quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Beira Interior

A história da luta de um povo contra a manada selvagem do "doutor Neco"

Nos confins da Beira Baixa, um "exército" de animais bravios traz em polvorosa os pequenos povoados da raia. Centenas de vacas e touros atacam as pessoas e as culturas. Pela calada da noite, batem com os cascos como se fossem almas penadas. No reinado de D. Fernando a aldeia de Segura, actualmente integrada no concelho de Idanha-a-Nova, Castelo Branco, foi um dos garantes da manutenção da fronteira durante as três guerras com Castela. Há 600 anos, à força das espadas, as tropas adversárias não lograram apoderar-se das margens para lá do rio Erges. Hoje, não havendo guerra com Espanha, há quem prepare espingardas. Não para defender a soberania, mas para enfrentar centenas de touros e vacas bravas que há dez anos campeiam livremente pela região e que este mês, conforme confirmou a GNR, já provocaram a morte de um pastor surpreendido no campo. O sol está alto e nos campos em redor de Segura, num vislumbre menos apurado, é quase impossível avistar qualquer rês, mesmo que seja mansa. Palmilham-se quilómetros por caminhos poeirentos, entre giestas e mais giestas. De vez em quando um bando de perdizes levanta voo. O guia, um homem da aldeia, garante que vamos encontrar gado bravio. Chegados a um ribeiro quase seco, uma revoada de pó indica a proximidade de animais. Mais de 20, entre bovinos e cavalos. Enquanto algumas reses permanecem imóveis, outras partem desenfreadas pelo campo. 

"São vacas do Neco", explica o guia. "Neco", de seu verdadeiro nome Eduardo Pereira Marques, é veterinário, tem uma casa em Segura (onde só aparece esporadicamente) e mais de 2000 hectares de terreno em torno da aldeia. Os populares dizem que são dele as rezes bravias que há cerca de dez anos alvoraçam e espalham terror naquele povoado e noutros da zona raiana. Terá sido um dos seus animais, conforme já foi confirmado pela GNR, bem próximo do local onde o PÚBLICO avistou diversos animais não brincados (o brinco é uma chapa metálica que é colocada nas orelhas dos animais e que permite saber que os mesmos estão registados e submetidos a controlo veterinário) que há cerca de duas semanas matou um pastor da aldeia de Rosmaninhal que por ali apascentava ovelhas. Os touros e vacas bravas que terão morto o pastor tão depressa podem andar nos terrenos do alegado proprietário, como se dão ao luxo de campear pelos 352 hectares que constituem a Herdade da Granja (foi nos seus limites que apareceu o cadáver). Esse terreno (o equivalente a 352 campos de futebol) é um baldio desde sempre utilizado pela população de Segura, actualmente com apenas 180 eleitores. "Era aqui [na Herdade da Granja] que o povo vinha fazer as suas sementeiras, que fazia algumas hortas e que trazia gado a pastar", conta Sebastião Ramos Matias. "Mas desde que o gado do Neco passou a vedações e começou a atacar as pessoas e a dar cabo das colheitas, tudo acabou", lamenta. A conversa com o guia é entrecortada, com alguma frequência, por sombras imensas que passam a grande velocidade pelo chão. Quando se olha para o céu avistam-se então os donos das sombras. São bandos de enormes abutres que esvoaçam em círculos e que depois se precipitam para o solo. "É mais algum touro morto", alvitra Sebastião Matias. A expressão "mais" não é, neste caso, nenhum exagero. Andam-se 200 metros a partir do leito seco de um ribeiro e os olhos arregalam-se com o avistamento de ossadas dispersas. Depois, mais uns passos dados, lá está o que resta do que terá sido um touro corpulento. O crânio, quase já sem pele, e os cornos aguçados fazem lembrar as imagens icónicas dos filmes do Oeste americano. "Este foi morto por um caçador que andava aqui às perdizes. O animal estava escondido ali no ribeiro e investiu", explica Sebastião Matias, justificando o uso de balas (que os caçadores não podem utilizar quando procuram peças mais pequenas, como coelhos, lebres ou perdizes) com "a necessidade de salvar a vida". Atravessa-se um caminho de terra batida e mais algumas vacas e touros bravios se levantam num trote respeitoso - os animais que não estão registados não toleram a aproximação de humanos, que nos últimos anos os têm caçado e os afugentam a tiro. Depois surge mais uma carcaça de outra rês abatida à bala. Mais umas centenas de metros e surge o esqueleto de um cavalo. O terreno em volta do sítio onde os animais caíram e os abutres comeram mais um banquete ficou despido de vegetação. No chão ficaram apenas enormes penas das aves, supostamente perdidas na luta por um qualquer pedaço de carne. De volta a Segura, dá para notar, quando se chega a uma pequena estrada asfaltada, ladeada por terrenos que o próprio veterinário reconhece serem seus, a existência de várias marcas de travagens. São os vestígios de colisões com o gado que assim que começa a escurecer vem para os caminhos. João Fevereiro é apenas um dos diversos habitantes de Segura que tem para contar um encontro que, de acordo com a sua versão, se deu "com o gado do Neco". "Vinha das Termas [de Monfortinho] e eram para aí uma da manhã. Na estrada estavam cinco touros e uma vaca". O embate de um dos animais valeu-lhe uma despesa de 7.000 euros. Ainda hoje espera ser reembolsado. Ao lado de João Fevereiro outro natural da terra, Rui José Fazenda Carvalho, conta que na sua tapada são frequentes as investidas "do gado do Neco". "Para ir ver as minhas vacas tenho de ir de tractor. Já fui seguido várias vezes por cinco, dez, 20 e 30 vacas e touros". Histórias de gado bravo em Segura são como carraços em cão vadio. Uns queixam-se dos quintais devastados por animais cheios de fome e de sede. Outros contam que touros de grande porte e ameaçadores vão, a coberto da noite, ao encontro das suas vacas mansas que estão "saídas" (receptivas a acasalar) emprenhando-as contra a vontade dos donos, que pretendem animais "registados e com as vacinas em dia". "Eu não como aquela carne", diz José Manuel, referindo-se às vacas e touros bravios. A dona do único café de Segura conta que quando a filha vem à aldeia para a visitar "abala sempre antes da noite, por causa do gado nas estradas". "Isto agora é simples: assim que o sol se põe, assim que começa a escurecer, o melhor é cada um fechar as portas e não andar pelas ruas", diz a comerciante, contando que "quase todas as noites" se escutam os cascos das reses bravias a bater nas pedras das ruas. Uma vizinha diz mesmo já ter escutado "vacas e touros a subir as escadas do castelo" (restos da fortaleza ali construída e hoje parcialmente absorvida pelo povoado para proteger a fronteira). Os animais, sobretudo no Verão, procuram comida e água. Se durante o dia muitos se acoitam nos matos e nos leitos secos dos riachos, quando a noite cai a maior parte aventura-se pelos povoados. Sofrem as pequenas hortas e também os carros. "Neco" diz-se ameaçado Já há sete processos a correr no Tribunal de Idanha-a-Nova, a sede do concelho. Na maior parte dos casos, porque os animais que acabam por ser abatidos (a GNR, por intermédio dos seus serviços de relações públicas no Comando Nacional, em Lisboa, confirma que já foi chamada diversas vezes) não possuem qualquer identificação, não é possível atribuir responsabilidades a Eduardo Marques. O PÚBLICO conseguiu entrar em contacto telefónico com o veterinário: "Não tenho a mínima responsabilidade em relação ao que se está a passar", sintetizou. Eduardo Marques começou por dizer, no passado domingo, que nada pretendia afirmar. Depois, a insistência do PÚBLICO, remeteu mais esclarecimentos para um comunicado que pensa divulgar numa data não especificada. Mais um pouco e acabou por negar quaisquer responsabilidade relativa aos danos provocados pelos animais e, por fim, revelou que a sua vida já correu e continua a correr perigo. "Sou ameaçado por várias pessoas da região. São malfeitores que estão perfeitamente identificados", acrescentou o veterinário, que não quis precisar mais detalhes acerca da história. Quando se pergunta o porquê dos problemas entre a população de Segura e o veterinário Neco, nenhuma resposta concreta é avançada. Diz-se que o homem, que "é dono de um terço de todas as terras aqui à volta", mas que reside normalmente em Albergaria-a-Velha (Aveiro), gostaria de juntar os 352 hectares da Herdade da Granja (que é de todo o povo da aldeia) aos cerca de 2.000 que já possui. Também se diz que quando chegou à região e começou a colocar as "aramadas" (vedações) nos seus terrenos, alguns habitantes deitaram-nas abaixo. Terá sido nessa ocasião que começou a levar touros para os terrenos, como se os mesmos fossem os guardas que pudessem proteger as cercas derrubadas. O PÚBLICO não obteve qualquer resposta do veterinário em relação a estas afirmações dos habitantes de Segura. Os ataques do gado aos populares iniciaram-se em 2005, ano em que alguns dos animais terão sido alvo dos últimos cuidados veterinários. Depois disso, e por motivos não explicados, o alegado dono teria deixado de os acompanhar e estes começaram a partir as vedações e atacar as culturas. A manada bravia, que actualmente se divide em mais de uma dúzia de grupos, é composta por um número indeterminado de animais. De acordo com a Direcção-Geral de Veterinária serão, no mínimo, 250 cabeças. Em Segura fala-se de "muitas centenas, quase mil" e deitam-se contas às crias paridas todos os anos pela vacada. "Não se vê uma vaca sem um bezerro atrás", dizem. A própria Direcção-Geral de Veterinária não conseguiu, em Agosto deste ano, fazer uma contagem exacta dos exemplares. Conforme disse ao PÚBLICO o assessor do Ministério da Agricultura, Daniel Costa, foram requisitados à Companhia das Lezírias um grupo de campinos que, depois de muitas horas a cavalgar pelos muitos hectares ocupados pelo gado, conseguiram apenas recuperar oito touros. Os restantes refugiaram-se pelos cabeços da zona. A Direcção-Geral de Veterinária, de acordo com o que já é público e foi confirmado ao PÚBLICO pela assessoria do Ministério da Agricultura, e baseado numa determinação veiculada pelo Ministério Público do Tribunal de Idanha-a-Nova, vai ordenar uma batida legal às reses. Caberá à GNR proceder ao abate dos animais, situação que, conforme disse ao PÚBLICO o porta-voz daquela força, ainda não tem data marcada. O assessor Daniel Costa adiantou, entretanto, que a data não será revelada por "motivos de segurança". Há cerca de um mês atiradores da GNR estiveram quase a consumar a matança de muitos dos animais tresmalhados, o que não aconteceu supostamente por falta de assentimento por parte dos responsáveis do Ministério da Agricultura. Daniel Costa explicou que o abate dos animais "é uma operação complexa", tal como todo o processo, o qual envolve a apreciação de uma série de processos dos quais "já resultaram o levantamento de diversas contra-ordenações". O que se sabe é que os animais, nas suas sortidas em busca de alimento e água, não poupam quem lhes surja pela frente. Não são apenas os carros dos civis que são alvo de cornadas. Um jipe da GNR já ficou bem marcado devido a um ataque de um touro. Em Segura há um soldado da GNR, dono de vacas, que dorme com a espingarda ao lado e que, em diversas noites, já se terá visto obrigado a disparar para defender a comida e a "honra" das suas reses. "Uns [touros] morrem no local, outros, feridos, acabam por morrer longe. Quem é que vai querer comer essa carne? Apenas os abutres", remata Sebastião Matias.

José Bento Amaro, Publico, 30.09.2012

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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Dia Internacional dos Arquivos

O Município de Albergaria-a-Velha assinalou, no dia 09/6/2025, o Dia Internacional dos Arquivos com uma sessão de apresentação dos mais recentes projetos do Arquivo Municipal no âmbito da genealogia, de acessibilidade e de transformação digital dos serviços, bem como dos avanços no Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, um trabalho de parceria desenvolvido com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente. 

Foram ainda celebrados vários protocolos com cidadãos, que doaram ou entregaram para depósito diferentes documentos e objetos de relevância para a História do Concelho.

- Celebração de protocolo com Carlos Jorge, José Luís e Pedro Manuel de Oliveira Martins Pereira.

- Celebração de protocolo com Carmelinda Sequeira Dias.

- Celebração de protocolo com Delfim dos Santos Bismarck Álvares Ferreira.

- Celebração de protocolo com Luís Carlos Albuquerque Pinho.

- Celebração de Protocolo com Paulo Rogério de Sá Pinto Marques Almeida.

O Município de Albergaria-a-Velha vai celebrar o Dia Internacional dos Arquivos a 9 de junho com uma sessão de apresentação dos mais recentes projetos do Arquivo Municipal no âmbito da genealogia, de acessibilidade e de transformação digital dos serviços, bem como dos avanços no Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, um trabalho de parceria desenvolvido com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente.


A sessão vai decorrer às 16h30, no Polo 2 do Arquivo Municipal, sendo ainda celebrados vários protocolos com cidadãos, que vão doar ou entregar para depósito diferentes documentos de relevância para a História do Concelho.


Numa intervenção denominada “Arquivo Municipal - O Passado no Futuro”, o público vai poder conhecer o trabalho desenvolvido pelos técnicos municipais na transição digital dos serviços. Na área do Urbanismo, o Arquivo Municipal já migrou milhares de fichas de licenciamentos de obras particulares do papel para o sistema informático, permitindo maior conforto, celeridade e eficiência no atendimento. Com a disponibilização dos ficheiros no sistema, há uma localização imediata do processo de obras com o cruzamento de informação do requerente, local e tipo de obra, que permite um melhor aproveitamento dos recursos humanos, evitando a deslocação dos colegas do Arquivo.


Na área do arquivo acessível, salienta-se a disponibilização online da documentação mais procurada por investigadores – as antigas atas da câmara – num formato inclusivo, com o recurso à tecnologia TTS (conversão de texto em fala), permitindo a qualquer utilizador ouvir o conteúdo manuscrito das primeiras atas.


Tendo Albergaria-a-Velha sido o município escolhido para albergar o futuro Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, a APA vai partilhar os resultados de um trabalho conjunto: o tratamento dos seus arquivos dos recursos hídricos e a disponibilidade online. Salienta-se que foi aceite a adesão do Agência Portuguesa do Ambiente à Rede Portuguesa de Arquivos, sendo esta a primeira instituição do Ministério do Ambiente a conseguir este feito. Isto será um passo importante para a divulgação do património sob o cuidado do Município, bem como para a investigação do património hídrico em Portugal.


O Dia Internacional dos Arquivos foi instituído pelo Conselho Internacional de Arquivos, tendo como principal objetivo destacar o papel fundamental que os arquivos desempenham na nossa sociedade, em especial na preservação da História e da memória das comunidades.


CMA, 05 Junho 2025

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Escavaçoes

 m 2025 terá lugar a 12.ª campanha de escavações arqueológicas no Monte de São Julião, situado na freguesia da Branca. A campanha decorrerá entre 9 de junho e 1 de agosto, sob coordenação do Centro de Arqueologia de Arouca e com a promoção do Município de Albergaria-a-Velha.


Numa primeira fase, os trabalhos estarão a cargo de uma equipa exclusivamente profissional, que se dedicará à escavação da mamoa. A partir de 7 de julho, juntar-se-ão estagiários da Universidade do Minho e voluntários de outras universidades portuguesas, passando os trabalhos a incidir noutras áreas do sítio arqueológico.


Este importante sítio arqueológico viu os trabalhos de escavação retomados em 2014, permitindo desde então a identificação de vestígios significativos de ocupação com cerca de três mil anos, remontando ao final da Idade do Bronze. Entre os achados destacam-se os restos da estrutura que delimitava o antigo povoado, bem como uma mamoa — monumento funerário megalítico — que constitui uma das estruturas mais complexas do local devido à sua reutilização ao longo dos séculos.


O Monte de São Julião conserva ainda testemunhos da Época Contemporânea, nomeadamente os vestígios de um posto de comunicações telegráfico instalado no século XIX. Até à data, os trabalhos arqueológicos permitiram a recolha de cerca de 52.000 fragmentos de cerâmica, entre outros materiais que documentam a ocupação contínua do local desde a Pré-História até aos nossos dias.


Como habitualmente, o Dia Aberto terá lugar a 24 de julho, com visitas guiadas ao local das escavações, proporcionando ao público a oportunidade de conhecer de perto os progressos da investigação.


Paralelamente, estará patente na Junta de Freguesia da Branca uma exposição dedicada ao sítio arqueológico, com inauguração marcada para 30 de junho e encerramento a 3 de setembro.


Inserida no atual projeto de investigação VAL-JUL, a campanha integra também uma componente de valorização patrimonial, que inclui a musealização e a recuperação das estruturas arqueológicas. Neste contexto, encontra-se em curso um projeto de Regeneração Integral e Valorização do Sítio Arqueológico do Monte de São Julião, com o apoio do Turismo de Portugal.


05 Junho 2025

sexta-feira, 16 de maio de 2025

12º Festival Pão de Portugal

 A 12.ª edição do Festival Pão de Portugal decorre ao longo de três dias, entre 30 de maio e 1 de junho. Melhor padeira e melhor pão biológico do mundo confirmados.


A Quinta da Boa Vista (Torreão), em Albergaria-a-Velha, é, mais uma vez, o cenário escolhido para o Festival Pão de Portugal, que, este ano, reúne 60 expositores, dos quais 24 são de pão, representando mais de 70 variedades deste alimento tão tradicional.


Das presenças confirmadas dos expositores, o destaque vai para a “Melhor Padeira do Mundo”, Elisabete Ferreira, da Padaria Gimonde, em Bragança, e para o “Melhor Pão Biológico e Nutricional” do mundo, produzido na Covilhã, por uma equipa que integra a Padaria Dias. Aos premiados juntam-se outros produtores, com pães tradicionais de Avintes, Paraduça, Castro Daire e Mafra, entre outros.


O recinto do Festival conta ainda com áreas reservadas para a restauração e para a venda de produtos complementares, como queijos artesanais e compotas, bem como fornos a laborar todos os dias, de onde sairão também fornadas de “pão solidário”, especialmente produzido para oferecer às IPSS do Concelho.


Espelhando a identidade do território “onde as tradições se vivem… e a natureza se sente”, a programação do Festival Pão de Portugal vai incluir momentos de descoberta do mais emblemático produto turístico do Concelho e base para a criação do festival – a Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha, a perfeita fusão das memórias do passado num ambiente natural que convêm salvaguardar.


Na sessão de abertura, na sexta-feira, o Município irá prestar homenagem aos antigos moleiros e atuais proprietários dos moinhos que compõem a Rota e que poderão ser visitados ao longo do fim de semana. No sábado e domingo, será apresentada a Rota dos Moinhos de Portugal – Portugueses Mills, projeto premiado pelo Turismo de Portugal que, além de Albergaria-a-Velha agrega outros municípios à volta das tradições moageiras: Águeda, Nelas, Sever do Vouga e Vagos. No último dia do Festival, o Trail Rota dos Moinhos “Vai Fazer Mó(ssa)” espera reunir centenas de adeptos de caminhada e corrida para descobrir as paisagens naturais do Concelho. Destaque ainda, no sábado, para a Rota dos Moinhos em Landrover – Landmaníacos.


A programação diversificada, pensada para agradar a todos os públicos, inclui outras atividades, entre as quais workshops de fabrico de pão, histórias e oficinas par os mais novos na Biblioteca Municipal, momentos culturais com coletividades locais e showcookings com chefs convidados. Na sexta-feira, as receitas são de Emídio Concha de Almeida. No sábado é a vez de Cristina Manso Preto e no domingo de Fábio Bernardino. À noite, há espetáculos de música com Daniel Pereira Cristo (sexta) e Cool Drive (sábado) e, nos fins de tarde, os visitantes podem assistir à peça “Teatro Paraíso” (sábado) e à atuação de Ricardo Mateus (domingo).


Durante os três dias do festival, decorrem, simultaneamente, o “Do Pão Film Festival”, com exibições diárias de filmes, e a exposição “Bombeiros de Albergaria-a-Velha, 100 anos de História”, que pode ser visitada na Biblioteca. Paralelamente, também acontece a habitual “Festa da Criança”, nos dias 31 de maio e 1 de junho, para assinalar o Dia da Criança, com muitos divertimentos para os mais novos.


A entrada no evento, assim como a participação em todas as atividades, é gratuita.


O Festival Pão de Portugal é organizado pelo município de Albergaria-a-Velha todos os anos, desde 2014. O seu propósito é apresentar o que há de melhor na produção de pão nacional. A realização do evento já valeu à cidade o apelido de “Capital do Pão”.


Consulte o programa completo aqui.


CMA, 15 Maio 2025

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Exposição 100 anos dos Bombeiros

 A Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha inaugura no próximo sábado, pelas 10h30, a exposição “Bombeiros de Albergaria-a-Velha, 100 anos de História”.

A mostra é uma homenagem sentida a 100 anos de serviço, coragem e dedicação de homens e mulheres que, ao longo de um século, deram o melhor de si pela segurança e bem-estar da população de Albergaria-a-Velha. Através de fotografias, documentos históricos, fardamentos, equipamentos, revisita-se a História da nobre instituição dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, que é parte indissociável da identidade do Concelho.

No verão de 1922, um incêndio alastrou no quarteirão compreendido entre a Praça Rainha D. Teresa e o caminho junto ao edifício dos Correios. O povo foi chamado a intervir e foi possível salvar quase todas as casas, apesar dos parcos meios disponíveis. Após este acontecimento, que poderia ter tomado proporções mais graves, começaram os Albergarienses a consciencializarem-se da necessidade da criação de um corpo de bombeiros, que acudisse nestas e noutras necessidades. A primeira reunião, para a organização de um corpo de bombeiros foi em abril de 1924, com os primeiros Estatutos a serem aprovados em Assembleia Geral de 14 de dezembro de 1924. O alvará do Governador Civil de Aveiro é datado de 22 de janeiro de 1925, sendo os primeiros Corpos Gerentes posteriormente eleitos em 15 de março de 1925.

A exposição integra o programa comemorativo do centenário dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha e pretende ser um momento de memória, celebração e reconhecimento.

CMA, 28 Abril 2025

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Comemorações do 25 de abril

  Major-general João Vieira Borges é o palestrante convidado na Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal Evocativa do 25 de Abril, em Albergaria-a-Velha. No palco do Cineteatro Alba, o militar, professor, investigador e também comentador na comunicação social vai abordar o tema “Portugal e Valores de Abril. Desafios da nova ordem Mundial.”


As comemorações no Dia da Liberdade começam logo de manhã, pelas 11h00, com animação de rua, música, atividades para os mais novos e zés-pereiras na Alameda 5 de Outubro. A abertura oficial tem lugar às 14h30, com uma visita à Mostra, que inclui associações, coletividades e outros representantes de Angeja, freguesia parceira nas comemorações de 2025, bem como espaços dinamizados pela AHMA, APPACDM de Albergaria-a-Velha, Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e Clássicos do Vouga.


Pelas 15h30, há o hastear das bandeiras nos Paços do Concelho, com Guarda de Honra do Corpo dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha ao som do Hino Nacional, interpretado pela Banda da Associação de Instrução e Recreio Angejense, e um momento simbólico pela Paz. Segue-se, na Alameda 5 de Outubro, uma Cerimónia junto ao Monumento de Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar. Pretende-se homenagear todos os antigos combatentes e evocar a memória dos que tombaram naquela guerra, com um minuto de silêncio e deposição de uma coroa de flores.


A Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal tem início às 16h00, com a apresentação multimédia “Angeja, Rainha do Vouga”, de Marco Neves. Após as boas-vindas e mensagem do Presidente da Assembleia Municipal, Mário Branco, será dada a palavra aos líderes dos Grupos Municipais e ao Presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, António Loureiro.


Segue-se a palestra “Portugal e Valores de Abril. Desafios da nova ordem Mundial” a cargo do Major-general João Vieira Borges. Para além de uma longa e brilhante carreira militar no Exército tem um vastíssimo curriculum de que se destaca no presente: Presidente da Comissão Portuguesa de História Militar; Membro do GT do Conceito Estratégico de Defesa Nacional 2020; Professor Regente da UC “Crises e Conflitos Armados” do Doutoramento em Ciências Militares, no Instituto Universitário Militar. Foi agraciado com várias condecorações, de que se destacam: “Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis”. É ainda autor de quase três dezenas de livros nas áreas de História Militar, Estratégia e de Segurança e Defesa, alguns dos quais distinguidos com prémios literários. É frequentemente convidado pelas televisões nacionais para comentar acontecimentos mundiais na área militar, defesa e segurança.


Após um momento musical com a Banda da Associação de Instrução e Recreio Angejense, as comemorações terminarão com o Hino Nacional, um Porto de Honra e uma visita às exposições patentes no Cineteatro Alba: “Albergaria em Tempos de Abril” – Município de Albergaria-a-Velha; “O Legado de um Cravo” – Museu do Aljube l Alumira; “Abril em Angeja” – Constança Guerra; “Angeja de Ontem e Hoje” – António Oliveira e Paulo Tanoeiro.


10 Abril 2025

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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

psd

https://arquivo.pt/wayback/19970606105853/http://www.portugalpress.pt/distritos/albergaria.html



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bes ALBERGARIA-A-VELHA PRAÇA FERREIRA TAVARES

3850 ALBERGARIA-A-VELHA


psd - ALBERGARIA A VELHA

AV NAPOLEAO 12

034-523930

LAGINHAS BRANCA

3850 ALBERGARIA A VELHA

















quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

ESAV (site antigo)

https://arquivo.pt/wayback/20021211014802/http://www.esec-albergaria-a-velha.rcts.pt/descricaoA.htm

LOCALIZAÇÃO - ESPAÇO FÍSICO - ESPAÇO HUMANO

LOCALIZAÇÃO

O município de Albergaria-a-Velha pertence ao distrito de Aveiro, tem uma área de, aproximadamente, 156Km2 e é constituído por oito freguesias: Albergaria-a-Velha, Alquerubim, Branca, Frossos, Ribeira de fráguas, S. João de Loure e Vale Maior.

Concelho caracteriza-se por uma dicotomia campo/serra, com clima moderadamente húmido que justifica uma forte aptidão florestal, traduzida pela abundância do pinheiro bravo e do eucalipto.

A rede de drenagem fluvial do município integra-se na bacia hidrográfica do rio Vouga.

O concelho de Albergaria-a-Velha tem a particularidade de ser servido por infra-estruturas rodoviárias de grande peso (IP5) que o atravessam, permitindo que a vila tenha acesso fácil aos grandes centros urbanos, portos de mar caminho de ferro e aeroportos.

ESPAÇO FÍSICO

Actualmente a Escola apresenta-se composta por 4 pavilhões com 28 salas da aula e Laboratórios de Biologia, Geologia, Química e Matemática, bem como salas específicas para Educação Visual e Informática e alguns gabinetes de trabalho. Existe ainda um pavilhão gimno-desportivo e outro oficinal.

No Pavilhão Polivalente encontram-se os serviços de papelaria, bufete, cozinha e refeitório, biblioteca, reprografia, economato e secretaria. Existem ainda a sala de Professores, a sala da Associação de Estudantes e o gabinete dos serviços de apoio de Psicologia e Orientação Vocacional, onde também se encontra a UNIVA.

Encontra-se também sediado nesta escola o Centro de Formação da Associação de Escolas de Albergaria-a-Velha.

ESPAÇO HUMANO

Existem na nossa Escola matriculados 1250 alunos repartidos pelos ensino básico e secundário, tanto diurno como nocturno.

3º Ciclo                                                      Secundário

anos turmas anos turmas

11 10º 10

9 11º 7

9 12º 7

nocturno 1 nocturno 1

Encontra-se a exercer funções 135 Professores, dos quais cerca de metade pertence ao quadro de nomeação definitiva.

No que diz respeito ao corpo não docente, ele é constituído por 45 elementos: 10 Funcionários Administrativos, 33 Auxiliares de Educação, 1 Psicólogo, 1 Técnico da UNIVA.


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Revista Albergue

O Município de Albergaria-a-Velha apresenta o décimo primeiro número da Revista Albergue – História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha a 2 de novembro, pelas 16h00, no Cineteatro Alba, numa sessão de entrada livre.

Delfim Bismarck, Vice-Presidente da Câmara Municipal e Editor da publicação anual, afirma que projetos editoriais “com as características da Albergue são escassos a nível nacional” e que a sua importância vai além da promoção da História e do Património local; na verdade, a Albergue reforça o sentido de identidade de uma comunidade. Citando o historiador José Mattoso, que participou no número inaugural da revista, Delfim Bismarck escreve no Editorial “quanto mais forte é a identidade, maior é a coesão social (…). É preciso conhecê-la: saber onde se enraíza, mostrar como se transformou, quais são as condições da sua sobrevivência, defini-la com rigor e habilidade”.

A edição de 2024 apresenta 13 artigos de especialistas de diversas áreas e a habitual secção de Notas Soltas, com uma grande abrangência cronológica e temática, alavancando o Concelho de Albergaria-a-Velha e a região do Baixo Vouga. São estudos sobre arte-sacra, genealogia, história do ensino, património natural e industrial, sem esquecer biografias de individualidades locais que merecem ser recordadas pelo seu trabalho benemérito, singular participação cívica ou até pelo seu contributo para a história do futebol em Portugal. Quanto à imagem da capa, recaiu no retrato de Domingos Lopes de Oliveira, benemérito que teve o sonho de construir um hospital na sua terra natal no final do século XIX.

“Todos estes motivos irão, porventura, continuar a despertar o interesse dos leitores e a contribuir para que todos aqueles que se interessam pela História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha e da sua região aprofundem os seus conhecimentos, alimentem a sua curiosidade e se tornem mais atentos, mais informados, mais e melhores defensores e fruidores daquele que foi o legado dos nossos antepassados”, conclui Delfim Bismarck.

O número 11 da Revista Albergue estará posteriormente disponível na Livraria Municipal, com pontos de venda na Biblioteca e Arquivo Municipais, bem como na Incubadora de Empresas.

CMA, 17/10/2024