terça-feira, 19 de agosto de 2014

Homenagem a NLFL - 1966

http://museu.rtp.pt/app/uploads/dbEmissoraNacional/Lote%2007/00007283.pdf



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O concelho de Albergaria-a-Velha esteve em festa, por motivo da inauguração de diversos melhoramentos, entre os quais 12 casas para pobres, construídos com os juros do legado Napoleão. Procedeu-se também à inauguração do busto do benemérito Napoleão Luiz Ferreira Leão, que deixou a Albergaria-a-Velha, por morte, todos os seus haveres, com que se tem feito face às despesas de construção de casas para pobres e suas reparações, escolas, etc

Diário Sentimental, Emissora Nacional, 19/08/1966
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(...) creio que o Rogério tem razão: o "legado Napoleão" foi para a construção do Bairro com o mesmo nome, entretanto desmantelado para a construção da Secundária, e que presentemente está na rua Joaquim A. Miranda, ao lado do Lar da Misericórdia (Assilhó). O Bairro da Misericórdia (rua comendador Augusto Martins Pereira) terá sido construido com dotações públicas e com o mecenato da família Martins Pereira. Mas sem certezas...

Mário Jorge Lemos Pinto, Facebook, 9 de Agosto de 2011

Já esquecia que o "legado Napoleão" também deu para comprar uns apartamentos em Lisboa, mas, no tempo em que fui vereador da Câmara, as rendas já mal davam para as despesas de conservação. Quem fazia a administração (recebia rendas e tratava das despesas) era o meu Colega, Dr. José Armando Silva Ferreira, Ilustre Advogado em Lisboa e nosso conterrâneo.

Mário Jorge Lemos Pinto, Facebook, 9 de Agosto de 2011

E repare-se na singeleza do busto: "Homenagem da Câmara Municipal". Assim mesmo, sem outros nomes além do homenageado. Se fosse agora, era logo o nome do presidente da Câmara, "Prof." fulano de tal, que até parece um Professor Catedrático!

Mário Jorge Lemos Pinto, Facebook, 13 de Setembro de 2011

NAPOLEÃO LUIZ FERREIRA LEÃO , proprietário, nasceu em 25 de Julho de 1866 na Rua de Santo António, em Albergaria-a-Velha, filho do Cap. Patrício Luiz Ferreira Tavares Pereira e Silva, oficial de milícias e proprietário, natural de Albergaria-a-Velha, e de D. Maria Amália das Dores Duarte e Cunha, natural de São Jerónimo, Braga, moradores em Albergaria-a-Velha.

Foi editor de dois jornais "O Clamôr" (1891-1892) e "A Situação" (1892); emigrando para Lourenço Marques, Moçambique, aos 28 anos, onde viria a granjear grande fortuna. Começou por aforar ao Estado extensas áreas de terreno na Matola e na Mailana, que cultivou e tornou prósperos. Em 1912 já a imprensa moçambicana noticia a descoberta de óleos diversos, extraídos de frutos, por parte de Napoleão. Em 1916, na sequência da I Grande Guerra, alguns albergarienses foram destacados para aquela colónia, e aí Napoleão os recebeu e apoiou com vestuário, dinheiro e conforto. Faleceu em 25 de Abril de 1922, tendo feito testamento público em 10 de Fevereiro desse ano, em Lourenço Marques, legando toda a sua fortuna à Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, para que com esse legado construisse casas para habitação dos pobres da vila de Albergaria-a-Velha, e depois de não existirem mais pobres a necessitarem de casas, que os rendimentos fossem aplicados na melhoria do hospital e das escolas do concelho. (FERREIRA, Delfim Bismarck, VIGÁRIO, Rafael Marques, "Albergaria-a-Velha 1910 - da Monarquia à República", 2010, p. 571

O NAPOLEÃO DA MATOLA - Napoleão Luiz Ferreira Leão, de seu nome completo, era uma figura típica do velho Lourenço Marques. Antigo colono instalou-se na Matola, aonde sempre se dedicou à agricultura. Honrado cidadão que toda a (...)

Recordando o passado: figuras de Lourenco Marques ha 50 anos - 1967

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