sábado, 21 de novembro de 2009

Alba


ALBA é a designação pela qual era conhecida a empresa criada em 1921, inicialmente com o nome de Fundição Lisbonense, posteriormente alterada para Fundição Albergariense, e assumindo em 1923 o nome do seu fundador Augusto Martins Pereira, nascido em 1885 em Sever do Vouga. Utilizava um símbolo/logotipo desenvolvido por Daniel Constant.

A ALBA foi adquirida em 2001 pelo grupo DURIT e recentemente parte da fábrica ALBA (actual METALFAB) foi desactivada , sendo transferida para as instalações da FUSAG (em Águeda) .

http://www.alba.pt/ Metafalb (empresa que comprou a Alba em 2001)
http://fabrica-alba.blogspot.com/ Blog sobre as Fábricas Alba
http://albaportugal.ning.com/ Site sobre o Carro Alba
http://rdv-alba.blogspot.com/ Blog com produtos Alba

2000

Empresa emblemática de Albergaria fica em mãos concelhias


Depois de uma hasta pública sem licitadores, as Fábricas Alba foram agora adquiridas, garantindo o futuro dos seus 155 trabalhadores. Durante os próximos três anos, a empresa mantém-se a laborar nas actuais instalações, depois deverá transferir-se para a zona industrial.

As Fábricas Metalúrgicas Alba foram compradas pela Durit - Metalúrgica Portuguesa do Tungsténio, Ldª, sediada na zona industrial de Albergaria-a-Velha.

A aquisição resultou da venda particular da histórica empresa, fundada pelo comendador Augusto Martins Pereira e durante cerca de 70 anos foi o grande emblema empresarial da vila, tendo entrado em colapso financeiro acelerado a partir dos anos setenta.

As dívidas foram-se acumulando e o Estado, enquanto principal credor, através do Ministério das Finanças, mais concretamente via Direcção Geral das Contribuições e Impostos, accionou o mecanismo da venda das instalações e de outros bens imobiliários, mas aquando da hasta pública, realizada na Repartição de Finanças de Albergaria-a-Velha, ninguém apareceu a licitar o edifício fabril, que então foi à praça por uma verba superior a 400 mil contos. Seguiu-se a fase da venda por negociação directa, que teve o seu epílogo na passado dia 21 de Setembro, com a Durit a liderar o processo de aquisição da lendária Alba, numa parceria em que também entraram as empresas Sirme, Fusões e Aquisições, Ldª, ligada ao sector para-estatal e PME, Investimentos, empresa de capital de risco.

A família Martins Pereira fica também ligada a este novo ciclo da Alba, através do engenheiro Pedro Martins Pereira. Três anos para recuperar a imagem da Alba Segundo informações seguras ligadas ao processo de aquisição da Alba, que actualmente conta com 155 trabalhadores, é intenção dos novos administradores fazer os investimentos necessários à imediata recuperação da empresa, tanto em termos de rentabilidade empresarial, como da sua imagem, actualmente muito degradada, depois das áureas décadas de sucesso, onde à qualidade dos seus produtos, se associava um nome de vanguarda, no contexto da vida económica da região e do próprio país.

Numa primeira fase vão ser instaladas novas máquinas e durante um período de aproximadamente três anos, a Alba manter-se-á nas actuais instalações, na rua Comendador Martins Pereira. Entretanto, será construída na zona industrial de Albergaria-a-Velha uma nova unidade de raiz, para onde a empresa posteriormente se mudará

Quanto ao espaço actual, é praticamente certo que o mesmo irá funcionar com uma lógica de forte componente social, isto, no tocante à parte administrativa, refeitório e espaços de lazer.

Ali devem ser implementados espaços destinados a serem utilizados, por exemplo, em almoços de casamento, festas diversas e também deverão ser feitas adaptações necessárias, em ordem a surgirem salas para debates, conferências, ou exposições, sempre na lógica do desenvolvimento sustentado da função e gestão social dos referidos espaços.

Quanto ao futuro da parte fabril e ainda segundo as nossas insuspeitas fontes de informação, é provável que a mesma venha a ser adaptada, por exemplo, a armazéns e outros serviços de apoio. Mas como também admitem as mesmas fontes, ainda se está na fase das deliberações primárias, podendo surgir outras opções, mas sempre dentro das perspectivas do quadros traçados.

Uma coisa, porém, é certa: a Alba fica nas mãos de empresários ligados a Albergaria-a-Velha, cujo sucesso recente está à vista, concretamente os administradores da Durit, Flausino José Pereira da Silva e Manuel Valente, um economista e um engenheiro químico, a que se associa o também engenheiro, gerente da Larus - outro caso de sucesso empresarial dos tempos actuais - Pedro Martins Pereira. O que de algum modo simboliza a árvore genealógica que durante muitos anos criou, fez crescer e geriu a Alba.

Jacinto Martins / Diário de Aveiro, 30/09/2000

2004

Metafalb faz a Alba ressurgir das cinzas

A Metafalb Metalurgia e Fundição SA , sociedade que em 2001 adquiriu o estabelecimento e a marca da antiga Alba, prevê nos próximos dois anos atingir 3,5 milhões de euros de facturação.

A empresa de Albergaria-a-Velha, que emprega 114 pessoas, registou em 2003 vendas na ordem dos 2,5 milhões de euros, um aumento de 20 por cento relativamente ao ano anterior.

"Desde 2001 que temos verificado um incremento contínuo da facturação e meios libertos, eventualmente não tão depressa como gostaríamos mas 2003 foi interessante atendendo à conjuntura", referiu Renato Pereira, administrador da Metalfab.

Quando a nova sociedade assumiu os destinos da velha metalurgia a facturação era de 1,8 milhões. "Apesar de todas as dificuldades que passou, e que conduziram à venda por hasta pública, não deixou de estar no mercado", acrescentou o mesmo responsável

Fundada em 1921 por Augusto Martins Pereira, um industrial que a Vila de Albergaria-a-Velha ainda hoje lembra também como grande benemérito, a Alba foi uma das principais fundições do País mas entrou em decadência a partir da década de 1980.

As dívidas acumuladas, cerca de 5 milhões de euros, na maioria ao Estado, acabaram por ditar a venda dos bens em 2001.

Um grupo de investidores, no qual tomaram parte maioritária accionistas da Durit - Metalurgia do Tungsténio, outra empresa do concelho, adquiriram o estabelecimento em processo de execução fiscal. A operação contou, ainda, com o envolvimento de capital de risco estatal.

Do passado restam as instalações e a marca. A nova sociedade teve de começar do zero no tocante a maquinaria e produção. "A Alba foi uma fundição de referência, ia à frente em muitas coisas e chegou a ter 40 patentes registadas", contou o administrador.

Actualmente mantém os artigos em ferro fundido cinzento em várias gamas, bocas de incêndios, recuperadores de calor e equipamento urbano. Aliás, os tradicionais bancos de jardim chegaram a muitos pontos do País e estrangeiro.

A diversificação da actividade levou a produzir acessórios para ligações em PVC, fibrocimento e artigos de água e saneamento, assim como outras peças específicas.

noticias de Aveiro, 10/02/2004

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