sábado, 11 de outubro de 2008

Entrevista ao Presidente Junta Freguesia de Albergaria


Para José Menezes, presidente da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha, a grande mais-valia da Zona Industrial aqui instalada assenta na sua «excelente localização». Quanto à sua dimensão, está a prevista a criação de um pólo de Nova Geração, aquando da revisão do PDM

EA-Como caracteriza o tecido empresarial da Zona Industrial de Albergaria-a-Velha (ZIA)?

A ZIA caracteriza-se por ter um tecido empresarial diversificado na área da metalomecânica, cerâmica, plástico, moldes, mármores, reciclagem, tratamento de superfície, madeiras, panificação, metal duro, fundição, comércio automóvel, construção, entre outros sectores. Destaco a Grohe, a Bimbo, a Durit, a Alberplás, a Polivouga, a Metaloiberica, a Manufacturas Abreu, a Lusoparquete, a Portopal, a Trinoplás, a Fundição Penedo Beira, a Albergran, a MCRios, a Ambitrena, a Galvaza, a Quimialmel, a Cinca, a Volvo, a Maxit, a Pertos, a Maiolica, a Fisola, a NJL, entre outras

EA-Como classifica a capacidade de atracção de investimento da ZIA para a freguesia?

A sua capacidade de atracção de investimento deve-se à sua implantação no terreno, aliado à proximidade do Porto de Aveiro, à linha do Caminho-de-ferro do Norte e a sua ligação preferencial através da A25 para a vizinha Espanha e, daí, para o resto da Europa, não falando para os diversos eixos viários que atravessam o concelho

EA-Quais as principais carências da ZIA?

A sua principal carência é a sua dimensão, atendendo à procura dos investidores para o local. O executivo da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha já sugeriu ao executivo da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha os novos limites de alargamento, aproveitando a actual fase da revisão do Plano Director Municipal (PDM).

A referida sugestão de alteração abrangeu, igualmente, outras zonas de terrenos da freguesia, que poderão servir para proporcionar o aumento dos índices de construção urbana com a consequente fixação de novos potenciais munícipes.

EA-O que a diferencia a ZIA das demais e que pode ser encarado como factor atractivo para instalação de novas empresas?

A principal mais-valia da ZIA é, sem dúvida, a sua posição geo-estratégica face aos principais eixos viários que atravessam a nossa freguesia e o nosso concelho, que permitem aos residentes de outros concelhos vizinhos o seu fácil acesso aos locais de trabalho, sedeados nas empresas localizadas na ZIA.
Podemos considerar, igualmente, mais-valias a existência dos cursos de especialização tecnológica que existem na Escola Secundária de Albergaria-a-Velha, em parceria com a Universidade de Aveiro e a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, não esquecendo a proximidade de outros centros de formação localizados nos concelhos de Águeda e de Aveiro e da própria Universidade de Aveiro.
A própria centralidade (rodeada de concelhos com um bom índice populacional), a ZIA consegue ser um atractivo para os quadros médios e superiores procurarem emprego na freguesia, não esquecendo todo o parque habitacional actualmente existente, disperso por vários pontos da freguesia que constituem pólos apelativos de fixação para quem quer aliar ao emprego uma melhor qualidade de vida.

EA-Qual a evolução prevista?

Pretende-se, com a revisão do PDM, a expansão da ZIA, com a criação de um pólo da Zona Industrial da Nova Geração (ZING), onde possa congregar várias valências na área da formação, incubação de empresas, serviços de inovação e desenvolvimento (ID), com uma ligação estreita com a Universidade de Aveiro e com a AIDA.

EA-A sua localização é um ponto a favor?

A localização da ZIA é excelente face à proximidade dos principais eixos viários – IC1/A29, IC2/EN1, EN109, A25, A1, aliada aos estudos existentes da RAVE (Rede de Alta Velocidade), que apontam para a localização da futura estação de Aveiro do TGV nas proximidades da freguesia de Albergaria-a-Velha, bem como, a longo prazo, da concretização da ligação Aveiro – Salamanca (Europa).

EA-O que falta na freguesia de Albergaria-a-Velha, ao nível de infra-estruturas?

As infra-estruturas, de um modo geral, são satisfatórias, quer no campo da saúde, da justiça, do ensino e dos outros serviços de uma maneira mais abrangente.
Tem-se verificado o esforço da autarquia, de alguns ministérios, em dotar as infra-estruturas com melhores capacidades de resposta face ao exigente mundo de ofertas.
Não posso esquecer o esforço que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) da freguesia têm feito, não só na construção de novos equipamentos sociais na área da infância e da família, como na melhoria das existentes na área da terceira idade.
A requalificação dos espaços que o executivo da Junta de Freguesia, que tenho o grato prazer de liderar, tem vindo a fazer nos vários locais da freguesia, têm sido os aspectos positivos desejáveis na fixação de novos munícipes. Não é por mero acaso que temos sido uma das freguesias do país que mais tem crescido, a nível populacional, nos últimos anos.

EA-Quais os principais investimentos previstos para o próximo ano?

São vários os investimentos previstos para o ano de 2008, uns em fase de conclusão, outros na fase de arranque. Dos que estão na fase de colocar ao serviço da comunidade, quero realçar o novo Centro de Acolhimento Temporário, «O Aconchego», mais uma obra de vulto da Associação Humanitária Mão Amiga (IPSS), e a nova Escola EB 1.2., que será um equipamento com qualidade desejável para os jovens poderem usufruir com uma mais-valia nas suas etapas de vida estudantil.
Dos investimentos que estão em fase de arranque, quero realçar a requalificação do lavadouro de S. Marcos e a sua zona envolvente, o projecto de requalificação de um lavadouro na rotunda de Assilhó, que servirá de museu, a requalificação da Rua 1.º de Dezembro, a criação do parque de estacionamento da nova EB 1.2, a melhoria dos espaços envolventes de certas zonas habitacionais, entre outros. Quero, também, realçar na área social, o esforço que a Santa Casa da Misericórdia de Albergaria-a-Velha e a Associação de Infância D. Teresa vão realizar no âmbito do PARES II, com a amplificação e construção das suas valências de Centro de Dia, Lar e Creche, respectivamente.

EA-O que considera que poderia contribuir para um maior desenvolvimento da freguesia?

A manutenção da filosofia da requalificação dos espaços, com a consequente fixação de novos habitantes, e a existência de mais postos de trabalho, são dois pontos-chave que representam uma mais-valia actual no desenvolvimento da freguesia.

EA-Como é a relação da Junta de Freguesia com a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha?

São dois órgãos presididos por dois homens que têm um percurso de destaque na gestão e na dinamização de equipamentos sociais localizados nas freguesias de Albergaria-a-Velha e Alquerubim. Os seus perfis e sensibilidades representam uma mais-valia na parceria saudável entre dois órgãos, cuja meta é procurar trazer para a freguesia uma qualidade de vida para os seus munícipes.
Para mim, defendo que a política deveria assentar numa tríade de conceitos – tolerância, igualdade e solidariedade. Ser solidário é muito mais que responsabilidade recíproca, é a partilha com os outros de direitos e obrigações contratuais, que se encontram numa interdependência de interesses dos munícipes, sem olhar às cores partidárias.
É com esta cultura que o executivo da Junta de Freguesia tem vindo a desenvolver parcerias, não só com a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, como com o Instituto de Reinserção Social, o Instituto do Emprego e Formação Profissional de Águeda e as colectividades sedeadas na freguesia.

Em Aveiro - terça-feira, 27 de Novembro de 2007

1 comentário:

JT disse...

Entrevista mais recente e menos interessante

http://www.jornaldasautarquias.com/old/maxcontent-documento-365.html