sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Homenagem a antigos combatentes do Ultramar

A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha está a preparar um documentário com depoimentos dos ex-militares, naturais e residentes no Concelho, que participaram na Guerra Colonial, entre 1961 e 1974. Quem quiser deixar o seu testemunho, pode contactar a Câmara Municipal, através do número de telefone 234 529 300 ou pelo endereço de correio gap@cm-albergaria.pt.


Município de Albergaria presta homenagem a antigos combatentes do Ultramar


A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha vai homenagear os antigos combatentes da Guerra Colonial numa cerimónia a ter lugar em maio, no Cineteatro Alba. Até lá, estão a ser recolhidas imagens, que servirão para memória futura, e a ser preparado um documentário com depoimentos e testemunhos dos ex-militares, naturais ou residentes no Concelho, que participaram no conflito no antigo Ultramar português, entre 1961 e 1974.


“É mais do que justo homenagear aqueles que participaram neste momento histórico de Portugal”, salienta Delfim Bismarck, Vereador da Cultura do Município. O autarca acredita que estes Albergarienses serviram o seu País, a sua Pátria, da melhor forma que puderam e souberam. “Respeito e gratidão” são as palavras do Município para com todos aqueles que homenageia com esta ação.


O documentário vai conter várias entrevistas de antigos combatentes, pelo que a Câmara Municipal está a recolher informações sobre os militares que estiveram no terreno. Quem quiser deixar o seu testemunho pode contactar o Gabinete de Apoio à Presidência através do número de telefone 234 529 300 ou pelo endereço de correio eletrónico gap@cm-albergaria.pt.


A Guerra Colonial, também designada por Guerra do Ultramar, foi um período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Ao longo de 13 anos, entre 1961 e 1974, foram mobilizados um milhão e quatrocentos mil portugueses, tendo morrido nove mil militares. Cerca de 30 mil homens foram feridos e mais de cem mil regressaram a casa com distúrbios psicológicos associados à guerra. O conflito só teria fim com a Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974, seguindo-se o reconhecimento da independência das antigas colónias portuguesas.        


CMA, 16/02/2017



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