quinta-feira, 26 de março de 2015

Novos Arruamentos

ÁREA/ESPAÇO ABRANGIDO

Foi incluído na zona de intervenção 3, a Praça Fernando Pessoa, a Rua Prof. Egas Moniz e a Rua 25 de Abril.

ESTADO ATUAL/PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO

Esta Unidade de intervenção insere-se no “coração” da Cidade, corresponde a uma centralidade urbana onde a função residencial “convive” com um nível de densidade significativa de atividades comerciais, de serviços e equipamentos públicos estruturantes, tais como o Centro Escolar, Piscinas Municipais, Centro de Saúde, equipamentos desportivos e a incubadora de empresas.

A Praça Fernando Pessoa constitui o elemento “âncora” para o desenvolvimento das áreas que lhe são adjacentes, para, por contágio, espalhar a concretização de novos padrões urbanos para toda a malha urbana.

Esta área tem vindo a ser descaraterizada nas últimas décadas pela desqualificação do parque edificado (edifícios de fraca qualidade arquitetónica e construtiva), degradação das vias, deformação e mau estado de conservação dos passeios e faixas de estacionamento, iluminação pública desajustada, arvoredo descaracterizado, sem conforto para a permanência de pessoas.

A dimensão e a função urbana da Praça (e respetiva envolvente) justificam uma intervenção integrada ao nível do ordenamento e estruturação do tecido Urbana.

ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO

A estratégia de intervenção sobre esta unidade deve incidir preferencialmente nas seguintes preocupações: 

. Desenvolver / incrementar uma imagem urbana que traduza o contexto de modernidade próprio dos lugares centrais;
. Estabelecer a articulação / ligação com outras centralidades;
. Promover condições de atratividade que favoreçam a fixação de pessoas e atividades num ambiente de sociabilidade / vivência urbana qualificada;
. Compatibilização entre diferentes modos de circulação prosseguindo objetivos de “acessibilidade universal” privilegiando os tipos de pavimentos adequados, e disciplinando as questões do estacionamento, favorecendo os modos de circulação ciclo/pedonal;
. Reestruturação dos principais sítios / lugares de encontro e de sociabilidade urbana (largos, praças, jardins), criando condições que promovam a animação e vivencia urbana (atraindo e fixando pessoas e atividades);
. Instalação / modernização de mobiliário que favoreça a afirmação de uma imagem urbana mais qualificada e a inclusão social;
. A qualificação ambiental da área, dispondo elementos de recolha dos lixos dentro do quadro geral da cidade, ao mesmo tempo que se promove a organização dos espaços verdes em função da estrutura arbórea existente;
. A valorização de elementos patrimoniais, e outros que constituem referências marcantes da memória e história da Cidade;
. A valorização da estrutura edificada promovendo obras de reconstrução, remodelação, recuperação e conservação;
. Criar zonas de estacionamento na zona envolvente.

fonte: PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA [ARU]  DA ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE ALBERGARIA-A-VELHA (MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA) - Janeiro 2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Áreas de Recuperação Urbana

Câmara de Albergaria-a-Velha lança duas Áreas de Recuperação Urbana

A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha criou duas Áreas de Recuperação Urbana (ARU), uma na área da cidade, a outra na Vila de Angeja, onde pretende efetuar obras de regeneração nos espaços públicos, convidando os privados a intervir através de benefícios e incentivos.

A ARU de Albergaria-a-Velha identifica um conjunto de imóveis de interesse patrimonial e define seis unidades de intervenção, que correspondem aos “principais espaços de vivência urbana” da cidade. São elas a envolvente das ruas de Santo António, Avenida Napoleão Luíz Ferreira Leão, Rua do Hospital e Rua Mártires da Liberdade; a envolvente da Rua Eng.º. Duarte Pacheco e Rua Dr. José Henriques; a envolvente da Praça Fernando Pessoa e das ruas Prof. Egas Moniz e 25 de Abril, zona conhecida por “Novos Arruamentos”; a envolvente da antiga Fábrica Alba; a envolvente da Alameda 5 de Outubro e do Jardim da Praça Ferreira Tavares, que foi alvo de intervenção recente, ainda a decorrer; e a envolvente da Rua Gonçalo Eriz e Bairro das Lameirinhas.

O vereador do Urbanismo, Delfim Bismarck, refere que a criação da ARU em Albergaria “é uma forma de ir ao encontro de apoios comunitários e promover a participação dos privados, que vão ter acesso a um conjunto de incentivos e benefícios”. O objetivo central da ARU de Albergaria-a-Velha, tal como em Angeja, é criar condições de atração e fixação de população no centro, mas também de atividades de comércio e serviços.

A ARU define um conjunto de benefícios fiscais e financeiros dirigidos aos particulares que queiram intervir no seu património. Nos benefícios fiscais, o plano define a possibilidade de redução de IMI até um limite de 50%, isenção de IMT nos casos de aquisição para habitação própria e permanente, dedução à coleta no caso do IRS, taxa reduzida nas mais-valias da venda de imóveis inseridos na ARU e IVA de 6% nos materiais a aplicar em obras de reabilitação. Nos benefícios financeiros estão previstos a redução para metade nas taxas de entrada e apreciação de obras, redução de 10% na emissão de alvará, prevendo-se ainda outros incentivos com a aprovação da Operação de Reabilitação Urbana, que configura o plano operacional de execução de obras.

As ARU de Albergaria-a-Velha e Angeja já foram aprovadas em Assembleia Municipal e aguardam publicação em Diário da República. Mais informações aqui.

CMA, 24-03-2015

terça-feira, 24 de março de 2015

Novo PDM de Albergaria-a-Velha

Novo PDM de Albergaria-a-Velha amplia área destinada a atividades económicas

Com a entrada em vigor do novo Plano Diretor Municipal, o Município de Albergaria-a-Velha vai aumentar a área destinada a atividades económicas em mais de 50 por cento, lançando mesmo uma nova zona industrial.

Vocacionado para o desenvolvimento do concelho e com um caráter orientador, o novo PDM amplia a área destinada às atividades económicas em mais de 250 hectares, com um considerável alargamento da Zona Industrial de Albergaria-a-Velha. Mas é igualmente criada a Zona Industrial de Soutelo, na freguesia da Branca, que tem como base a participação pública de um grupo de empresários que mostraram interesse em fazer investimento imediato. O PDM define também um regime de simplificação em processos de instalação de empreendimentos considerados estratégicos.

A regeneração urbana e a valorização do património existente são outras das linhas orientadoras do Plano Diretor. É definida a criação do Parque Molinológico, uma forma de integrar os cerca de 350 moinhos existentes no concelho na Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha, e relocalizado o Parque da Cidade, permitindo a criação de pistas cicláveis entre as freguesias.

Com o objetivo de criar uma centralidade nos pequenos núcleos existentes nas zonas rurais, o PDM estabelece uma nova classificação de solo – a Área de Edificação Dispersa – que permite a instalação de pequenos estabelecimentos comerciais e outras atividades de apoio aos aglomerados em solos  rurais. O documento define ainda um período de dois anos para legalização de construções não licenciadas.

O PDM agora em vigor, que foi aprovado em Assembleia Municipal em novembro do ano passado, vem revogar o anterior, de 1999, e o Plano de Urbanização de Angeja, de 2008.

CMA, 09/03/2015


domingo, 22 de março de 2015

Portal de Telhadela

https://portaldetelhadela.wordpress.com/

Esta página não será mais do que um olhar pessoal sobre a aldeia de Telhadela. No entanto será uma espécie de fundo local, onde poderá ser obtida toda a informação sobre o que se passou, o que se passa e que se passará na aldeia de Telhadela.

sábado, 21 de março de 2015

Bairros e ruas de Albergaria-Velha - 1828

Nomes de todos os bairros e ruas de Albergaria-Velha, em 1828.


A começar de Nascente e Sul para norte e poente encontraremos: Salgueirinhos, Farrapa, Bócas, Calçada, Atoleiro, Alagoa, Cortinhal, Praça, Rua da Travessa, Cazais, Rua de Cima, Currais, Trapas, Fonte, Campinho, Cruzes, Póvoa, Reguinho e Assilhó

Fonte: Albergaria e o Seu Concelho, António de Pinho (páginas 84 e 133)

Identificação de algumas das ruas/bairros:


- Salgueirinhos / Farrapa - Rua dos Mártires da Liberdade
- Rua das Bócas
- (Rua do) Atoleiro - Largo do Atoleiro (Chafariz)
- Rua da Alagoa - Rua Barros Gomes - Rua Almirante Reis + Alameda 5 Outubro
- Rua do Cortinhal - Rua José Falcão
- Sanguinhaes - Praça Comend. Ferreira Tavares
- Rua da Ladeira - Rua Serpa Pinto
- Rua da Travessa - Rua Dr. José Henriques Ferreira
- Rua dos Casaes [conhecida por Rua da Cadeia] - Rua Castro Matoso
- Rua de Cima - Rua Alexandre Alburquerque / Rua do Pinheiro
- Rua dos Curraes - Rua Gonçalo Eriz
- Rua de Campinho - Rua Eng. Duarte Pacheco
- Rua dos Pelames - Rua Vasco da Gama
- Rua das Cruzes
- Rua do Matinho - Rua Luis de Camões
- Rua da Semouqueira - Rua Dr. Albuquerque Pinho
- Largo do Comendador - Largo Conselheiro Sousa e Melo
- Rua do Jogo - Rua Eça de Queiroz

(...)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Dinâmicas Territoriais em Albergaria-a-velha


Albergaria-a-Velha: Evolução da malha urbana

Como se observa no anexo III.20, eram poucas as ruas que se podiam identificar no núcleo urbano de Albergaria-a-Velha, até ao séc. XVII. As vias existentes correspondiam, maioritariamente, aos eixos de ligação entre os lugares do Concelho e deste com as principais aglomerações urbanas vizinhas. A malha urbana assinalada nesta figura manteve-se praticamente inalterada até meados do séc. XIX. A via mais importante correspondia à antiga estrada real, com orientação aproximada norte-sul, desenvolvendo-se no eixo atualmente formado pelas ruas Comendador Augusto Martins Pereira, Dr. Nogueira Melo, Mártires da Liberdade, de Santo António, do Hospital, Dr. Alexandre Albuquerque e 1º de Dezembro. Este era o principal eixo da urbe e onde se concentravam os principais estabelecimentos comerciais. Nesta zona, em particular entre a Rua dos Mártires da Liberdade e a Rua do Hospital, existia uma maior densidade de arruamentos e edifícios, formando uma malha urbana mais densa, sendo a principal centralidade da urbe. É possível ainda identificar algumas vias de ligação aos lugares do Jogo, Cruzinha e Açores, entre as quais uma via que mais tarde daria origem às ruas da Lapa e Serpa Pinto, assim como uma via com orientação oeste-este, de ligação a Valmaior, atualmente a Rua Dr. Brito Guimarães.

As restantes vias existentes tinham por finalidade a ligação aos lugares vizinhos, como Assilhó, que nesta época constituía ainda um lugar autónomo da urbe, separado fisicamente do centro urbano de Albergaria-a-Velha. A ligação entre estes dois lugares processava-se unicamente através da Rua Gonçalo Eriz. Em Assilhó, o edificado concentrava-se a este da Ribeira de Albergaria, sendo este o seu núcleo mais antigo e onde surge uma maior densidade de ruas e vielas, assim como a Capela. A sudoeste deste lugar desenvolve-se uma via que permitia a ligação aos lugares situados a sul, entre os quais Frias, Alquerubim e São João de Loure. A ligação de Albergaria-a-Velha a Campinho e ao Sobreiro processava-se através do atual eixo formado pelas ruas Eng.º Duarte Pacheco e da Santa Cruz, sendo possível identificar uma nucleação mais evidente na confluência entre estas ruas e a das Cruzes, também já existente à época.

Na segunda metade do séc. XIX, iniciam-se os trabalhos de expansão da malha urbana, com a abertura de novas ruas, assim como a construção de alguns equipamentos, entre os quais o abastecimento de água e lavadouros. Após as necessárias expropriações de terrenos e casas, inicia-se a construção de um novo centro cívico, a Praça Nova, atual Praça Comendador Ferreira Tavares, onde se instalou mais tarde os Paços do Concelho. Daqui rasgaram-se novas ruas, como a Rua Castro Matoso, a Rua Miguel Bombarda e a Alameda 5 de Outubro. Atualmente, o quarteirão formado entre a rua dos Mártires da Liberdade, a rua do Hospital e a Praça Comendador Ferreira Tavares é considerado o Centro Histórico de Albergariaa- Velha. Como se pode observar na Carta Militar de 1945 (anexo III.21), a malha urbana manteve-se praticamente inalterada desde os primeiros anos desse século, sendo que as únicas alterações significativas foram a construção da Linha do Vale do Vouga e da correspondente estação, em 1910, na Alameda 5 de Outubro, a ligação desta à Rua Comendador Martins Pereira, através da Rua Serpa Pinto e do Serrado, a Avenida Bernardino Máximo de Albuquerque, na década de 30 do século XX, o prolongamento da Rua Marquês de Pombal, para nordeste, e a construção da N16, também na década de 30, fazendo o aproveitamento da ligação existente até Valmaior.

A dinamização decisiva da malha urbana acontece apenas a partir das décadas de 60 e 70, acompanhando a dinâmica populacional evidenciada pelo Concelho. Ainda na década de 60, procurando dar resposta ao crescente tráfego da EN1, que atravessava o lugar de Albergaria-a-Velha através das ruas Comendador Martins Pereira, Dr. Nogueira Melo, Mártires da Liberdade, de Santo António, do Hospital, Dr. Alexandre Albuquerque e 1º de Dezembro, causando graves constrangimentos ao ambiente urbano, é construída a variante de Albergaria. Esta localiza-se a nascente deste eixo, separando fisicamente a vila dos lugares do Jogo, Cruzinha e Açores. Ainda que, numa primeira fase, tenha criado alguns constrangimentos pelo corte que provocou em algumas ruas, acabou por se constituir como uma barreira ao crescimento desordenado da urbe em direção a nascente, delimitando o seu perímetro urbano, ao mesmo tempo que libertava as ruas referidas do tráfego regional, conferindo a estes arruamentos as características necessárias para desempenharem funções urbanas de cariz local. Em 1968, inicia-se a construção do mercado municipal em  terreno anexo à Avenida Bernardino Máximo de Albuquerque, e na década de 1970 são construídas a Escola Preparatória  Conde D. Henrique e a Escola Liceal e Comercial (atual Secundária), em terrenos agrícolas não urbanizados (com a  exceção do bairro Napoleão, entretanto demolido) localizados a oeste da Linha do Vouga, numa encosta voltada a poente.  Com a construção destes equipamentos de ensino, rasgaram-se novas vias que permitiram a sua ligação à urbe, entre as  quais a Rua Américo Martins Pereira e, alguns anos mais tarde, a Rua do Vale. Durante esta década, foi também projetado e deu-se início à construção do arruamento do vale localizado entre Assilhó e a Av. Bernardino Máximo de Albuquerque, e as novas escolas, criando-se uma nova zona habitacional denominada por Novos Arruamentos (das Escolas Técnicas). Esta nova configuração da malha urbana pode ser observada na Carta Militar de 1977 (anexo III.22). Nesta carta, observa-se que a urbanização nos lugares de Campinho, Sobreiro, Açores e Sr.ª do Socorro era ainda muito incipiente, restringindo-se à ocupação marginal das vias primitivas.

O desenvolvimento da malha urbana, adquirindo a configuração que se conhece hoje, acontece apenas no final do anos 80 e durante a década de 90 e seguintes. Em 1983, inicia-se a construção da Zona Industrial de Albergaria-a-Velha, a norte do aglomerado urbano. Em Albergaria-a-Velha, assiste-se a uma densificação da malha urbana, em particular nos Novos Arruamentos, tanto a nordeste, pela ocupação do vale, como a sudoeste, pela nova ligação a Assilhó, através da Av. 25 de Abril; e no eixo da Rua 1º de Dezembro/Rua Dr. Alexandre Albuquerque. Assiste-se também à abertura de novas frentes urbanas no setor sudeste, através de novas vias perpendiculares à Comendador Martins Pereira, entre as quais a Urbanização das Laranjeiras (construída no local do antigo parque desportivo da Alba), a Rua Padre Matos, a Rua Bernardino Correia Teles e a Rua do Vale, que adquire finalmente a configuração atual. Em Campinho, o edificado, que se concentrava no eixo primitivo das ruas Eng.º Duarte Pacheco, de Santa Cruz e Marquês de Pombal, começa a ocupar os terrenos agrícolas que o circundavam, tanto a oeste, pela ligação da Rua do Agro à Rua das Cruzes, e desta à Rua de Santa Cruz pela Rua da Carvoeira; como a este, pela ligação definitiva da Rua do Reguinho à Av. Afonso Henriques e pela construção, na última década, da urbanização de Santa Cruz; e a norte, pela ocupação dos terrenos situados a norte da Rua Marquês de Pombal e da Av. Afonso Henriques, facilitada pela abertura de novas vias de acesso à Zona Industrial. Em Assilhó, dada a exiguidade de espaço no seu núcleo original, a expansão da malha urbana ocorre a oeste da Ribeira de Albergaria, na zona designada como “Alto de Assilhó”, sem um padrão evidente de desenvolvimento e configuração. Na Sr.ª do Socorro, impulsionada pelo encerramento de uma unidade industrial que aí se encontrava, continua a ocupação linear da EM 556 através de moradias unifamiliares, não permitindo, desta forma, a criação de um núcleo urbano e de uma centralidade. No Sobreiro, a evolução da malha urbana acompanha a tendência histórica de ocupação linear da antiga N16. Nos restantes lugares, a evolução da malha urbana está condicionada à ocupação marginal e densificação das vias existentes, sem um padrão de desenvolvimento explícito ou programado.

"Dinâmicas Territoriais em Albergaria-a-velha"
João Pedro Bastos
Dissertação de Mestrado (2014)

http://hdl.handle.net/10316/26569

(pg. 121-124)

segunda-feira, 16 de março de 2015

Novos Arruamentos

Outra zona importante e paradigmática no lugar de Albergaria-a-Velha são os Novos Arruamentos. Este espaço, edificado ao longo de um processo de expansão urbana que se iniciou na década de 80 e se prolonga até à atualidade, e que assentou na edificação em altura, concentra um elevado número de serviços e equipamentos. Por este fator, nesta zona existe um maior número de edifícios preferencialmente residenciais. Aqui, a densidade populacional atinge os valores mais elevados, devido à elevada densidade de edifícios com 3 ou mais pisos, sendo a zona onde existe um maior número de edifícios com 5 ou mais pisos. A forma de ocupação mais frequente é o arrendamento, atingindo aqui os valores mais elevados da área de estudo na relação entre alojamentos arrendados e proprietário ocupante.

Devido à forte dinâmica imobiliária desta zona, ao longo do período em análise, o número de alojamentos vagos tem vindo a aumentar, sendo uma das zonas da área de estudo onde esta situação é mais frequente. Sendo paradigmático da especulação imobiliária a que o território foi sujeito nos últimos 20 anos, excedendo largamente a dinâmica demográfica, este aumento do número de alojamentos vagos reflete uma menor procura por esta zona. Tal poderá ficar a dever-se ao aumento da idade dos edifícios e sua natural degradação, à obsolescência do espaço público e/ou à elevada concentração de serviços e atividades comerciais, com o consequente aumento da pressão sobre o espaço e todas as condicionantes, em termos de qualidade de vida, que tal acarreta.

"Dinâmicas Territoriais em Albergaria-a-velha"
João Pedro Bastos
Dissertação de Mestrado (2014)

http://hdl.handle.net/10316/26569

(pg. 186)