e tem a sua foz no Pupinho. O Vale do Ribeiro é a continuação do Vale do Couto, que tem a sua origem na falda poente da colina do Bico do Monte (antiga Pedra da Águia). (Patrício Teodoro, na Gazeta de 25-11-1934).

O Vale Pequeno começava ao fundo do terreno de cultivo da actual Quinta da Boa Vista, e ia até ao lugar do Reguengo de Valemaior. Era por aí que seguia, quase, o trajecto da antiga estrada vinda de Viseu e Vale de Lafões, e que desembocava onde é hoje a Praça D. Teresa, ali se vendo a viela, restos da antiga estrada. Isto até se abrir a nova estrada para Viseu, iniciada em 1870, e que, em 1872, ia além de Pessegueiro da Vouga.

N.º 2 Publicação Semestral da Junta Distrital de Aveiro Dezembro de 1966

Ponto de vista fonógico / filologia


Fonologia Mirandesa I - José G. Herculano de Carvalho
separata de Biblos. vol. 36, 1958
Estudos Linguísticos - José G. Herculano de Carvalho
Edição de Atlântida, 1973

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O ponto de vista fonógico foi depois já aproveitado na monografia de Hirondino da Paixão Fernandes, mencionada na nota 22; e numa outra, ainda não apresentada mas já concluida, de Maria Aldina dos Santos Frias, sobre Alquerubim.

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Imagens (8)


Folheto da Região de Turismo Rota da Luz - capa com imagem da igreja de Angeja