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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Recolha de tradições

noticia do Diário de Aveiro
Albergaria-a-Velha participa em projeto regional de recolha de tradições

O Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha está a colaborar no projeto regional Aveiro e Albergaria ligados pela Ria, coordenado por investigadores do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro. O projeto, que partiu da iniciativa do Grupo Etnográfico e Cénico das Barrocas, foi um dos vencedores do primeiro Orçamento Participativo Portugal, realizado a nível nacional, em 2017.

Aveiro e Albergaria ligados pela Ria visa fazer o levantamento exaustivo das tradições socioculturais dos concelhos de Aveiro e Albergaria-a-Velha. Esta informação detalhada será posteriormente disponibilizada às associações culturais, enriquecendo o seu espólio e permitindo um melhor trabalho de promoção das memórias e costumes junto das populações e turistas.

O Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha e o Grupo Etnográfico e Cénico das Barrocas assumem-se como “perpetuadores de tradições”, um papel central na manutenção e consolidação das tradições relacionadas com as festas, sons e trajes. A sua ação passa pela recolha e promoção etnográfica, num esforço de continuidade e preservação.

O Município de Albergaria-a-Velha tem apoiado o projeto em termos logísticos e de cedência de materiais. “É um projeto pioneiro, que vai ser alargado a outras regiões do País”, refere Delfim Bismarck, Vereador da Cultura. Para o autarca, estamos perante um trabalho bastante abrangente a nível cultural e etnográfico, na medida em que contempla manifestações festivas, sons e trajes. “Em boa hora Albergaria-a-Velha se associou ao projeto”, salienta.

Aveiro e Albergaria ligados pela Ria conta ainda com o apoio do Ministério da Cultura e da Direção Regional de Cultura do Centro.        

CMAAV, 30/11/2018

Apresentação dos resultados do Projeto LIRA

Dia 26 de novembro, às 14h30, no Auditório Mestre Hélder Castanheira - Auditório da Livraria
Revelação dos resultados do Projeto LIRA

A 26 de novembro, às 14h30, realiza-se, no Auditório Mestre Hélder Castanheira - Auditório da Livraria da Universidade de Aveiro (UA), o ato público de apresentação dos resultados do Projeto LIRA.

Este projeto, realizado por pesquisadores do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da UA, em parceria com o Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha e o Grupo Etnográfico e Cénico das Barrocas, tem origem numa das propostas vencedoras do primeiro Orçamento Participativo Portugal realizado a nível nacional, em 2017, e tem feito o levantamento das tradições socioculturais dos concelhos de Aveiro e Albergaria-a-Velha, com o intuito de contribuir para o enriquecimento do espólio das associações culturais dos referidos concelhos, para que estas possam continuar o trabalho de promoção das tradições junto das populações e turistas.
Esta sessão pública contará com a participação de representantes dos dois grupos parceiros, bem como da Senhora Diretora Regional da Cultura, Dra. Celeste Amaro, e com representantes da Secretaria de Estado da Cultura.

UA, 21/11/2018

(Resumo do Orçamento Participativo)

Numa região aquática, estes concelhos estão unidos pelo Rio Vouga, no seu percurso descendente para as águas do Atlântico. Vindo do Alto da Serra da Lapa, em Viseu, forma, na foz, esta bela laguna a que chamamos Ria de Aveiro. Estas águas, de múltiplos recursos, originaram o modus vivendi destas gentes.

Desde "estrada" para mercantéis e bateiras levando e trazendo o sustento do litoral para a zona serrana, à pesca, à extração de sal, à agricultura, à silvicultura e, hoje, pela sua identidade e singularidade, à motivação para uma escolha turística. Mas o turista quer mais: quer ter acesso às vivências, às artes e ofícios, à religiosidade dos seus habitantes, à sua história - à sua história sociocultural. Aqui, deverá caber às associações culturais destes concelhos, herdeiras dos saberes de outrora e da sua preservação, a função de não deixar que a tradição, as nossas raízes culturais, acabem, mas sim, contribuir para a sua manutenção e divulgação, sem esquecer a necessária inovação.

Esta é, sem dúvida, uma mais-valia para as autarquias locais, um contributo das associações para os seus serviços de cultura. As associações, nas suas diferentes valências-etnográfica e folclórica, através de cantares teatral ou audiovisual, em recriações históricas podem ter, igualmente, um papel didático e pedagógico, assim como proporcionar o relembrar de antigas vivências aos mais velhos. Unidos pelo Vouga, Aveiro e Albergaria concelhos fronteiriços, com as suas semelhanças e diferenças, constituem um produto cultural de grande riqueza, assim como um contributo científico, económico e social e de complementaridade.

Neste contexto, propomos que seja apoiado um trabalho de levantamento exaustivo das tradições socioculturais dos concelhos de Aveiro e Albergaria - dos seus trajes, ofícios, danças e cantares, cujo resultado seria disponibilizado às associações culturais, para estas poderem enriquecer o seu património tangível e intangível e promover a sua divulgação junto das populações e dos muitos turistas que cada vez mais nos visitam.

NOTA DE ANÁLISE: Previsão de custo: cerca de 50.000, considerando o levantamento de conteúdos, a implementação de plataforma de gestão e divulgação e apresentação pública, em cada um dos municípios dos resultados do projeto; Prazo de implementação após apresentação pública do projeto: 6 meses; Tempo de duração do projeto: 1 ano.

OPP 

Aveiro e Albergaria ligados pela Ria" é uma ideia do cidadão Antonino Viegas Gomes a desenvolver durante um ano

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

1992:Carnaval de Albergaria


Nos anos cinquenta Albergaria-a-Velha ostentou e sustentou o maior Carnaval do Pais. Não havia a predominância das viaturas de hoje, mas mesmo em carros de bois fizeram-se coisas verdadeiramente fantásticas que hoje só as fotografias amarelecidas pelo tempo faz saudade.

Com o advento de outros Carnavais Albergaria-a-Velha foi atirada para trás das costas e a carolice acabou por cair de madura.

No entanto o bichinho continuou a minar e não houve vacina que o matasse.

Daqui apareceu e ressurgiu o Carnaval albergariense que vai já na sua 6ª edição e tem vindo a deliciar os muitos turistas ou simples visitantes que nesta época vêm a Albergaria.

De ano para ano a festa tem vindo a ser cada vez maior. As pessoas empenham-se a valer e os carros alegóricos muito bem apresentados e bem enquadrados por grupos de samba, que este ano prometem trajar e vir para a rua, copiando o Brasil em toda a pujança carnavalesca e cobrindo apenas as vergonhas que fazem corar. O resto fica a nu, que é bem bom.

Mas este ano há uma novidade. As escolas e os jardins de infância juntaram-se e as crianças, que também elas têm dado ao Carnaval um toque de graciosidade, resolveram jogar na antecipação. E o dia 23 vai trazer a Albergaria-a-Velha um movimento desusado, porque só há duas vezes no ano: Domingo e terça feira de Carnaval, ou, melhor, dias 1 e 3 de Março.

Enfeites variados, dichotes escritos, carros com apresentação e a dizerem que sem as crianças o Carnaval de Albergaria seria bem diferente.

A cor, o desfile a dizer que criança também é gente e que quando chegar o dia grande, haver vamos quem dá mais cartas.

Albergaria-a-Velha revigora-se, vive o Carnaval como não acontece em outra terra e a gente de palmo e meio a dizer que está aqui para as curvas, ela que não conhece ainda o Carnaval da vida. Mas que vale a pena visitar a nossa vila na quadra carnavalesca, não tenham dúvidas. Como aperitivo fica por certo e a contento o próximo dia 23, venha ter connosco se for capaz de nos reconhecer, mas fique com a lembrança de que viu o maior Carnaval do distrito. Verdade, verdadinha, vá por nós se quer viver a verdadeira vida, rindo-se a bandeiras despregadas. O Carnaval começa aqui... em Albergaria-a-Velha.

A. J. VINHAS, O Aveiro, 13/02/1992

CARNAVAL DE ALBERGARIA É MESMO A SÉRIO

Albergaria-a-Velha tem pergaminhos quanto ao Carnaval. Esta gente é danada pr'a brincadeira como diria o Herman. Já foi mesmo o melhor Carnaval do pais. Entrou em decadência e agora o pessoal cá do sítio agarrou-os a valer. Em 5 anos tem crescido a olhos vistos e até já tem honras da TV.

Este ano a coisa promete. Os pequerruchos ajudados pelas professoras, pais e encarregados de educação querem ter o seu Carnaval.

E assim no próximo dia 26 de Fevereiro à tarde sai tudo para a rua. Ideias não faltam e a criançada vai divertir-se à brava. E não só porque os adultos, esses não vão perdoar, e com o Rei Momo, grupos de samba, carros alegóricos. batalha de flores, vai ser de arromba, Visitar Albergaria-a-Velha pelo Carnaval é assistir por certo ao melhor do melhor. Nós prometemos a reportagem, antes e depois. Venha até cá, quem sabe se vai ficar na fotografia? Experimente... e depois se verá.

JOSÉ VINHAS / O Aveiro, 06/02/1992

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Carnaval Albergariense em exposição no Museu da Cidade – Aveiro


Até ao dia 29 de fevereiro, está patente, no Museu da Cidade, em Aveiro, a exposição “Carnavais da Ria – Mostra de Carnaval dos Municípios da Ria”, que conta com uma secção dedicada ao Carnaval Albergariense.

Dos objectos e documentos expostos, cedidos pela Câmara Municipal, o visitante pode encontrar caretos concebidos por crianças e idosos no âmbito do Concurso de Entrudos, notícias de jornais antigos, um cartaz de 1954 e um postal do Carnaval de 1936, retratando a passagem do carro alegórico Alba pelo Edifício dos Paços do Concelho.

Para além de Albergaria-a-Velha, esta mostra conta com material dos Municípios de Ílhavo, Ovar, Estarreja, Aveiro, Águeda, Sever do Vouga e Murtosa. Trajes carnavalescos, máscaras, cartazes, fotos e os famosos cabeçudos compõem um conjunto tradicional, “que reflecte modos de vida, expressões culturais, crenças e costumes regionais, e que, simultaneamente, fomenta o conhecimento.”

CMA, 10/02/2012

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Capela de N. S. do Socorro


Fachada da Capela de N. S. do Socorro, na primeira década do Séc. XX.
(livro "Imagens do Passado")
Blog sobre o Monte do Socorro http://montedosocorro.blogspot.com/

domingo, 2 de maio de 2010

Maias

[na] freguesia de Albergaria-a-Velha, onde esta tradição [Festa das Maias] teima em resistir.

Numa contagem rápida e unicamente tendo em conta as principais artérias de parte da freguesia, foi possível contabilizar na manhã do dia 1 de Maio deste ano de 2003, cerca de 75 casas com coroas de giestas e flores penduradas nas portas ou janelas, das quais as fotografias que se mostram são meros exemplos, e cerca de 90 outras casas em que os simples ramos de giestas tinham sido espetados nas portas ou janelas. Esta quantidade, que peca por defeito em relação à totalidade dos casos que se poderiam contabilizar, é de alguma maneira surpreendente e, segundo sabemos, não encontra paralelo em mais nenhum concelho ou freguesia desta região.

Pelo valor da tradição e pela beleza que acaba por trazer às casas e às ruas, achamos que seria um costume a valorizar e porventura a incentivar, para que assim se possa evitar o seu desaparecimento.




Merlim

Ernesto Veiga de Oliveira descreve com rigor esse costume do povo português que
tem algumas nuances regionais. Segundo ele, o 1º de Maio é o Dia das Maias e comemora-se em Portugal, de um modo geral, pela oposição das «Maias», ou seja, de giestas ou flores, sob diversas formas, em portas e janelas e noutros locais. Ao contrário de outras regiões, em Trás-os-Montes surge ao lado de outras práticas, que são independentes mas de significações convergentes.

(...)

Isabelita
retirado de Fórum Portugal-On-Line - Usos e Costumes

sábado, 6 de março de 2010

Ribeira de Fráguas - a sua história

Está agendada para as 21.00h do dia 13 de Março, na sede da Junta de Freguesia da Ribeira de Fráguas, a apresentação do livro "Ribeira de Fráguas - a sua História".

Edição patrocinada pelo Centro de Dia para Idosos da Ribeira de Fráguas - CEDIARA.

O mencionado estudo foi realizado pela Dra. Nélia Oliveira e Nuno Jesus, ambos com trabalhos publicados na área da micro-história, Branca e Telhadela, respectivamente.

Após vários anos de pesquisa, chegou o momento de apresentar aos cidadãos do concelho de Albergaria-a-Velha, e em particular da Ribeira de Fráguas, esta monografia, cuja viagem pelo tempo se inicia na Idade do Ferro, passando pela Idade Média, até ao presente.

A história factual da freguesia da Ribeira de Fráguas, é narrada por ordem cronológica [de 1100 até 2009], de forma a facilitar a sua compreensão ao mais abrangente número de leitores, pois este trabalho foi delineado com o propósito de ter uma função pedagógica, transversal às várias gerações existentes, dos avós aos netos. O registo fotográfico, não foi descurado, no livro estão registadas dezenas de fotos, quase todas inéditas, algumas remontam às primeiras décadas do século XX.

http://telhadela.blogs.sapo.pt/
(versão alternativa da capa)

Em termos sociais e de vida quotidiana, não há dúvida de que a vivência religiosa teve sempre um papel importante no dia-a-dia da comunidade. Na verdade, o acontecimento mais marcante que os autores identificaram, quer pela impressão que deixou nos habitantes, quer pela mobilização popular que desencadeou, foi o incêndio da antiga Igreja Paroquial, em 1953.

Numa época em que os recursos não abundavam, o pároco da altura, Padre Raúl, foi incansável na angariação de fundos para a construção de uma nova igreja, tendo mesmo instituído o “Cortejo da Telha”, em que cada pessoa contribuía com uma telha para a cobertura do templo.

CMA


O livro inclui um prefácio da autoria da Professora Maria Alegria Fernandes Marques.

Autores

Dra. Nélia Oliveira é autora do livro "Auranca", monografia sobre a freguesia da Branca, e do livro sobre o Cine-Teatro Alba.

Nuno Jesus é um entusiasta pela etnografia e História local. Foi um dos autores do livro sobre "Telhadela".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Exposição Tradições de Natal


Exposição Iconográfica “Histórias dos Meus Avós – Tradições de Natal em Albergaria-a-Velha”

de 2 até 31 de Dezembro
Organização: Projecto Despertar

Local : Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Requalificação do Monte da Senhora do Socorro


Fazer do Monte da Senhora do Socorro um espaço público de lazer, sem perder a sua função principal que é a religiosa, é o principal objectivo de um projecto que a Câmara Municipal elaborou, a pedido da Irmandade da Nossa Senhora do Socorro.

Promover o turismo religioso e potenciar o local, que é pertença da Diocese, de grande qualidade paisagística, são outros dos objectivos, de acordo com João Agostinho, presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha.

“A Câmara Municipal ofertou o projecto que é bastante ambicioso, mas que se for equilibrado poderá servir a Igreja e a comunidade”, explica o padre Querubim que acrescenta: “Por envolver o santuário é preciso que as coisas avancem com mais calma”. “No momento, o projecto está muito parado porque não há possibilidades económicas e existem indefinições que não permitem avançar para já com o projecto”, adianta o padre Querubim.

(Leia a notícia na íntegra na edição da 1.ª quinzena de Março de 2008 do Beira Vouga)

Fernanda Ferreira, Beira Vouga, 29/02/2008

Nossa Senhora do Socorro


Arrasta-se no tempo o hábito da romaria à colina do Bico do Monte, em Albergaria-a-Velha, onde todos os anos se realizam as festas em honra de Nossa Senhora do Socorro.

Reza a tradição que, no dia 15 de Agosto ou imediatamente no Domingo seguinte, milhares de devotos se desloquem ao santuário erguido na confluência das freguesias de Albergaria-a-Velha, Branca e Valmaior para prestarem homenagem à santa que terá ajudado a população a livrar-se de uma peste em meados do século XIX.

A peregrinação domingueira é acompanhada por uma missa solene ao fim da manhã, logo seguida de uma procissão na avenida que está em frente ao santuário com a imagem de Nossa Senhora do Socorro. A parte da tarde costuma ser preenchida com um concerto de uma banda filarmónica, complementado com uma recitação do rosário. Para finalizar este dia, o espaço transforma-se num centro de convívio, com espaço para o farnel e para a venda de vários tipos de artigos, desde os doces ao calçado.

Na segunda-feira, tem lugar uma merenda ao meio-dia e a parte da tarde volta a ser animada por nova banda, antes da eucaristia. As festividades terão adoptado estes moldes há cerca de duas décadas.

Pedro José Barros / O Aveiro

Imagem: postal da década de 1940

sábado, 11 de abril de 2009

Queima do Judas - Fial

Às 21.30 o espéctaculo
Vai começar e temos
todos os condimentos
para vos agradar

Pois é aqui no Fial
Neste pequeno lugar
Que Judas vai ser julgado
Por crimes e rebeldias que andou a praticar

Faça frio ou calor
Ou até esteja a chover
O que é certo é que você
Esta tradição não pode perder

Nesta Queima de Judas
Todos queremos animar
Mesmo aos que venham de fora
E não só ao povo do lugar

E para acabar em beleza
Toda esta animação
O fogo preso e de artificio
Conclui mais uma tradição

Temos comédia, música
Luz, calor e alegria
Agora para tudo corra bem
Só precisamos da vossa companhia

Durante a noite
temos tasquinhas a trabalhar
Onde o bom vinho, as feveras e o caldo verde
também não vão faltar

-

Tradicional Queima do Judas
Dia 11 de Abril (Sábado de Aleluia)
Fial - Alquerubim

saber mais

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Monte do Socorro

O Pároco, Sr. Padre Francisco Teixeira, com o propósito de obter uma base segura para o aformoseamento do Monte e construção dum Santuário grandioso, encarregou certos arquitectos de elaborarem um projecto de obras vastas. Existe o projecto, embora sem forma definitiva.
Delineiam-se parques, traçam-se escadarias monumentais, indicam-se lagos, etc. O que não existe é dinheiro que baste para qualquer dessas obras.

Cremos que cumpre, primeiro que tudo, explorar as águas abundantes em ponto acessível e que poderia ser fixado por um vedor de confiança. Isso é essencial, tal como as boas estradas.
Lembra-nos, a propósito, que fomos, há dias, ao Monte do Socorro, com vários amigos, que nos haviam informado de que encontraríamos lá o que ainda não conhecíamos. Ao regressarmos e a poucos metros já da via férrea que atravessa a Avenida, passou velozmente a automotora em demanda de Espinho e que nem nos saudou com o menor aviso, ou um mero cumprimento.

Confiamos em que a protecção da Virgem do Socorro não falte aos crentes para os livrarem dos apuros dum grave desastre. São os nossos sinceros votos.

Regressando ao futuro.

Entendemos necessário e urgente que se reserve um largo espaço para parque de estacionamento das centenas de veículos que ali afluem. O terreno deve ser vasto e terraplanado.

Não ocultamos a nossa aversão ao eucalipto para arborização definitiva do monte. Árvore para proveito e boa receita, mas com vários inconvenientes. O primeiro denuncia-se já por interceptar a vista do extraordinário panorama que é a melhor recomendação do local. Acresce que é uma árvore feia e que é uma esponja para o terreno onde as raízes se infiltram. Com elas a água desaparece. Há que tosar já os que prejudicam a vista do largo horizonte, bem como os do fim da Avenida, que ocultam a capela aos que por ali transitam.

Indubitavelmente há muita coisa a fazer não só para comodidade atraente dos romeiros, mas para os forasteiros e para a população da vila, que há-de sentir orgulho em recomendar aos seus amigos uma visita ao Bico do Monte, que tantos nos invejam e cobiçam e que nós temos quasi desprezado.

Há-de construir-se o Santuário, pouco depois de se descobrir um manancial de água e da conveniente reparação ds vias de comunicação. Para isso é necessário criar uma robusta fé na Senhora do Socorro e levar essa fé a todas as almas, de modo a encararem a sério o alto valor que representa para a nossa terra o aformoseamento do Monte do Socorro.

Façamos intensa propaganda lá fora e cá dentro; - digamos, como o poeta Correia de Oliveira, que é ali um sanatório e imaginemos que vemos já lá um Hotel de Turismo. Por enquanto é imaginário, mas, mais cedo do que se julga, veremos elevarem-se ali as suas linhas arquitectónicas.

Não olhemos para o passado; - encaremos de frente o futuro, que pertence só aqueles que trabalham, dominados por grande força de vontade e impelidos por um forte entusiasmo pela grandeza de Albergaria.

1 O texto apresentado foi transcrito de uma brochura datada de Agosto de 1950 e assinado por A. de P. [Dr. António de Pinho]

sábado, 16 de agosto de 2008

Imagens (2)

Nossa Senhora do Socorro

Saber mais: Texto - Artigo 1 - Artigo 2